Postado por Presbítero André Sanchez
Você Pergunta: Como cristão não posso comemorar o natal, pois é uma festa pagã? Fico muito confuso, pois o natal tem sido muito voltado ao consumismo. O que dizer do papai noel? Não seria melhor os cristãos pararem de comemorar essa data ou mudá-la? Fora isso, tem aquelas questões da origem do natal, que seria uma festa pagã. O que você pode dizer sobre isso? Podemos comemorar o natal ou não?
Caro leitor, há muita controvérsia com relação à comemoração do natal. Uns dizem que é uma festa pagã e comemorá-la seria estar adorando deuses pagãos.
Outros se apoiam no fato de o dia 25 de dezembro não ser o dia real do nascimento de Jesus Cristo. E alguns ainda, por causa do forte apelo comercial da data e a quase adoração ao papai noel, não apoiam a sua comemoração.
O cristão deve comemorar o natal?
Apesar de não termos nenhum texto bíblico apontando para a comemoração específica do nascimento de Cristo, não temos nada na Bíblia que nos proíba de fazê-lo.
Isso por um simples fato: nós não comemorarmos o aniversário de Jesus (data), comemoramos o nascimento de Cristo (acontecimento), fato este que não nos impede de comemorá-lo na data que desejarmos.
Pelo contrário, acredito que a comemoração verdadeira no nascimento do Salvador é extremamente positiva para os servos de Deus e para o mundo. Isso porque é uma grande oportunidade de pregação ao mundo sobre o tema central da Bíblia:
A vinda ao mundo do Salvador, do Messias, do Filho de Deus que tira o pecado do mundo. Além disso, ao redor dessa data, servos de Deus relembram fortemente a missão do Cristo e têm grandes oportunidades de proclamar ainda mais a Palavra.
O apelo consumista do Natal
É evidente que não concordo com a substituição da comemoração do nascimento de Cristo pelo forte apelo consumista e a exaltação do papai noel, mas, creio eu, que esse fato não é motivo para abandonarmos a comemoração [verdadeira] da data.
Lembremos que vivemos em um mundo que “jaz no maligno”, ou seja, qualquer tipo de exposição das coisas de Deus será fortemente resistida pelo mal. Um bom exemplo disso é a páscoa.
Na páscoa temos também um forte apelo comercial e a exaltação do coelhinho e do ovo de chocolate. Pararemos de comemorá-la? Calaremos nossa boca porque os ímpios deturpam as coisas? Evidentemente que não!
A ligação do verdadeiro Natal como comemoração do nascimento do Salvador com festas pagãs, pra mim, é um absurdo. Os servos fieis a Cristo não comemoram o nascimento de nenhum deus pagão e nem associam o Natal a orgias e bebedices.
Quem faz isso são os ímpios. Tomar os ímpios como base para proibir o Natal é um absurdo, pois eles deturpam qualquer coisa, mesmo as mais santas.
Quando comemoramos o Natal não imitamos nações pagãs, pois nenhuma nação pagã comemora o nascimento de Jesus Cristo. Nós, Seus servos, é que temos esse privilégio único. Por isso, o Natal é único, exclusivo e especial!
O dia 25 de dezembro
Com relação ao dia 25 de dezembro não ser o dia exato do nascimento de Cristo, não considero fator importante na questão, já que ninguém sabe o dia exato de Seu nascimento.
Além disso, todos os dias são de Deus e consagrar a Ele em especial um desses dias para comemorar com mais veemência o nascimento do Salvador sobrepuja qualquer consagração que nações pagãs possam ter feito desse dia.
O poder de Deus sobrepuja o poder do diabo. O que Deus santifica não pode ser considerado impuro.
Comemorar o natal é uma bênção!
Assim, comemorar o Natal é uma bênção na vida dos verdadeiros discípulos de Cristo. Buscar trazer para a sociedade a visão clara sobre a missão do Salvador é missão diária de seus servos e, no Natal, se acentua ainda mais, trazendo aos pregadores de Cristo mais uma grande oportunidade de proclamá-Lo e glorificá-Lo por tão grande amor pelos pecadores.
Calar essa comemoração é mais uma artimanha para calar a proclamação mais maravilhosa de todo os tempos:
“O anjo, porém, lhes disse: Não temais; eis aqui vos trago boa-nova de grande alegria, que o será para todo o povo: é que hoje vos nasceu, na cidade de Davi, o Salvador, que é Cristo, o Senhor” (Lucas 2. 10).
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