20 junho 2022

Lição 4: A expansão do Reino dos Céus- Parábolas de Jesus — Advertências para os dias de hoje

Comentarista: Elienai Cabral

 TEXTO ÁUREO
“O Reino dos céus é semelhante a um grão de mostarda que um homem, pegando dele, semeou no seu campo” (Mt 13.31).

VERDADE PRÁTICA
A Igreja é o Reino de Deus em franca expansão sobre a terra, conforme o Senhor Jesus nos revela na parábola do grão de mostarda.

— Mt 28.19,80 Crescimento da igreja segundo a Grande Comissão
— At 1.8,15 O ponto de partida para o crescimento
— At 2.41-44 O crescimento corporativo da igreja
— At 2.41,47; 4.4; 5.14; 9.31; 12.24 O crescimento numérico da igreja
— At 1.14; 2.1-4; 4.20,24,31; 13.52; 15.5 O crescimento qualitativo da igreja
— Mc 16.15-20; Ef 4.13,14 Evangelização, nutrimento e serviço fazem parte do crescimento da igreja
 
LEITURA BÍBLICA 
Mateus 13.31,32; Atos 2.44-47.
Mateus 13  31 — Outra parábola lhes propôs, dizendo: O Reino dos céus é semelhante a um grão de mostarda que um homem, pegando dele, semeou no seu campo;32 — o qual é realmente a menor de todas as sementes; mas, crescendo, é a maior das plantas e faz-se uma árvore, de sorte que vêm as aves do céu e se aninham nos seus ramos.
Atos 2 44 — Todos os que criam estavam juntos e tinham tudo em comum.45 — Vendiam suas propriedades e fazendas e repartiam com todos, segundo cada um tinha necessidade.46 — E, perseverando unânimes todos os dias no templo e partindo o pão em casa, comiam juntos com alegria e singeleza de coração,47 — louvando a Deus e caindo na graça de todo o povo. E todos os dias acrescentava o Senhor à igreja aqueles que se haviam de salvar.
 
OBJETIVOS
Interpretar os principais elementos da parábola.
Destacar a ideia central da narrativa.
Relacionar o grão e a mostardeira com o Reino dos céus.
 
Resumo da Parábola

 

INTRODUÇÃO
Os judeus aguardavam a manifestação visível e poderosa do Reino de Deus (Dn 2.44). A grandeza do Templo do Milênio, descrito na visão de Ezequiel (Ez 41—44), representa claramente o potencial do reino profético que seria estabelecido. Segundo Daniel, por ocasião da inauguração do Reino do Altíssimo na Terra, as nações serão esmiuçadas, e somente os fiéis reinarão eternamente (Dn 7.27). Entretanto, o Reino dos Céus, exposto por Cristo através das parábolas do Reino (Mc 4.11), opera interna, silenciosa e secretamente entre os homens. Sua acanhada manifestação disfarça toda a magnitude.

As Parábolas representam o cotidiano da sociedade dos tempos de Jesus. Ao narrar essas histórias, o Mestre tinha por objetivo cativar a atenção de seus ouvintes e ensinar-lhes as verdades do Reino dos Céus. Jesus era um exímio contador de histórias. A Pedagogia moderna reascendeu nos educadores a paixão de contar histórias. 

O pequeno grão de mostarda encobre seu potencial de crescimento, da mesma forma que o modesto movimento iniciado por Jesus, disfarçou o magnífico desenvolvimento do Reino de Deus.

Tendo como base a Parábola do Grão de Mostarda, mostra a franca expansão do Reino de Deus sobre a terra através da Igreja. A fim de melhor compreendermos as lições reveladas pelo Mestre, dividiremos o nosso estudo em três pontos principais: a semente, a hortaliça e as aves do céu.

Roguemos ao Senhor, pois, que nos ajude a colocar em prática cada uma das lições encontradas nessa parábola.

I. A SEMENTE DE MOSTARDA (Mt 13.31)
1. O grão de mostarda (v.31). A palavra mostarda é de origem egípcia ( sinapis ) e aparece por cinco vezes nos três primeiros Evangelhos (Mt 13.31; 17.20; Mc 4.31; Lc 13.19; 17.6). Nos dias de Jesus, a mostarda negra ( sinapis nigra ) era a mais conhecida. Suas sementes, depois de trituradas, serviam de tempero para os alimentos.

A mostarda era uma planta que, em terra fértil, crescia rapidamente até três ou quatro metros. Em seus ramos, aninhavam-se as aves do céu.

2. A lição dos contrastes. Ao propor esta parábola, Jesus usa um artifício literário a fim de ressaltar o contraste apresentado por esta hortaliça. O grão de mostarda é a menor das sementes; ao crescer, é a maior das hortaliças (v.32). Considerando tal fato, Jesus queria que seus discípulos entendessem que mesmo uma semente tão pequena é capaz de produzir um grande resultado. A operação divina é o elemento que promove o crescimento do Reino de Deus.

À semelhança do grão de mostarda, o Reino de Deus surge do nada para demonstrar a plenitude do poder divino. Isto equivale dizer que a Igreja, como grão de mostarda, surpreendeu o mundo com a sua mensagem e com o seu poder irresistível no Espírito Santo.

No começo, seu desenvolvimento foi vagaroso por causa das dificuldades a serem vencidas, tanto em relação aos inimigos do reino, quanto à negligência dos lavradores. Mas, como nos diz a Palavra, o grão de mostarda “é realmente a menor de todas as sementes; mas, crescendo, é a maior das plantas e faz-se uma árvore” (Mt 13.32).

3. O poder misterioso da fé. Em outro evento, Jesus usou a figura do “grão de mostarda” para ilustrar o poder misterioso e qualitativo da fé. Ler Mt 17.20.

A dificuldade dos discípulos em curar um menino (Mt 17.14-19) deu a Jesus a oportunidade não só de expulsar o demônio que oprimia a criança, como também de mostrar-lhes que a fé é produtiva quando procede de Cristo. Esta é posta em ação, como confiança absoluta em Deus, segundo a sua Palavra. Voltando ao “grão de mostarda”, vejamos as suas características.

4. O campo de semeadura (v.31). O “campo” desta parábola pode ser interpretado como o mundo, onde foi semeado o evangelho. No dia de Pentecostes, o grupo de quase cento e vinte pessoas (At 1.15,16), mediante a ação do Espírito Santo, imediatamente cresceu e multiplicou-se para quase três mil almas (At 2.14,37-41).

5. A lição do crescimento. Jesus não estava apenas empenhado em crescimento numérico de discípulos, mas também em mostrar outro elemento fundamental para se avaliar o desenvolvimento do Reino de Deus: o qualitativo.

Em Mateus 28.19,20, há uma relação do discipulado com o crescimento da Igreja. No cumprimento da Grande Comissão, os discípulos, já revestidos do poder do alto, mostraram haver aprendido as lições da parábola do grão de mostarda.

II. A GRANDE ÁRVORE (Mt 13.82)
1. A forma de crescimento. O crescimento de uma árvore é lento e progressivo; o de uma hortaliça, como a mostarda, é rápido e passageiro, porque esta vive apenas o suficiente para produzir flores e sementes.

Quando Jesus assemelhou o Reino de Deus a um grão de mostarda, sugeriu que, assim como a semente desta hortaliça desenvolve-se com muito vigor e misteriosamente, o Reino de Deus, através da Igreja, expandir-se-ia e surpreenderia o mundo apesar de seu início pequeno e humilde.

Todavia, precisamos levar em conta um contraste sugerido pela comparação: o crescimento da hortaliça é temporário e limitado; o do Reino de Deus é ilimitado.

2. As ameaças ao crescimento. Nas parábolas anteriores, aparece o campo de plantio com os seus problemas típicos: recepção, absorção e crescimento da semente lançada. Cada problema devia ser encarado com diligência pelo agricultor, pois, conforme diz a Bíblia, “o que planta e que rega são um; mas cada um receberá o seu galardão segundo o seu trabalho” (1Co 3.8). Em sentido geral, a Igreja é o grão de mostarda semeado que se desenvolveu e tornou-se uma grande árvore.

Nesta parábola, o campo é um sistema de ação demoníaca comandado pelo Diabo, pois “sabemos que somos de Deus e que todo o mundo está no maligno” (1Jo 5.19).

Como Igreja, deparamo-nos com muitos oponentes neste mundo, como a carne, o mundo, o Diabo e o pecado, os quais incumbem-se de criar todas as dificuldades possíveis ao desenvolvimento do Reino de Deus. Ver 1Jo 2.16,17.

Não podemos esquecer-nos de que, no campo de boas sementes, vem o inimigo e semeia o joio.

3. O significado de “grande árvore” (v.32). Todos sabemos que a mostarda é uma hortaliça que pode crescer até uma altura de três a quatro metros, dependendo de condições ideais do meio ambiente, como é o caso do vale do Jordão. Em síntese, uma árvore chama a atenção porque se torna visível aos olhos humanos. Cada salvo, em Cristo, faz parte da igreja invisível. Porém, é a igreja visível que é observada.

III. AS AVES DO CÉU (Mt 13.32)
O texto sagrado diz: “Mas crescendo, é a maior das plantas e faz-se uma árvore, de sorte que vêm as aves do céu e se aninham nos seus ramos” (v.32). À luz do contexto das sete parábolas de Mateus 13 sobre a esfera atual do Reino dos Céus, bem como a analogia geral das Escrituras, as “aves do céu” simbolizam Satanás e seus demônios contra a Igreja. Herbert Lockyer, respeitado erudito bíblico, em seu livro sobre Parábolas, declarou: “as aves do céu não representam homens e nações, e sim o mal, isto é, Satanás, o príncipe da potestade do ar”.

A lição básica que o Mestre desejava ensinar era sobre o “crescimento da igreja no mundo”.

CONCLUSÃO
A Igreja, muito embora tenha tido um início humilde e até mesmo insignificante em relação as grandes religiões não-cristãs existentes no mundo, cresceu e frutificou abrigando milhões de seres humanos em sua sombra e copa.

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