23 junho 2022

Lição 12: Vigiai, pois não sabeis quando virá o Senhor-- Parábolas de Jesus — Advertências para os dias de hoje



Comentarista: Elienai Cabral

TEXTO ÁUREO
“Vigiai, pois, porque não sabeis o Dia nem a hora em que o Filho do Homem há de vir” (Mt 25.13).

VERDADE PRÁTICA
Todo cristão precisa estar alerta para a vinda repentina e inesperada de Cristo, a fim de não ficar envergonhado naquele grande dia.

 — 1Co 12.12,14,27 Os verdadeiros crentes formam um todo na terra
— Mt 25.10 Os crentes precisam estar preparados
— Mt 25.1,4; Ef 6.18 Os crentes precisam ter azeite em suas vasilhas
— Rm 13.11 O crente descuidado quanto à vinda do Senhor
— 1Jo 2.18bO crente deve estar atento aos falsos cristos
— Ap 21.2 Os santos viverão na Jerusalém celestial

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Mateus 25.1-13.  1 — Então, o Reino dos céus será semelhante a dez virgens que, tomando as suas lâmpadas, saíram ao encontro do esposo.2 — E cinco delas eram prudentes, e cinco, loucas.3 — As loucas, tomando as suas lâmpadas, não levaram azeite consigo.4 — Mas as prudentes levaram azeite em suas vasilhas, com as suas lâmpadas.5 — E, tardando o esposo, tosquenejaram todas e adormeceram.6 — Mas, à meia noite, ouviu-se um clamor: Aí vem o esposo! Saí-lhe ao encontro!
7 — Então, todas aquelas virgens se levantaram e prepararam as suas lâmpadas.8 — E as loucas disseram às prudentes: Dai-nos do vosso azeite, porque as nossas lâmpadas se apagam.9 — Mas as prudentes responderam, dizendo: Não seja caso que nos falte a nós e a vós; ide, antes, aos que o vendem e comprai-o para vós.10 — E, tendo elas ido comprá-lo, chegou o esposo, e as que estavam preparadas entraram com ele para as bodas, e fechou-se a porta.11 — E, depois, chegaram também as outras virgens, dizendo: Senhor, senhor, abre-nos a porta!12 — E ele, respondendo, disse: Em verdade vos digo que vos não conheço.13 — Vigiai, pois, porque não sabeis o Dia nem a hora em que o Filho do Homem há de vir.


OBJETIVOS
Analisar temas escatológicos fundamentados na parábola.
Identificar os elementos essenciais da parábola.
Explicar os princípios gerais e o sentido espiritual da parábola.
 
INTRODUÇÃO

A parábola das dez virgens é mais um incentivo à vigilância quanto ao iminente retorno de Cristo. Aquele “grande dia” será, para os crentes, preparados, prudentes, cheios do Espírito Santo, uma ocasião de regozijo imensurável. A Palavra de Deus diz que a coroa da justiça está guardada para “todos quantos amam a sua vinda” (2Tm 4.8). Contudo, para os crentes insensatos, fracos, descuidados, negligentes e adormecidos espiritualmente, será tempo de desengano, julgamento e desespero.

Conforme os costumes orientais acerca do casamento, a festa realizava-se especialmente à noite e podia durar vários dias, dependendo das possibilidades dos noivos. A celebração começava quando o noivo e alguns amigos iam à casa da noiva para trazê-la à casa dos pais do noivo. Terminadas as formalidades do ato como descrito em Rt 4, os noivos e seu cortejo seguiam festivamente para a casa do noivo e tinha início a festa nupcial, agora acrescida dos parentes e convidados — as bodas. Os convidados precisavam estar devidamente vestidos e providos de lâmpadas para afugentar a escuridão. Caso o cortejo tardasse, era preciso mais azeite para manter as lamparinas acesas durante todo o percurso. Chegando ao local das bodas, os convidados entravam e a porta principal era fechada. Era, como deve ser, o círculo íntimo da família.

Jesus proferiu essa parábola para ensinar aos discípulos ricas lições concernentes aos fatos da sua vinda. Para estarmos preparados, precisamos estar cheios do Espírito Santo, simbolizado pelo azeite nas candeias, enquanto esperamos o noivo celestial.

I. A LIÇÃO DA PARÁBOLA
A linguagem é figurada, porém a mensagem é literal. Jesus queria ensinar aos seus discípulos a sempre presente necessidade de cada crente estar preparado para a vinda de Cristo: “Vigiai, pois, porque não sabeis o Dia nem a hora em que o Filho do Homem há de vir” (Mt 25.13; 24.42).

As integrantes do cortejo ou comitiva da noiva eram dez virgens no relato da parábola, segundo o costume daqueles tempos. Esse total podia variar, segundo a literatura judaica da época, e de igual modo o cortejo do noivo. Na linguagem figurada da Bíblia, o número dez tem a ver com integralidade, totalidade, completeza, isso vinculado à ordem do ponto de vista divino.

II. DUAS CLASSES DE CRENTES (Mt 25.2-4,8)
O ensino de Jesus, na parábola em apreço, revela nas dez virgens dois tipos de crentes em relação à volta do Senhor: os prudentes e os loucos. Todas eram virgens e todas aguardavam o noivo para a festa nupcial. Ver 2Co 11.2. Todas estavam igualmente vestidas e levavam consigo a mesma classe de lâmpada. Porém, o esposo tardou, e aí se percebeu a diferença entre cinco das virgens: a falta de azeite para as lâmpadas.

1. As loucas (Mt 25.3). Jesus as chamou de loucas, néscias, com o intuito de denotar a sua insensatez quanto ao despreparo para a espera e chegada do noivo. Elas representam aqueles crentes que vivem descuidados, sem vida e vigor espiritual. Os tais fazem “pouco caso” das responsabilidades espirituais, como filhos e servos de Deus, quanto à oração (Rm 12.12; 1Ts 5.17); à leitura sistemática da Bíblia (2Tm 3.15-17); às missões (Ez 3.18,19; Mt 28.19,20; Mc 16.15-17); e ao amor fraternal (1Ts 3.12; 4.9; Rm 12.10).

Crentes que vivem como as virgens loucas demonstram:

a) Insensatez. Não se preocupam em viver uma vida santa e serem cheios do Espírito (vv.3,8). Ver Ef 5.18; 1Ts 5.19; Ec 9.8.

b) Hipocrisia. Fingimento, falsa espiritualidade e devoção (Mt 25.3,8; 1Pe 2.1; Is 9.17; Ez 33.31,32; 2Co 5.12). Todas pareciam idênticas; todas faziam parte do cortejo nupcial; todas tinham lâmpadas; todas estavam esperando o noivo para as bodas. O incidente fatal ocorreu no momento do brado (v.6). As virgens imprudentes não estavam preparadas para o importante evento.

2. As prudentes (Mt 25.4). Estavam vigilantes, apercebidas e preparadas. É a previdência e a vigilância espiritual do crente à espera da volta de Jesus. O crente amoroso e fiel espera não primeiramente o acontecimento da volta de Jesus, mas o retorno da Pessoa que é a razão do grandioso evento: o Senhor Jesus. Três qualidades foram demonstradas pelas virgens prudentes: previdência, sinceridade e vigilância.

a) Previdência. Elas tinham reserva de azeite, isto é, de combustível para as lâmpadas em suas vasilhas (v.4).

Não basta ter lâmpadas polidas e brilhantes, mas vazias interiormente (Mt 5.15,16; 1Sm 16.7). O azeite é símbolo da provisão do Espírito Santo na vida do crente e precisa ser renovado continuamente, conforme nos assevera a Bíblia em Ef 5.18 e 2Rs 4.1-7.

b) Sinceridade. Isto significa ter atitudes puras e santas, sem alteração, sem pretextos, sem evasivas e com humildade de espírito. Isso foi demonstrado em parte quando as moças prudentes disseram às outras: “Não seja caso que nos falte a nós e a vós” (Mt 25.9).

c) Vigilância. Contínuo estado de alerta, sensibilidade espiritual e prontidão, não permitindo que as coisas deste mundo e desta vida, mesmo legítimas, nos desviem do rumo ao céu e do supremo ideal da Igreja: uma vez terminada a carreira aqui, iremos para estar com o Senhor ali, para sempre (Mt 25.13; Rm 13.11; Fp 3.13,14).

III. A CHEGADA DO ESPOSO (Mt 25.10)
1. O clamor da meia noite (Mt 25.6). Meia-noite significa a consumação de um dia que se finda e ao mesmo tempo o princípio de um novo dia, um novo tempo. A meia-noite é hora de silêncio, quando a noite chega ao seu auge e geralmente todos dormem o sono mais profundo.

Na sua mensagem na parábola, Jesus desperta os seus discípulos para o inesperado momento da sua vinda para buscar a sua noiva — a Igreja, momento esse quando poucos estarão atentos. Como será a bem-aventurança dos salvos no momento em que Cristo aparecer (1Co 15.51,52; 1Ts 4.14-17).

2. A chegada do noivo (Mt 25.10). Será precedida por “um clamor” (v.6): grito, brado sobrenatural nas alturas (1Co 15.51,52; 1Ts 4.15,16). Ele virá para um povo salvo e remido que o espera (Mt 25.13,42,44; 1Co 15.50-52); que o ama (1Pe 3.18; 1Jo 4.19); que reflete a glória do esposo (2Co 3.18).

3. As Bodas (Mt 25.10). O lugar do banquete será nas mansões celestiais (Ap 19.1,7; 21.9,10). O esposo é Cristo e a esposa é a Igreja (Ef 5.22-32). A Igreja purificada pelo sangue do Cordeiro, e preparada pelo Espírito Santo para estar com o Senhor no céu (2Co 11.2; Ap 19.7).

CONCLUSÃO
A grande lição que aprendemos nesta parábola é que devemos estar sempre preparados e atentos ao grande momento da vinda de Jesus para a Igreja. Você está preparado para este grande dia?

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