25 abril 2022

A TORRE DE BABEL

 


Gênesis 10: 8-10 e 11: 1-9

INTRODUÇÃO – Ninrode foi um bisneto de Noé, era descendente de Cão e filho de Cuse. Começou a se destacar como varão corajoso, caçador e político dentre os habitantes do seu tempo. Ele foi o primeiro líder político-religioso narrado na Bíblia após o dilúvio, que começou a estabelecer um reino ímpio e de rebelião contra o Senhor. Talvez sua primeira atitude de rebelião tenha sido a construção de uma torre, enorme para o seu tempo, obra extraordinária, chamada Babel. Ao mesmo tempo, ao redor desta torre, foi também iniciada a construção de uma cidade que se chamaria Babilônia..
1-    O inimigo começou a usar Ninrode para instalar um centro que seria a sede de um governo seu, donde o erro, a violência, as abominações, o engano, a idolatria, a blasfêmia e as afrontas ao Senhor seriam difundidas a todas as nações e povos da terra. Ele, como virtual “dono da terra” após o pecado, escolhera Ninrode para ser seu representante aqui, e Babilônia como o centro do poder político-religioso que instalara. Este grande edifício que começara a construir – a torre de Babel – era o centro da futura cidade, tinha sete andares, cada um deles dedicado à adoração de um deus. Este começo foi Babel. A Bíblia diz que Deus confundiu a língua dos construtores, que não puderam concluir a obra. Babel em hebraico significa “confusão”, da raiz “balal”. Esta torre, também, ficou conhecida como Etemenanki ou “casa do fundamento do céu e da terra”.
2-    Com a confusão das línguas, a torre jamais foi construída totalmente, porém a cidade posteriormente o foi. Tudo isso aconteceu na terra de Sinear, conhecida como Mesopotâmia. As torres construídas na Mesopotâmia recebiam o nome de Zigurates, pois eram torres-templos que serviam para a adoração de deuses. A torre de Babel tinha 90 metros de altura e fora projetada com esta mesma finalidade. Os erros, abominações e idolatrias do paganismo, praticadas em Babilônia, atravessaram os séculos e chegaram até nossos dias, alguns um pouco modificados, adaptados ou dissimulados de uma ou de outra forma, no sincretismo encontrado em religiões que se intitulam cristãs. Deus fez cessar a construção da torre, porque sabia os danos que os erros e abominações surgidas na antiga Babilônia haveriam de causar às nações e povos durante séculos. Babilônia, construída às margens do rio Eufrates, veio no decorrer dos séculos, a se tornar a capital de um poderoso império que cresceu e se desenvolveu a grandes proporções. Foi considerado um dos mais ricos do mundo antigo, mas tornou-se o centro da idolatria, da feitiçaria e das abominações, onde a astrologia, a superstição, o erro e o engano, a mentira e a violência chegaram a uma dimensão tão grande, pela sua prática e difusão por todos os povos e nações, que Deus determinou um limite o qual não poderia ser ultrapassado. A glória e o orgulho dos caldeus, deveria permanecer até que a “medida da iniquidade” ficasse cheia. Deus usou o segundo grande império universal – o Medo-persa – de que fala o profeta Daniel, no capítulo 2, para executar o juízo e destruir Babilônia. Os profetas Isaías (cap. 13 e 47) e Jeremias (cap. 50 e 51) falaram anteriormente da destruição deste reino e desta cidade. O rei persa Ciro, foi o “martelo” que Deus usou para executar estas previsões.
3-    Com a destruição de Babilônia, o inimigo procurou outra cidade onde pudesse “instalar seu trono”, ter seus súditos e representantes aqui na terra, e continuar com seu centro político-religioso do erro, do engano e das abominações. A cidade escolhida foi a Roma pagã e depois papal, como sede deste governo (Apoc 17: 9 e 18) que a seu tempo, se tornaria o centro da suprema autoridade religiosa, segundo a vontade do poder das trevas que a sustenta até hoje sobre todas as nações da terra. Percebe-se facilmente através da Palavra de Deus – e a história o confirma – que o poder político-religioso instalado em Roma é a sede de toda sorte de erros e abominações que afrontam ao Senhor.
4-    No livro de Apocalipse, capítulos 17 e 18, o apóstolo João narra as visões que lhe foram mostradas pelo Senhor Jesus, sobre a “Babilônia dos nossos dias”, sua queda e destruição. Ela é mostrada como uma prostituta assentada sobre muitas nações, vestida soberbamente de púrpura e escarlata, envolvida por luxo e riquezas, ouro, pérolas e pedras preciosas. Na sua mão há um cálice cheio de abominações e imundícies com as quais embebedou as nações da terra. Na sua testa estava o título que traduz a sua essência: “Mistério, a grande Babilônia, a mãe das prostituições e abominações da terra”.
Se formos examinar a história, vamos perceber com mais facilidade o significado das visões de João. A igreja romana surgida no século III, no reinado de Constantino I, foi a forma usada pelo inimigo para colocar em prática seu plano de desviar a humanidade do caminho do Senhor. A igreja romana uniu as abominações do paganismo que surgiram na antiga Babilônia com o culto cristão, corrompendo-o completamente. A partir daí as perseguições aos que não aceitassem a nova religião se generalizaram. Milhões foram mortos e torturados pela “Santa Inquisição”. Os que conseguiam fugir tinham seus bens e terras confiscadas pelo tesouro da igreja e suas casas queimadas a fogo. Os judeus foram massacrados pela igreja católica, acusados de “assassinos de Jesus” e também por não se converterem ao catolicismo. As cruzadas organizadas pelos reis e incentivadas ideologicamente pelos papas, partiram para conquistar Jerusalém enquanto iam deixando um rastro de morte e destruição por onde passavam. Ao chegarem à Terra Santa, mataram todos que julgaram inimigos da “fé cristã” e encheram a terra de idolatria, templos e capelas católicas que são vistas até os dias de hoje. Com o passar dos séculos, a igreja católica apostólica romana não cessou de inovar, introduzindo dogmas que muitas vezes suplantam a Palavra de Deus e ensinando coisas que se originaram na antiga Babilônia, aos seus incautos seguidores por todo o mundo. Mas uma das maiores afrontas ao Senhor Jesus é o próprio papado. O papa é o Ninrode dos nossos dias, um líder político-religioso que tem difundido as práticas da moderna Babilônia, e da mesma forma como o Senhor julgou a Babilônia do passado, esta também terá o seu juízo.
 CONCLUSÃO - O capítulo 18 de Apocalipse nos mostra o fim da Babilônia dos últimos dias. Ninguém jamais imaginou que a antiga Babilônia chegasse um dia ao fim, mas isso aconteceu. O mesmo acontecerá com sua atual substituta, pois a medida do seu pecado está prestes a atingir seu limite de tolerância. O Senhor fará se abater sobre ela a destruição e o pavor, e todos se espantarão daquilo que seus olhos verão. Babilônia será queimada a fogo juntamente com suas abominações, e o sangue dos apóstolos, profetas e servos que foram mortos por ela, será vingado. Mas antes o Senhor faz uma solene exortação: “Sai dela povo meu, para que não sejais participantes dos seus pecados e para que não incorras nas suas pragas Apocalipse 18: 4.

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