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23 junho 2022

Lição 13: As Bodas do Filho de Deus- Parábolas de Jesus — Advertências para os dias de hoje



Comentarista: Elienai Cabral 

TEXTO ÁUREO
“Porque muitos são chamados, mas poucos, escolhidos” (Mt 22.14).

VERDADE PRÁTICA
As bodas e a suprema coroação daqueles que atenderam ao convite divino e foram fiéis ao Rei.

— At 13.46 O convite real rejeitado
— Jo 1.12 O convite real aceito
— 1Jo 3.2 Os convidados assemelhar-se-ão ao anfitrião
— Ap 3.21 O lugar de honra dos convidados vencedores
— Ap 19.9 Os convidados às bodas são bem-aventurados
— Ap 19.7 A noiva deve estar pronta para as bodas


LEITURA BÍBLICA
Mateus 22.2-14.  2 — O Reino dos céus é semelhante a um certo rei que celebrou as bodas de seu filho.
3 — E enviou os seus servos a chamar os convidados para as bodas; e estes não quiseram vir.
4 — Depois, enviou outros servos, dizendo: Dizei aos convidados: Eis que tenho o meu jantar preparado, os meus bois e cevados já mortos, e tudo já pronto; vinde às bodas.5 — Porém eles, não fazendo caso, foram, um para o seu campo, e outro para o seu negócio;6 — e, os outros, apoderando-se dos servos, os ultrajaram e mataram.7 — E o rei, tendo noticias disso, encolerizou-se, e, enviando os seus exércitos, destruiu aqueles homicidas, e incendiou a sua cidade.8 — Então, disse aos servos: As bodas, na verdade, estão preparadas, mas os convidados não eram dignos.9 — Ide, pois, às saídas dos caminhos e convidai para as bodas a todos os que encontrardes.10 — E os servos, saindo pelos caminhos, ajuntaram todos quantos encontraram, tanto maus como bons; e a festa nupcial ficou cheia de convidados.11 — E o rei, entrando para ver os convidados, viu ali um homem que não estava trajado com veste nupcial.12 — E disse-lhe: Amigo, como entraste aqui, não tendo veste nupcial? E ele emudeceu.13 — Disse, então, o rei aos servos: Amarrai-o de pés e mãos, levai-o e lançai-o nas trevas exteriores; ali, haverá pranto e ranger de dentes.14 — Porque muitos são chamados, mas poucos, escolhidos.

OBJETIVOS

Sintetizar a mensagem principal da lição.
Descrever os personagens das Bodas do Cordeiro.
Explicar os aspectos futuro e atual da celebração das bodas.

Os principais assuntos da parábola das Bodas do Cordeiro. Utilize transparências, cartolina ou quadro de giz a fim de auxiliar os alunos a fixarem a aprendizagem.




INTRODUÇÃO
 Os manuais de etiqueta objetivam ensinar como vestir-se adequadamente em cada ocasião. A Bíblia Sagrada é nosso manual de regra e conduta. Por meio dela, aprendemos sobre as vestes espirituais indispensáveis àqueles que desejam participar das Bodas do Cordeiro — vestes de santidade, de justiça e de verdade.

Nesta parábola, a figura de Deus é representada por um rei que vai celebrar as bodas de seu filho e envia seus servos a chamar os convidados. Os primeiros a receberem o convite não fazem caso do mesmo por motivos irrelevantes. Então, o rei estende seu convite a todas as pessoas desprezadas pela sociedade, estas prontamente aceitam-no. No meio da festa, o rei avista um convidado sem os trajes apropriados para a festa e questiona-o a respeito disso. Diante de seu emudecimento, o convidado é expulso da festa. Os primeiros convidados representam a rejeição dos judeus ao Messias. Os outros, nós, os gentios. Como em qualquer festa nupcial, só participarão das Bodas do Cordeiro, preparadas pelo Pai celestial, os que estiverem com suas vestes adequadas, isto é, trajados com a “justiça dos santos” (Ap 19.8).


Esta parábola às vezes é confundida com a de Lucas 14.16-24, porque as duas apresentam uma festa, em que alguns convidados aceitam e outros rejeitam o convite. Porém, as duas são relatos e lições totalmente distintas.

Nesta parábola, Jesus acusa os fariseus e saduceus de rejeitarem o convite de amor que Deus lhes fez, e de desonrarem o Filho e matar os seus servos. A lição principal que Jesus põe em destaque está no versículo 14: “muitos são chamados, mas poucos, escolhidos”.

I. UM CONVITE DO REI (Mt 22.2,3)
1. Quem é o Rei? A figura de Deus assume papéis distintos em cada parábola. Na anterior, Deus é representado pelo viticultor (21.33-46); nesta por “um rei” e “pai”. Na outra parábola, o filho era o herdeiro da vinha; nesta, ele é o filho do Rei que vai se casar (Sl 72.1). Subtende-se que o rei é o nosso Pai Celestial; o filho é Jesus Cristo — o noivo que vai se casar; a noiva é, indiscutivelmente, a igreja.

2. Uma celebração desejada pelo Rei (vv.2,3). A despeito desta parábola ser uma resposta aos seus inimigos religiosos, Jesus estava apresentando-a sob duas perspectivas: uma, no presente e, outra, no futuro. Aqueles que inicialmente foram convidados para as Bodas (vv.4-6) representavam os judeus que rejeitaram ao Filho, Jesus. Ao invés de aceitarem o convite, preferiram cada qual fazer outra coisa. O Rei sempre desejou esta festa e, no tempo devido, chegaria o momento da celebração.

3. O aspecto atual da celebração. A celebração não é apenas futura, escatológica. Podemos observar que Jesus estava falando para a sua geração. O convite é para o povo de Israel, que deveria reconhecer a Jesus como herdeiro do reino (At 13.46). Mas, Israel recusou o convite. Ora, por esse aspecto histórico, entendemos que, uma vez que Israel rejeitou a convocação celeste (Rm 11), a todos quantos não faziam parte desse povo legalista, foi estendido o convite (Rm 10.19-21). Desse modo, a porta da Casa do Rei foi aberta para todos os demais. Na era presente, todos podemos desfrutar de um antegozo deste banquete nupcial (v.4; 2Co 2.18; Ef 1.3).

4. O aspecto futuro da celebração. Esta parábola nos induz à grande festividade nupcial de Apocalipse 19.7-9. No Antigo Testamento, o matrimônio era uma figura da união entre Deus e Israel (Is 54.5), enquanto no Novo Testamento, é uma aliança espiritual entre Cristo e a Igreja, a “esposa do Cordeiro” (Ap 19.7; 2Co 11.2).

II. OS CONVIDADOS DO REI (Mt 22.3-10)
1. Dois Insistentes convites para Israel. No primeiro convite do Rei (Mt 22.1-3), os mensageiros saíram a chamar os convidados, mas estes se recusaram a vir (At 13.46). Criaram obstáculos para não atender ao convite do Rei. No segundo, os servos foram orientados a declarar aos convidados que “o jantar já estava preparado, os bois e os cevados já mortos, e tudo estava pronto para a celebração” (Mt 22.4-7), porém outra vez rejeitaram o convite régio.

Os apóstolos Paulo e Barnabé entenderam esse fato numa das suas primeiras viagens missionárias. Ao chegarem em Antioquia da Pisídia, ambos, compreendendo o plano de Deus, não temeram aplicar as profecias do Antigo Testamento a Cristo e, com base nestas mesmas escrituras, declarar que Jesus era o Messias prometido (At 13.26-41). Mostraram aos judeus o privilégio deles em receber a Palavra de Deus antes dos gentios, no entanto, por rejeitarem o convite, os gentios seriam chamados em lugar deles (At 13.46-48).

2. Três classes de pessoas convidadas (vv.3-6). A primeira classe é a dos indiferentes, porque lhes interessava muito mais cuidar dos negócios materiais do que ir a uma celebração. A segunda é a dos ingratos que, embora amigos do Rei, maltrataram os emissários. A terceira classe, ainda pior do que as duas primeiras, era violenta e assassina. O convite real pareceu-lhes uma afronta, por isso, não hesitaram em ultrajar e matar os servos do Rei (Mt 22.6). A simples recusa não provocaria a reação punitiva do rei, todavia, além de recusarem o convite, agiram como homicidas.

3. O terceiro convite (Mt 22.8-10). Este último convite revela a justiça divina irmanada à misericórdia. Segundo o costume, esses convidados não eram dignos, isto é, eram pessoas comuns, discriminadas pela sociedade e não desfrutavam da amizade do Rei (Mt 22.8). Estes homens, rejeitados pelos judeus, foram receptivos ao convite régio e encheram o palácio para as bodas. Os servos do monarca foram pelos caminhos e convidaram a todos que encontraram, tanto os maus como os bons (Mt 22.10). É interessante notar que o texto se refere “às saídas do caminho”, indicando não apenas as pessoas dentro dos limites de Israel, mas a tantos quantos fossem encontrados fora de suas fronteiras. O livro de Atos dos Apóstolos é um testemunho de que o evangelho ultrapassou os limites de Israel. Ao recusarem o convite real, os judeus mostraram ser menos dignos do que os gentios (Rm 11.11; 15.27; 9.20-21).

4. Os propósitos de Deus não são frustrados. A rejeição dos judeus não frustrou os propósitos divinos, ao contrário, propiciou a entrada dos gentios (vv.8-10). Os convidados não apenas rejeitaram o convite, mas rechaçaram com violência e morte os mensageiros do rei. Não foi exatamente isto que os judeus fizeram com os discípulos de Jesus?

III. A FESTA DO CASAMENTO (Mt 22.10-12)
Os benefícios e delícias do reino messiânico são representados pela figura de uma festa nupcial. Os judeus foram indiferentes ao convite do Rei. Os servos enviados pelo Monarca ao longo da história desse povo foram rechaçados e maltratados, desde os primeiros profetas até o último, João Batista.

1. As vestes adequadas para a festa (v.11). De algum modo, o rei providenciou vestes festivas para os convidados desafortunados, a fim de que se trajassem adequadamente para as núpcias. Qual o sentido simbólico da “veste nupcial”? Significa despojar-se das vestes antigas, dos andrajos do pecado, e vestir-se com trajes santos, purificados com o sangue do Cordeiro.

2. Convidado sem traje adequado (v.11). Não era aceito na sociedade de então que alguém entrasse numa festa sem estar devidamente vestido. Trazendo isto para a realidade espiritual, entendemos que é impossível estar na celebração maior do Reino de Deus sem o traje festivo. Os convidados sem traje nupcial representam aqueles que pensam ser capazes de servir a Deus de qualquer modo, sem demonstrar os sinais da obra purificadora do Calvário. Quem está vestido com sua própria justiça não tem direito de entrar na festa. Somente aqueles que estão trajados com a “justiça dos santos” (Ap 19.8).

3. A visão escatológica das Bodas (Mt 22.10; Ap 19.7-9). Nas Bodas, conforme a parábola, “a festa nupcial ficou cheia de convidados”. Ou seja, daqueles que aceitaram o convite da graça, passando a fazer parte das Bodas do Cordeiro.

a) O “filho do Rei”. É a mesma figura do “Cordeiro”, isto é, a pessoa de Cristo. Ele é o esposo desejado pela Igreja, a esposa.

b) A esposa do Filho do Rei. Não é Israel, mas a Igreja remida no Calvário formada indistintamente por judeus e gentios que receberam a Cristo (2Co 11.2; Ef 5.23-32; Ap 19.7).

c) O tempo da festa. As Bodas do Cordeiro dar-se-ão após o arrebatamento e o Tribunal de Cristo. Enquanto a Igreja se regozija na presença do Noivo, na terra, acontecerá a Grande Tribulação.

CONCLUSÃO
A principal lição dessa parábola está no versículo 14 que mostra a rejeição de Israel à obra de Cristo. Israel era o povo chamado e eleito; o povo convidado para as bodas, mas a sua rejeição propiciou o convite a todos os povos. Não podemos, por conseguinte, desprezar o convite para as bodas do Cordeiro. Como, porém, aceitar este convite? Recebendo a Cristo como o nosso único e suficiente Salvador.

Lição 12: Vigiai, pois não sabeis quando virá o Senhor-- Parábolas de Jesus — Advertências para os dias de hoje



Comentarista: Elienai Cabral

TEXTO ÁUREO
“Vigiai, pois, porque não sabeis o Dia nem a hora em que o Filho do Homem há de vir” (Mt 25.13).

VERDADE PRÁTICA
Todo cristão precisa estar alerta para a vinda repentina e inesperada de Cristo, a fim de não ficar envergonhado naquele grande dia.

 — 1Co 12.12,14,27 Os verdadeiros crentes formam um todo na terra
— Mt 25.10 Os crentes precisam estar preparados
— Mt 25.1,4; Ef 6.18 Os crentes precisam ter azeite em suas vasilhas
— Rm 13.11 O crente descuidado quanto à vinda do Senhor
— 1Jo 2.18bO crente deve estar atento aos falsos cristos
— Ap 21.2 Os santos viverão na Jerusalém celestial

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Mateus 25.1-13.  1 — Então, o Reino dos céus será semelhante a dez virgens que, tomando as suas lâmpadas, saíram ao encontro do esposo.2 — E cinco delas eram prudentes, e cinco, loucas.3 — As loucas, tomando as suas lâmpadas, não levaram azeite consigo.4 — Mas as prudentes levaram azeite em suas vasilhas, com as suas lâmpadas.5 — E, tardando o esposo, tosquenejaram todas e adormeceram.6 — Mas, à meia noite, ouviu-se um clamor: Aí vem o esposo! Saí-lhe ao encontro!
7 — Então, todas aquelas virgens se levantaram e prepararam as suas lâmpadas.8 — E as loucas disseram às prudentes: Dai-nos do vosso azeite, porque as nossas lâmpadas se apagam.9 — Mas as prudentes responderam, dizendo: Não seja caso que nos falte a nós e a vós; ide, antes, aos que o vendem e comprai-o para vós.10 — E, tendo elas ido comprá-lo, chegou o esposo, e as que estavam preparadas entraram com ele para as bodas, e fechou-se a porta.11 — E, depois, chegaram também as outras virgens, dizendo: Senhor, senhor, abre-nos a porta!12 — E ele, respondendo, disse: Em verdade vos digo que vos não conheço.13 — Vigiai, pois, porque não sabeis o Dia nem a hora em que o Filho do Homem há de vir.


OBJETIVOS
Analisar temas escatológicos fundamentados na parábola.
Identificar os elementos essenciais da parábola.
Explicar os princípios gerais e o sentido espiritual da parábola.
 
INTRODUÇÃO

A parábola das dez virgens é mais um incentivo à vigilância quanto ao iminente retorno de Cristo. Aquele “grande dia” será, para os crentes, preparados, prudentes, cheios do Espírito Santo, uma ocasião de regozijo imensurável. A Palavra de Deus diz que a coroa da justiça está guardada para “todos quantos amam a sua vinda” (2Tm 4.8). Contudo, para os crentes insensatos, fracos, descuidados, negligentes e adormecidos espiritualmente, será tempo de desengano, julgamento e desespero.

Conforme os costumes orientais acerca do casamento, a festa realizava-se especialmente à noite e podia durar vários dias, dependendo das possibilidades dos noivos. A celebração começava quando o noivo e alguns amigos iam à casa da noiva para trazê-la à casa dos pais do noivo. Terminadas as formalidades do ato como descrito em Rt 4, os noivos e seu cortejo seguiam festivamente para a casa do noivo e tinha início a festa nupcial, agora acrescida dos parentes e convidados — as bodas. Os convidados precisavam estar devidamente vestidos e providos de lâmpadas para afugentar a escuridão. Caso o cortejo tardasse, era preciso mais azeite para manter as lamparinas acesas durante todo o percurso. Chegando ao local das bodas, os convidados entravam e a porta principal era fechada. Era, como deve ser, o círculo íntimo da família.

Jesus proferiu essa parábola para ensinar aos discípulos ricas lições concernentes aos fatos da sua vinda. Para estarmos preparados, precisamos estar cheios do Espírito Santo, simbolizado pelo azeite nas candeias, enquanto esperamos o noivo celestial.

I. A LIÇÃO DA PARÁBOLA
A linguagem é figurada, porém a mensagem é literal. Jesus queria ensinar aos seus discípulos a sempre presente necessidade de cada crente estar preparado para a vinda de Cristo: “Vigiai, pois, porque não sabeis o Dia nem a hora em que o Filho do Homem há de vir” (Mt 25.13; 24.42).

As integrantes do cortejo ou comitiva da noiva eram dez virgens no relato da parábola, segundo o costume daqueles tempos. Esse total podia variar, segundo a literatura judaica da época, e de igual modo o cortejo do noivo. Na linguagem figurada da Bíblia, o número dez tem a ver com integralidade, totalidade, completeza, isso vinculado à ordem do ponto de vista divino.

II. DUAS CLASSES DE CRENTES (Mt 25.2-4,8)
O ensino de Jesus, na parábola em apreço, revela nas dez virgens dois tipos de crentes em relação à volta do Senhor: os prudentes e os loucos. Todas eram virgens e todas aguardavam o noivo para a festa nupcial. Ver 2Co 11.2. Todas estavam igualmente vestidas e levavam consigo a mesma classe de lâmpada. Porém, o esposo tardou, e aí se percebeu a diferença entre cinco das virgens: a falta de azeite para as lâmpadas.

1. As loucas (Mt 25.3). Jesus as chamou de loucas, néscias, com o intuito de denotar a sua insensatez quanto ao despreparo para a espera e chegada do noivo. Elas representam aqueles crentes que vivem descuidados, sem vida e vigor espiritual. Os tais fazem “pouco caso” das responsabilidades espirituais, como filhos e servos de Deus, quanto à oração (Rm 12.12; 1Ts 5.17); à leitura sistemática da Bíblia (2Tm 3.15-17); às missões (Ez 3.18,19; Mt 28.19,20; Mc 16.15-17); e ao amor fraternal (1Ts 3.12; 4.9; Rm 12.10).

Crentes que vivem como as virgens loucas demonstram:

a) Insensatez. Não se preocupam em viver uma vida santa e serem cheios do Espírito (vv.3,8). Ver Ef 5.18; 1Ts 5.19; Ec 9.8.

b) Hipocrisia. Fingimento, falsa espiritualidade e devoção (Mt 25.3,8; 1Pe 2.1; Is 9.17; Ez 33.31,32; 2Co 5.12). Todas pareciam idênticas; todas faziam parte do cortejo nupcial; todas tinham lâmpadas; todas estavam esperando o noivo para as bodas. O incidente fatal ocorreu no momento do brado (v.6). As virgens imprudentes não estavam preparadas para o importante evento.

2. As prudentes (Mt 25.4). Estavam vigilantes, apercebidas e preparadas. É a previdência e a vigilância espiritual do crente à espera da volta de Jesus. O crente amoroso e fiel espera não primeiramente o acontecimento da volta de Jesus, mas o retorno da Pessoa que é a razão do grandioso evento: o Senhor Jesus. Três qualidades foram demonstradas pelas virgens prudentes: previdência, sinceridade e vigilância.

a) Previdência. Elas tinham reserva de azeite, isto é, de combustível para as lâmpadas em suas vasilhas (v.4).

Não basta ter lâmpadas polidas e brilhantes, mas vazias interiormente (Mt 5.15,16; 1Sm 16.7). O azeite é símbolo da provisão do Espírito Santo na vida do crente e precisa ser renovado continuamente, conforme nos assevera a Bíblia em Ef 5.18 e 2Rs 4.1-7.

b) Sinceridade. Isto significa ter atitudes puras e santas, sem alteração, sem pretextos, sem evasivas e com humildade de espírito. Isso foi demonstrado em parte quando as moças prudentes disseram às outras: “Não seja caso que nos falte a nós e a vós” (Mt 25.9).

c) Vigilância. Contínuo estado de alerta, sensibilidade espiritual e prontidão, não permitindo que as coisas deste mundo e desta vida, mesmo legítimas, nos desviem do rumo ao céu e do supremo ideal da Igreja: uma vez terminada a carreira aqui, iremos para estar com o Senhor ali, para sempre (Mt 25.13; Rm 13.11; Fp 3.13,14).

III. A CHEGADA DO ESPOSO (Mt 25.10)
1. O clamor da meia noite (Mt 25.6). Meia-noite significa a consumação de um dia que se finda e ao mesmo tempo o princípio de um novo dia, um novo tempo. A meia-noite é hora de silêncio, quando a noite chega ao seu auge e geralmente todos dormem o sono mais profundo.

Na sua mensagem na parábola, Jesus desperta os seus discípulos para o inesperado momento da sua vinda para buscar a sua noiva — a Igreja, momento esse quando poucos estarão atentos. Como será a bem-aventurança dos salvos no momento em que Cristo aparecer (1Co 15.51,52; 1Ts 4.14-17).

2. A chegada do noivo (Mt 25.10). Será precedida por “um clamor” (v.6): grito, brado sobrenatural nas alturas (1Co 15.51,52; 1Ts 4.15,16). Ele virá para um povo salvo e remido que o espera (Mt 25.13,42,44; 1Co 15.50-52); que o ama (1Pe 3.18; 1Jo 4.19); que reflete a glória do esposo (2Co 3.18).

3. As Bodas (Mt 25.10). O lugar do banquete será nas mansões celestiais (Ap 19.1,7; 21.9,10). O esposo é Cristo e a esposa é a Igreja (Ef 5.22-32). A Igreja purificada pelo sangue do Cordeiro, e preparada pelo Espírito Santo para estar com o Senhor no céu (2Co 11.2; Ap 19.7).

CONCLUSÃO
A grande lição que aprendemos nesta parábola é que devemos estar sempre preparados e atentos ao grande momento da vinda de Jesus para a Igreja. Você está preparado para este grande dia?

Lição 11: Realizando a vontade do Pai-- Parábolas de Jesus — Advertências para os dias de hoje



Comentarista: Elienai Cabral

TEXTO ÁUREO
“Porque a tristeza segundo Deus opera arrependimento para a salvação, da qual ninguém se arrepende; mas a tristeza do mundo opera a morte” (2Co 7.10).

VERDADE PRÁTICA
A graça de Deus não discrimina ninguém; até o mais vil pecador pode ser salvo.

— Tt 2.11 Graça salvífica para todos
— Lc 3.7-9 A autoridade espiritual de João Batista
— Jo 3.27-30 A humildade de João Batista
— Mt 21.28,29 Um filho arrependido
— Mt 21.30 Um filho enganador
— Sl 37.37 Deus se agrada da sinceridade
 

LEITURA BÍBLICA 
Mateus 21.23-32.  23 — E, chegando ao templo, acercaram-se dele, estando já ensinando, os príncipes dos sacerdotes e os anciãos do povo, dizendo: Com que autoridade fazes isso? E quem te deu tal autoridade?24 — E Jesus, respondendo, disse-lhes: Eu também vos perguntarei uma coisa; se ma disserdes, também eu vos direi com que autoridade faço isso.25 — O batismo de João donde era? Do céu ou dos homens? E pensavam entre si, dizendo: Se dissermos: do céu, ele nos dirá: Então, por que não o crestes?26 — E, se dissermos: dos homens, tememos o povo, porque todos consideram João como profeta.27 — E, respondendo a Jesus, disseram: Não sabemos. Ele disse-lhes: Nem eu vos digo com que autoridade faço isso.28 — Mas que vos parece? Um homem tinha dois filhos e, dirigindo-se ao primeiro, disse: Filho, vai trabalhar hoje na minha vinha.29 — Ele, porém, respondendo, disse: Não quero. Mas, depois, arrependendo-se, foi.30 — E, dirigindo-se ao segundo, falou-lhe de igual modo; e, respondendo ele, disse: Eu vou, senhor, e não foi.31 — Qual dos dois fez a vontade do pai? Disseram-lhe eles: O primeiro. Disse-lhes Jesus: Em verdade vos digo que os publicanos e as meretrizes entram adiante de vós no Reino de Deus.32 — Porque João veio a vós no caminho de justiça, e não o crestes, mas os publicamos e as meretrizes o creram; vós, porém, vendo isso, nem depois vos arrependestes para o crer.

OBJETIVOS
Narrar os fatos que antecederam à parábola.
Expor o propósito central do ensino de Cristo nesta narrativa.
Explicar a aplicação prática da parábola nos versículos 31,32.


No quadro abaixo para explicar a parábola em estudo. Analise  as semelhanças e diferenças entre os dois filhos do vinhateiro. Enfatize a importância da obediência e do arrependimento.




 
INTRODUÇÃO
Esta parábola assevera-nos que Deus requer obediência de fato e não meramente “boas intenções”. Elas podem ser louváveis, no entanto, o Senhor requer o serviço real de seus servos.

O principal propósito desta parábola é censurar a hipocrisia religiosa dos fariseus. Por isso, a mensagem de Jesus foi contundente: Os pecadores, por piores que sejam, adentram no Reino de Deus à medida que se arrependem. Ao passo que, os falsos religiosos, por não obedecerem e nunca sentirem a necessidade de arrependimento, ficam de fora.

A Parábola dos dois filhos contrasta duas classes de pessoas: a primeira, refere-se aos publicanos, às meretrizes, aos gentios em geral, representados pelo primeiro filho. A segunda, às autoridades religiosas judaicas, representadas pelo segundo filho. A narrativa diz que todos foram convidados para trabalhar na vinha de Deus.

A primeira classe facilmente desobedeceu às ordens de divinas, mas, depois, caiu em si, arrependida. A segunda, obedeceu apenas aparentemente, mas na prática, no íntimo, transgrediu.

O Senhor da vinha também nos convida: “Filho, vai trabalhar hoje na minha vinha?”. O que responderemos?

Deus não nos chamou à preguiça ou à indolência, mas a uma vida de perseverante trabalho. Respondamos, pois, “sim” ao Senhor! E lancemo-nos, prontamente, à sua obra.

Jesus sempre com a mesma compaixão, mas também com clareza e autoridade pregava, ensinava o evangelho e operava milagres entre o povo. Mas as autoridades do povo faziam oposição ao divino mestre e seus discípulos. Na parábola desta lição, Jesus fez uma clara distinção entre duas classes de ouvintes: a religiosa e aquela abertamente discriminada pelos judeus e constituída de pecadores, publicanos e meretrizes (Mt 9.10,11). Mais adiante explicaremos a quem os fariseus chamavam de “pecadores”.

I. CONSIDERAÇÕES INICIAIS DA PARÁBOLA (Mt 21.23-27)
Jesus proferiu esta parábola em resposta a uma pergunta ardilosa dos líderes religiosos (v.23). Jesus condicionou sua resposta a uma pergunta que lhes fez, a qual não puderam responder (vv.24-27). Daí a parábola de Jesus precedida da interrogação: “Que vos parece?” (v.28). Os dois filhos, que são o âmago do ensino da parábola, falam dos dois predominantes constituintes do povo de Israel daqueles dias.

Os líderes de Israel rejeitavam os ensinos de Jesus, porque temiam a influência dos mesmos sobre o povo, visto que a Palavra de Deus, ensinada por Jesus, contrastava e conflitava com os conceitos humanos, tradicionais e sem vida, como vemos em Mt 23. Nesta última semana de Jesus, antes da sua morte no Calvário, Ele, de modo mais direto e sem reservas, expôs o sistema religioso existente. Aqueles líderes religiosos maldosamente interpelaram Jesus: “Com que autoridade fazes isso? E quem te deu tal autoridade?” (v.23). Jesus, vendo a cilada em seus pensamentos, respondeu-lhes com outra, a que não souberam responder (vv.24-27).

Esse prólogo à parábola preparou o caminho para Jesus, mais uma vez, explanar alguns princípios do Reino dos céus.

II. AS LIÇÕES DERIVADAS DOS DOIS FILHOS (v.28)
1. O que representam os filhos (v.28). Representam, como está patente, os dois grupos principais de pessoas carentes de salvação naquele contexto em que se encontrava Israel (vv.31,32).

Juntamente com os “publicanos e meretrizes” (vv.31,32), os chefes religiosos, principalmente os fariseus, discriminavam os “pecadores”, como em Mt 9.10,11; Mc 2.15,16; Lc 5.30; 7.34. Nesse caso, “pecadores”, no conceito dos escribas e fariseus, eram judeus que, por negligência, contaminavam-se cerimonialmente nos seus contatos pessoais e ocupações diárias; tornando-se impuros perante a Lei e indignos de associação com os “puros”. Em resumo, esses “pecadores” não observavam a Lei para fazerem as purificações, ritos, separações e sacrifícios.

2. Filhos do mesmo pai (v.28). O trabalho não foi forçado, mas requerido e definido pelo pai. Todavia, os filhos responderam diferentemente às diretrizes do pai. Nisso vemos a prova da obediência. Deus espera que todo crente, por amor, gratidão, chamada, privilégio e oportunidade, e não apenas por dever, sirva-O com alegria, dedicação, zelo e resignação.

Na igreja, hoje, a Vinha do Senhor também depende da disposição e dedicação dos filhos de Deus para atenderem prontamente à convocação do Pai Celestial a fim de trabalharem na sua vinha (Jo 9.34-38). Como tem você atendido ao mandado do Pai?

3. O pai: figura de Deus. Notemos que o pai é a figura principal da parábola. “Filhos”, aqui, não deve ser visto apenas como um mero termo de tratamento, mas uma expressão da nossa filiação e posição espirituais em Cristo Jesus (Jo 1.12; Rm 8.14; Gl 4.5).

III. A CONDUTA DIFERENCIADA DOS FILHOS (vv.29,30)
Os dois filhos receberam do pai a mesma ordem: “Filho, vai trabalhar hoje na minha vinha” (vv.28,30), contudo, ambos pecaram contra o pai. O primeiro desobedeceu no início da sua história (vv.28,29). O segundo, no final (v.30). Muitos crentes estão na mesma situação diante de Deus.

1. O espírito de rebeldia. O primeiro filho, além de desobediente, era grosseiro e indelicado. Ele respondeu: “Não quero”, mas não justificou; não esclareceu nada. E o pai tinha urgência: “Hoje” (v.28). Deus fala para seus filhos hoje para que trabalhem com urgência na sua vinha. A vinha era da família (“minha vinha”); portanto, era dos próprios filhos. O primeiro filho, inicialmente, desobedeceu, mas depois se arrependeu e foi para o trabalho. O segundo afirmou prontamente que iria, todavia não cumpriu o prometido. Ou seja, ambos eram dominados por sentimentos de rebeldia. O pecado de rebeldia e insubmissão é igualado aos de feitiçaria, iniquidade e idolatria (1Sm 15.22,23). Quantos crentes, apesar de estarem na igreja usufruindo a salvação e as bênçãos que acompanham-na, opõem-se, sem fundamento, aos dirigentes da igreja movidos tão somente pelo espírito de rebeldia. São vulneráveis às obras da carne (Gl 5.16,17).

2. Diferenças entre os dois filhos (vv.28,29).

a) O primeiro “filho”. Nele vemos a importância da reflexão. Ele pensou no que fez de errado e arrependeu-se ainda em tempo. Muitos se arrependem tarde demais como Judas e o homem citado em Lc 16.23-30. Outrossim, a expressão “não quero” (ir trabalhar) (v.29), pode indicar preguiça, um mal que continua a se instalar nos filhos e filhas da atualidade, prejudicando os lares por toda parte.

b) O segundo “filho”. Este respondeu afirmativamente ao pai, porém não foi trabalhar na vinha. Se dependesse dele, a vinha do pai logo mais seria um campo de urtigas (Pv 24.30-34). A urtiga causa coceira, queimadura e inquietação. “Urtiga” na igreja, vem da ociosidade; de crente desocupado. O segundo disse uma coisa e fez outra (v.30). “Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no Reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus” (Mt 7.21).

Dizer é fácil; fazer é difícil. O que importa não é tanto o que dizemos, mas o que fazemos bem. Além do mais, o segundo filho era hipócrita; de duas caras; de duas palavras. “Eu vou, senhor; e não foi”. Um cristão nessa situação perde a identidade bíblica; uma igreja cheia deles perde também.

IV. A APLICAÇÃO DA PARÁBOLA (vv.31,32)
1. “Qual dos dois fez a vontade do pai?” (v.31). Eram filhos de um mesmo pai. A filiação era uma só, mas tinham características diferentes. A nossa filiação proveniente de Deus é outorgada e vem de cima; o caráter é formado em nosso interior e manifesta-se em nosso exterior.

Balaão queria “morrer a morte do justo”, mas não queria viver a vida do justo, e deu-se mal (Nm 23.10; 31.15,16; Ap 2.14).

2. As pessoas representadas pelos dois filhos (v.32). Os que desconhecem a Deus e vivem na ignorância, alienados dEle são os publicanos e meretrizes, disse Jesus (v.32); estão representados no primeiro filho.

Há os que afirmam que conhecem a Deus, no entanto, o negam com seu viver (Tt 1.16). Assim eram os sacerdotes e outros líderes religiosos do povo (v.23), representados no segundo filho.

CONCLUSÃO
O fato saliente nesta lição é a importância da obediência e a sua prova. Se isso é de alto valor na vida secular, o é muito mais na esfera espiritual. Há cristãos que honram a Deus com seus lábios, mas seus corações estão longe dEle, como afirmou Jesus (Mt 15.8,9). Ler também 1Jo 3.18. Outra verdade decorrente da lição é que nossas intenções para com Deus serão reveladas principalmente por meio de nosso comportamento.

Lição 10: A justiça e a graça de Deus- Parábolas de Jesus — Advertências para os dias de hoje


Comentarista: Elienai Cabral

TEXTO ÁUREO
“Assim, os derradeiros serão primeiros, e os primeiros, derradeiros, porque muitos são chamados, mas poucos, escolhidos” (Mt 20.16).

VERDADE PRÁTICA
A concessão das bênçãos divinas não é motivada por nossos méritos, mas pela graça do Senhor da Seara.

— 1Co 3.6-8 Cada um receberá o galardão segundo o seu trabalho
— Lc 16.1-13 O Senhor requer fidelidade de seus mordomos
— 1Co 4.1-5 Despenseiros dos mistérios de Deus
— Is 5.1-7 Cristo, o Amado da vinha
— 1Co 3.12-15 A qualidade dos serviços prestados
— Ap 11.18 O Senhor dará recompensa a todos os seus trabalhadores

LEITURA BÍBLICA 
Mateus 20.1-10. 1 — Porque o Reino dos céus é semelhante a um homem, pai de família, que saiu de madrugada a assalariar trabalhadores para a sua vinha.2 — E, ajustando com os trabalhadores a um dinheiro por dia, mandou-os para a sua vinha.3 — E, saindo perto da hora terceira, viu outros que estavam ociosos na praça.4 — E disse-lhes: Ide vós também para a vinha, e dar-vos-ei o que for justo. E eles foram.5 — Saindo outra vez, perto da hora sexta e nona, fez o mesmo.6 — E, saindo perto da hora undécima, encontrou outros que estavam ociosos e perguntou-lhes: Por que estais ociosos todo o dia?
7 — Disseram-lhe eles: Porque ninguém nos assalariou. Diz-lhes ele: Ide vós também para a vinha e recebereis o que for justo.8 — E, aproximando-se a noite, diz o senhor da vinha ao seu mordomo: Chama os trabalhadores, e paga-lhes o salário, começando pelos derradeiros até aos primeiros.9 — E, chegando os que tinham ido perto da hora undécima, receberam um dinheiro cada um;10 — vindo, porém, os primeiros, cuidaram que haviam de receber mais; mas, do mesmo modo, receberam um dinheiro cada um.
 
OBJETIVOS
Descrever as figuras centrais da parábola.
Explicar o principal ensino desta parábola.
Valorizar a graça e a justiça divina.

A mensagem de Jesus aos líderes judeus é clara e taxativa: na ética do Reino quem deseja ser o primeiro deve ser o servo de todos. Portanto, ter elevado conceito de si mesmo, a custa do desprezo das demais pessoas, é atitude reprovável no Reino dos Céus. Deus espera que o sirvamos por amor, ausentes de inveja e sem visar prêmios ou posições privilegiadas. Pense nisso!


Os dados apresentados na parábola. 



INTRODUÇÃO
A Parábola dos Trabalhadores na Vinha apresenta uma das mais extraordinárias lições concernentes ao caráter de Deus. Nesta analogia, o Senhor é comparado a um pai de família que sai de madrugada a fim de recrutar trabalhadores para sua vinha. Estas figuras, “pai de família” e “proprietário de uma vinha”, apresentam-no como Soberano. Todavia, este conceito é complementado pela demonstração de sua justiça e misericórdia. Estes atributos manifestam-se no relacionamento entre Deus e os homens. Podem ser observados não somente no convite a todos os que estavam ociosos nas praças em diversos horários, mas também no final do expediente, no momento em que Deus concede o mesmo salário tanto aos primeiros quanto aos últimos trabalhadores. Jesus ensina que a justiça divina não é conforme a capacidade e mérito pessoal (Mt 20.10), mas segundo a sua misericórdia e graça.

Nesta parábola, Jesus compara o Reino dos céus a um pai de família que, possuindo uma vinha, saiu certo dia a recrutar trabalhadores.

Naquele dia, convocou, desde a hora terceira, diversos obreiros.

No versículo 16, o Senhor repete um princípio citado em Mateus 19.30: “Os derradeiros serão primeiros, e os primeiros, derradeiros, porque muitos são chamados, mas poucos, escolhidos”. Ensina esse preceito que Deus não faz diferença quanto ao tempo de trabalho, e sim quanto à disposição para ouvir o seu chamado e executar a tarefa no devido tempo.

I. DEUS, O VINHATEIRO (Mt 20.1)
A parábola apresenta um pai de família que cultiva uma vinha para o sustento de sua casa. Figuradamente, representa Deus que, para manter a sua obra, contrata os trabalhadores.

1. Demonstração da graça e do senhorio do Vinhateiro. A autoridade do vinhateiro é destacada no próprio texto quando este o identifica como “pai de família”, denotando-lhe o poder de liderar o que é seu. Deus é o Pai da grande família denominada Igreja, emanando dele tanto a ordem de trabalho como a visão da vinha que Ele mesmo plantou durante o seu ministério terreno. Sua justiça impele-o a dar a cada um o justo pagamento, independentemente da quantidade ou tempo de serviço. Por isso os trabalhadores da undécima hora, que são os últimos, recebem tanto quanto os que trabalham o dia inteiro.

2. Distribuição do trabalho na vinha (vv.3-6). O vinhateiro distribuiu o trabalho em horas distintas: na primeira, na terceira, na sexta, na nona e, finalmente, na undécima. Entre os judeus, o dia é dividido em 12 horas. E na linguagem bíblica, dependendo do contexto, as horas tem uma simbologia especial.

Nessa parábola, Jesus utiliza o dia-a-dia judaico para dar-nos uma preciosa lição acerca dos trabalhadores do Reino dos céus. Ele divide o dia em cinco tempos: 1ª hora (6 horas), pois aquele senhor saiu de madrugada; 3ª hora (9 horas); 6ª hora (12 horas, meio-dia); 9ª hora (15 horas); e, por último, 11ª hora (undécima, 17 horas).

A hora undécima antecedia o pôr do sol. Em todas estas horas, aquele senhor convocou trabalhadores para a sua vinha.

3. O vinhateiro preocupava-se com o resultado final do trabalho (v.16). A parábola deixa claro que a preocupação de Jesus era mostrar que a recompensa não era medida pela duração do trabalho, mas sim, pela diligência, fidelidade e qualidade do trabalho feito (1Co 4.2; 2Tm 2.2; Tt 2.10; Pv 28.20; Lc 16.10).

Quando Jesus declara que “os derradeiros serão primeiros, e os primeiros, derradeiros” (Mt 20.16), quis ele deixar bem patente que a soberania divina não será exercida em prejuízo quer da justiça quer da graça de Deus.

O contrato de trabalho indicava um pagamento específico pela tarefa realizada. Por conseguinte, o vinhateiro não foi injusto com nenhum daqueles trabalhadores, pois lhes pagou o salário de acordo com o contrato firmado com cada um. Os trabalhadores da 1ª hora serão recompensados tanto quanto os da hora undécima.

II. A VINHA (Mt 20.1)
Nesta parábola, “o reino e a vinha” tem um destaque especial. O texto começa falando no “Reino dos céus” que significa o domínio de Deus sobre todas as coisas. É a amplitude e a superioridade do Reino de Deus, porque este vem do alto. Deus plantou uma vinha neste mundo e conta conosco para cultivá-la, a fim de que esta venha a produzir abundantes frutos.

1. A figura da vinha. No Antigo Testamento, Israel é apresentado como o povo eleito de Deus, sendo comparado à “vinha” (Is 5.7; Jr 12.10), à “oliveira” (Rm 11.17) e à “figueira” (Lc 21.29). O Novo Testamento usa a figura da vinha para ilustrar a Igreja de Cristo (Jo 15.1-8). Nesta nova dispensação, a Igreja é a nova vinha de Deus na terra.

2. O trabalho na vinha (Mt 20.1). O texto deixa implícito que há muito trabalho na vinha, pois esta requer constantes cuidados. Para tanto, é necessário que se tenha persistência até ao tempo da colheita (Tg 5.7). A Igreja é uma vinha especial; requer dos viticultores dedicação para que produza bom vinho. A qualidade de seu fruto depende muito do desvelo dos trabalhadores com a terra, com a cepa e com os seus ramos. Por isso requer-se a necessária qualificação dos obreiros (2Tm 2.15).

Hoje, em muitos lugares da vinha do Senhor, é grande o estrago e prejuízo causado por maus trabalhadores neste tempo de colheita final de almas para Deus e de “fazer discípulos” para o seu reino (Mt 28.19).

III. OS TRABALHADORES DA VINHA
O Apóstolo Paulo exortou a Timóteo: “Porque o exercício corporal para pouco aproveita, mas a piedade para tudo é proveitosa, tendo a promessa da vida presente e da que há de vir. Esta palavra é fiel e digna de toda a aceitação. Porque para isto trabalhamos e lutamos, pois esperamos no Deus vivo, que é o Salvador de todos os homens, principalmente dos fiéis” (1Tm 4.8-10). Esta escritura indica que os servos de Deus devem empenhar-se sempre para executar, com zelo, a tarefa que dEle receberam, evidenciando, assim, que realmente o amam.

1. A ociosidade, uma ameaça para a vinha de Deus. A ociosidade, no contexto desta parábola, deve ser vista sob dois aspectos. O primeiro envolve os que se achavam ociosos por não haverem sido, ainda, contratados. Eles tinham experiência, porque, tão logo foram convocados pelo pai de família, apresentaram-se ao trabalho. O segundo poderia representar comodismo, preguiça, desqualificação e desinteresse. Infelizmente, a tecnologia tem tomado o lugar das pessoas até mesmo no seio da igreja, destruindo a alegria de se fazer a obra de Deus.

2. É tempo de trabalhar. Durante todo o dia, o pai de família buscou obreiros para cuidar de sua vinha. Na 1ª, 3ª, 6ª e 9ª hora, o vinhateiro encontrou obreiros que iam, apesar do mormaço do dia, cumprindo suas obrigações de acordo com o combinado. Entretanto, foi somente no crepúsculo do dia, antes que o sol se pusesse no horizonte, que o dono da vinha pôde completar o número de trabalhadores de que precisava.

Na história da Igreja Cristã, entramos na undécima hora. É o crepúsculo do último trabalho da Igreja na terra, quando se fará a grande colheita para o Reino de Deus! Todos os que trabalharam na vinha do Senhor, da primeira à nona hora, tornaram possível este momento. Não podemos, portanto, correr o risco de lamentar o tempo perdido e confessar como Israel: “Passou a sega, findou o verão, e nós não estamos salvos” (Jr 8.20). O apóstolo João previa esse tempo, quando nos exortou: “Filhinhos, é já a última hora” (1Jo 2.18).

IV. A UNDÉCIMA HORA (Mt 20.6)
A justiça divina não é baseada em critérios humanos; os que trabalharam na undécima hora são tratados com igualdade em relação aos que começaram nas primeiras horas do dia.

1. O tempo de trabalho não é relevante no Reino de Deus (Mt 20.8-12). Há uma verdade imprescindível nesta parábola: cada trabalhador receberá aquilo a que fizer jus. A obra feita não é medida pelo tempo. Quer tenhamos trabalhado no primeiro turno, quer no undécimo, teremos o mesmo salário. Pois este não tem como critério a quantidade, mas a qualidade. É o próprio Senhor quem o diz: “os derradeiros serão primeiros, e os primeiros, derradeiros”(Mt 20.16).

2. A ideia básica do ensino de Cristo. No Reino de Deus, não há discriminação, nem favoritismo. Os trabalhadores da undécima hora são tão importantes quanto os da primeira. Pois o mérito do serviço, aos olhos de Deus, não depende da quantidade; depende do espírito com que é feito o trabalho.

CONCLUSÃO
Não se trabalha na vinha de Deus visando recompensas ou vantagens. A recompensa não é maior nem menor, porque é direito de todos. Pequenos e grandes, pobres e ricos, todos são tratados de igual modo na vinha do Senhor.

22 junho 2022

Lição 9: Cristo, a rocha inabalável- Parábolas de Jesus — Advertências para os dias de hoje

Comentarista: Elienai Cabral

TEXTO ÁUREO
“Se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que edificam” (Sl 127.1).

VERDADE PRÁTICA
A obediência à Palavra de Deus é um sólido alicerce para o crente construir sua casa espiritual.

— 2Tm 2.19 O firme fundamento de Deus
— Ef 2.20; Dt 32.3,4; 1Co 3.11 Jesus é a nossa rocha
— Is 28.16; 1Pe 2.4 Jesus é a pedra eleita e preciosa
— 1Pe 2.5-9 Os crentes são pedras vivas
— 1Sm 2.2 O Senhor é a única e verdadeira rocha
— Sl 27.5 Encontramos proteção na Rocha

LEITURA BÍBLICA 
Mateus 7.21-27.  21 — Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no Reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus.
22 — Muitos me dirão naquele Dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? E, em teu nome, não expulsamos demônios? E, em teu nome, não fizemos muitas maravilhas?
23 — E, então, lhes direi abertamente: nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade.24 — Todo aquele, pois, que escuta estas minhas palavras e as pratica, assemelhá-lo-ei ao homem prudente, que edificou a sua casa sobre a rocha.25 — E desceu a chuva, e correram rios, e assopraram ventos, e combateram aquela casa, e não caiu, porque estava edificada sobre a rocha.
26 — E aquele que ouve estas minhas palavras e as não cumpre, compará-lo-ei ao homem insensato, que edificou a sua casa sobre a areia.27 — E desceu a chuva, e correram rios, e assopraram ventos, e combateram aquela casa, e caiu, e foi grande a sua queda.

OBJETIVOS
Sumariar as advertências que antecedem à parábola.
Estabelecer as diferenças entre os dois personagens principais da parábola.
Explicar as lições práticas da parábola. 

No quadro abaixo  há um paralelo entre os dois construtores desta parábola. As casas enfrentaram os mesmos problemas, porém seus destinos foram diferentes em virtude do tipo de alicerce construído. Os homens ouviram a mesma mensagem, mas tomaram decisões completamente distintas.Vemos a importância da escolha pessoal.




INTRODUÇÃO

Na Parábola dos Dois Alicerces, Jesus compara aqueles que ouvem os seus ensinos a dois tipos de homens: o sensato e o insensato. Os ouvintes sensatos são aqueles que, à semelhança do homem que constrói a sua casa sobre a rocha, escutam e praticam os ensinos de Cristo. Estes, mesmo nas adversidades, permanecem inabaláveis; assim como a casa alicerçada sob fundamento firme. Os insensatos são aqueles que escutam os ensinos de Cristo, porém não os praticam. Estes são comparados ao homem que constrói sua casa em solo arenoso. Assim como esta casa é arruinada ao enfrentar as variações das condições climáticas, aqueles que são apenas ouvintes da Palavra de Deus também não resistirão às adversidades da vida.

Esta última parábola do Sermão do Monte foi precedida pelo ensino de um princípio vital: a obediência aos ensinos do Mestre. Jesus estava preocupado com aqueles que professam uma fé apenas verbal; são apenas ouvintes da Palavra de Deus; não a praticam.

Aprenderemos a importância do compromisso que devemos ter com o cristianismo verdadeiro e autêntico. Nesta parábola, os alicerces sobre os quais as casas são construídas (rocha e areia) representam o modo como procedemos diante da exposição da Palavra de Deus. A rocha simboliza a obediência e a areia, a desobediência.

I. AS ADVERTÊNCIAS DE JESUS
O capítulo sete de Mateus apresenta a conclusão do famoso sermão de Jesus — o Sermão do Monte. Naturalmente, para entendermos a finalidade da parábola dos dois alicerces, precisamos voltar ao contexto deste ensino de Jesus.

1. Jesus nos alerta (Mt 7.15-27). Somos advertidos quanto aos falsos profetas (vv.15-20), aos falsos mestres (vv.21-23) e aos falsos ouvintes (vv.26,27).

a) A primeira advertência. Jesus adverte acerca dos falsos profetas que apareceriam na igreja. Cremos no ministério profético e na manifestação do dom de profecia concedido para instrução, edificação e exortação da igreja de Cristo. Entretanto, a Bíblia recomenda que as mensagens proféticas sejam julgadas segundo a Palavra de Deus. Isto indica que a igreja precisa discernir toda e qualquer manifestação espiritual, a fim de que se evite distorções e heresias. Falsos profetas têm surgido na igreja causando danos ao Corpo de Cristo.

Jesus percebeu que os chefes religiosos, conforme seus antecessores (Jr 28), conduziam o povo à ruína espiritual. O Mestre se preocupou em alertar seus seguidores quanto a ameaças futuras, pois muitos entrariam no meio do povo de Deus “vestidos de ovelhas”, com aparência de santidade e piedade. No entanto, seriam, na verdade, “lobos devoradores” que arrebatariam as ovelhas do aprisco do Senhor.

O fruto seria a principal evidência do caráter desses profetas (Mt 7.16-20). Uma vez que não é fácil distinguir o falso do verdadeiro, resta-nos tão somente perceber essa diferença “por seus frutos”.

b) A segunda advertência (vv.21-23). Nos versículos 21 e 22, Jesus adverte sobre os que proclamam o seu nome com os lábios, porém, não cumprem a vontade do Pai. O simples ato de professar o nome do Senhor não demonstra qualquer compromisso com Ele. Quando alguém apenas pronuncia sua crença em Jesus e não lhe obedece, na realidade, está negando sua fé. Muitos que profetizam, pregam ou realizam milagres em nome de Jesus, pensando serem seus servos, tentarão justificar-se diante dEle. Eles ouvirão do próprio Deus: “Nunca vos conheci”. Na verdade, Jesus ensina que devemos, sim, confessar a nossa fé de modo verbal, contudo, esse ato deve ser acompanhado de obediência a seus mandamentos. Não basta dizer: “Senhor, Senhor”. É necessário sermos autênticos e verdadeiros em nossa confissão, e esta deve estar seguida de profunda obediência ao Senhor Jesus (Rm 10.9,10). A Bíblia nos adverte quanto a sermos cumpridores da palavra e não somente ouvintes (Tg 1.22).

II. A TERCEIRA ADVERTÊNCIA (Mt 7.24-87)
Jesus continua seu sermão focalizando aspectos relacionados ao “ouvir e praticar”. Jesus determinou que se aceitássemos suas doutrinas e as praticássemos, certamente ganharíamos o céu. Contudo, se não obedecêssemos a seus estatutos, teríamos um destino trágico. Para tornar mais claro este ensino, o Mestre relatou a parábola dos dois alicerces: a rocha e a areia.

1. O homem prudente que construiu sua casa sobre a rocha (v.24). Como identificar “o homem prudente?”. Não se trata simplesmente de uma característica pessoal, antes, de um comportamento equilibrado de alguém que sabe exatamente o que está fazendo, pois reflete antes de agir. Trata-se de uma pessoa que vive com equilíbrio racional. Seu procedimento não está baseado em meras emoções, mas nas coisas sensatas. Um homem prudente é moderado e cauteloso. Ele é considerado sábio porque constrói sua vida sobre fundamentos firmes. O ato de “edificar sobre a rocha” significa “escutar as palavras de Jesus e praticá-las” (v.24).

A vida cotidiana é um aprendizado constante, portanto, é fundamental não somente ouvir a palavra de Deus, mas também obedecê-la. Assim sendo, construiremos uma vida estabilizada sobre a rocha que é Jesus (Is 28.16; 1Co 3.11; 1Tm 1.1; At 4.11,12).

2. A estabilidade da casa edificada sobre a rocha (v.25). A nossa casa espiritual precisa estar bem construída para não cair diante das intempéries da vida, tais como “chuvas torrenciais, ventos fortes e correntezas caudalosas”. A palavra “combater” (v.25) é, literalmente, “cair sobre” ou “cair contra”, ou seja, essas variações do tempo representam um tipo de força ou peso que repentinamente se lançam sobre determinado lugar. Entretanto, Jesus afirmou que uma casa poderá resistir ao mau tempo se tiver sido edificada sobre um fundamento firme (Pv 12.7; Is 28.16). Isso significa que embora estejamos sujeitos a experimentar adversidades, seremos capazes de superá-las se estivermos alicerçados na Rocha Eterna. Nossa firmeza na fé está diretamente relacionada ao tipo de alicerce sobre o qual estamos edificados.

3. O homem imprudente que construiu sua casa sobre a areia (v.26). Esse homem foi chamado por Jesus de “insensato” que significa “falto de senso ou razão”, “demente”, “que não tem bom senso”. Não é difícil perceber a insensatez de alguém que constrói sua casa sobre a areia. Esta pessoa não tem juízo, nem demonstra a menor perspicácia. Se houvesse bom senso nesse construtor, jamais construiria sua casa sobre a areia. No momento em que as tempestades e ventos da vida vieram sobre esta casa, ela não resistiu devido à fragilidade de seu fundamento. O “homem insensato” representa os que desobedecem aos ensinos de Jesus. A imprudência desse homem não consiste em deixar de ouvir as palavras do Mestre, mas em ouvi-las e não se preocupar em praticá-las. Trata-se de alguém que possui uma vida vulnerável, sujeita a tropeços fatais, porquanto não está alicerçado na obediência à Palavra de Deus.

III. AS LIÇÕES DA PARÁBOLA
Em primeiro lugar, Jesus utilizou a linguagem figurada do construtor que edificou sua casa sobre a rocha com o objetivo de ensinar a respeito “daquele que escuta suas palavras e as pratica”. Este homem sensato estará seguro; protegido de toda e qualquer tempestade que acaso venha tentar destruí-lo. Todos os ataques malignos contra o crente serão frustrados se ele estiver escondido na rocha, Cristo.

Em segundo lugar, urge que cada um de nós pergunte a si mesmo: Estou obedecendo aos mandamentos ordenados pelo Senhor? Ou sou um mero ouvinte da Palavra de Deus? Tenho prazer em não somente ouvir, mas também em praticar as Sagradas Escrituras? Estou firme em Cristo o suficiente para resistir às adversidades? Faça uma introspecção e avalie sua vida quanto a essas questões.

CONCLUSÃO
Não obstante ouvirmos a Palavra do Senhor, professarmos nossa fé em Cristo e tornarmo-nos membros de uma igreja, é imprescindível demonstrarmos, através de nossas atitudes, evidências de nossa sincera devoção. Portanto, a obediência é um aspecto fundamental da nossa fé (Tg 1.22-25; 2.14-20).

Lição 8: O gracioso perdão de Deus- Parábolas de Jesus — Advertências para os dias de hoje



Comentarista: Elienai Cabral

TEXTO ÁUREO
“Senhor, até quantas vezes pecará meu irmão contra mim, e eu lhe perdoarei? Até sete? Jesus lhe disse: Não te digo que até sete, mas até setenta vezes sete” (Mt 18.21,22).

VERDADE PRÁTICA
Assim como somos perdoados por Deus, devemos perdoar os nossos ofensores.

— Mt 5.23,24 O perdão precede a adoração
— Is 55.7 O perdão de Deus é grandioso
— Mt 6.14,15 Somos perdoados conforme perdoamos
— Sl 86.5 O Senhor quer perdoar
— Lc 23.34 O perdão de Jesus é gracioso
— 1Pe 4.8 Perdoar é uma expressão do amor divino em nós

LEITURA BÍBLICA 
Mateus 18.23-35. 23 — Por isso, o Reino dos céus pode comparar-se a um certo rei que quis fazer contas com os seus servos;
24 — e, começando a fazer contas, foi-lhe apresentado um que lhe devia dez mil talentos.25 — E, não tendo com que pagar, o seu senhor mandou que ele, e sua mulher, e seus filhos fossem vendidos, com tudo quanto tinha, para que a dívida se lhe pagasse.26 — Então, aquele servo, prostrando-se, o reverenciava, dizendo: Senhor, sê generoso para comigo, e tudo te pagarei.27 — Então, o senhor daquele servo, movido de íntima compaixão, soltou-o e perdoou-lhe a dívida.28 — Saindo, porém, aquele servo, encontrou um dos seus conservos que lhe devia cem dinheiros e, lançando mão dele, sufocava-o, dizendo: Paga-me o que me deves.29 — Então, o seu companheiro, prostrando-se a seus pés, rogava-lhe, dizendo: Sê generoso para comigo, e tudo te pagarei.30 — Ele, porém, não quis; antes, foi encerrá-lo na prisão, até que pagasse a dívida.31 — Vendo, pois, os seus conservos o que lhe acontecia, contristaram-se muito e foram declarar ao seu senhor tudo o que se passara.32 — Então, o seu senhor, chamando-o à sua presença, disse-lhe: Servo malvado, perdoei-te toda aquela dívida, porque me suplicaste.33 — Não devias tu, igualmente, ter compaixão do teu companheiro, como eu também tive misericórdia de ti?34 — E, indignado, o seu senhor o entregou aos atormentadores, até que pagasse tudo o que devia.35 — Assim vos fará também meu Pai celestial, se do coração não perdoardes, cada um a seu irmão, as suas ofensas.

PONTO DE CONTATO

Estaremos falando a respeito do perdão  hoje. Sobre relacionamento interpessoal e a dificuldade de manter a comunhão com nossos irmãos. É importante mencionar que se tratando de pessoas, sempre haverá falhas, erros, decepções, mágoas e até mesmo traições. Como irmãos em Cristo, devemos estar sempre dispostos a relevar as falhas de nossos semelhantes, a fim de que todo o Corpo de Cristo permaneça unido.Reconcile-se com aqueles que os ofenderam ou que, porventura, tenham ofendido.

OBJETIVOS
Analisar a parábola dentro de seu contexto.
Valorizar o bom relacionamento entre todos, especialmente, entre os irmãos.
Praticar o perdão gracioso de Deus.

 Na palavra PERDÃO, resumimos  um acróstico, a primeira letra de cada linha compõe a palavra-chave. 
P erdoar para ser perdoado
E nsinar o perdão
R econciliar-se com o ofendido
D esejar o perdão
A mar a quem nos tem ofendido
O rar por aqueles que nos maltratam


INTRODUÇÃO
Esta parábola nos ensina que a abundância da misericórdia é que deve formar a base da moral cristã. Aqui vemos que o rei pôde compreender e perdoar a ignorância, a desonestidade, os erros e as falhas humanas, mas não a injustiça, a desumanidade, a crueldade e a ingratidão. Aquele servo foi maldoso, egoísta e imoral. Não compreendeu o perdão, a misericórdia e a generosidade do rei. Fora-lhe perdoada uma dívida tão grande, que muitos atos de bondade de sua parte não seriam suficientes para expressar gratidão ao seu credor. Entretanto, não teve compaixão de quem lhe devia; pelo contrário, agiu de modo exatamente oposto, lançando seu humilde servo no cárcere.

A bondade do rei fora tão grande que ninguém seria capaz de explicar a razão de sua atitude. Todos nós encontramo-nos na situação daquele homem cruel. Fomos alvos da compaixão divina e recebemos o perdão de Deus por intermédio de Jesus Cristo. Jamais pagaríamos nossa dívida! Se ela era tão grande, e fomos perdoados, como não perdoarmos as ínfimas dívidas dos nossos devedores (Mt 6.12)?

A Parábola do Credor Incompassivo tem por tema principal o perdão divino, originando o esperado e correto procedimento do cristão perdoado por Deus: perdoar também o seu próximo. Nesta lição, estudaremos a ofensa cometida, o perdão e o relacionamento entre ofensor e ofendido.

No ensino de Jesus, temos alguns princípios para perdoar de coração aos que nos ofendem, como Deus nos perdoou e continua a nos perdoar. “Antes, sede uns para com os outros benignos, misericordiosos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus vos perdoou em Cristo” (Ef 4.32). A doutrina contida na parábola não trata apenas do perdão de Deus para o homem, mas também deste para com o próximo.

I. O PONTO DE PARTIDA PARA O PERDÃO (Mt 18.1-20)
1. O contexto da parábola (Mt 18.1-6). Esta parábola é devidamente compreendida quando meditamos nas palavras de Jesus concernente à criança e o Reino dos céus (vv.1-4). A ênfase de Jesus à humildade da criança mostra a importância de ser dócil e a condenação do espírito inflexível, irredutível e vingativo. Tal humildade propicia um espírito submisso e perdoador necessário aos que desejam servir a Jesus. Quando nos tornamos simples como uma criança, isto é, sem malícia, preconceito, e prevenção, recebemos a graça de Deus para suportar e perdoar as ofensas, pois é pela graça de Deus que somos perdoados (Ef 1.7; 2.8).

2. A iniciativa para o perdão (Mt 18.15-17). Como Jesus já ensinava em Mt 5.23,24, a atitude inicial para o perdão e reconciliação deve partir do ofendido (v.15).

Quando alguém ofende o seu próximo, peca contra ele. Se for pessoa sensível, de boa fé e temente a Deus, fica inquieta, receosa, temerosa e envergonhada. Esta é uma das razões pelas quais o ofendido deve, confiando na Palavra de Deus, tomar a iniciativa de perdoar o ofensor. Caso o ofensor não reconheça o seu pecado, nem se arrependa, Jesus aponta a disciplina eclesiástica.

II. O PERDÃO PROCEDE DA COMPAIXÃO (Mt 18.23-35)
Jesus em seu ensino sobre o perdão entre os irmãos ilustrou-o com uma parábola.

1. Um ajuste de contas (Mt 18.23). O versículo 23 declara que um certo rei resolveu acertar as contas com os seus servos e um deles, que devia “dez mil talentos”, foi chamado para pagar a dívida. Dez mil talentos corresponde hoje, segundo alguns cálculos, a quase 30 milhões de reais. Uma dívida extremamente alta, cuja quitação era impossível para um súdito ou servo do rei pagar. Certamente isto fala da nossa incalculável dívida com Deus (nossos pecados, Mt 6.12), que homem nenhum pode saldar. Ver Rm 3.9-18; Ed 9.6; 1Jo 1.7,9; Tt 2.14.

2. A imensa dívida contraída (vv.23,24). Embora a dívida deste servo fosse muito maior do que ele poderia pagar, o generoso rei cancelou todo o débito. É isso que Deus faz com os pecados inumeráveis daquele que vem a Cristo e pela fé o aceita como seu Salvador. Assim como Deus nos perdoou, também devemos perdoar aos nossos devedores (Mt 6.14,15).

3. A dívida é impagável (Mt 18.25). Diz o texto que o servo “não tendo com que pagar” apelou à compaixão do seu senhor. De acordo com a Bíblia, somos pecadores insolventes, incapazes de pagar nossas dívidas diante de Deus. A justiça divina requer a reparação do erro, por esta razão “o salário do pecado é a morte” (Rm 6.23), ou seja, a justa retribuição de quem vive a pecar é a morte. Sem o perdão divino, a morte eterna é inevitável, porém a justiça divina foi satisfeita quando Cristo morreu em nosso lugar: “levando ele mesmo em seu corpo os nossos pecados sobre o madeiro, para que, mortos para os pecados, pudéssemos viver para a justiça; e pelas suas feridas fostes sarados” (1Pe 2.24).

4. A compaixão graciosa perdoa toda a dívida (Mt 18.26,27). Desesperado, o súdito apela ao rei para prolongar o prazo do pagamento do débito. A despeito da vultosa quantia, o monarca, compadecido, perdoa-lhe a dívida. Isto ilustra o que Deus fez por nós. Não somos capazes de expiar nossa culpa por nossos méritos, entretanto, pela compaixão de Deus, todos os nossos pecados são perdoados. O pagamento exigido pela justiça foi pago por Jesus. Ele assumiu a nossa dívida e nos perdoou! (1Jo 1.7-9).

III. A INCLEMÊNCIA DO SERVO PERDOADO (Mt 18.28-35)
1. A crueldade do servo do rei (vv.28-30). Logo que aquele servo saiu da presença de seu senhor, já perdoado da sua apavorante e sinistra dívida, encontrou um seu conservo que lhe devia uma quantia incomparavelmente menor. Ele ali mesmo cobrou-lhe a dívida, agredindo-o violentamente sem qualquer misericórdia. Sua crueldade para com o seu devedor contrastava com a bondade e grandeza de alma do seu senhor. O servo perdoado queria misericórdia, mas não queria proceder assim com o seu semelhante. Enquanto o servo perdoado devia dez mil talentos, o seu conservo lhe devia “cem dinheiros”, o que equivale, a grosso modo, menos de cem reais. Esqueceu-se da compaixão de seu senhor e não mediu as consequências de seus atos. Foi cruel, desumano, iracundo e violento. O monarca, ao saber da crueldade, indignou-se e o chamou a fim de retribuir-lhe conforme a incomplacência demonstrada (Mt 18.32,33), condenando-o a pagar toda a dívida.

2. O perdão revogado (Mt 18.34). A atitude do rei desfaz a ideia de “uma vez salvo, salvo para sempre”, pois a salvação requer de todos nós que cuidemos bem daquilo que recebemos. Ver Hb 3.12; Fp 2.12; 1Co 10.12. O servo não soube conservar a bênção do perdão quando o negou ao seu próximo. Quando um pecador se converte ao Senhor, toda a dívida de seus pecados é perdoada graciosamente por Deus em virtude do sacrifício redentor que Cristo ofereceu ao Pai no Calvário (Hb 10.12-14). A redenção do pecador só Deus pode efetuar, bem como perdoar todos os seus pecados (Sl 49.7,8; Mc 2.10).

3. Aplicação da parábola (Mt 18.35). O texto diz que: “Assim vos fará também meu Pai celestial, se do coração não perdoardes, cada um a seu irmão, as suas ofensas”. Ao perdoar alguém, devemos fazê-lo com amor, de coração, pois o perdão nos assemelha ao caráter de Deus (Ef 4.32). Aprendemos nesta parábola que “o juízo será sem misericórdia sobre aquele que não fez misericórdia; e a misericórdia triunfa sobre o juízo” (Tg 2.13).

Aprendemos também que um dia Deus acertará as contas com o ser humano; não importa quem você é. O leitor está preparado para encontrar-se com Deus?

Outra lição decorrente do infame comportamento do servo mau é que com facilidade o ser humano — eu e você — fica contrariado, ofendido, rancoroso e vingativo em relação ao próximo por suas ofensas contra nós. Entretanto, não nos afligimos angustiados, humilhados e arrependidos quando pecamos contra Deus.

CONCLUSÃO
Que é, pois, o perdão? O perdão no âmbito humano é o ato de anularmos a dívida de cometimento de faltas, ofensas, erros e pecados que nosso irmão contraiu de nós, sem jamais lançar isso em rosto, ou ficar lembrando. Assim como Deus fez por nós, conforme está escrito em sua Palavra: “Porque serei misericordioso para com as suas iniquidades e de seus pecados e de suas prevaricações não me lembrarei mais” (Hb 8.12).

21 junho 2022

Lição 7: Fidelidade e diligência na obra de Deus-Parábolas de Jesus — Advertências para os dias de hoje



Comentarista: Elienai Cabral 

TEXTO ÁUREO
“Além disso, requer-se nos despenseiros que cada um se ache fiel” (1Co 4.2).

VERDADE PRÁTICA
A fidelidade em tudo, no pouco e no muito, é imprescindível ao servo de Deus.

— 1Co 4.2; 2Tm 2.2 A fidelidade no uso dos talentos é indispensável
— Jo 20.21 Fomos comissionados pelo Senhor Jesus
— Fp 2.12 A obra do Senhor deve ser feita com temor e tremor
— Tg 2.17,18 A verdadeira fé expressa-se pelas boas obras
— Ez 28.11-19 Talentos usados contra Deus
— Sl 58.11; Lm 3.64; Os 4.9 A recompensa do Senhor

LEITURA BÍBLICA
Mateus 25.14-30.  14 — Porque isto é também como um homem que, partindo para fora da terra, chamou os seus servos, e entregou-lhes os seus bens,15 — e a um deu cinco talentos, e a outro, dois, e a outro, um, a cada um segundo a sua capacidade, e ausentou-se logo para longe.16 — E, tendo ele partido, o que recebera cinco talentos negociou com eles e granjeou outros cinco talentos.
17 — Da mesma sorte, o que recebera dois granjeou também outros dois.18 — Mas o que recebera um foi, e cavou na terra, e escondeu o dinheiro do seu senhor.19 — E, muito tempo depois, veio o senhor daqueles servos e ajustou contas com eles.20 — Então, aproximou-se o que recebera cinco talentos e trouxe-lhe outros cinco talentos, dizendo: Senhor, entregaste-me cinco talentos; eis aqui outros cinco talentos que ganhei com eles.21 — E o seu senhor lhe disse: Bem está, servo bom e fiel. Sobre o pouco foste fiel, sobre muito te colocarei; entra no gozo do teu senhor.22 — E, chegando também o que tinha recebido dois talentos, disse: Senhor, entregaste-me dois talentos; eis que com eles ganhei outros dois talentos.23 — Disse-lhe o seu senhor: Bem está, bom e fiel servo. Sobre o pouco foste fiel, sobre muito te colocarei; entra no gozo do teu senhor.24 — Mas, chegando também o que recebera um talento disse: Senhor, eu conhecia-te, que és um homem duro, que ceifas onde não semeaste e ajuntas onde não espalhaste;25 — e, atemorizado, escondi na terra o teu talento; aqui tens o que é teu.26 — Respondendo, porém, o seu senhor, disse-lhe: Mau e negligente servo; sabes que ceifo onde não semeei e ajunto onde não espalhei;27 — devias, então, ter dado o meu dinheiro aos banqueiros, e, quando eu viesse, receberia o que é meu com os juros.28 — Tirai-lhe, pois o talento e dai-o ao que tem os dez talentos.29 — Porque a qualquer que tiver será dado, e terá em abundância; mas ao que não tiver, até o que tem ser-lhe-á tirado.30 — Lançai, pois, o servo inútil nas trevas exteriores; ali, haverá pranto e ranger de dentes.

OBJETIVOS
Definir talento em seu sentido histórico e figurado.
Narrar a parábola destacando seus principais elementos.
Explicar o ensino fundamental da parábola.

INTRODUÇÃO
Qualquer homem possui habilidades naturais a fim de utilizá-las a serviço do Senhor (Sl 68.18). E não somente isso, mas também contamos com o auxílio de dons sobrenaturais concedidos por Deus. É importante  trabalharmos em prol do Reino não simplesmente para cumprir uma ordem, mas pela gratidão a Deus em virtude da nova posição que ocupamos em Cristo.

A Parábola dos Talentos descreve um episódio relacionado a um homem que, antes de se ausentar de sua pátria, convoca seus servos e distribui a cada um deles parte de seus bens. A um concedeu dez talentos; a outro, dois; e ao seguinte, um, a fim de os negociarem até o seu retorno. Essa distribuição, segundo o texto, foi realizada de acordo com a capacidade de cada servo (v.15). Aquele que havia recebido um talento escondeu-o, provando, pela sua negligência, que seu senhor estava certo em dar-lhe este valor. Os outros duplicaram a importância recebida. Os servos fiéis foram elogiados pelo lucro produzido, ao passo que o infiel, além de perder seu talento, foi considerado mau e negligente. Por meio desta parábola, aprendemos que o Senhor nos concede dons, habilidades e oportunidades para trabalharmos em sua obra, mas em breve, teremos de prestar-lhe contas do que fizemos com todas essas dádivas. O Senhor espera que administremos com fidelidade e diligência todos os talentos que Ele nos concedeu.

Existe um paralelo entre as Parábolas dos Talentos e das Minas em Lucas 19.11-27.

Na parábola das minas, a cada servo foi entregue o mesmo valor; a mesma responsabilidade: “uma mina” (v.13), mas a recompensa variou conforme o trabalho efetuado pelos servos (vv.16-26).

Na dos talentos, variou a quantidade de talentos para cada servo (Mt 25.15), mas a recompensa foi a mesma para todos (vv.23,24). A primeira parábola destaca a fidelidade do crente nas mínimas coisas, e a segunda, a fidelidade nas grandes coisas, no serviço do Senhor. Ambas as parábolas tratam a fundo do valor da diligência na casa de Deus.

I. A DISTRIBUIÇÃO DOS TALENTOS (Mt 25.14,15)
1. O que era talento? A ideia principal desta parábola é a de um homem rico que, ao retirar-se de seu país, distribuiu talentos aos seus servos conforme a capacidade de administrar de cada um. Nos dias de Jesus, o talento era uma moeda de muito valor. Um talento equivalia a alguns milhares de denários, e um denário era a remuneração diária de um trabalhador (Mt 20.2).

2. O significado dos talentos na parábola. Esses talentos representam habilidades naturais ou espirituais, tempo, recursos e oportunidades que cada pessoa recebe de Deus para utilizá-los em seu serviço. Isto é, recebemos do Senhor para administrá-los em favor do seu reino. Tudo o que temos e somos advém de nosso Senhor Jesus Cristo, pois todas as coisas foram criadas nele, por Ele e para Ele (Cl 1.16), e, sem Ele, nada somos e nada podemos fazer (Jo 15.5). Cada pessoa, em particular, é dotada de algum talento com o qual poderá trabalhar para o Senhor e receber a devida recompensa.

3. Talentos repartidos entre os servos (Mt 25.15). O Senhor repartiu os talentos de forma proporcional à capacidade de cada um para negociar, a fim de que cada servo pudesse ser bem-sucedido em suas atividades. Não se trata de algum tipo de discriminação, mas da potencialidade individual, espiritual e comum de cada crente para servir. O importante é que todos desempenhem satisfatoriamente os seus trabalhos e desenvolvam suas aptidões na obra de Deus. Segundo a parábola, aquele senhor entregou a um servo cinco talentos; a outro, dois e ao terceiro, um. Cada servo deveria empregá-los da melhor forma possível.

II. O TRABALHO DOS SERVOS (Mt 25.15-18)
1. O que recebeu cinco talentos (vv.16,19-21). Era, indiscutivelmente, talentoso! Tanto que, imediatamente após a saída de seu senhor, não perdeu tempo, pôs-se a trabalhar com diligência. Diz o texto que esse servo “negociou com eles e granjeou outros cinco talentos” (Mt 25.16,20). O verdadeiro cristão esmera-se em negociar seus talentos, fazendo-os multiplicar. Não é indolente, antes, é diligente em tudo que faz. Confia no seu Senhor e o tem por justo, porquanto sabe que na volta dEle receberá seu galardão (1Co 15.10; Fp 4.13).

2. O que recebeu dois talentos (vv.17,22,23). Mesmo havendo recebido apenas dois talentos, não teve inveja ou ciúmes do que recebera cinco, pois reconhecia seus limites. Isto nos ensina que o Senhor sabe exatamente quantos talentos podemos administrar. Devemos empregar diligentemente o que de Deus temos recebido. Esse servo não questionou a quantidade de talentos ganhos, pelo contrário, trabalhou com persistência e granjeou outros dois talentos.

3. O que recebeu apenas um talento (vv.18,24,25). Pelo fato de ter outorgado apenas um talento a este servo, Deus não o estava menosprezando; ao contrário, isso era tudo o que aquele servo poderia granjear naquele momento. Caso negociasse aquele talento, pela sua fidelidade, ser-lhe-ia acrescentado outro. Contudo, este servo criticou o seu Senhor, acusou-o de injustiça, demonstrando falta de autocrítica e ingratidão (Mt 25.24,25).

Há na igreja pessoas que se declaram servos de Deus (cf. vv.14,26), todavia não querem trabalhar para o seu Senhor (v.18); e ainda apresentam justificativas contra Deus.

Devemos nos contentar com aquilo que recebemos do Senhor e fazer o melhor para agradá-lo.

III. O ÊXITO E O INSUCESSO DOS SERVOS
1. O êxito dos primeiros servos (vv.16,17,19-23). A narrativa declara que tanto quem recebeu cinco quanto dois talentos do senhor negociaram bem e duplicaram-nos. Estes foram fiéis e diligentes. Na vida cotidiana da igreja, todo crente recebe dádivas naturais e espirituais do Senhor, a fim de fazer a igreja progredir social, material e espiritualmente. Deus está atento à fidelidade com que as empregamos em seu Reino. Os dois primeiros servos dedicaram-se em negociar seus talentos, por isso obtiveram êxito.

2. O insucesso do terceiro servo (vv.18,24,25). Podemos comparar este servo ao crente que nunca está satisfeito. Esse servo havia recebido tanto quanto era capaz de negociar, entretanto, “foi, e cavou na terra, e escondeu o dinheiro do seu senhor” (v.18). Esse talento representa desperdício e prejuízo para o senhor. Da mesma maneira, ocorre no Reino de Deus com os crentes que, ao invés de trabalharem, desprezam suas habilidades naturais e espirituais e tornam-se inúteis na Casa de Deus. É o tipo de pessoa que tenta salvar sua vida, no entanto, acaba perdendo-a (Mt 16.25).

IV. A PRESTAÇÃO DE CONTAS (Mt 25.19)
1. Fidelidade antes da recompensa. Antes de requerer qualquer direito, o servo deve cumprir o seu trabalho para receber seu pagamento. O prêmio extra pelo trabalho executado será sempre fruto da bondade do Senhor. Os servos fiéis empregaram sua capacidade máxima no labor. Enquanto o infiel, além de enterrar seu talento, acusou injustamente seu senhor de vileza (vv.18,24). Ele foi improdutivo. Deixou de negociar seu talento, e para confirmar sua indolência, enterrou-o a fim de parecer honesto, devolvendo-o sem qualquer valor acrescido. Por isso, foi condenado e chamado “mau e negligente servo” (v.26).

2. Recompensa depois da fidelidade. Todo servo deve fazer seu trabalho com alegria, diligência e fidelidade. A recompensa daqueles fiéis servos foi o convite para entrar “no gozo do Senhor” (vv.21,23). Nosso galardão está explícito na Bíblia (Ap 2.10). Na realidade, nosso serviço para o Senhor é pouco em relação à recompensa que ganharemos. Os árduos trabalhos de hoje são incomparáveis às bênçãos da eternidade (Ap 22.3).

3. O ajuste de contas. O Senhor voltará para reaver seus talentos quando ninguém o esperar (Mt 25.13,19). Devemos trabalhar com diligência e vigilância até que Ele venha, porquanto cada um de nós dará conta de si mesmo a Deus (Rm 14.12). Os fiéis serão abençoados e entrarão no gozo do Senhor, todavia, os infiéis ficarão de fora e serão punidos sem misericórdia. Receberemos pelo que fizermos ou deixarmos de fazer para o Senhor enquanto estivermos aqui na terra (Ef 6.8; Cl 3.24,25).

CONCLUSÃO
Aprendemos algumas lições preciosas nesta parábola: todos recebemos algum dom de Deus a fim de usá-lo no progresso do Reino; existem servos infiéis e injustos que nada fazem em prol do crescimento da obra de Deus; haverá um dia de prestação de contas para os justos — o Tribunal de Cristo (2Co 5.10) — e injustos — o Grande Trono Branco (Ap 20.11-15) —; e, obviamente, a retribuição será distinta para fiéis e infiéis. Multipliquemos, pois, os talentos que recebemos do Senhor Nosso Deus.

Lição 6: Lançai a rede- Parábolas de Jesus — Advertências para os dias de hoje

Comentarista: Elienai Cabral 

TEXTO ÁUREO
“Igualmente, o Reino dos céus é semelhante a uma rede lançada ao mar e que apanha toda qualidade de peixes” (Mt 13.47).

VERDADE PRÁTICA
Somente no final dos tempos, no momento determinado por Deus, ocorrerá a separação entre o bom e o mau, entre o justo e o injusto.
 
— Ml 3.17,18 O que serve a Deus é diferente no seu viver, daquele que não o serve
— Lc 17.34-37 Os fiéis serão separados dos infiéis
— Mt 24.31 Os escolhidos serão reunidos pelos anjos
— Mt 25.34 O final glorioso dos justos
— 1Co 4.5 As boas e as más obras serão manifestas
— Mc 16.15-18 O evangelho não faz acepção de pessoas

LEITURA BÍBLICA
Mateus 13.47-51; Romanos 2.5-11.
Mateus 13 47 — Igualmente, o Reino dos céus é semelhante a uma rede lançada ao mar e que apanha toda qualidade de peixes.48 — E, estando cheia, a puxam para a praia e, assentando-se, apanham para os cestos os bons; os ruins, porém, lançam fora.49 — Assim será na consumação dos séculos: virão os anjos e separarão os maus dentre os justos.50 — E lançá-los-ão na fornalha de fogo; ali, haverá pranto e ranger de dentes.51 — E disse-lhes Jesus: Entendestes todas estas coisas? Disseram-lhe eles: Sim, Senhor.
Romanos 2:5 — Mas, segundo a tua dureza e teu coração impenitente, entesouras ira para ti no dia da ira e da manifestação do juízo de Deus,6 — o qual recompensará cada um segundo as suas obras,
7 — a saber: a vida eterna aos que, com perseverança em fazer bem, procuram glória, e honra, e incorrupção;8 — mas indignação e ira aos que são contenciosos e desobedientes à verdade e obedientes à iniquidade;9 — tribulação e angústia sobre toda alma do homem que faz o mal, primeiramente do judeu e também do grego;10 — glória, porém, e honra e paz a qualquer que faz o bem, primeiramente ao judeu e também ao grego;11 — porque, para com Deus, não há acepção de pessoas.

OBJETIVOS
Interpretar as cinco figuras principais da parábola.
Relacionar a parábola da rede com a do Trigo e do Joio.
Identificar a aplicação escatológica implícita na parábola.

INTRODUÇÃO

Esta é a sétima parábola acerca do Reino dos Céus registrada em Mateus 13. Sua mensagem não difere muito da do joio, visto que o resultado final é o julgamento, isto é, a separação entre os bons e os maus.

No original, percebe-se claramente que aquela rede de pesca era enorme; das que são manejadas por diversos homens e que recolhem grande quantidade de peixe de uma só vez. Em virtude dessa capacidade, variedades de peixes eram colhidos. Alguns usados como alimento ou comercializados com outros fins. Outros eram considerados inúteis, sem qualquer valor. Isto ilustra perfeitamente o que acontece com a pregação do evangelho. Alguns aceitam a mensagem e desenvolvem uma fé autêntica, tornando-se verdadeiros discípulos de Jesus. Outros são apenas recolhidos pela rede da Palavra, mas depois mostram-se infiéis e indignos de Cristo.

O Reino dos céus recolhe a todos sem qualquer distinção. Todavia, santos e ímpios não estarão juntos para sempre! Como o pescador separa o peixe bom do ruim, assim será na consumação dos séculos (Mt 13.49).

O Reino dos Céus é comparado a uma grande rede que apanha peixes bons e ruins, úteis e inúteis. Esses peixes representam duas classes de crentes que convivem no Reino: os autênticos, e os que mantêm uma vida cristã de aparências. Assim como os peixes são apanhados na rede e somente mais tarde são separados, a rede divina recolhe todas as pessoas indistintamente, para depois selecioná-las. Ninguém tem o direito de acusar ou discriminar qualquer pessoa na igreja. Pois, só o Senhor Jesus Cristo tem capacidade e autoridade para julgar com justiça e separar os bons dos maus! E isso o fará, no final dos tempos.

A Parábola da Rede  mostra a convivência temporária nesta vida entre os bons e os maus, e a separação final entre eles. É o caso da luz entre as trevas (Ef 5.8; Mt 5.16). Isto está bem explorado em 1Co 5.9-13. As duas parábolas concluem afirmando que a separação inevitável e inadiável entre um e outro ocorrerá “na consumação dos séculos” (Mt 13.40,49).

Na Parábola da Rede, somos advertidos à paciência, a evitarmos o julgamento precipitado, e a convivermos com todas as pessoas, sejam boas ou más. Esta, a última das sete parábolas registradas em Mateus 13, apresenta o fim da dispensação da Graça e o juízo final.

Nesta parábola, cinco elementos se destacam: a rede, o mar, os pescadores, os peixes e os anjos.

I. A REDE (Mt 13.47)
O Reino dos céus, diz o texto, é semelhante a “uma rede lançada ao mar”. O tipo de rede mencionada neste versículo é a de arrasto, empregada na pescaria de varredura, que recolhe todos os tipos de peixes.

1. A malha dessa rede. A malha desse tipo de rede recolhe toda espécie de peixes: bons e ruins, úteis e inúteis. De modo semelhante, quando a igreja lança a rede por meio da pregação do Evangelho, alcança e abrange todo tipo de pessoa, sem qualquer discriminação. Entretanto, nem todas permanecem em suas malhas, visto que entre o povo de Deus há muitos que não são verdadeiramente leais a Cristo e à sua Palavra. “Mas, agora, escrevi que não vos associeis com aquele que, dizendo-se irmão, for devasso, ou avarento, ou idólatra, ou maldizente, ou beberrão, ou roubador; com o tal nem ainda comais” (1Co 5.11).

2. A rede não discrimina os peixes. A rede mencionada na parábola é manejada por vários pescadores. Há também a rede individual de pescar, como a popular tarrafa e outras modalidades. Isso ilustra a pescaria espiritual (Mt 4.19): a evangelização de massa ou coletiva e a pessoal ou individual. A rede da pescaria espiritual para o reino de Deus, lançada no Dia de Pentecostes, continuará a ser usada até ao final da dispensação da graça.

II. O MAR (Mt 13.47)
1. O mar representa a humanidade. O mar na linguagem figurada da Bíblia, que inclui as parábolas, representa a humanidade em geral (Is 57.20; Dn 7.3; Ap 17.15). O que a Bíblia sugere acerca do mar não está limitado apenas à sua superfície; envolve também a sua profundidade e obscuridade por causa das trevas do pecado. Todavia, o evangelho tem o poder de resgatar do fundo do mar o mais vil pecador: “Porque não me envergonho do evangelho de Cristo, pois é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê, primeiro do judeu e também do grego” (Rm 1.16).

Quando a rede é lançada ao mar, recolhe toda espécie de peixes. Assim também o evangelho: a ninguém discrimina, mas é pregado a toda criatura (Mc 16.15). A seleção não é feita pelos pescadores na malha da rede, mas depois que a rede é recolhida à praia. A separação entre “bons e maus” será executada na consumação de todas as coisas.

III. OS PESCADORES (Mt 13.48)
O texto não destaca os pescadores como tais, mas o seu trabalho. Isso é instrutivo. O trabalho constitui em lançar a rede e puxá-la para a praia, separando os peixes bons dos ruins. Naturalmente, esse ponto representa a missão principal da Igreja de Cristo na terra — evangelização e discipulado.

1. A convocação dos doze pescadores de homens. Como alguns dos discípulos eram pescadores, Jesus sabiamente usou esta parábola em virtude da relação desta com o trabalho deles. Foi por isto que, ao convocá-los, estimulou-os a serem pescadores de homens (Mc 1.16-18). Suas redes seriam outras; receberiam pessoas de toda classe, raça, cultura e nação.

2. Incontáveis pescadores de homens. O número de pescadores começou com 12 homens e tem se multiplicado em milhões através dos séculos. Apesar de todas as investidas do inimigo de nossas almas para deter o avanço da Igreja, a rede continua firme; jamais se rompeu; jamais se desfez.

3. Cada crente, um pescador de homens. Todo ganhador de almas é um pescador neste grande mar. Por conseguinte, é missão de cada crente ser um pescador de almas para o Reino de Deus (Mc 16.15; At 1.8). A ordem imperativa de Marcos 16.15 não é para um grupo específico, mas para todos aqueles que pertencem à Igreja de Jesus.

IV. OS PEIXES (Mt 13.47)
1. Os peixes que caem na rede. Sabemos que a rede não discrimina, nem seleciona os peixes. A parábola diz que a rede apanha peixes de toda espécie, bons e maus. A igreja, num certo sentido, é a continuação da rede, pois à ela achega-se todo tipo de pessoas.

2. Os peixes bons e ruins. Os crentes verdadeiros são os bons; os ruins são aqueles que têm nome de crente e não o são. Era esse o caso dos fariseus — crentes de aparência. O Senhor Jesus deixou isso muito claro em Mateus 23. O ensino de Jesus nesta parábola não é diferente do de outras, como é o da distinção entre o trigo e o joio. A separação só é feita no momento apropriado. A igreja visível e local, em seu rol de membros, tem uma mescla de crentes espirituais e carnais. Uns são parte integral da igreja como servos fiéis do Senhor; outros são apenas acompanhantes, ninguém sabe até quando. E com toda essa gente misturada, às vezes torna-se difícil distinguir quem é quem na vida comum de uma igreja local (visível).

O apóstolo Paulo declarou que “nem todos os que são de Israel são israelitas” (Rm 9.6-8). Muitos se dizem cristãos, mas não o são. Pertencer à igreja visível não implica ser membro da igreja verdadeira. Há pessoas religiosas, porém não regeneradas; que se batizaram em águas, todavia nunca foram lavadas pelo sangue de Cristo. Pessoas que se professam cristãs, entretanto, interiormente não possuem qualquer sinal do cristianismo bíblico (Mt 7.21-23).

Grande e terrível será a surpresa dos que aqui na terra permanecerem na incredulidade até à morte, e também para aqueles que confiam em sua religião, em suas boas obras, em seus sacrifícios, nos homens ou nos anjos.

V. O PAPEL DOS ANJOS NO FINAL DOS TEMPOS (Mt 13.49,50)
Lamentavelmente, tem havido distorções e falsas doutrinas quanto ao papel dos anjos em relação à Igreja e ao mundo presente. Na atual dispensação, é o Espírito Santo que está formando ativamente a igreja, e não os anjos.

Segundo a Bíblia, no final desta dispensação, na volta de Cristo à sua igreja amada, os seres celestiais entrarão em ação no arrebatamento dos vivos e na ressurreição dos mortos em Cristo.

CONCLUSÃO
O reino de Deus é anunciado a todos, porém a maioria dos homens é indiferente e permanece na miséria do pecado, ou então, contenta-se em ser um cristão meramente nominal.

Esta parábola ensina-nos a definir nosso papel como obreiros que, semelhante aos pescadores, lançam a rede do evangelho para apanhar o maior número possível de almas para Cristo. Que o Senhor nos permita estender a rede da salvação e convidar a todos os homens para que se arrependam de seus pecados e creiam no evangelho.

Lição 5: Cristo, o tesouro incomparável- Parábolas de Jesus — Advertências para os dias de hoje



Comentarista: Elienai Cabral 

TEXTO ÁUREO
“Porque onde estiver o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração” (Mt 6.21).

VERDADE PRÁTICA
Tendo a Cristo como o nosso inigualável tesouro, tudo mais em nossa vida é secundário.

— Ef 1.18-23 Conhecendo as riquezas da glória
— Jo 3.3 O único modo de conhecer o Reino
— Pv 2.4,5 O conhecimento de Deus é como o tesouro escondido
— 2Co 4.7 Tesouro em vasos de barro
— Fp 3.7,8 Nosso tesouro supremo é Cristo
— 2Co 8.9 Cristo se fez pobre para nos tornar ricos

 
LEITURA BÍBLICA 
Mateus 13.44; ; 
Mateus 13:44 — Também o Reino dos céus é semelhante a um tesouro escondido num campo que um homem achou e escondeu; e, pelo gozo dele, vai, vende tudo quanto tem e compra aquele campo.
Mateus 6.19-21 19 — Não ajunteis tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem tudo consomem, e onde os ladrões minam e roubam.20 — Mas ajuntai tesouros no céu, onde nem a traça nem a ferrugem consomem, e onde os ladrões não minam, nem roubam.21 — Porque onde estiver o vosso tesouro, ai estará também o vosso coração.
Filipenses 3.7,8. 7 — Mas o que para mim era ganho reputei-o perda por Cristo.8 — E, na verdade, tenho também por perda todas as coisas, pela excelência do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor; pelo qual sofri a perda de todas estas coisas e as considero como esterco, para que possa ganhar a Cristo. 

OBJETIVOS
Identificar e interpretar as principais figuras da parábola.
Demonstrar o propósito principal da parábola.
Definir o Reino dos céus segundo a parábola. 

INTRODUÇÃO
A Parábola do Tesouro Escondido é a quinta dentre as sete parábolas mencionadas em Mateus 13.1-58. O principal propósito desta narrativa alegórica é ensinar sobre o supremo valor do Reino dos céus. Quando falou sobre o crescimento do Reino, Jesus o comparou ao grão de mostarda e ao fermento (Mt 13.31-33), mas para demonstrar sua importância, igualou-o a um “tesouro escondido” (v.44).

Os judeus, quando estavam ameaçados de invasão estrangeira, costumavam esconder parte de sua riqueza a fim de protegê-la dos salteadores. Em muitos casos, o proprietário era levado cativo ou morto, e seus valores permaneciam escondidos na terra. Portanto, havia a possibilidade de alguém encontrá-los algum tempo depois.

O impacto da mensagem de Cristo é percebido quando consideramos que a sua audiência era constituída principalmente de pobres, lavradores e pequenos comerciantes envolvidos com o cultivo e a administração dos campos. Segundo Jesus, a alegria de encontrá-lo assemelha-se ao deleite daquele que acha um tesouro no campo. Cristo é o tesouro incomparável, que uma vez encontrado, enche-nos de completa satisfação.

A parábola de hoje se encontra apenas no Evangelho de Mateus. Esta curta narrativa certamente prendeu a atenção dos ouvintes, porquanto tratava de um assunto do interesse de todos — a descoberta de um tesouro. Trata-se de um homem que descobriu casualmente um tesouro escondido num campo e, com grande alegria, tomou todas as providências a fim de adquirido. Isto diz respeito ao zelo, interesse e empenho com que se deve buscar o Reino dos Céus.

I. O TESOURO ESCONDIDO
1. O sentido de “tesouro” na Bíblia. Um tesouro consiste em volumosa riqueza que pode ser em dinheiro, joia, ouro, prata, e inúmeros outros bens que uma pessoa possua (Pv 15.16).

2. O costume oriental de ocultar tesouros. Era costume dos povos dos tempos bíblicos esconder tesouros em suas terras a fim de protegê-los de ladrões e de vizinhos avarentos, ou pela simples falta de meios para preservação de suas riquezas. Não havia bancos como em nossos dias (Jó 3.21; Pv 2.4). Jesus usou esse fato para enfatizar o supremo valor do Reino dos Céus.

3. A possibilidade de ser o dono do tesouro descoberto. Muitas vezes acontecia de um camponês achar um desses tesouros enquanto cavava os campos. Entretanto, o fato de alguém encontrar um tesouro em terreno alheio, não lhe dava o direito de possuí-lo. Caso o afortunado estivesse realmente interessado naquela riqueza, teria de adquirir a propriedade na qual o tesouro fora encontrado (Mt 13.44).

II. INTERPRETANDO OS ELEMENTOS DA PARÁBOLA
Em linhas gerais, o Reino dos céus é comparado a um tesouro inestimável, e o interesse de encontrá-lo deve estar acima de qualquer outra coisa. Vejamos o que representa cada elemento desta parábola:

1. O “campo” (v.44). “O reino dos céus é semelhante a um tesouro escondido num campo”. O “campo” certamente trata-se do mundo habitado ao qual Jesus veio: “Porque Deus amou o mundo [grifo meu] de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3.16). Ler também Lucas 2.1 e Marcos 16.15.

2. O “homem” (v.44). “Um tesouro escondido num campo que um homem achou e escondeu”. Na parábola do semeador, Jesus é o “homem” que “semeia a semente”. Na do tesouro escondido, “o homem” representa o pecador que encontra Cristo, o maior tesouro que alguém pode descobrir. “Mas o que para mim era ganho reputei-o perda por Cristo. E, na verdade, tenho também por perda todas as coisas, pela excelência do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor; pelo qual sofri a perda de todas estas coisas e as considero como esterco, para que possa ganhar a Cristo” (Fp 3.7,8; Mc 10.28-30).

3. O “tesouro” (v.44). Como já vimos anteriormente, o tesouro é Cristo. No capítulo 3 de Filipenses, verificamos que o apóstolo Paulo reconhece que todos os valores terrenos desaparecem diante da alegria de conhecer a Jesus. O profeta Jeremias já nos alertava: “Não se glorie o sábio na sua sabedoria, nem se glorie o forte na sua força; não se glorie o rico nas suas riquezas. Mas o que se gloriar glorie-se nisto: em me conhecer e saber que eu sou o Senhor, que faço beneficência, juízo e justiça na terra...” (Jr 9.23,24). O crente não deve se gloriar em seu conhecimento secular, talentos ou bens, pelo contrário, deve exultar por haver conhecido o mais valioso de todos os tesouros — Jesus.

III. CRISTO, O TESOURO SUPREMO
Todos os legítimos tesouros desta vida e deste mundo, sejam riquezas materiais, fama, prestígio ou sabedoria humana, não podem ser comparados à magnificência do reino e sua glória de que seremos participantes (Cl 2.2,3; Rm 8.18).

1. Descobrindo as riquezas de Deus em Cristo Jesus. Somente Cristo pode satisfazer os anseios da alma humana: “Como o cervo brama pelas correntes das águas, assim suspira a minha alma por ti, ó Deus! A minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo...” (Sl 42.1,2). Quando o pecador vem a Cristo, aceitando-o como seu Salvador, recebe como herança toda a riqueza do Reino de Deus (Ef 1.3,17,18). Cristo é, portanto, o tesouro de valor incalculável que deve ser sempre buscado acima de tudo.

2. Cristo é nosso tesouro permanente. As riquezas deste mundo são transitórias e perecíveis e não nos acompanham por toda a vida. A Bíblia nos aconselha: “Não ajunteis tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem tudo consomem, e onde os ladrões minam e roubam” (Mt 6.19). Jesus não é semelhante ao ouro nem à prata (At 17.29). Nossa verdadeira e multiforme riqueza permanecerá conosco por toda a eternidade: Jesus Cristo, o Pai da Eternidade (Is 9.6), “o Alfa e o Ômega, o Princípio e o Fim, diz o Senhor, que é, e que era, e que há de vir, o Todo-Poderoso” (Ap 1.8).

IV. A ESCOLHA DO MAGNÍFICO TESOURO
A Bíblia nos afirma que Jesus não é precioso somente aos olhos de Deus, mas também aos olhos daqueles que creem em seu nome: “Pelo que também na Escritura se contém: Eis que ponho em Sião a pedra principal da esquina, eleita e preciosa; e quem nela crer não será confundido” (1Pe 2.6). Todavia, esta “Pedra Preciosa” pode receber distintas respostas humanas, como veremos a seguir.

1. Pessoas que escolheram o magnífico tesouro de Deus. Pedro e André trabalhando no mar da Galileia ouviram o convite de Jesus para segui-lo. Imediatamente deixaram tudo e seguiram-no (Mt 4.18-20). Tiago e João procederam da mesma maneira ao serem convocados pelo Mestre: “Eles, deixando imediatamente o barco e seu pai, seguiram-no” (Mt 4.22). O apóstolo Paulo também declarou a sua escolha por Cristo: “Mas o que para mim era ganho reputei-o perda por Cristo” (Fp 3.7). O eunuco etíope não conseguiu resistir à exposição do plano de salvação executado por Jesus. Diante da pergunta de Filipe, confirmou sua fé, foi batizado e prosseguiu sua caminhada regozijando-se por ter encontrado o Tesouro Incomparável (At 8.35-39).

2. A rejeição do Bom Tesouro (Lc 18.18-30). O jovem rico desta passagem bíblica colocou suas riquezas acima do Mestre. Seu coração estava tão apegado aos bens materiais que, apesar da sua tristeza, rejeitou o convite de Jesus. É também o caso dos ouvintes mencionados em Jo 5.40. Por causa de suas prioridades, o jovem rico é desafiado a vender suas riquezas e doá-las aos pobres. Contudo, seu apego às riquezas é tão grande que torna-se um obstáculo intransponível entre ele e o Salvador. Este homem preferiu desfrutar das riquezas desta terra a ter um tesouro no céu. Diante desta escolha, Jesus conforta seus abnegados discípulos (que haviam deixado tudo para segui-lo): “Na verdade vos digo que ninguém há, que tenha deixado casa, ou pais, ou irmãos, ou mulher, ou filhos pelo Reino de Deus e não haja de receber muito mais neste mundo e, na idade vindoura, a vida eterna” (Lc 18.29,30).

CONCLUSÃO
A busca por tesouros sempre exerceu um fascínio sobre a humanidade. Ao narrar esta parábola, o Mestre enfatiza a alegria daquele homem ao descobrir um tesouro. O mesmo ocorre com o pecador que se encontra com Jesus, pois o Senhor é tão precioso que o pensamento e a linguagem humanos são incapazes de expressar o seu valor. Quando temos Cristo, possuímos absolutamente tudo o que precisamos para viver realmente felizes aqui na terra, tendo dEle a certeza da vida eterna.

20 junho 2022

Lição 4: A expansão do Reino dos Céus- Parábolas de Jesus — Advertências para os dias de hoje

Comentarista: Elienai Cabral

 TEXTO ÁUREO
“O Reino dos céus é semelhante a um grão de mostarda que um homem, pegando dele, semeou no seu campo” (Mt 13.31).

VERDADE PRÁTICA
A Igreja é o Reino de Deus em franca expansão sobre a terra, conforme o Senhor Jesus nos revela na parábola do grão de mostarda.

— Mt 28.19,80 Crescimento da igreja segundo a Grande Comissão
— At 1.8,15 O ponto de partida para o crescimento
— At 2.41-44 O crescimento corporativo da igreja
— At 2.41,47; 4.4; 5.14; 9.31; 12.24 O crescimento numérico da igreja
— At 1.14; 2.1-4; 4.20,24,31; 13.52; 15.5 O crescimento qualitativo da igreja
— Mc 16.15-20; Ef 4.13,14 Evangelização, nutrimento e serviço fazem parte do crescimento da igreja
 
LEITURA BÍBLICA 
Mateus 13.31,32; Atos 2.44-47.
Mateus 13  31 — Outra parábola lhes propôs, dizendo: O Reino dos céus é semelhante a um grão de mostarda que um homem, pegando dele, semeou no seu campo;32 — o qual é realmente a menor de todas as sementes; mas, crescendo, é a maior das plantas e faz-se uma árvore, de sorte que vêm as aves do céu e se aninham nos seus ramos.
Atos 2 44 — Todos os que criam estavam juntos e tinham tudo em comum.45 — Vendiam suas propriedades e fazendas e repartiam com todos, segundo cada um tinha necessidade.46 — E, perseverando unânimes todos os dias no templo e partindo o pão em casa, comiam juntos com alegria e singeleza de coração,47 — louvando a Deus e caindo na graça de todo o povo. E todos os dias acrescentava o Senhor à igreja aqueles que se haviam de salvar.
 
OBJETIVOS
Interpretar os principais elementos da parábola.
Destacar a ideia central da narrativa.
Relacionar o grão e a mostardeira com o Reino dos céus.
 
Resumo da Parábola

 

INTRODUÇÃO
Os judeus aguardavam a manifestação visível e poderosa do Reino de Deus (Dn 2.44). A grandeza do Templo do Milênio, descrito na visão de Ezequiel (Ez 41—44), representa claramente o potencial do reino profético que seria estabelecido. Segundo Daniel, por ocasião da inauguração do Reino do Altíssimo na Terra, as nações serão esmiuçadas, e somente os fiéis reinarão eternamente (Dn 7.27). Entretanto, o Reino dos Céus, exposto por Cristo através das parábolas do Reino (Mc 4.11), opera interna, silenciosa e secretamente entre os homens. Sua acanhada manifestação disfarça toda a magnitude.

As Parábolas representam o cotidiano da sociedade dos tempos de Jesus. Ao narrar essas histórias, o Mestre tinha por objetivo cativar a atenção de seus ouvintes e ensinar-lhes as verdades do Reino dos Céus. Jesus era um exímio contador de histórias. A Pedagogia moderna reascendeu nos educadores a paixão de contar histórias. 

O pequeno grão de mostarda encobre seu potencial de crescimento, da mesma forma que o modesto movimento iniciado por Jesus, disfarçou o magnífico desenvolvimento do Reino de Deus.

Tendo como base a Parábola do Grão de Mostarda, mostra a franca expansão do Reino de Deus sobre a terra através da Igreja. A fim de melhor compreendermos as lições reveladas pelo Mestre, dividiremos o nosso estudo em três pontos principais: a semente, a hortaliça e as aves do céu.

Roguemos ao Senhor, pois, que nos ajude a colocar em prática cada uma das lições encontradas nessa parábola.

I. A SEMENTE DE MOSTARDA (Mt 13.31)
1. O grão de mostarda (v.31). A palavra mostarda é de origem egípcia ( sinapis ) e aparece por cinco vezes nos três primeiros Evangelhos (Mt 13.31; 17.20; Mc 4.31; Lc 13.19; 17.6). Nos dias de Jesus, a mostarda negra ( sinapis nigra ) era a mais conhecida. Suas sementes, depois de trituradas, serviam de tempero para os alimentos.

A mostarda era uma planta que, em terra fértil, crescia rapidamente até três ou quatro metros. Em seus ramos, aninhavam-se as aves do céu.

2. A lição dos contrastes. Ao propor esta parábola, Jesus usa um artifício literário a fim de ressaltar o contraste apresentado por esta hortaliça. O grão de mostarda é a menor das sementes; ao crescer, é a maior das hortaliças (v.32). Considerando tal fato, Jesus queria que seus discípulos entendessem que mesmo uma semente tão pequena é capaz de produzir um grande resultado. A operação divina é o elemento que promove o crescimento do Reino de Deus.

À semelhança do grão de mostarda, o Reino de Deus surge do nada para demonstrar a plenitude do poder divino. Isto equivale dizer que a Igreja, como grão de mostarda, surpreendeu o mundo com a sua mensagem e com o seu poder irresistível no Espírito Santo.

No começo, seu desenvolvimento foi vagaroso por causa das dificuldades a serem vencidas, tanto em relação aos inimigos do reino, quanto à negligência dos lavradores. Mas, como nos diz a Palavra, o grão de mostarda “é realmente a menor de todas as sementes; mas, crescendo, é a maior das plantas e faz-se uma árvore” (Mt 13.32).

3. O poder misterioso da fé. Em outro evento, Jesus usou a figura do “grão de mostarda” para ilustrar o poder misterioso e qualitativo da fé. Ler Mt 17.20.

A dificuldade dos discípulos em curar um menino (Mt 17.14-19) deu a Jesus a oportunidade não só de expulsar o demônio que oprimia a criança, como também de mostrar-lhes que a fé é produtiva quando procede de Cristo. Esta é posta em ação, como confiança absoluta em Deus, segundo a sua Palavra. Voltando ao “grão de mostarda”, vejamos as suas características.

4. O campo de semeadura (v.31). O “campo” desta parábola pode ser interpretado como o mundo, onde foi semeado o evangelho. No dia de Pentecostes, o grupo de quase cento e vinte pessoas (At 1.15,16), mediante a ação do Espírito Santo, imediatamente cresceu e multiplicou-se para quase três mil almas (At 2.14,37-41).

5. A lição do crescimento. Jesus não estava apenas empenhado em crescimento numérico de discípulos, mas também em mostrar outro elemento fundamental para se avaliar o desenvolvimento do Reino de Deus: o qualitativo.

Em Mateus 28.19,20, há uma relação do discipulado com o crescimento da Igreja. No cumprimento da Grande Comissão, os discípulos, já revestidos do poder do alto, mostraram haver aprendido as lições da parábola do grão de mostarda.

II. A GRANDE ÁRVORE (Mt 13.82)
1. A forma de crescimento. O crescimento de uma árvore é lento e progressivo; o de uma hortaliça, como a mostarda, é rápido e passageiro, porque esta vive apenas o suficiente para produzir flores e sementes.

Quando Jesus assemelhou o Reino de Deus a um grão de mostarda, sugeriu que, assim como a semente desta hortaliça desenvolve-se com muito vigor e misteriosamente, o Reino de Deus, através da Igreja, expandir-se-ia e surpreenderia o mundo apesar de seu início pequeno e humilde.

Todavia, precisamos levar em conta um contraste sugerido pela comparação: o crescimento da hortaliça é temporário e limitado; o do Reino de Deus é ilimitado.

2. As ameaças ao crescimento. Nas parábolas anteriores, aparece o campo de plantio com os seus problemas típicos: recepção, absorção e crescimento da semente lançada. Cada problema devia ser encarado com diligência pelo agricultor, pois, conforme diz a Bíblia, “o que planta e que rega são um; mas cada um receberá o seu galardão segundo o seu trabalho” (1Co 3.8). Em sentido geral, a Igreja é o grão de mostarda semeado que se desenvolveu e tornou-se uma grande árvore.

Nesta parábola, o campo é um sistema de ação demoníaca comandado pelo Diabo, pois “sabemos que somos de Deus e que todo o mundo está no maligno” (1Jo 5.19).

Como Igreja, deparamo-nos com muitos oponentes neste mundo, como a carne, o mundo, o Diabo e o pecado, os quais incumbem-se de criar todas as dificuldades possíveis ao desenvolvimento do Reino de Deus. Ver 1Jo 2.16,17.

Não podemos esquecer-nos de que, no campo de boas sementes, vem o inimigo e semeia o joio.

3. O significado de “grande árvore” (v.32). Todos sabemos que a mostarda é uma hortaliça que pode crescer até uma altura de três a quatro metros, dependendo de condições ideais do meio ambiente, como é o caso do vale do Jordão. Em síntese, uma árvore chama a atenção porque se torna visível aos olhos humanos. Cada salvo, em Cristo, faz parte da igreja invisível. Porém, é a igreja visível que é observada.

III. AS AVES DO CÉU (Mt 13.32)
O texto sagrado diz: “Mas crescendo, é a maior das plantas e faz-se uma árvore, de sorte que vêm as aves do céu e se aninham nos seus ramos” (v.32). À luz do contexto das sete parábolas de Mateus 13 sobre a esfera atual do Reino dos Céus, bem como a analogia geral das Escrituras, as “aves do céu” simbolizam Satanás e seus demônios contra a Igreja. Herbert Lockyer, respeitado erudito bíblico, em seu livro sobre Parábolas, declarou: “as aves do céu não representam homens e nações, e sim o mal, isto é, Satanás, o príncipe da potestade do ar”.

A lição básica que o Mestre desejava ensinar era sobre o “crescimento da igreja no mundo”.

CONCLUSÃO
A Igreja, muito embora tenha tido um início humilde e até mesmo insignificante em relação as grandes religiões não-cristãs existentes no mundo, cresceu e frutificou abrigando milhões de seres humanos em sua sombra e copa.