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19 junho 2015

O Evangelho de São João


de Dennis Downing


"…os cegos vêem, os mancos andam, os leprosos são purificados, os
surdos ouvem, os mortos são ressuscitados, e as boas novas são
pregadas aos pobres" Mateus 11:5

João padece em prisão.
O futuro dele está por um fio.
Ele quer saber se Jesus é o Cristo, o esperado Rei de Israel.

A evidência que Jesus apresenta parece discreta e de pequeno porte. O
que é que alguns cegos e surdos curados, e a boa nova pregada aos
pobres têm a ver com o estabelecimento de um reino? A resposta de
Jesus lembra várias passagens messiânicas do grande profeta Isaías
(26:19; 29:18; 35:5-6; 42:7, 18; 61:1).

O curioso é que normalmente se esperaria que a evidência mais
convincente fosse a última. Mas, qual o ponto alto do relato de
Jesus? "as boas novas são pregadas aos pobres". Qual a maior arma de
Jesus? O Evangelho. Sua maior vitória? Uma alma convertida.

Milagres e prodígios são apenas ferramentas para um fim muito mais
importante para Deus – a salvação de seus filhos perdidos. (Veja Lc
10:17-20)

Isso é boa notícia para nós hoje. Embora em nossos dias podemos
testemunhar milagres, e Deus ainda atua de forma surpreendente, a
obra maior aos olhos do Rei ainda é uma alma transformada pelo
Evangelho.

Você se sente derrotado ou frustrado no seu caminhar com Jesus?
Parece que o inimigo está ganhando todas as batalhas?

Parecia assim também para João Batista. Mas, a verdadeira guerra para
o mais precioso de todos os tesouros está sendo travada diariamente
nos corações e mentes de amigos e colegas seus.

Leve o Evangelho para o campo onde o Senhor lhe colocou, e você verá
o poder de Jesus para ganhar e transformar, e, um belo dia – para
ressuscitar – os futuros donos do Reino dos Céus. Isso é Boa nova.

Leve essa mensagem para o seu São João!

Oremos: Pai nosso, perdoe a nossa falta de fé. Ajude-nos a ver com os
olhos da fé o trabalho do Senhor, as verdadeiras conquistas e
vitórias do Reino dos Céus. Que nosso Rei Jesus seja louvado e
reconhecido em tudo que faz. Em nome do Cristo oramos. Amém.

Veja também "O Verdadeiro São João".
Esta reflexão vem de "Jesus disse" http://www.hermeneutica.com/jd/,
um devocional diário que segue em seqüência as palavras de Jesus. Se
quiser fazer parte desta caminhada, visite e assine o devocional em
http://www.hermeneutica.com/jd/ ======================================

01 maio 2015

Homenagem ao Trabalhador Informal


de Dennis Downing


Tenho o privilégio de servir ao Senhor num ministério que me coloca
em convívio com vários trabalhadores informais. Seu Acácio, Diógenes,
José Adilson (o "Bazar") e vários outros tentam ganhar o pão de cada
dia para suas famílias vendendo pipoca e coxinhas, refrigerantes e
água nas ruas ao redor de uma praça na cidade onde eu moro.

Eles não tem vale transporte, nem ticket refeição. Não gozam de plano
de saúde, nem décimo terceiro, e muito menos de férias remuneradas.
Eles levantam cedo e puxam sua carroça, bicicleta de carga ou
carrinho para a esquina ou parada de ônibus onde passam o dia no sol
e na chuva, sem saberem se naquele dia voltarão para casa com vinte
reais ou vinte centavos.

Naquela mesma praça tem uma família inteira de guardadores de carros
(os famosos "flanelinhas"), que cuidam dos carros dos clientes do
banco, do laboratório e dos fiíes da igreja na esquina. Cada dia da
semana pertence a um membro diferente da família, e cada um deles
passa seu dia na rua lavando e cuidando dos veículos ali
estacionados.

Eu sei que tem pessoas desonestas e maldosas na informalidade, como
em qualquer área. Talvez as pessoas que trabalham neste ramo são mais
visadas porque, se roubarem ou venderem "gato por lebre", sabe-se
logo. É diferente daqueles lá em cima que conseguem furtar milhões
escondido, sem ser flagrados ou punidos. Mas, os homens e mulheres
que trabalham na informalidade que eu conheço são alguns dos
trabalhadores que eu mais admiro.

O fiteiro e o feirante, a senhora que vende café da carrocinha, e o
aposentado que vende cachorro quente do carrinho, a maioria vive à
margem da sociedade. Entretanto, são alguns dos seus membros mais
admiráveis. Não tem patrão em cima pressionando, nem cobrança se não
aparecer no posto. Por outro lado, se passarem quinze dias no
hospital, vai ser num hospital público, e, quando sairem, vão ter um
buraco de quinze dias na renda do mês para cobrir.

Por que é que eles trabalham em situações tão precárias e inseguras?
Por que não ir atrás de um emprego formal com mais segurança e
estabilidade? Primeiramente, por falta de qualificação. Muitos que
trabalham na informalidade já tentaram uma vaga de emprego e viram
que não havia lugar para eles por falta de treinamento e baixa
escolaridade. Outros, por motivos de idade ou saúde, descobriram que
as portas não se abrem para pessoas como eles. Outros tem que cuidar
de um ente querido e não dispõem dos dias e horários fixos que
emprego formal exige.

Há outro motivo pelo qual estes homens e mulheres trabalham na
informalidade. É porque recusam roubar, vender drogas, ou se vender.
E pode acreditar, não falta oportunidades. É só a integridade e força
de vontade deles mesmo que os faz levantar e voltar à esquina ou à
parada de ônibus cada dia para tentar ganhar o suficiente para mais
um dia de vida.

O que eu queria registrar nesta reflexão é justamente minha admiração
por todos aqueles que trabalham sem proteções trabalhistas, sem a
ajuda de um sindicato ou categoria profissional, e que mesmo assim,
são honestos, trabalhadores e bons cidadãos.

Já observei esses amigos meus dando de graça um lanche a um morador
de rua, uma oportunidade para trabalhar a um ex-viciado, orientando
um estranho perdido e sendo educados até com pessoas que os trataram
com desconfiança ou desdém. São pequenas demonstrações de integridade
e cidadania que são mais admiráveis por serem feitas com a
naturalidade de quem faz, não para serem vistos, mas porque possuem
verdadeiro caráter.

Se tiver a oportunidade nesses dias, compre algo de um feirante, de
um vendedor ambulante, daquela senhora na barraca ou daquele fiteiro.
Aproveite a oportunidade para lembrá-los de que eles também são
trabalhadores, e tão merecedores quanto qualquer outro do seu
reconhecimento no "Dia do Trabalhador". Melhor ainda, qualquer dia
desses, quando comprar algo de um deles, agradeça-lhe por perseverar
e por fazer tudo que pode com o pouco que possui; por ser um bom
trabalhador, mesmo que ninguém reconheça o quanto trabalha. Será que
alguém uma vez fez isso com aquele carpinteiro de Nazaré?

Para Seu Acácio, Diógenes, Bazar, e todos os seus colegas na rua e
nas paradas, parabéns. E, Feliz dia do Trabalhador! Você merece, e
que Deus lhe abençoe!

Veja outras mensagens e reflexões sobre "O Dia do Trabalho

04 abril 2015

Cristo Redentor


de Max Lucado


Pouco mais de vinte e sete metros de altura. Mil trezentas e vinte
toneladas de concreto armado. Posicionada numa montanha dois mil e
quatrocentos metros acima do nível do mar. E a famosa estátua do
Cristo Redentor que se eleva acima da cidade do Rio de Janeiro, no
Brasil.

Não há turista que vá ao Rio e não serpenteie ladeira acima no
Corcovado para ver esse agigantado monumento. Apenas a cabeça tem
quase três metros de altura. A envergadura de ponta a ponta dos dedos
— quase vinte metros.

Quando morei no Rio, vi a estátua dezenas de vezes. Mas nenhuma vez
me impressionou tanto quanto a primeira.

Eu era estudante universitário passando férias no Brasil. Exceto por
escapadelas através da fronteira mexicana, esta era a minha primeira
viagem fora dos Estados Unidos. Conhecia esse monumento apenas por
meio da revista National Geographic.

Iria descobrir que nenhuma revista pode verdadeiramente captar o
esplendor do Cristo Redentor.

Abaixo de mim estava o Rio. Sete milhões de pessoas fervilhando nas
luxuriantes montanhas verdes que se precipitam no azul vivo do
Atlântico. Atrás de mim estava a estátua do Cristo Redentor. Enquanto
olhava a gigantesca estátua através de minha lente telefoto, duas
ironias me chamaram a atenção.

Não podia deixar de notar os olhos cegos. Ora, sei o que você está
pensando — todas as estátuas têm olhos cegos. Você está certo, têm
mesmo. Mas é como se o escultor dessa estátua tivesse tencionado que
os olhos fossem cegos. Não há pupilas para sugerir visão. Não há
círculos para sugerir vista. Há apenas aberturas bem arredondadas.

Abaixei a máquina fotográfica até a cintura. Que espécie de redentor
é este? Cego? Olhos fixos no horizonte, recusando-se a ver a massa do
povo a seus pés?

Vi a segunda ironia quando novamente ergui a minha má-quina. Fui
acompanhando as feições para baixo; passei pelo nariz forte, passei
pelo queixo proeminente, passei pelo pescoço. Meu foco se deteve no
manto da estátua. No lado de fora do manto está um coração. Um
coração bem curvo. Um coração simples.

Um coração de pedra.

O simbolismo involuntário me abalou. Que espécie de redentor é este?
Coração feito de pedra? Mantido firme, não com paixão e amor, mas com
concreto e argamassa. Que espécie de redentor é este? Olhos cegos e
coração de pedra?

Desde então aprendi a resposta à minha própria pergunta: Que tipo de
redentor é esse? Exatamente a espécie de redentor que a maioria das
pessoas tem.

Oh, a maioria das pessoas não admitiria que tem um redentor cego e
com um coração de pedra. Mas olhe com mais atenção.

Para alguns, Jesus é um amuleto para dar sorte. O "Redentor Pata de
Coelho". Tamanho de bolso. Conveniente. Facilmente empacotável.
Facilmente compreendido. Facilmente diagramado. Pode-se colocar seu
retrato na parede ou pode-se colocá-lo na carteira como seguro.
Pode-se emoldurá-lo. Dependurá-lo no espelho retrovisor ou colá-lo no
painel de instrumentos.

A especialidade desse redentor? Livrá-lo de uma enrascada. Precisa de
um lugar para estacionar? Esfregue o redentor. Precisa de ajuda num
teste? Tire para fora a pata de coelho. Não é preciso ter um
relacionamento com ele. Não é preciso amá-lo. Apenas mantê-lo no
bolso perto do seu trevo de quatro folhas.

Para muitos, ele é um "Redentor Lâmpada de Aladim". Novos empregos.
Cadilaques cor-de-rosa. Cônjuges novos e melhorados. Seu desejo é uma
ordem para ele. E melhor ainda, ele convenientemente volta para
dentro da lâmpada quando você j á não o quer por ali. Para outros,
Jesus é um "Redentor Silvio Santos". "Está bem, Jesus, façamos um
trato. Cinqüenta e dois domingos por ano, colocarei uma fantasia —
paletó e gravata, chapéu e meias — e aguentarei qualquer sermão que
jogar para o meu lado. Em troca, você me dá a graça que fica atrás do
portal de pérola número três."

O Redentor Pata de Coelho. O Redentor Lâmpada de Aladim. O Redentor
Sílvio Santos. Poucas exigências, nenhum desafio. Nenhuma necessidade
de sacrifício. Nenhuma necessidade de dedicação.

Redentores sem vista e sem coração. Redentores sem poder. Não é assim
o Redentor do Novo Testamento.

Compare o Cristo cego que vi no Rio com o Cristo compassivo visto por
uma mulher amedrontada certa madrugada em Jerusalém (João 8:1-11).

Raia o dia. O sol nascente estende um cobertor dourado por sobre as
ruas da cidade. Diamantes de orvalho agarram-se às folhinhas de
grama. Um gato se espreguiça ao despertar. Os ruídos são esparsos.

Um galo entoa seu recital matutino.

Um cão ladra para dar as boas vindas ao dia.

Um camelô desce a rua arrastando os pés, seus artigos às costas.

E um jovem carpinteiro fala no pátio do Templo.

Jesus está sentado, cercado por um grupo de ouvintes. Alguns movem as
cabeças assentindo e abrem os corações em obediência. Aceitaram o
mestre como seu mestre e estão aprendendo a aceitá-lo como seu
Senhor.

Outros são curiosos, querem crer, mas estão desconfiados desse homem
cujas reivindicações forçam tanto os limites da crença.

Quer curiosos, quer convencidos, eles ouvem atentamente.
Levantaram-se cedinho. Havia algo com relação às palavras dele que
era mais confortador do que o sono.

Não sabemos qual o seu tópico naquela manhã. Oração, talvez. Ou
talvez bondade ou ansiedade. Mas fosse qual fosse, logo foi
interrompido quando um bando de gente invadiu o pátio.

Determinados, eles irrompem de uma rua estreita e dirigem-se a Jesus
pisando duro. Os ouvintes se amontoam para abrir-lhes caminho. A
horda é constituída de líderes religiosos, os presbíteros e diáconos
daquela época. Homens respeitados e importantes. E lutando para
manter o equilíbrio na crista dessa onda bravia encontra-se uma
mulher semi-despida.

Apenas momentos antes, estivera na cama com um homem que não o seu
marido. Era assim que ela ganhava a vida? Talvez sim. Talvez não.
Talvez o marido tivesse partido, seu coração estivesse solitário, o
toque do estranho fosse cálido, e antes que pudesse perceber o que
fazia, ela o havia feito. Não sabemos.

Mas sabemos que uma porta foi aberta à força e ela foi arrancada de
uma cama. Mal teve tempo de cobrir o corpo antes de ser arrastada
para a rua por dois homens da idade de seu pai. Que pensamentos lhe
percorriam a mente enquanto ela se debatia para manter-se em pé?

Vizinhos curiosos enfiavam as cabeças por janelas abertas. Cães
sonolentos ladravam para o tumulto.

E agora, com passadas decididas, a turba se precipita para o mestre.
Jogam a mulher na sua direção. Ela quase cai.

— Encontramos esta mulher na cama com um homem! — Brada o líder. — A
lei diz para apedrejá-la. O que o senhor diz?

Arrogantes com coragem emprestada, eles dão um sorrizinho afetado
enquanto observam o rato ir atrás do queijo.

A mulher esquadrinha os rostos, faminta por um olhar compassivo. Não
encontra nenhum. Pelo contrário, só vê acusação. Olhos semicerrados.
Lábios apertados. Dentes rangendo Olhares que sentenciam sem ver.

Corações de pedra, frios, que condenam ser sentir.

Ela abaixa o olhar e vê pedras nas mãos deles — as pedras da justiça
cujo propósito é o de, com pedradas, arrancar-lhe a lascívia do
coração. Os homens apertam-nas tanto que as pontas dos dedos ficam
brancas. Apertam-nas como se as pedras fossem o pescoço desse
pregador que eles odeiam.

Em seu desespero, ela olha para o Mestre. Os olhos dele não têm o
brilho feroz. "Não se preocupe," sussurram aqueles olhos, "está tudo
bem." E pela primeira vez aquela manhã, ela vê bondade.

Quando Jesus a enxergou, o que viu? Viu-a como um pai vê a filha
crescida ao entrar na igreja rumo ao altar nupcial? A mente do pai
volta correndo pelo tempo, vendo sua menina crescer novamente — das
fraldas às bonecas. Das salas de aula aos namorados. Da festa de
formatura ao dia do casamento. O pai vê tudo isso ao olhar para a
filha.

Quando Jesus olhou para essa filha, será que sua mente correu de
volta no tempo? Será que ele reviveu o ato de formar essa filha no
céu? Será que ele a via como a criara originalmente? O que deseja que
façamos com ela?

Ele poderia ter perguntado por que não haviam trazido o homem. A Lei
o condenava da mesma forma. Ele poderia ter perguntado porque estavam
subitamente tirando o pó de uma velha ordem que havia ficado nas
prateleiras por séculos. Mas não o fez.

Apenas ergueu a cabeça e falou:

— Acho que, se nunca cometeram um erro, têm o direito de apedrejar
esta mulher. Voltou para baixo o olhar e começou a desenhar na terra
outra vez.

Alguém pigarreou como que para falar, mas ninguém falou. Pés se
arrastaram. Olhos baixaram. Então ploque...ploque.. . ploque...
pedras caíram ao chão.

E eles se afastaram. A começar pelo de barba mais branca e terminando
com o de mais preta, eles se voltaram e partiram. Chegaram como se
fossem um, mas se retiraram um a um. Jesus disse à mulher que
erguesse o olhar.

— Não há ninguém para condená-la? — Ele sorriu quando ela ergueu a
cabeça. Ela não viu ninguém, apenas pedras — cada qual uma lápide em
miniatura para marcar o túmulo da arrogância de um homem.

— Não há ninguém para condená-la? — ele havia pergunta do. Ainda
existe um que pode fazê-lo, pensa ela. E ela se volta para ele.

O que ele deseja? O que fará?

Talvez ela esperasse que ele a censurasse. Talvez esperasse que ele
se afastasse dela. Não estou certo, mas uma coisa eu sei: O que ela
recebeu era algo que jamais esperava. Recebeu uma promessa e uma
ordem.

A promessa: "Então nem eu tampouco a condeno."

A ordem: "Vá e não peque mais."

A mulher volta-se e caminha para o anonimato. Ninguém mais a vê ou
ouve falar dela. Mas de uma coisa podemos ter certeza: naquela manhã
em Jerusalém, ela viu Jesus e Jesus a viu. E se pudéssemos de alguma
forma transportá-la ao Rio de Janeiro e permitir que ela se postasse
à base do Cristo Redentor, sei qual seria a sua reação.

— Esse não é o Jesus que vi — diria ela. E estaria certa. Pois o
Jesus que viu não tinha coração duro. E o Jesus que a viu não tinha
olhos cegos.

Contudo, se pudéssemos de algum modo transportá-la ao Calvário e
permitir que ela se postasse à base da cruz. . . você sabe o que ela
diria. "É ele", murmuraria. "É ele."

Ela lhe reconheceria as mãos. As únicas mãos que não haviam segurado
pedras naquele dia foram as dele. E também nesse dia não seguram
pedras. Ela lhe reconheceria a voz. E mais áspera e mais fraca, mas
as palavras são as mesmas: "Pai, perdoa-lhes. . ." E lhe reconheceria
os olhos. Como poderia jamais esquecer-se daqueles olhos? Límpidos e
cheios de lágrimas. Olhos que a viam não como era, mas como deveria
ter sido.
– do livro "Seis Horas de uma Sexta-Feira" de Max Lucado, Copyright
Editora Vida (1994).
Veja também de Max Lucado Uma Luz na Caverna e Podemos confiar na
proclamação?


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http://www.iluminalma.com/vec/1504/04-cristo-redentor.html =====

04 dezembro 2014

Tudo Posso Parte 3


de Dennis Downing


Agora temos a terceira parte da nossa reflexão sobre Filipenses 4:13
e a famosa declaração de Paulo de que "Tudo posso naquele que me
fortalece." Como é que devemos entender esta afirmação ousada? Como
aplicar para nossas vidas hoje? Na última mensagem, nesta, e nas
próximas duas aqui na seção Vida em Cristo, vamos refletir sobre esta
promessa preciosa e como ela se aplica para nós hoje. Venha nos
acompanhar...

"Será que realmente 'Tudo posso naquele que me fortalece'?"

Há quatro pontos importantes que precisamos aprender desta passagem:

1. Nem tudo que eu quero, eu posso.
2. Nem tudo que eu posso, eu devo.
3. Nem tudo que eu posso, eu faço.
4. Mas, tudo que eu preciso, eu posso.

Agora vemos o terceiro ponto: Nem tudo que eu posso, eu faço!

Vimos que nem tudo que eu quero, eu posso. Descobrimos que nem tudo
que podemos, devemos. Mas, ainda precisamos admitir que nem tudo que
podemos e devemos, de fato fazemos.

Cristãos às vezes pensam que precisam fazer algo. Eles concluem que é
algo bom e necessário. É para ajudar os outros, é espiritual. Eles
tentam fazer e se frustram quando não conseguem. Eles reclamam que
Deus não ouviu suas orações ou não foi fiel às suas promessas.

Mas Deus muitas vezes deve olhar ao nosso redor para tudo que ele
preparou para nós, todas as obras que ele destinou para nós que nós
ignoramos porque estamos sonhando com o "impossível". Deus preparou
as obras que devemos fazer. Se faltam condições ou recursos, a culpa
não é de Deus.

O mesmo Paulo que afirmou "tudo posso naquele que me fortalece"
também declarou "...somos feitura dele, criados em Cristo Jesus para
boas obras, as quais Deus de antemão preparou para que andássemos
nelas." (Efésios 2:10) Se as obras e realizações foram preparadas "de
antemão" por Deus, certamente não faltarão condições para que sejam
realizadas. Talvez o que falta é nós reconhecermos as obras que Ele
preparou.

Dentro da vontade soberana (e para nós muitas vezes misteriosa) de
Deus, podemos afirmar que o homem pode fazer o que precisa. Mas esse
fazer nem sempre será o que ele quer. Prova disso é que há muita
coisa que, além de podermos fazer, devíamos fazer, mas nem sempre
fazemos.

O irmão que quer abrir uma livraria para vender Bíblias para divulgar
a Palavra de Deus em seu bairro está compartilhando a Bíblia que já
tem com seus vizinhos? A irmã que quer servir as crianças do bairro
está cuidando de seus filhos ou dos filhos da sua irmã casada? A
jovem que quer evangelizar Rondônia está evangelizando seus parentes
e vizinhos onde mora?

Anos atrás ouvi o coordenador de um comitê de missões dar o seguinte
critério para avaliar futuros missionários. Ele, que havia sido
durante anos missionário na África do Sul, disse que não iam enviar
para um país estrangeiro algum homem ou mulher que não estivesse
fazendo discípulos e evangelizando na pequena cidade onde morava.

Por que o "missionário" teria que ir para terras estranhas para
evangelizar? Por que ele não podia fazer discípulos na sua própria
língua e cultura? Se ele não estivesse fazendo lá onde morava, não
deviam esperar que, por estar em terras distantes, ele passaria a
fazer.

Jesus estabeleceu um princípio - Fiel no pouco, fiel no muito (Mat
25:21,23). Será que Deus só coloca diante de mim coisas impossíveis?
Ou será que eu não estou nem sendo fiel nas coisas bem possíveis que
ele colocou diante de mim?

Vamos começar a ser fiel no pouco, a andar nas obras que Deus já
colocou diante de nós e para as quais ele já nos preparou e já nos
equipou. Sendo fiéis nestas coisas, certamente ele confiará coisas
maiores, coisas até então aparentemente impossíveis.

Veja também de Dennis Downing: Como Conhecer a Vontade de Deus
e "Tudo Posso Naquele que Me Fortalece" Parte 1.

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13 novembro 2014

Tudo Posso Parte 2


de Dennis Downing


Primeiramente, perdão pela demora em lançar Parte 2 da nossa reflexão
sobre esta intrigante passagem. Deus permitindo, partes 3 e 4 não
demorarão tanto. E, queremos agradecer a todos pela resposta ao nosso
pedido de ajuda para o site da iluminalma. As curtidas das imagens e
textos e visitas aos anúncios têm sido uma bênção. Como forma de
agradecimento, em breve teremos um sorteio de livros para os nossos
leitores! Que Deus lhe abençoe e muito obrigado por todo seu apoio!
Por favor, continue. Precisamos da sua ajuda todos os dias!

Em seguida vai a segunda parte da nossa reflexão sobre Filipenses
4:13 e a famosa declaração de Paulo de que "Tudo posso naquele que me
fortalece." Como é que devemos entender esta afirmação ousada? Como
aplicar para nossas vidas hoje? Na última mensagem, nesta, e nas
próximas duas aqui na seção Vida em Cristo, vamos refletir sobre esta
promessa preciosa e como ela se aplica para nós hoje. Venha nos
acompanhar...

"Será que realmente 'Tudo posso naquele que me fortalece'?"

Há quatro pontos importantes que precisamos aprender desta passagem:

1. Nem tudo que eu quero, eu posso.
2. Nem tudo que eu posso, eu devo.
3. Nem tudo que eu posso, eu faço.
4. Mas, tudo que eu preciso, eu posso.

Agora vemos o segundo ponto: Nem tudo que eu posso, eu devo!

Como Cristãos, nós nos preocupamos em fazer sempre a vontade de Deus.
Às vezes uma idéia chama a nossa atenção. Vemos uma necessidade ou
oportunidade e logo pensamos numa solução. Oramos um pouco e depois
de algum tempo começamos a criar convicção que Deus quer realizar tal
obra. Irmãos e amigos, vendo que o nosso projeto é bom e espiritual,
começam a nos encorajar. Todos afirmam que deve ser da vontade de
Deus. Mas, será que é?

Nem sempre tudo que eu posso, eu devo. Às vezes eu terei condições de
fazer algo, para o qual talvez tenha orado por muito tempo e desejado
profundamente. Quando vejo as condições, logo penso que é isso mesmo
que Deus quer. Mas, pode não ser. Vemos três exemplos da vida de
Davi, um homem que vivia segundo o coração de Deus (Atos 13:22). Em
cada exemplo Davi descobriu que o que parecia uma resposta de Deus,
não era.

1 Sam 24:1-7 Davi, o ungido de Deus, estava sendo injustamente
perseguido por Saul, um rei que foi desobediente e rejeitado pelo
Senhor. Certamente Davi queria se livrar dessa perseguição. No
episódio relatado em 1 Sam 24:1-7, Saul caiu nas mãos de Davi e Davi
podia ter acabado com Saul e toda sua perseguição injusta.

Os homens de Davi disseram que aquilo era o cumprimento de uma
profecia. Por um momento Davi até acreditou e agiu conforme o parecer
dos seus homens. Parecia uma bênção de Deus. Só Deus podia ter
colocado Saul em suas mãos assim. E os homens de Davi afirmaram que
era o cumprimento da palavra de Deus.

Davi, por um instante, podia fazer o impossível. Mas ele escolheu não
fazer. Será que ele desperdiçou uma grande bênção que Deus lhe deu?

1 Sam 26:8-9 Mais tarde, em outra ocasião, parecia que Deus havia
entregue Saul novamente nas mãos de Davi. Abisai, o irmão de Joabe,
disse: "Deus te entregou..."

Certamente Davi havia orado por livramento. Apareceu o que parecia um
milagre – uma oportunidade de acabar com seu pior inimigo, uma
oportunidade de por fim à injustiça e perseguição.

Davi, por um instante, podia fazer o impossível. Mas ele escolheu não
fazer. Será que ele desperdiçou uma grande bênção que Deus lhe deu?

2 Sam 7:1-3 Davi queria fazer algo para Deus – edificar um templo
para Ele. Nada indica que os motivos de Davi eram impuros ou que
àquela altura da sua vida ele não seria digno de fazer tal
empreendimento.

O profeta Natã até afirma que Davi deve ir em frente com seu plano.
Efetivamente, o porta-voz de Deus afirma que o desejo dele é certo.

Mas, logo em seguida (vv. 4-5, 12-13) descobrimos que aquilo de fato
não seria a vontade de Deus e que Davi não devia construir aquele
templo.

Davi havia começado como um simples pastor de ovelhas. Ele sobreviveu
vários anos de perseguição por um rei cismado em matá-lo. Ele lutou
depois contra vários inimigos e venceu todos. Finalmente Deus lhe
havia dado descanso e prosperidade.

Davi queria fazer algo bom para Deus para demonstrar sua gratidão.
Davi finalmente podia fazer o que, por anos, parecia ser impossível.

No entanto, não era a vontade de Deus.

Nem tudo que parece ser da vontade de Deus é. Nem tudo que é bom é
necessário.

Embora tenho lutado e me empenhado contra grandes obstáculos, preciso
estar preparado para esta verdade - nem tudo que eu posso, eu devo.
Portanto, dizer que "tudo posso naquele que me fortalece", nem sempre
significa que naquilo que eu posso - eu devo. Há coisas que posso
fazer que não cabem a mim.

Não perca a imagem especial:
http://www.iluminalma.com/img/il_filipenses4_19a.html

Veja também de Dennis Downing: Como Conhecer a Vontade de Deus.

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17 outubro 2014

Tudo Posso


de Dennis Downing


Primeiramente, queremos agradecer a todos que responderam de forma
tão valente ao nosso pedido de ajuda para o site da iluminalma. As
curtidas das imagens e textos e visitas aos anúncios tem aumentado de
forma expressiva. Muito obrigado! Com sua ajuda pretendemos continuar
melhorando o site e dando do nosso melhor para você. Como um modesto
presente de gratidão, a imagem deste texto (Filipenses 4:13) pode ser
baixada em alta resolução (1600 x 1067), e assim servirá de fundo de
tela para qualquer monitor ou tablet. Que Deus lhe abençoe e muito
obrigado por todo seu apoio! Por favor, continue. Precisamos da sua
ajuda todos os dias!

Uma das mensagens mais procuradas aqui no iluminalma e em nosso site
"irmão" da Hermeneutica.com é sobre Filipenses 4:13 e a famosa
declaração de Paulo de que "Tudo posso naquele que me fortalece."
Como é que devemos entender esta afirmação ousada? Como aplicar para
nossas vidas hoje? Nesta mensagem e nas próximas três aqui na seção
Vida em Cristo, vamos refletir sobre esta promessa preciosa e como
ela se aplica para nós hoje. Venha nos acompanhar...

"Será que realmente 'Tudo posso naquele que me fortalece'?"

Há quatro pontos importantes que precisamos aprender desta passagem:

1. Nem tudo que eu quero, eu posso.
2. Nem tudo que eu posso, eu devo.
3. Nem tudo que eu posso, eu faço.
4. Mas, tudo que eu preciso, eu posso.

Nesta e nas próximas três reflexões em Vida em Cristo vamos refletir
sobre estes quatro pontos, e guiados por eles compreender a mensagem
profunda e vital de Filipenses 4:13

Primeiramente, nem tudo que eu quero, eu posso!

Um Cristão quer abrir uma pequena livraria para vender Bíblias e
livros de estudo bíblico em seu bairro. Falta o dinheiro para comprar
as mercadorias e pagar os primeiros meses de aluguel. Ele ora a Deus
fervorosamente para Deus "abrir essa porta".

Uma irmã quer começar uma obra de ajuda a crianças carentes num
bairro perto do prédio da igreja. A liderança da igreja não a
considera apta para esta obra, mas não tem outra pessoa que queira se
envolver. Ela pede a Deus que Ele mude os corações dos líderes. Ela
aguarda ansiosamente o dia em que vai começar a ajudar as crianças.

Outra irmã quer casar e ser missionária em Rondônia. Ela tem certeza
que é a vontade de Deus e ora com plena convicção de que Deus vai
conceder este pedido.

Todos estes discípulos são encorajados pelos irmãos próximos a eles.
Em orações e bilhetes, em palavras e abraços, todos recebem o apoio
de seus irmãos. E todos são fortalecidos com as palavras de Paulo –
"tudo posso naquele que me fortalece" (Filipenses 4:13).

E não é isso mesmo que Paulo quis dizer? Ele não estava dizendo que,
em tudo de bom que queremos fazer, Deus vai nos dar a força, a
sabedoria, ou até os recursos financeiros necessários? É claro que
deve ser algo segundo a vontade de Deus. Certamente não deve ser por
motivos egoístas. Mas, se for algo de bom, para evangelizar, para
edificar a igreja, para servir os outros, Deus promete nos dar tudo
que precisamos. Não é isso que Paulo quis dizer?

Não. Não foi bem isso. Sabemos que não foi bem isso que Paulo quis
dizer porque nos versículos antes e depois deste, o assunto que Paulo
trata não tem nada a ver com obras ou realizações – o que está mais
em pauta é a sobrevivência. Antes e depois Paulo fala de como
aprendeu a ficar contente em situações diversas e adversas.

Paulo fala de como aprendeu a viver em "pobreza" (v. 11), "fartura e
fome" e "abundância e escassez" (v. 12). Depois ele expressa a
gratidão dele pela igreja de Filipos que o ajudara com suas
"necessidades" (v. 16). Paulo não está relatando grandes conquistas e
realizações. Ele está falando de como Deus lhe deu força para
enfrentar algumas das situações mais difíceis da sua vida. Não
devemos esquecer que quando Paulo escreveu estas palavras ele estava
em cadeias (1:13,17), prisioneiro de um império brutal e autoritário.

A maior conquista que Deus deu a Paulo não foi algo que Deus fez por
meio dele. Foi algo que Deus fez por dentro dele. O que chamou a
atenção de Paulo não foi como Deus moveu montanhas por meio de suas
orações, mas como Deus mudou seu coração por meio de Cristo habitando
dentro dele.

Quanto a grandes conquistas ou respostas a oração, Paulo de fato
havia visto como nem sempre Deus faz o que pedimos, mesmo quando é
algo bom e para os outros. A Paulo, um homem de fé sincera e
poderosa, foi negado algo bom e desejável que pediu ao Senhor – uma
cura. Em 2 Coríntios 12:8-9 vimos que, apesar de toda sua fé e amor
ao Senhor, Paulo não recebeu o que queria. Tudo posso naquele que me
fortalece? Sim, se realmente for da vontade de Deus.

"Muitos de nós hoje só ouvimos a parte da frase que diz 'tudo posso'.
A sociedade Americana, com seu namoro com os ideais modernos e
conceitos de progresso e realização, vende toneladas de livros e
seminários diários em sessões lotadas sobre 'como' tudo podemos.

Mas, o foco de Paulo não é tanto nas realizações e habilidades, como
se ele fosse de alguma forma superior ao homem comum; é mais sobre
Cristo que lhe dá a força para ser fiel à vontade dEle. É aquele que
me fortalece que merece o crédito e a glória.

Não é que Paulo não se importa com progresso, como ele indica em 1:25
(embora ele o define como o desenvolvimento de um caráter de servo e
fé, não necessariamente proeza mental ou administrativa), mas que
Cristo é quem dá a graça para tanto 'progresso' (1 Cor 15:10)."

Paulo tinha o dom de curar e curou muitas pessoas, chegando a curar
todos numa ilha inteira (Atos 28:7-9). Mas, houve ocasião em que
Paulo não pôde curar um discípulo próximo a ele, Trófimo (2 Tim
4:20). Tudo posso naquele que me fortalece? Sim, dentro dos limites
que Deus estabelece e permite.

Paulo queria pregar o Evangelho na Ásia (Atos 16:6-7). Mas ele foi
impedido de pregar lá e teve que viajar até a Macedônia para poder
pregar onde Deus queria. Pregar era bom e necessário. Certamente Deus
queria que o Evangelho fosse pregado na Ásia. Qual o problema em
Paulo pregar na Ásia? Só Deus sabe, mas ele fechou aquela porta.

Haverá ocasiões em que vamos querer fazer coisas boas, até coisas
para Deus, mas não conseguiremos, porque não será a vontade de Deus
naquele momento, ou naquela situação, naquele lugar, ou com aquela
pessoa. Tudo posso naquele que me fortalece? Sim, quando, como, aonde
e com quem Deus quer. Mas, somente porque algo é bom, espiritual e
para servir os outros, não quer dizer que Deus vai abençoar.

Podemos, então, dizer que O ponto de Filipenses 4:13 não é sobre as
minhas realizações, e sim condições para o que Deus quer realizar
através de mim ou dentro de mim. "Tudo posso naquele que me
fortalece." A grande questão não é se realmente posso TUDO. Talvez a
pergunta mais importante é "para que" ele está me fortalecendo?

"Já que com sua força humana caída ele foi um obstáculo para
Cristo, Paulo aprendeu a regozijar na sua fraqueza para que a força
de Cristo, e não a sua, fosse evidente (2 Cor 12:9-10). Deve ser
notado também que este versículo não é a carta branca para obter
'poder' de Deus para realizar qualquer coisa que nós queiramos. Paulo
recebeu de Cristo força interna impressionante para realizar a
vontade de Cristo, não a sua (Efé 2:10; 3:16; Tito 2:11-12)."

Na nossa próxima reflexão, vamos ver como "Nem tudo que eu posso, eu
devo." Deus lhe abençoe e até em breve! Não perca a imagem em alta
resolução: http://www.iluminalma.com/img/il_filipenses4_13b.html

Veja também de Dennis Downing: Como Conhecer a Vontade de Deus.

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VIDA EM CRISTO de iluminalma =====

06 setembro 2014

Sete de Setembro


de Dennis Downing


Dizem que foi no dia 7 de setembro de 1822 que o Príncipe Dom Pedro
gritou "Independência ou Morte!" às margens do riacho Ipiranga, no
que é atualmente São Paulo.

A liberdade é uma das condições da vida mais preciosas para o homem.
É uma das poucas virtudes pelas quais ele estará disposto a dar a sua
vida.

E dar a vida homens tem dado em várias revoluções e revoltas ao longo
da história para conquistar ou defender a sua liberdade e a dos seus
familiares e compatriotas.

Pensando nisso e nesta data de 7 de Setembro, tão significante na
história do Brasil, vamos refletir um pouco sobre a liberdade e a
escravidão na história de dois homens.

Nesta história, um dos homens parecia livre – mas não era.
Ele vivia a pior forma de escravatura – pensou que era livre e não
enxergava as cadeias que o amarravam.

O outro homem era livre.
Tinha total liberdade – mas não sabia.

Conseqüentemente, ele também viveu na escravatura da sua própria
ignorância.

Só mais um detalhe.
Estes dois homens eram irmãos, filhos do mesmo pai, criados na mesma
casa, mas estranhos – um para o outro e ambos para seu pai.

Leia Lucas 15:11-24

Eu não sei de vocês, mas, quando eu era adolescente, com 15, 16, 17
anos, eu não via a hora de sair da casa de meus pais.

Eu sonhava com o dia em que eu teria minha própria casa, onde eu
decidiria a hora de chegar, o que comer, o que assistir na TV, que
horas dormir – e muitas outras coisas.

Eu sentia que as regras e limitações na casa de meus pais eram como
um grande peso para mim.
Eu me sentia muito amarrado, muito limitado – em fim, preso.

Eu não tinha liberdade (pelo menos sentia que não tinha).
E eu queria ser livre.

Eu imagino que o filho mais novo, o famoso "filho pródigo" sentia a
mesma coisa.

Dá para imaginar as conversas na mesa de jantar na casa deles.
"Papai, 'tá chegando, viu? Três de setembro. Não esqueça. Vou querer
minha herança, viu?"

Imaginamos a chegada do tão sonhado dia.
O décimo oitavo aniversário do rapaz.

E, o pai, como havia prometido, entrega nas mãos dele toda a soma da
sua herança.

"Finalmente estou livre!"...

Eu posso imaginar o sentimento no coração daquele pai....

O filho estava livre?

De certa forma estava.
Ele estava livre para gastar aquela herança como quisesse.

Ele estava livre para dar uma grande uma festa, ir para um show, sair
de casa, enfim, fazer um bocado de coisa que ele não tinha liberdade
para fazer antes.

E ele aproveitou a liberdade.

Mas, visto de outro ângulo, ele não estava livre.
Ele era um escravo absoluto dos seus desejos.

** Quem determina para você o que fazer com sua liberdade?

Pensamos que somos nós.
Mas, não é.

Já conheceu alguém viciado em cigarro?
Bebida? , Drogas?
Pornografia? Compras?
Futebol? Novela?
Comida? Conflito?
Dinheiro? Música nova?
O mais novo aparelho eletrônico?

É você mesmo que está fazendo essas escolhas?
Ou, será que você não é escravo dos seus hábitos?

Será que você não está virando escravo da propaganda?
Das decisões e preferências dos seus amigos?

Talvez seu prazer só vem daquilo que alguém, em algum lugar, de algum
jeito, lhe convenceu que traz a verdadeira felicidade e realização.
Mas, a decisão, no final não é sua – é dos outros.
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28 agosto 2014

O amor cobre multidão de pecados

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Quinta-feira, 28 de Agosto, 2014



O AMOR COBRE MULTIDÃO DE PECADOS
de Dennis Downing


Será que a caridade pode efetuar o perdão de pecados? Será que você
pode apagar algum pecado seu ou de outro através de um sacrifício ou
doação? Isolada e interpretada sem o contexto maior, a frase do
apóstolo Pedro "o amor cobre multidão de pecados" já deu a alguns a
idéia de que um ato, um sacrifício, ou um grande esforço ou abnegação
poderia efetuar o perdão de pecados seus, ou de outra pessoa.

Mas, será que é isso que Pedro quis dizer em 1 Pedro 4:8 quando ele
escreveu "Acima de tudo, porém, tende amor intenso uns para com os
outros, porque o amor cobre multidão de pecados."?

Primeiramente, a palavra traduzida como "perdão" ou "perdoar" na NTLH
e NVI significava originalmente "cobrir, ocultar ou esconder". Em
nenhuma das outras passagens em que ocorre no Novo Testamento (como
Mt 8:24; 2 Cor 4:3; ou Mt 10:26) a palavra significa "perdoar". Esta
palavra é melhor traduzida como nas versões da Revista e Atualizada e
a Corrigida por "cobre" (o amor cobre multidão de pecados).

Para entender esta passagem, é fundamental partirmos do princípio de
que o perdão de pecados vem somente em Cristo e por meio do
sacrifício redentor dEle.
- "Jesus, porém, tendo oferecido, para sempre, um único sacrifício
pelos pecados, assentou-se à destra de Deus." Hebreus 10:12
- "E não há salvação em nenhum outro; porque abaixo do céu não existe
nenhum outro nome, dado entre os homens, pelo qual importa que
sejamos salvos." Atos 4:12

Nenhum ato nosso, por maior ou mais doloroso que seja, pode efetuar o
perdão de um único pecado. Somente o sacrifício de Jesus foi capaz de
fazer isso, e somente o sacrifício dEle na cruz é aceitável a Deus
para perdão de pecados. Eu não consigo perdoar pecados, nem meus nem
de outros no sentido absoluto. Eu posso perdoar o que alguém fez para
comigo. Mas, não consigo para ele perdão diante de Deus pelo que ele
fez. Isso só Deus pode fazer.

Mas, como é então que o amor "cobre" pecados se não os perdoa? Vemos
isso no contexto maior. A frase completa de Pedro é "Acima de tudo,
porém, tende amor intenso uns para com os outros, porque o amor cobre
multidão de pecados." Este amor "intenso" (ou como traduz a NVI
"sincero") é um amor determinado. Não é um amor casual, que nasce de
emoção ou algum vínculo passageiro. É o amor que vem daqueles que já
descobriram o quanto Cristo sofreu "na carne" (4:1) por eles.

Pedro começa esta parte da carta relembrando seus leitores "Uma vez
que Cristo sofreu corporalmente, armem-se também do mesmo pensamento,
pois aquele que sofreu em seu corpo rompeu com o pecado, para que, no
tempo que lhe resta, não viva mais para satisfazer os maus desejos
humanos, mas sim para fazer a vontade de Deus." (1 Pedro 4:1-2) Parte
desta vontade de Deus é o amor mútuo, uns para com os outros, um amor
que é tão forte que é capaz de não só perdoar, mas, de procurar
poupar quem pecou contra nós.

Lenski, no seu comentário sobre esta passagem, refletiu "Amor esconde
(os pecados dos outros) da sua própria vista, mas, não da visão de
Deus. O ódio faz o contrário, ele bisbilhota para descobrir algum
pecado ou semelhança de pecado num irmão, para daí espalhar e até
exagerar, festejando a descoberta." Ou seja, aquele que compreendeu o
quanto Cristo o amou, ao ponto de sacrificar seu próprio corpo por
ele, vai amar seus próximos com um amor sincero e determinado. Ele
vai deixar de lado os danos que sofre, vai olhar além das falhas do
seu próximo e vai, no que competa a ele, "cobrir" os pecados dos
outros.

Não podemos "pagar" pelos nossos pecados amando outros, ainda que de
forma sacrificial. Nem tampouco podemos fazer isso pelos pecados dos
outros. Mas, podemos fazer algo que, para seres humanos, talvez seja
ainda mais admirável – cobrir o mal que outro fez conosco. Ao invés
de tornar notório, de espalhar, ou de perseguir a "justiça" por um
mal feito contra nós, nós podemos decidir fazer parte da "justiça" de
Deus – de encobrir o pecado, a falha, o fracasso do outro.

Certa vez após a sua ressurreição, Jesus se encontrou com o próprio
Pedro numa praia, sentado com os outros discípulos ao redor de uma
fogueira (João 21:15-17). Jesus escolheu não lembrar a Pedro (e aos
outros) o quanto Pedro falhou na sua promessa de ir com Jesus até a
morte, e, pior ainda, que ele negou o Mestre veementemente em
público. Jesus teria todo direito de levantar aqueles pecados, de
repreender a Pedro, de indagá-lo se ele estava mesmo arrependido.
Mas, tudo isso Jesus deixou para trás. Ele cobriu.

Ao invés disso, Jesus apenas perguntou a Pedro se ele O amava. Jesus
sabia o quanto Pedro estava envergonhado pelo seu pecado. E querendo
"cobrir" isso, Jesus sequer mencionou; apenas deu a esse querido
discípulo a oportunidade que ele tanto precisava de se redimir, e em
público, de talvez o maior e mais doloroso pecado da sua vida –
pecado justamente contra Ele, Jesus. Depois de acolher a declaração
de Pedro, o pecador, Jesus confiou a ele a grande missão da sua vida:
"Pastoreia as minhas ovelhas."

Imagine o quanto isso significou para Pedro. Será que ele estava
lembrado daquilo que Jesus fez com ele, Pedro pecador, quando ele
escreveu "tende amor intenso uns para com os outros, porque o amor
cobre multidão de pecados"?

Dúvidas? Leia mais sobre esta passagem em Um Estudo Sobre 1 Pedro 4:8

Veja também O Caminho de Dennis Downing.

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16 maio 2014

DEUS É JUSTO


de Max Lucado


A Bíblia diz em 1 Pedro 3:18, "Pois também Cristo sofreu pelos
pecados uma vez por todas, o justo pelos injustos, para conduzir- nos
a Deus."

Sim, justiça é o que Deus é – e sim, justiça é o que não somos!

E, sim, justiça é o que Deus requer. Mas Romanos 3:21 nos diz, "Mas
agora se manifestou uma justiça que provém de Deus".

No Salmo 23 Davi disse assim, "Guia- me nas veredas da justiça", e
Daniel 9:14 declara, "o Senhor, o nosso Deus, é justo em tudo o que
faz."

O caminho da justiça é uma trilha estreita, com vento forte, num
monte alto. No topo do monte está uma cruz. Na base da cruz estão
sacos incontáveis cheios de pecados.

Entende? Calvário é o depósito de entulhos para culpa. Você também
gostaria de deixar a sua lá?

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08 maio 2014

Uma Surpresa Para o Dia das Maes


de Alan Smith


Dois meninos mandaram a mãe deles ficar na cama no Dia das Mães.
Enquanto ela ficou deitada, com expectativa de receber o café da
manhã na cama, o cheiro do bacon veio suavemente da cozinha.

Finalmente, os meninos chamaram sua mãe para sair do quarto. Ela os
encontrou sentados à mesa comendo ovos com bacon. "Como surpresa para
o Dia das Mães," explicou um, "nós decidimos fazer nosso próprio café
da manhã!"

Não sei o que você está planejando para o Dia das Mães, mas, espero
que você esteja planejando algo especial para honrá-la.

Abraão Lincoln certa vez declarou: "Tudo que sou e posso ser, eu devo
a minha anjinha de mãe." João Gray disse "A mão que balança o berço
guia o mundo." Napoleão Bonaparte disse, "Deixe a França ter boas
mães, e ela terá bons filhos." E que tal este provérbio Espanhol –
"Um grama de mãe vale um quilo de clero."

Ninguém tem a mesma chance de moldar mentes humanas e nutrir corpos e
emoções humanos quanto uma mãe.

Todas estas citações têm uma coisa em comum – todas elas enfatizam o
fato de que as mães exercem uma influência tão grande, não só nos
seus filhos, mas também, no destino da história.

Eu acho que isso não é exagero. Ninguém – nem professores, nem
pregadores, nem pscicólogos – tem a chance de moldar mentes humanas e
nutrir corpos e emoções humanos tanto quanto uma mãe. Os resultados
de ser uma mãe competente verdadeiramente podem ser vistos por
gerações.

"Seus filhos se levantam e a elogiam; seu marido também a elogia."
(Provérbios 31:28)

Mães, tenham um ótimo dia!

Veja a imagem especial: Provérbios 31:31
Veja mais reflexões e ilustrações para o Dia das Mães em
www.hermeneutica.com/mensagens/. ==========================

02 maio 2014

Homenagem ao Trabalhador Informal


de Dennis Downing


Tenho o privilégio de servir ao Senhor num ministério que me coloca
em convívio com vários trabalhadores informais. Seu Acácio, Diógenes,
José Adilson (o "Bazar") e vários outros tentam ganhar o pão de cada
dia para suas famílias vendendo pipoca e coxinhas, refrigerantes e
água nas ruas ao redor de uma praça na cidade onde eu moro.

Eles não tem vale transporte, nem ticket refeição. Não gozam de plano
de saúde, nem décimo terceiro, e muito menos de férias remuneradas.
Eles levantam cedo e puxam sua carroça, bicicleta de carga ou
carrinho para a esquina ou parada de ônibus onde passam o dia no sol
e na chuva, sem saberem se naquele dia voltarão para casa com vinte
reais ou vinte centavos.

Naquela mesma praça tem uma família inteira de guardadores de carros
(os famosos "flanelinhas"), que cuidam dos carros dos clientes do
banco, do laboratório e dos fiíes da igreja na esquina. Cada dia da
semana pertence a um membro diferente da família, e cada um deles
passa seu dia na rua lavando e cuidando dos veículos ali
estacionados.

Eu sei que tem pessoas desonestas e maldosas na informalidade, como
em qualquer área. Talvez as pessoas que trabalham neste ramo são mais
visadas porque, se roubarem ou venderem "gato por lebre", sabe-se
logo. É diferente daqueles lá em cima que conseguem furtar milhões
escondido, sem ser flagrados ou punidos. Mas, os homens e mulheres
que trabalham na informalidade que eu conheço são alguns dos
trabalhadores que eu mais admiro.

O fiteiro e o feirante, a senhora que vende café da carrocinha, e o
aposentado que vende cachorro quente do carrinho, a maioria vive à
margem da sociedade. Entretanto, são alguns dos seus membros mais
admiráveis. Não tem patrão em cima pressionando, nem cobrança se não
aparecer no posto. Por outro lado, se passarem quinze dias no
hospital, vai ser num hospital público, e, quando sairem, vão ter um
buraco de quinze dias na renda do mês para cobrir.

Por que é que eles trabalham em situações tão precárias e inseguras?
Por que não ir atrás de um emprego formal com mais segurança e
estabilidade? Primeiramente, por falta de qualificação. Muitos que
trabalham na informalidade já tentaram uma vaga de emprego e viram
que não havia lugar para eles por falta de treinamento e baixa
escolaridade. Outros, por motivos de idade ou saúde, descobriram que
as portas não se abrem para pessoas como eles. Outros tem que cuidar
de um ente querido e não dispõem dos dias e horários fixos que
emprego formal exige.

Há outro motivo pelo qual estes homens e mulheres trabalham na
informalidade. É porque recusam roubar, vender drogas, ou se vender.
E pode acreditar, não falta oportunidades. É só a integridade e força
de vontade deles mesmo que os faz levantar e voltar à esquina ou à
parada de ônibus cada dia para tentar ganhar o suficiente para mais
um dia de vida.

O que eu queria registrar nesta reflexão é justamente minha admiração
por todos aqueles que trabalham sem proteções trabalhistas, sem a
ajuda de um sindicato ou categoria profissional, e que mesmo assim,
são honestos, trabalhadores e bons cidadãos.

Já observei esses amigos meus dando de graça um lanche a um morador
de rua, uma oportunidade para trabalhar a um ex-viciado, orientando
um estranho perdido e sendo educados até com pessoas que os trataram
com desconfiança ou desdém. São pequenas demonstrações de integridade
e cidadania que são mais admiráveis por serem feitas com a
naturalidade de quem faz, não para serem vistos, mas porque possuem
verdadeiro caráter.

Se tiver a oportunidade nesses dias, compre algo de um feirante, de
um vendedor ambulante, daquela senhora na barraca ou daquele fiteiro.
Aproveite a oportunidade para lembrá-los de que eles também são
trabalhadores, e tão merecedores quanto qualquer outro do seu
reconhecimento no "Dia do Trabalhador". Melhor ainda, qualquer dia
desses, quando comprar algo de um deles, agradeça-lhe por perseverar
e por fazer tudo que pode com o pouco que possui; por ser um bom
trabalhador, mesmo que ninguém reconheça o quanto trabalha. Será que
alguém uma vez fez isso com aquele carpinteiro de Nazaré?

Para Seu Acácio, Diógenes, Bazar, e todos os seus colegas na rua e
nas paradas, parabéns. E, Feliz dia do Trabalhador! Você merece, e
que Deus lhe abençoe!

Veja outras mensagens e reflexões sobre "O Dia do Trabalho

30 abril 2014

Deus no seu trabalho


de Max Lucado


O calendário do Céu tem sete domingos por semana. Deus santifica cada
dia. Ele realiza seu santo trabalho em todas as horas e em todos os
lugares. Ele torna o comum em algo incomum, virando pias em
santuários, restaurantes em conventos, e dias de trabalho em
aventuras.

Dias de trabalho? Sim, dias de trabalho. Ele ordenou seu trabalho
como algo bom. Antes que Deus deu a Adão uma esposa ou filho, até
antes que ele o vestiu, Deus deu a Adão um trabalho. "O SENHOR Deus
colocou o homem no jardim do Éden para cuidar dele e cultivá-lo."
Gênesis 2:15 (NVI). Inocência, não indolência caracterizou a primeira
família.

Deus vê o trabalho como merecedor do seu próprio mandamento:
"Trabalhe seis dias, mas descanse no sétimo..." Êxodo 34:21 (NVI).
Nós gostamos da segunda metade daquele versículo. Mas, ênfase no dia
de descanso pode nos levar a perder de vista o mandamento de
trabalhar: "Trabalhe seis dias". Queira você trabalhar em casa ou no
mercado, seu trabalho é importante para Deus.

E seu trabalho é importante para a sociedade. Precisamos de você!
Cidades precisam de encanadores. Nações precisam de soldados.
Semáforos param de funcionar. Ossos quebram. Necessitamos de pessoas
para concertar o primeiro e reparar o segundo. Alguém precisa criar
filhos e cuidar dos filhos que são mal criados.

Seja como for que você começa o dia, quando você trabalha você imita
a Deus. O próprio Senhor trabalhou nos primeiros seis dias da
criação. Jesus disse "Meu Pai continua trabalhando até hoje, e eu
também estou trabalhando". (João 5:17 NVI). Sua carreira consome
metade da sua vida. Ela não devia refletir Deus? Aquelas quarenta a
sessenta horas por semana não pertencem a ele também?

A Bíblia nunca promove a compulsão pelo trabalho ou o emprego
obcecado como alívio para dor. Mas, Deus chama todos que estão em
condições físicas a cultivarem os jardins que ele deu. Deus honra o
trabalho. Então honre a Deus em seu trabalho. "Para o homem não
existe nada melhor do que comer, beber e encontrar prazer em seu
trabalho." (Eclesiastes 2:24 NVI)

- tradução de Dennis Downing do livro de Max Lucado "Cure for the
common life : Living in your sweet spot". Nashville, Tenn.: Thomas
Nelson Publishers.

Visite o endereço oficial de Max Lucado em Português:
www.maxlucado.com.br. ========================

12 julho 2013

VOCÊ FARIA TUDO DE NOVO


de Max Lucado


Durante a Segunda Guerra Mundial, Oscar Schindler entrou para os
anais da história por algumas coisas que fez. Mulherengo e beberrão,
subornava os membros do partido nazista, e, no entanto, escondia no
fundo de seu coração uma pérola preciosa, que era sua compaixão pelos
judeus condenados de Krakow na Polônia.

Aqueles que Hitler perseguia para matar, Schindler os empregava na
fábrica para salvar. Ele não podia salvar a todos, apenas alguns, por
isso fez o que podia. Aquela que seria uma fábrica que lhe daria
muitos lucros, tornou-se um refúgio para mil e cem afortunadas almas,
cujos nomes ele escreveu em sua lista — a lista de Schindler.

Se você viu o filme com este título, se lembrará do final da
história. Com a derrota dos nazistas a coisa mudou de rumo. Agora
Schindler era caçado, e os prisioneiros libertados. Temendo ser
preso, tentou escapar furtivamente durante a noite, mas ao
aproximar-se de seu automóvel, Oscar Schindler fica surpreso com o
que vê: os trabalhadores de sua fábrica estão postos alinhados nos
dois lados da rua. Estavam ali para agradecer ao homem que salvou
suas vidas. Um dos judeus entrega a Schindler uma carta de
agradecimento elogiando-o por seu esforço em salvá-los, assinada por
cada pessoa sobrevivente. Recebe também de presente um anel feito do
ouro, retirado do dente de um dos trabalhadores. No anel, os
trabalhadores esculpiram uma frase do Talmude: "Aquele que salva uma
única vida, salva o mundo todo".

Naquele momento, no ar frio da noite Polonesa, Schindler é cercado
pelos judeus libertados. Ali, diante dele, fila após fila de rostos
alegres, maridos e esposas, pais e filhos, reconhecem o que Schindler
fez por eles, e sabem que jamais esquecerão tudo aquilo!

O que se passou na mente de Schindler naquele momento? Que emoções
vêm à mente de uma pessoa quando está face a face com aqueles que ela
salvou da morte?

Um dia descobriremos. Schindler contemplou diante de si o rosto
daqueles que ele salvou; nós também passaremos pela experiência.
Schindler ouviu satisfeito e emocionado a gratidão daquelas pessoas;
nós passaremos pela mesma experiência. Ele deparou-se diante de um
grupo de redimidos; nós teremos a mesma experiência diante de Jesus
Cristo.

Quando ocorrerá? Quando Cristo voltar. A promessa de 1
Tessalonicenses 2:19 não é exclusiva de Paulo. Explico. "Pois quem é
nossa esperança, alegria ou coroa em que nos gloriamos perante o
Senhor Jesus na sua vinda? Não são vocês?".

Parafraseando o texto de 1 Tessalonicenses 2:19 Paulo está dizendo
assim: "Vocês são nossa esperança, alegria ou coroa em quem nos
gloriamos diante de nosso Senhor Jesus no dia de sua vinda". O
versículo retrata a mesma coisa que Schindler viu naquela noite
diante daqueles que ele salvou. É o encontro entre os libertados e
aquele que os libertou; momento em que os salvos encontram se com a
pessoa que os levou à salvação.

Neste caso é Paulo que encontrará os tessalonicenses, e com que
alegria examinará a face de cada um deles! Eles o encontrarão e ele
os verá de novo; é o momento em que os salvos encontram seu
libertador.

Imagine-se fazendo a mesma coisa, e pense no dia quando Cristo
voltar. Ali está você, com um novo corpo, no meio de um grande grupo
de remidos. Sua mente foi totalmente transformada e aquilo que você
em parte compreendia, pode ver de forma clara e real. Você não sente
medo, não tem sensação de perigo, nem sente tristeza. Mesmo estando
no meio de uma multidão, é como se você e Jesus estives-sem sozinhos
frente a frente.

Estou apenas especulando, mas imagino que o Senhor faz a você uma
pergunta surpreendente. Ele lhe diz: "Que bom que você se entregou em
minhas mãos, e deixou que eu usasse sua vida. Por sua causa outras
pessoas estão aqui neste momento. Você quer encontrá-las?"

Você ficaria surpreso diante de tal situação, pois uma coisa é Paulo
ouvir tais palavras, ele era um apóstolo; os missionários que foram a
outros países pregar o evangelho ou aqueles famosos evangelistas
podem ouvi-las. Mas nós?

Muitos de nós nem imaginamos o poder de nossa influência. (Melhor
assim, senão ficaríamos orgulhosos.) Faríamos a mesma pergunta de
Mateus 25.37: "Senhor, quando...?"

Naquele momento — e veja que estou apenas especulando — Jesus vira-se
para a multidão e pede que ela se aproxime. Com suas mãos sobre os
seus ombros, Ele pergunta: "Há alguém aqui que foi influenciado por
este filho meu?" Uma por uma, saindo do meio da multidão as pessoas
começam a aproximar-se de você.

Um deles é aquele velho rabugento que morava no apartamento ao lado.
Você nem imaginava que ele pudesse estar ali. "Você nunca notou", diz
ele, "mas sua vida impressionou-me, e por sua causa estou aqui".

Surge diante de você um grupo de umas seis pessoas. Tomando a palavra
e falando pelos demais, um deles diz a você: "Você muito nos ajudou
quando éramos jovens. Você não falava muito, mas acolheu-nos em sua
casa e ali em sua sala de estar convertemo-nos a Cristo".

E você continua ouvindo. Um operário notou que você controlava seu
temperamento. Uma recepcionista ressaltou que você a saudava cada
manhã.

Nem passou pela sua mente que alguém que você visitara no hospital
estava ali. Você estava visitando um amigo seu e ele estava na cama
ao lado. Aproveitando a ocasião, você o encorajou e confortou o
coração dele. Admirado que um estranho viesse dar-lhe atenção,
encontrou a Cristo.

Em pouco tempo um grande grupo cerca você e o Senhor; alguns você
conhece; outros não. Mas por todos você tem o mesmo amor. Você
experimenta o sentido do que Paulo disse aos tessalonicenses: "Pois
quem é nossa esperança, alegria ou coroa em que nos gloriamos perante
o Senhor Jesus na sua vinda? Não são vocês?" (1 Ts 2.19).

O prazer que você sente não é orgulho, tipo "olha o que fiz, gente",
mas uma alegria indizível que vem do Senhor: "Bem está, servo bom e
fiel..."

Será que tudo o que descrevi é verdadeiro? Não sei se é verdadeiro,
mas se for, podemos ter certeza de duas coisas: Primeiro, a grandeza
e glória daquele momento vai além da imaginação, pois diz a
Escritura: "Nem olhos viram, nem ouvidos ouviram, nem jamais penetrou
em coração humano o que Deus tem preparado para aqueles que o amam"
(1 Co 2.9). Possivelmente o que descrevi se enquadra no que os olhos
não viram!

Segundo, se este tipo de encontro ocorrer, você não lamentará o
sacrificio feito pelo reino, nem as horas gastas no serviço de
Cristo. Você não se arrependerá. O dinheiro que você deu? Você daria
mais, se tivesse. As horas gastas ajudando os pobres e consolando o
perdido? Você faria tudo de novo.

Oscar Schindler faria tudo de novo. Imaginamos o que teria Schindler
pensado naquele momento e como se sentiu vendo a alegria das pessoas
que salvou.

A última cena do filme dá uma idéia do que aconteceu. Ali, na
presença dos sobreviventes, ele enfia a carta no bolso do casaco.
Aceita o anel e olha no rosto de cada pessoa. Aproxima-se de Isaac
Stern, o capataz da fábrica e diz algo numa voz tão baixa que Stern
pede que ele repita. Ele o faz. "Poderia ter feito mais", diz,
apontando para um automóvel que poderia ter vendido: "Com ele teria
libertado dez prisioneiros". O pino de ouro na lapela do paletó
poderia ter libertado mais dois.

Naquele momento a vida de Schindler ficou reduzida a um único valor.
Esqueça o lucro; a fabrica não tem mais sentido, e todas as lágrimas
derramadas e o pesadelo da tragédia são reduzidos a uma única
verdade: Pessoas. Somente um coisa tem valor: Pessoas!

Gostaria que você sentisse a mesma coisa. Bem, não se lastime, no céu
não há arrependimento. A bondade de nosso Deus não nos permitirá
lembrar das oportunidades perdidas, permite-nos, entretanto ver
aqueles que conquistamos para Deus! Naquele momento ao vir o triunfo
de Cristo, estou certo que faríamos tudo de novo. E melhor!

Você trocaria fraldas, consertaria os carros, arrumaria o telhado,
porque um simples olhar no rosto daqueles que você salvou o levaria a
fazer tudo de novo!

E o faria de todo coração!

Veja a imagem especial de 1 Tessalonicenses 2:19
http://www.iluminalma.com/img/il_1tessalonicenses2_19.html
Leia o resto desta mensagem de Max Lucado em Faríamos Tudo de Novo
http://www.hermeneutica.com/mensagens/fariamos-tudo-de-novo.html


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10 julho 2013

VOCÊ FEZ PARA MIM

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Quarta-feira, 10 de Julho, 2013




de Dennis Downing


Semana passada, postamos uma reflexão que despertou reações em alguns
leitores. Foi aquela sobre Mateus 25:31-40 "Quando foi que te vimos?"
http://www.iluminalma.com/vec/1307/05-quando-foi-que-te-vimos.html Se
você não leu ainda, pode seguir o link.

Algumas pessoas questionaram essa idéia de ver Jesus nas pessoas
pobres ou excluídas. Alguns lembraram que há assaltantes e outras
pessoas com mãs intenções nas ruas. Isso é verdade. Mas, não devemos
nos enganar ao pensar que as prostitutas e outros "pecadores" dos
dias de Jesus eram do tipo "Hollywood". Eram pecadores de verdade.
Mas, Jesus disse que era justamente para estes que Ele foi enviado.
Se quiser, pode acompanhar os comentários na página de Iluminalma no
Facebook https://www.facebook.com/iluminalma

Resolvemos então postar uma segunda reflexão voltada para o mesmo
tema. Talvez iremos corrigir alguns mal entendidos, ou, quem sabe
despertar mais reações ainda. Não sei. Mas, espero que esta reflexão
nos ajude a pensar mais no "outro", especialmente aquele "outro" para
o qual dificilmente olhamos, mas, que nos cerca nas praças e esquinas
e debaixo dos viadutos das grandes cidades.

A propósito, o autor deste artigo trabalha com moradores de rua (e
entre eles traficantes, prostitutas, e homens e mulheres viciados em
todo tipo de droga), num projeto num grande centro urbano há mais de
sete anos. Conhece um pouco a realidade dessas pessoas, e conhece
tanto a decepção de querer ajudar quem ajuda não quer, e a alegria de
ver um ou outro saíndo da dependência química, da violência e da
criminalidade. Não é nenhum conto de fadas e nenhum território para
se adentrar sem a plena convicção de que Jesus esteja ao seu lado e
que é Ele que está lhe chamando para lá. Mas, vale a pena. Esperamos
que esta reflexão lhe encoraje a também ajudar aqueles que, muitas
vezes, já desistiram de si mesmos. Um que não desistiu deles ainda é
Jesus. Se você for ajudá-los estará em boa companhia...

Em Mateus 25:31-46 Jesus pintou um quadro dramático do dia do juízo.
Ele falou em toda a raça humana dividida em dois grupos, ambos se
aproximando, um por um, cada um por sua vez, do tribunal do
julgamente eterno. E de lá, cada um saía, ou para a vida eterna no
céu, ou para o sofrimento sem fim no inferno. Havia apenas um
critério pelo qual as pessoas estavam sendo julgadas salvas ou
perdidas.

Jesus não deu como critério do julgamento a igreja que as pessoas
freqüentavam.

Ele não falou em pontos de doutrina.
Ele não falou na concepção deles da autoridade da Bíblia, do louvor
autorizado, de dons ou dias, de estrutura eclesiástica ou de
premilenialismo.

Jesus deu um único critério que está ao alcance de cada discípulo:
- Como você tratou seu próximo quando ele precisava de você.

Jesus desprezou a importância da sã doutrina ou das Escrituras?
- Não.

- Ele eliminou a importância de práticas bíblicas, da fé ou do
arrependimento de pecado?
- Não.

Mas, ele deu um alerta para todos - e sobretudo para os Cristãos.
A doutrina certa na cabeça, a crença certa na hora do batismo,
A presença certa na igreja certa,
A gente pode ter tudo isso e ainda estar longe de Jesus.

Não é isso que Jesus estava dizendo às pessoas condenadas?
"Eu estava aqui, mas você não quis se aproximar."
"Eu estava ali e você fugiu de mim."

"Eu clamei e você fez de conta que não ouviu."
"Eu precisava de ajuda e você deu as costas."

Alguém escreveu:
Eu estava faminto
- e você formou um grupo para discutir sobre a fome.
Eu fiquei preso
- e você se retirou para a capela e orou por minha libertação.
Eu estava nu
- e na sua mente você debateu a moralidade da minha aparência.
Eu estava doente
- e você se ajoelhou e agradeceu a Deus pela sua saúde.
Eu estava desabrigado
- e você pregou para mim do abrigo espiritual do amor de Deus.
Eu estava só
- e você me deixou para ir orar por mim.
Você parece tão perto de Deus;
- mas, eu ainda estou com muita fome, sozinho e frio.

Há muita coisa boa e certa que nós podemos fazer, mas, que nos deixa
cada vez mais distantes de Jesus. Aquilo que às vezes a gente
valoriza tanto,
a doutrina certa, a prática certa,
o motivo certo, a igreja certa, etc...
Jesus não tocou em nada disso na sua última pregação.

Ele falou justamente naquilo que as pessoas não viram!

Ninguém dos dois grupos, tanto as ovelhas, como os bodes, tanto os
salvos, como os perdidos – ninguém reconheceu Jesus nas pessoas
necessitadas.

v.37 "Então os justos lhe responderão: 'Senhor, quando te vimos com
fome e te demos de comer, ou com sede e te demos de beber?
v. 44 "(os malditos) também responderão: 'Senhor, quando te vimos com
fome ou com sede ou estrangeiro ou necessitado de roupas ou enfermo
ou preso, e não te ajudamos?'

O que chamou minha atenção nesta passagem, foi justamente o fato de
ninguém reconhecer o Mestre no meio da multidão.

Ninguém viu Jesus no rosto do morador de rua, do estrangeiro, do
desabrigado, do doente, do preso.

Ninguém viu Jesus.
Mas, ele estava lá.

Compreendemos que Jesus está dizendo que ele estava lá num sentido
figurativo.

É como se aquela pessoa fosse Jesus. Ajudando o homem com fome, a
família desabrigada, o homem preso, é como se a gente estivesse
ajudando Jesus.

Ou será que é só isso?

Será que o próprio Mestre não desce aqui de vez em quando e anda aqui
no nosso meio só para ver se alguém o reconhece?

A coisa mais difícil é enxergar Jesus.
Ele está aqui. Mas, nós não o vemos.

Talvez parte do problema é porque nós não estamos buscando.
Não estamos atentos para Jesus no nosso meio.

Pelo menos, não estamos atentos para vê-Lo numa pessoa suja, doente
ou mendigando.

Você pode não convidar uma destas pessoas para jantar em sua casa.
Mas, com um quilo de arroz e feijão você pode assegurar que Jesus
terá sua janta hoje.

Com um cobertor ou uma camisa e calça que você não usa mais você pode
vestir o próprio Rei.

Com uma visita ao hospital você pode garantir que O Senhor se sentirá
amado esta semana.

Há muitas pessoas ao nosso redor que precisam de ajuda.

Se temos olhos para ver – lá está Jesus esperando a nossa atenção.
Será que O vemos?

Veja a imagem especial de Mateus 25:34
http://www.iluminalma.com/img/il_mateus25_34.html
Este texto foi extraído da Pregação de Mateus 25:31-46
http://www.hermeneutica.com/mensagens/mateus25_31-46_pregacao.html


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05 julho 2013

Quando foi que te vimos?


de Dennis Downing


"Quando o Filho do homem vier em sua glória, com todos os anjos,
assentar-se-á em seu trono na glória celestial. Todas as nações serão
reunidas diante dele, e ele separará umas das outras como o pastor
separa as ovelhas dos bodes.

E colocará as ovelhas à sua direita e os bodes à sua esquerda. "Então
o Rei dirá aos que estiverem à sua direita: 'Venham, benditos de meu
Pai! Recebam como herança o Reino que lhes foi preparado desde a
criação do mundo. Pois eu tive fome, e vocês me deram de comer; tive
sede, e vocês me deram de beber; fui estrangeiro, e vocês me
acolheram; necessitei de roupas, e vocês me vestiram; estive enfermo,
e vocês cuidaram de mim; estive preso, e vocês me visitaram'.

"Então os justos lhe responderão: 'Senhor, quando te vimos com fome e
te demos de comer, ou com sede e te demos de beber? Quando te vimos
como estrangeiro e te acolhemos, ou necessitado de roupas e te
vestimos? Quando te vimos enfermo ou preso e fomos te visitar?' "O
Rei responderá: 'Digo-lhes a verdade: O que vocês fizeram a algum dos
meus menores irmãos, a mim o fizeram'." Mateus 25:31-40

A grande dúvida que esta passagem deve provocar entre nós não é se
esta pessoa ou aquela, este grupo ou aquele deve ser ajudado ou não.
A grande questão é – estamos ajudando?

A bênção do convite para o Reino não girou em torno de questões
complicadas de doutrina ou hermenêutica.

O fator determinante não tinha nada a ver com o nome na placa do
prédio onde as pessoas se reuniam, muito menos com o que elas faziam
ou evitavam de fazer na hora "oficial" de adorar a Deus.

O fator determinante foi o que elas faziam com as outras horas e dias
durante a semana quando não estavam servindo a Deus e deviam estar
servindo ao seu próximo.

Sem dúvida há questões de doutrina que podem ser determinantes para a
salvação. Se alguém acreditar e pregar que Jesus não veio na carne ou
que algo fora do Evangelho como circuncisão é determinante para a
comunhão em Cristo, essa pessoa pode estar colocando em risco sua
própria salvação.

Entretanto, acertar nestas questões de doutrina, enquanto ignoramos o
amor ao próximo e as necessidades das pessoas ao nosso redor, também
podem levar à condenação eterna. Vamos não só crer no que Jesus
ensinou, mas viver o que ele viveu.

Você gostaria de ver Jesus? Segundo ele mesmo, você já o viu. Ele
estava sentado naquela lata debaixo do viaduto ontem à noite. Ele
estava pedindo esmola na calçada ontem à tarde. Foi ele quem lavou o
parabrisa do seu carro agora de manhã no sinal... Ele está aqui,
diante dos nossos olhos, apenas esperando para ver se vamos
reconhecê-lo. "Quando foi que te vimos, Jesus", perguntaremos um dia.
"Ah, você me viu todos os dias..." Ele dirá.

Oremos: Pai nosso, seu filho Jesus, o próprio Rei, serviu tantas
pessoas de tantas maneiras aqui. Não nos falta exemplos nem modelo a
seguir. E não nos falta ensino objetivo porque esta passagem é clara.
O que nos falta é vontade. Ajude-nos a querer servir como Jesus. O
resto o Senhor já nos deu. Em nome de Jesus oramos. Amém.

Veja a imagem especial de Mateus 25:37
http://www.iluminalma.com/img/il_mateus25_37.html
Venha conhecer o devocional diário "Jesus disse..."
http://www.hermeneutica.com/jd/
e a Pregação de Mateus 25:31-46
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28 junho 2013

Ore Pelos Seus Inimigos


de Dennis Downing


"… orem por aqueles que os maltratam." Lucas 6:28

Oposição.
Provocação.
Hostilidade.

Você conhece estas palavras? Talvez elas são mais que simples
palavras para você. Talvez são descrições dolorosas daquilo que você
sofre nas mãos de uma pessoa que devia lhe amar.

Uma tapa aqui. Um empurrão ali. Pode não ser com a mão, mas, com a
língua afiada. De qualquer forma - dói. Às vezes até a alma.

O que fazer? Pode reagir. Pode revidar. Sem dúvida, há um certo gosto
de "justiça" nisso.

Mesmo que não reaja, dá vontade de contar para todo mundo o que essa
pessoa fez.

Mas, pense em outra possibilidade. Que tal só contar para um?

Que tal contar para o único que pode fazer algo definitivo? Só tem um
que pode não só sarar suas feridas, mas, mudar aquela pessoa para
sempre.

Quando você contar para seu Pai, fale de toda sua dor, derrame toda
sua amargura. E depois que ele escutar tudo, peça que ele ajude esta
pessoa a lhe enxergar como o filho que você é.

Peça ao Pai que ele lhe ajude a viver e ser o filho que você é. Tenho
certeza que você começará a olhar para aquela pessoa cada vez mais
como o filho do mesmo Pai que ela também é.

E a cura das suas feridas (e as feridas dela também) já terá
começado.

Oremos: Deus misericordioso, conceda-nos o seu amor de Pai para
filho. Queremos sentir isso não só por nós, mas por seus outros
filhos também. Queremos conhecer esse sentimento até por seus filhos
mais difíceis de amar. O Senhor sabe o que temos passado. Cure a nós
e a eles também. Que o amor de Jesus Cristo possa reluzir não só
dentro de nós, mas através de nós para todos aqueles ao nosso
alcance. Todos. Em nome de Jesus pedimos. Amém.

Veja a imagem especial de Lucas 6:28
http://www.iluminalma.com/img/il_lucas6_28b.html
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20 junho 2013

JESUS E JOÃO BATISTA PARTE 2





JESUS E JOÃO BATISTA PARTE 2
de Dennis Downing


Como na anterior e na próxima reflexão do site Iluminalma,
acompanhamos mais palavras de Jesus sobre João Batista. Se quiser
ouvir e refletir sobre todas as palavras de Jesus, assine o
devocional diário "Jesus disse..." .

Afinal, o que foram ver? Um profeta? Sim, eu lhes digo, e mais que
profeta. Este é aquele a respeito de quem está escrito: " Enviarei o
meu mensageiro à tua frente; ele preparará o teu caminho diante de
ti." Mateus 11:9-10

João Batista foi um profeta, e também objeto de profecia (Mal 3:1).

Enquanto outros profetas anunciaram a era messiânica, João abriu
caminho para o próprio Messias.

Enquanto outros profetas falaram da salvação de Deus, João pôde
indicar o próprio Salvador.

Foi profetizado que Deus enviaria Elias para preparar os corações do
povo (Mal 4:5). João também cumpriu esta profecia (Mt 11:14).

Profeta, objeto de profecias e o precursor do próprio Messias, João
era, como Jesus disse, "mais que profeta". Como a ponta do iceberg, a
era que João abriu trouxe mudanças as quais a humanidade nunca vira
igual, nem antes nem depois.

Contudo, é preciso lembrar, como a profecia que anunciou a vinda de
João, que tudo aquilo aponta para uma coisa só - a pessoa de Jesus.

Por maior que um homem, um ministério, uma igreja, ou um movimento
seja, é preciso que guie as pessoas para o alvo certo - Jesus Cristo,
o Messias de Deus.

Se você mesmo for analisar seu serviço, seu ministério, em fim sua
vida, eles estão levando pessoas para quem? Você está ajudando
familiares, amigos e colegas a verem Jesus?

Pode ser uma palavra de exortação, consolo ou encorajamento.
Pode ser uma visita ou um e-mail.
Você pode enviar uma meditação ou um devocional como este.
Por mais simples que seja, use os meios que você tiver para mostrar
Jesus.

É isso que todos os servos de Deus, do maior ao menor, podem e devem
fazer. E não há ministério maior que esse.

Oremos: Pai Santo, maravilhoso Deus, agradeço-lhe por tudo que o
Senhor tem me dado para realizar em sua igreja hoje. Mas eu quero
lembrar sempre que sou um servo e que o cabeça da Igreja é, e sempre
será, Jesus Cristo. Ajude-me a usar meu tempo, minha força e minha
vida para ajudar outros a verem Jesus. Ele é digno e não há coisa
melhor que posso fazer com a minha vida. Em nome do meu Salvador eu
oro. Amém.

Veja a imagem especial de Mateus 3:3
http://www.iluminalma.com/img/il_mateus3_3.html
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18 junho 2013

JESUS E JOÃO BATISTA PARTE 1





JESUS E JOÃO BATISTA PARTE 1
de Dennis Downing


Lembrando a comemoração de São João, hoje e nas próximas duas
reflexões do site Iluminalma, acompanharemos as palavras de Jesus
sobre João Batista. Se quiser seguir a série toda, pode acessar o
site do devocional diário http://www.hermeneutica.com/jd/ "Jesus
disse..." .

Enquanto saíam os discípulos de João, Jesus começou a falar à
multidão a respeito de João: "O que vocês foram ver no deserto? Um
caniço agitado pelo vento? Ou, o que foram ver? Um homem vestido de
roupas finas? Ora, os que usam roupas finas estão nos palácios
reais." Mateus 11:7-8

João Batista proclamou a vinda do Messias com justiça e juízo (Mt
3:11-12). Ele apontou Jesus como o escolhido de Deus (João 1:29).

Porém, depois de meses na prisão, sujeito à opressão de Herodes, João
começou a duvidar. Será que Jesus era mesmo o escolhido de Deus? Onde
estavam a justiça e o juízo?

Jesus poderia ter reagido às dúvidas de João. Ele poderia ter mandado
uma repreensão com os discípulos do Batista. Em vez disso, Jesus
começou a elogiar João.

João não era um homem para ser abalado por qualquer influência. Ele
foi um homem íntegro e fiel ao seu chamado, mesmo que tenha custado
sua liberdade.

As "roupas finas" às quais Jesus se referiu eram um retrato da elite
política e religiosa. Naqueles dias, como hoje, haviam pessoas que
corriam atrás de qualquer moda material ou idéia espiritual. Haverão
sempre pessoas que querem a glória, mas, sem o sacrifício.

João não foi um destes. De ferro ele não era, mas, firme na direção
da sua vida ele merecia a honra que Jesus o prestou.

Um momento de dúvida ou um abalo temporário em nossa fé não muda o
plano de Deus para nós. O que Jesus considerou na vida de João, e
certamente irá considerar nas nossas, é a direção que tomamos, a soma
do nosso relacionamento com Ele.

Isso é importante para aqueles que já passaram ou talvez passam
agora, por momentos de aflição ou dúvida. Jesus não disse "bem
aventurado aquele que não duvidar", mas, "bem aventurado aquele que
não cair" (11:6).

Seja quão forte o vento soprar, seja quão humilde o tecido com qual o
Senhor lhe vestir – olhe para Jesus. Não tire seus olhos de Jesus.
Ele não tirou os olhos dele de você.

Oremos: Pai, eu lhe agradeço porque em Jesus eu vejo a sua infinita
paciência e sua tenra misericórdia. Em Jesus eu vejo que o Senhor
mantém uma recordação não só das minhas falhas, mas da minha fé no
Senhor e das minhas intenções em lhe seguir. Obrigado por Jesus e a
boa memória de boas coisas que Ele mantém de mim. Em nome de Jesus eu
oro e agradeço. Amém.

Veja a imagem especial de Marcos 6:24-25
http://www.iluminalma.com/img/il_marcos6_24-25.html
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11 junho 2013

O Grito da Solidão



O GRITO DA SOLIDÃO
de Max Lucado


Amanhã, dia 12 de junho, pelo menos no Brasil é o "Dia dos
Namorados". Muitos vão se encontrar, festejar, comemorar. Mais um ano
em namoro, ou já casado. Para alguns será o primeiro Dia dos
Namorados juntos... Mas, para outros, será um dia não para comemorar,
mas, para lamentar, muitas vezes em silêncio, sem demonstrar, a
solidão que sentem por não terem "alguém" especial ao seu lado.

Compartilhamos esta reflexão de Max Lucado sobre namoro e amor para,
quem sabe, colocar as coisas em um pouco de perspectiva. Se você
conhece alguém que não estará "comemorando" o Dia dos Namorados, e
que esta reflexão pode ajudar, então, por favor, compartilhe,
enviando o link no final, ou usando o post na página do iluminalma no
Facebook. E Deus lhe abençoe.

"Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?" Mateus 27.46.

Para os que tiveram de suportá-lo, o verão de 1980 em Miami não foi
nada agradável. O calor da Flórida escaldava a cidade durante o dia e
a assava à noite. Tumultos, saques e tensão racial ameaçavam romper
os nervos desgastados das pessoas. Tudo subia: o desemprego, a
inflação, o índice de criminalidade e especialmente o termômetro. Em
meio a tudo isso, um repórter do Miami Herald conseguiu uma história
que deixou toda a Costa do Ouro sem fôlego. Foi a história de Judith
Bucknell. Atraente, jovem, bem-sucedida e morta.

Judith Bucknell foi o crime número cento e seis nesse ano. Ela foi
assassinada numa noite quente, a nove de junho. Idade: 38 anos. Peso:
45 kg. Esfaqueada sete vezes. Estrangulada.

Ela mantinha um diário. Se não fizesse isso, talvez a sua memória
fosse sepultada com o seu corpo. Mas o diário existe; um epitáfio
penoso de uma vida solitária. O correspondente fez este comentário
sobre os seus escritos:

Em seu diário, Judy criou um personagem e uma voz. O personagem é ela
mesma, ansiosa, lutando, cansada; a voz é cheia de desejo. Judith
Bucknell não conseguiu se "conectar"; idade 38, muitos amantes, muito
amor oferecido, nenhum retribuído.

Suas dificuldades não eram incomuns. Ela se preocupava com
envelhecer, engordar, casar-se, ficar grávida e com a passagem do
tempo. Morava na elegante Coconut Grove (que é o lugar onde você mora
quando vive sozinha, mas procura aparentar felicidade).

Judy era o modelo perfeito do ser humano confuso. Metade de sua vida
não passava de fantasia, a outra metade de pesadelo. Bem-sucedida
como secretária, mas uma negação no amor. Seu diário estava repleto
de anotações assim:

Onde estão os homens com as flores, a champanhe e a música? Onde
estão os homens que telefonam e pedem um encontro verdadeiro? Onde
estão os homens que querem compartilhar mais que minha cama, minha
bebida, meu alimento... Eu queria ter em minha vida, uma vez antes
que passe pela vida, o tipo de relacionamento sexual que faz parte de
um contato de afeto.

Ela nunca teve.

Judy não era uma prostituta. Ela não era viciada, nem um caso do
departamento de bem-estar social. Jamais foi presa. Não era repudiada
pela sociedade. Era respeitável. Dava festas. Usava roupas de boa
qualidade e tinha um apartamento que olhava para a baía. E era muito
solitária. "Vejo as pessoas em grupo e fico com tanta inveja que
quase desmaio. E eu? E eu?" Embora rodeada de gente, se achava numa
ilha. Apesar de ter muitos conhecidos, possuía poucos amigos. Embora
tivesse muitos amantes (59 em cinqüenta e seis meses), tinha pouco
amor.

"Quem vai amar Judy Bucknell?" o diário continua. "Sinto-me tão
velha. Mal amada. Indesejada. Abandonada. Usada. Quero chorar e
dormir para sempre."

Uma mensagem clara transparecia de suas palavras doloridas. Embora
seu corpo morresse a 9 de junho, ferido de faca, seu coração morrera
muito antes... de solidão.

"Estou sozinha", escreveu ela, "e quero compartilhar alguma coisa com
alguém."

Solidão.

É um grito. Um gemido, um lamento. E um suspiro cuja origem está nos
recessos de nossas almas.

Você pode ouvi-lo? A criança abandonada. Os divorciados. A casa
silenciosa. A caixa do correio vazia. Os dias longos, as noites mais
longas ainda. Esperar em vão por uma noite. Um aniversário esquecido.
Um telefone silencioso.

Gritos de solidão. Ouça de novo. Desligue o barulho do trânsito e da
TV. O grito ali está. Nossas cidades estão repletas de Judy
Bucknells. Você pode ouvir seus gritos. Pode ouvi-los nas
enfermarias, entre os suspiros e os pés se arrastando. Pode ouvi-los
nas prisões entre os gemidos de vergonha e os apelos por
misericórdia. Pode ouvi-los se andar pelas ruas bem tratadas, entre
as ambições fracassadas. Procure ouvir nos corredores de nossas
escolas, onde a pressão dos colegas separa os ricos dos pobres.

Este lamento em nota menor conhece todos os escalões da sociedade.
Desde cima até embaixo. Desde os fracassos até os que têm fama. Desde
os pobres até os ricos. Dos casados aos solteiros. Judy Bucknell não
estava só.

Muitos de vocês foram poupados deste grito cruel.É claro que tiveram
saudade de casa ou ficaram perturbados uma ou duas vezes. Mas,
desespero? Longe disso. Suicídio? De modo algum. Fique contente
porque ele não bateu à sua porta. Ore para que isso jamais aconteça.
Se não tiver travado ainda esta bata-lha, deve continuar lendo se
desejar, mas estou na verdade escrevendo para outra pessoa.

Estou escrevendo para aqueles que conhecem este grito de primeira
mão. Para aqueles de vocês cujos dias estão cheios de corações
partidos e noites compridas. Para aqueles que podem encontrar um
indivíduo solitário simplesmente olhando no espelho.

Para vocês, a solidão é um estilo de vida. As noites de insônia. O
leito solitário. A desconfiança. O medo do amanhã. A mágoa sem fim.

Quando começou? Na sua infância? Por ocasião do divórcio? Ao
aposentar-se? No cemitério? Quando os filhos saíram de casa?

Talvez você, como Judy Bucknell, enganou todo mundo. Ninguém sabe que
é solitário. Por fora a embalagem é perfeita. Seu sorriso é rápido.
Seu emprego é estável. Suas roupas são finas. Sua cintura é delgada.
Sua agenda está cheia. Seu andar é enérgico. Sua conversa
impressiona. Mas quando se olha no espelho, não engana ninguém.
Quando está sozinho, a duplicidade acaba e surge o sofrimento.

Ou talvez você tente esconder as coisas. Quem sabe foi sempre aquele
que olha de fora do círculo e todos sabem. A sua conversa é um pouco
desajeitada. Sua companhia poucas vezes solicitada. Suas roupas são
desgraciosas. Sua aparência comum. Ziggy é seu herói e Charlie Brown
seu mentor.

Estou atingindo o alvo? Se estou, se você concordou com a cabeça ou
suspirou de compreensão, tenho uma mensagem importante para você.

O grito mais doloroso de solidão na história não veio de um
prisioneiro, de uma viúva ou de um doente. Mas veio de uma colina, de
uma cruz, de um Messias.

"Deus meu, Deus meu!" ele gritou, "Por que me desamparaste?" (Mat
27:46)

Jamais as palavras contiveram tanta dor. Jamais alguém sentiu tanta
solidão.

A multidão se cala quando o sacerdote recebe o bode; o bode puro,
imaculado. Em sombria cerimônia ele coloca as mãos sobre o animal
jovem. Enquanto o povo assiste, o sacerdote faz a sua proclamação.
"Os pecados do povo estejam sobre ti." O animal inocente recebe os
pecados dos israelitas. Toda a cobiça,adultério e engano são
transferidos dos pecadores para esse bode, esse bode expiatório.

Ele é levado então até às extremidades do deserto e ali libertado.
Banido. O pecado precisa ser purificado e o bode expiatório é assim
abandonado. "Corra, bode! Corra!"
O povo fica aliviado.
O Senhor foi apaziguado.
O portador do pecado está só. (Lev 16:22)

Agora, no Lugar da Caveira, o portador se acha de novo sozinho. Cada
mentira contada, cada objeto cobiçado, cada promessa quebrada pesa
sobre seus ombros. Ele foi feito pecado.

Deus se afasta. "Corra, bode! Corra!"

O desespero é mais escuro que o céu. Os dois que eram um são agora
dois. Jesus, que estivera com Deus na eternidade, se encontra s6. O
Cristo, que era uma expressão de Deus, foi abandonado. A Trindade se
destroçou. A Divindade se dividiu. A união foi dissolvida.

Isso é mais do que Jesus pode suportar. Ele agüentou os açoites e
permaneceu firme frente aos falsos julgamentos. Ele observou em
silêncio a fuga dos entes queridos. Ele não revidou quando insultos
lhe foram atirados nem gritou quando os pregos penetraram em seus
pulsos.

Mas quando Deus voltou a cabeça, foi demais.

"Deus meu!" O lamento saiu de lábios ressequi-dos. O coração santo se
partiu. O portador do pecado grita ao vagar pelo deserto eterno. Do
silêncio do céu se ouvem as palavras gritadas por todos os que andam
pelo deserto da solidão. "Por quê? Por que você me abandonou?"

Não posso compreender. Sinceramente não consigo. Por que Jesus fez
isso? Oh, eu sei, eu sei. Ouvi as respostas oficiais. "Para
satisfazer a velha lei." "Para cumprir a profecia." E essas respostas
estão certas. Mas há algo mais em tudo isso. Algo que fala de
compaixão. Algo ansioso. Algo pessoal.

O que será?

Posso estar errado, mas continuo pensando no diário. "Sinto-me
abandonada", escreveu ela. "Quem vai amar Judith Bucknell?" E fico
pensando nos pais cia criança morta. Ou no amigo ao lado do leito de
hospital. Ou dos idosos no abrigo de velhos. Ou dos órfãos. Ou na
enfermaria de cancerosos.

Fico pensando em todos que olham em desespero para os céus sombrios e
clamam: "Por quê?"

E imagino a ele. Imagino quando ficou à escuta. Penso em seus olhos
se embaciando e a mão ferida afastando uma lágrima. Embora não possa
oferecer resposta, embora não possa resolver qualquer dilema, embora
a pergunta possa congelar-se penosamente no ar, ele que também ficou
certa vez sozinho, pode compreender.

Veja a imagem especial de Mateus 27:46
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