25 abril 2022

FÉ COMO UM GRÃO DE MOSTARDA PARTE 3

  

MATEUS 13:31-32
INTRODUÇÃO: O Senhor Jesus, em Mateus 17:20, usa a figura do grão (ou semente) de mostarda para falar sobre a fé. Portanto, a semente (ou grão) fala figuradamente da fé.
Nas sete parábolas do Capitulo 13 de Mateus, o Senhor Jesus fala profeticamente sobre o Reno de Deus que iria ser estabelecido na igreja ao longo da existência dela. Em cada uma delas o Senhor deixa sempre o ensino acerca de duas estruturas de fé que correm paralelamente opondo-se (ou contrastando-se) uma à outra.
Na primeira, três diferentes terrenos se opõem à boa semente, na segunda o joio se opõe ao trigo e na terceira a estrutura da grande árvore contrasta com a estrutura da semente, no caso, o grão de mostarda.
Mais adiante a simplicidade de 3 medidas de farinha é contrastada pela aparência de uma massa levedada pelo fermento de uma mulher, como também o campo do interesse do homem oferece contraste ao tesouro, ocultando-o aos olhos de todos. Depois, um punhado de pérolas sem valor contrasta também com a pérola de grande preço e, por fim, os peixes bons recolhidos no cesto são constrastatos pelos peixes ruins lançados fora na areia da praia do mar.
Enfim, as sete parábolas do Reino, de Mateus 13, são “a história profética da igreja”.
DUAS ESTRUTURAS DE FÉ: UMA NA FIGURA DE UMA SEMENTE E OUTRA NA FIGURA DE UMA GRANDE ÁRVORE.
O grão de mostarda, apesar de ser uma semente tão pequena, quase imperceptível, tem no seu interior uma vida latente que é um mistério, capaz de se tornar um grande arbusto. E para que isto aconteça é necessário que a semente morra.
Assim é a fé, tão pequena e intrínseca, mas que quando se exterioriza ela morre. A semente é uma concentração de vida interior. Assim é a estrutura da Obra do Espírito Santo: uma fé de estrutura interior.
Todavia, embora seja um processo natural, para dar lugar ao surgimento de uma estrutura de uma grande árvore, na qual se aninham as aves dos céus, ocorre a morte da semente. Assim é a estrutura da obra do homem: uma fé exterior, resultado da morte de uma fé interior.
E quando isso ocorre? Quando o homem pega da semente (o grão de mostarda, ou seja, a fé) e lança-a no seu campo, ou seja, no campo do seu interesse.
IDENTIFICANDO A DIFERENÇA ENTRE AS DUAS ESTRUTURAS DE FÉ:
A SEMENTE (OBRA DE DEUS)
UMA GRANDE ÁRVORE (OBRA DO HOMEM)
Vida interior (latente)
Vida exterior
Concentração de vida interior
Resultado da morte da semente
Sem aparência
Aparência Exterior
O governo é de Deus
O governo é do homem
Atrai o interesse espiritual
Atrai os interesses materiais
Resultado do plantio no campo do interesse pela benção do Senhor
Resultado do plantio no campo do interesse pela promoção do homem
APLICAÇÃO PROFÉTICA
IDENTIFICAR A OBRA DE DEUS E DO HOMEM NAS ESTRUTURAS DE FÉ REFERIDAS NA PARÁBOLA
É natural que o entendimento literal e até lógico da parábola leve à compreensão racional do seu sentido. Porém olhando para o entendimento profético da parábola, o que nos chama a atenção é o fato de o homem pegar do grão e lançar no seu campo o que leva a semente a morrer e em seu lugar surgir uma estrutura, mas de natureza contrastante. O profético não obedece à lógica, pois esta pertence ao raciocínio do homem.
A Obra do homem consiste sempre em querer transformar a Obra de Deus, simples e cheia de vida em coisa exterior, morta, onde o seu campo é traduzido pelos seus interesses, pela carne, pela vontade própria, pela desobediência, pela cultura, a mentira, a aparência, a simples religiosidade, os ritos, as liturgias de culto, etc.
UMA QUESTÃO A SER RESPONDIDA:
Quando lança mão da fé para plantá-la no campo do seu interesse, o anseio do homem é:
 - ver a sua própria promoção,(X) ou ver a promoção do Senhor?(__)
- é liderar (X) ou ser liderado pelo Senhor?(__)
- fazer crescer a sua própria Organização (X) ou fazer crescer a Obra do Senhor?(__)
Aquilo que é intrínseco (próprio) numa estrutura de fé interior, quando morre, ou seja, quando deixa de existir, passa a se exteriorizar, dando lugar a uma estrutura de fé apenas de paramentos e de aparência.
OUTRA QUESTÃO A SER RESPONDIDA:
Uma fé de aparência exterior você pode definir como:
- TEÓRICA ou prática?
- ALIENADA ou com envolvimento?
- INTELECTUAL ou espiritual?
- RACIONAL ou revelada?
A partir do entendimento de uma fé apenas de aparência exterior, essa fé passa a ser teórica, alienada, intelectual, racionalista, preparando o homem e toda a sua religiosidade para defender os interesses do anti-Cristo que se identificará nos fins dos tempos.
O que acontece quando a fé se exterioriza? Resposta: A experiência com o Senhor fica dispersa. O homem passa a não depender mais do Espirito Santo. A partir daí a fé se torna filosófica.
Ora, se Jesus não se revelar, a fé se torna apenas teórica e reflete visivelmente o resultado dos interesses investidos nela. Esses interesses estão prefigurados, na parábola, na figura das aves que se aninham nos ramos da árvore para retirar seus frutos. São os interesses materiais, terrenos, temporais e próprios da vaidade do homem que se assenhoreia da Obra de Deus como se fosse sua. Aí a igreja se torna uma Ideologia de Poder Eclesiástico. A igreja fiel de Jesus nunca desejou se tornar uma ideologia de poder eclesiástico.
É natural que uma árvore deva abrigar ninhos, porém devemos convir que a árvore é para dar frutos e não criar (abrigar) passarinhos que destroem e aniquilam os frutos.
Por causa disso, a obra do homem sempre estará em oposição à Obra de Deus.

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