25 junho 2022

PROTEGIDOS POR DEUS

 

Nós somos guardados enquanto habitamos este mundo - nossa segurança.

"Já não estou no mundo, mas eles continuam no mundo, ao passo que eu vou para junto de ti. Pai santo, guarda-os em teu nome, que me deste, para que eles sejam um, assim como nós”João 17:11

"Não peço que os tires do mundo, e sim que os guardes do mal” João 17:15.

Apesar de estarmos vivendo neste mundo não somos mais parte do esquema perverso que o controla.

Enquanto vivemos aqui, nosso Pai celestial está nos guardando pelo seu poder - 1 Pe 1:5.

O verdadeiro cristão pode passar por provações tremendas mas ele nunca se perderá!

Nós podemos nos sentir fracos e desprotegidos, mas a oração de Jesus deixa claro que Deus tem prometido seu poder e segurança para nós.

Nós não pertencemos ao sistema que domina o mundo - nosso caráter.

"Eu lhes tenho dado a tua palavra, e o mundo os odiou, porque eles não são do mundo, como também eu não sou”.

"Eles não são do mundo, como também eu não sou”. João 17:16.

Uma vez nós pertencíamos ao reino Satânico deste mundo, mas isto não é mais verdade.

O poder da crucificação (morte) e da ressurreição (vida), foram introduzidos em nossas vidas e nós fomos transformados - Colos 1:13 e 1 Pe 2:9.

Nós somos novas criaturas em Jesus Cristo - 2 Co 5:17.

Através do novo nascimento, uma transformação radical ocorreu em nós por meio da graça de Deus.

Transcrito Por Litrazini

https://www.kairosministeriomissionario.com/

Graça e Paz 

Respondendo ao Mal (Vingança Pessoal)

 


Texto: Mateus 5:38-42
Introdução:

A. Quando alguém o trata mal, como você reage?

1. Você reage na mesma moeda – tratando o mal com o mal?

2. Você fica parado e aceita qualquer abuso contra você?

3. Qual é a maneira correta de responder ao mal?

B. Em Seu sermão da montanha, Jesus ensinou sobre a justiça do reino…

1. Ele fez isso contrastando com a chamada “justiça” dos escribas e fariseus

a. Observando como a Lei havia sido interpretada e aplicada

b. Declarando o que Ele esperava de Seus discípulos

2. Vimos Jesus contrastar essa justiça em questões como:

a. Assassinato e ira (Mateus 5:21-26)

b. Adultério (Mateus 5:27-30)

c. Divórcio (Mateus 5:31-32)

d. Juramentos (Mateus 5:33-37)

C. Neste sermão, veremos o que Jesus ensinou sobre “vingança pessoal” (Mateus 5:38-42) ao discutirmos sobre o tema “Respondendo ao Mal”
A. A Lei de Moisés e a Interpretação Tradicional

1. Sobre “olho por olho, dente por dente”

a. Encontra-se em Êxodo 21:24-25

b. Uma passagem paralela é Deuteronômio 19:21

2. Essas declarações eram leis para os tribunais civis aplicarem

a. Observe atentamente Deuteronômio 19:15-21

b. Êxodo 21:22-24

c. Eles foram dados para guiar os sacerdotes na aplicação da punição adequada

3. Mas observe o que os escribas e fariseus fizeram.

a. Interpretaram essas declarações para justificar a retribuição pessoal!

b. Aplicou-os frequentemente tomando questões de vingança em suas próprias mãos – Assim como muitas pessoas fazem hoje!

4. A lei proibia repetidamente a vingança “pessoal”

a. Levítico 19:18

b. Provérbios 24:29

c. Tanto no Antigo como no Novo Testamento, a questão da vingança pessoal deveria ser deixada para Deus e Seu agente do governo civil devidamente designado!

1) Romanos 12:19

2) Romanos 13:1-4

5. Realmente não há diferença entre a Lei e o que encontramos no Novo Testamento a esse respeito:

a. A vingança pessoal não tem lugar na vida daqueles que são filhos de Deus!

b. Agora vamos examinar mais de perto…
B. A Resposta Adequada ao Mal

1. Jesus proclamou dois princípios

a. Não resista a uma pessoa má (v. 39a)

1) Não apenas você não deve se vingar com suas próprias mãos…

2) Mas nem se oponha (resista) à pessoa má quando o mal estiver sendo feito!

b. Responda ao mal fazendo o bem! (v. 39b-42)

1) Jesus ilustra isso com vários exemplos

a) Respondendo ao abuso físico (v. 39b) “Dar a outra face” – Isso pode se referir a oferecer a outra face como uma expressão de amor

b) Responder a uma ação civil, dando mais do que a pessoa está processando! (v. 40)

c) Responder à opressão do governo, oferecendo-se para fazer mais do que o que está sendo exigido de você! (v. 41)

d) Responder a quem pede ajuda, dando-lhe o que pede! (v. 42)

2) Em cada caso, o princípio é o mesmo

a) Não devemos resistir à pessoa que nos maltrata ou tenta nos privar de nossas posses

b) Em vez disso, responda de maneira positiva demonstrando amor por eles, ou dando-lhes livremente mais do que eles esperavam ganhar pela força, opressão ou manipulação!

2. Isso deve ser tomado literalmente?

a. Por que não?

1) Temos vários exemplos no Antigo Testamento.…

a) José, perdoando seus irmãos – Gênesis 45:4-15

b) Davi, ao poupar a vida de Saul – 1 Samuel 24:8-15

c) Eliseu, ao alimentar o exército dos arameus – 2 Reis 6:8-23

2) Também temos vários exemplos no Novo Testamento.…

a) Jesus, nosso principal exemplo – 1 Pedro 2:20-23

b) Estêvão, quando estava sendo apedrejado – Atos 7:59-60

c) Os cristãos hebreus, que “aceitaram com alegria” a pilhagem dos seus bens – Hebreus 10:32-34

3) Temos o ensino claro de Paulo em Romanos 12:19-21

a) Não devemos nos vingar

b) Devemos procurar vencer o mal com o bem

c) Devemos tomar esses ensinamentos literalmente?

b. Se não, então como aplicamos essas palavras de Jesus?

3. Acho impressionante a atitude dos cristãos no segundo século d.C.:

a. “Faze o bem e dá liberalmente a todos os necessitados do salário que Deus te dá. Não hesite sobre a quem você não deve dar. Dê a todos. Pois Deus deseja que todos os dons sejam feitos a partir de Suas generosidades”. (Hermas, 135 d.C.)

b. “E ele disse para amar não apenas nossos próximos, mas também nossos inimigos, e ser doadores e participantes não apenas com o bem, mas também ser doadores liberais para aqueles que tiram nossas posses”. (Irineu, 185 d.C.)

c. Essas declarações foram escritas em uma época em que os cristãos eram constantemente maltratados, abusados ​​e manipulados por outros!

4. Os ensinamentos de Jesus nesta passagem são reconhecidamente desafiadores…

a. Opõe-se ao que poderíamos chamar de “natureza humana”

b. Mas somos chamados a ser “participantes da natureza divina” (2 Pedro 1:4); em outras palavras, ser mais parecido com Deus do que com os homens

d. Como veremos no próximo sermão, Jesus ensina um padrão de justiça que excede em muito o dos escribas e fariseus e da maioria das pessoas hoje!

e. No mínimo, vamos gastar o máximo de energia para ver como podemos aplicar essa passagem às vidas – como muitos fazem tentando explicar como isso realmente não significa o que parece dizer!

Conclusão:
A. Resumindo o ensino de Jesus sobre “Responder ao Mal”…

1. Não devemos resistir ao mal

2. Devemos responder fazendo o bem por sua vez

B. Podemos nunca enfrentar as situações exatas que Jesus usou para ilustrar Seu ponto…

1. Mas os princípios podem ser aplicados a tantas coisas que enfrentamos

2. Por exemplo, como as pessoas nos tratam no trabalho, em nossas comunidades, em nossas próprias famílias, na igreja

3. Sempre que for maltratado, aceite o desafio de ver como você pode vencer o mal com o bem.

4. Então sua “justiça” excederá a dos escribas e fariseus!

Resiliência na Reconciliação


Texto: Romanos 12:16-18

Introdução: Como consideramos as pessoas ou reagimos a elas, comunica se nossa confiança está em nós mesmos ou se nossa confiança está em Deus.

I. Nossa Atitude Para Com Aqueles Que Interagem Conosco:

A. Viva em Harmonia:“Vivam em harmonia uns com os outros”(V. 16a NVT)

1. Mostre gratidão e apreço.

2. Comunique sentimentos e expectativas tácitas.

3. Seja rápido para chegar a um consenso.

B. Não seja arrogante: “Não sejam orgulhosos, mas tenham amizade com gente de condição humilde” (V. 16b NVT) “estejam dispostos a associar-se a pessoas de posição inferior” (V. 16b NVI)

1. Deus considera o orgulho uma abominação.

2. Deus é resistente ao orgulhoso.

3. Deus nos lembra que ninguém está imune ao orgulho.

a) Nenhuma tarefa deve estar abaixo de você.

b) Nenhuma pessoa deve ser vista como inferior a você.

C. Seja sempre humilde: “E não pensem que sabem tudo” (V. 16c NVT) “não sejais sábios aos vossos olhos” (V. 16c)

1. Não tenha uma noção exagerada de suas habilidades ou importância.

2. Admita quando estiver errado e peça perdão.

3. Pare de tentar estar certo o tempo todo.

Pensamento Chave:

 Não seja crítico com outras pessoas.

 Não seja presunçoso com outras pessoas.

 Não seja condescendente com outras pessoas.

II. Nossas Ações Para Aqueles Que Nos Feriram:

A. Resista a igualar o placar: “Não retribuam a ninguém mal por mal” (V. 17a NVI) “Não paguem o mal com o mal” (V. 17a OL)

1. Chame a ofensa o que ela é, má, errada, pecaminosa.

2. Não significa ignorar a ofensa.

3. Escolha não resolver o problema com suas próprias mãos.

4. Dê espaço para Deus trabalhar.

B. Lembre-se da Coisa Certa a Fazer: “Procurem fazer o que é correto aos olhos de todos” (V. 17b NVI)

1. Jogue fora as ramificações da vingança.

2. A vingança continua o ciclo vicioso.

3. Lembre-se de que nossas ações afetam aqueles ao nosso redor.

C. A reconciliação é o objetivo: “Façam todo o possível para viver em paz com todos” (V. 18 NVI) “No que depender de vocês, vivam em paz com todos” (V. 18 NVT)

1. Esteja disposto a dar o primeiro passo.

2. Reconheça o limite de responsabilidade.

3. Viva em liberdade o tempo todo confiando em Deus.

Pensamento Chave:

 Não seja consumido por outras pessoas.

 Não seja controlado por outras pessoas.

 Não seja restringido por outras pessoas.

Conclusão: Viver a vida com a consciência limpa é fruto de um coração arrependido e de uma nova vida por meio de Jesus Cristo...

Um Céu Aberto


Texto: Vários

 Batizado que foi Jesus, saiu logo da água; e eis que se lhe abriram os céus, e viu o Espírito Santo de Deus descendo como uma pomba e vindo sobre ele (Mateus 3:16a).

 Quando todo o povo fora batizado, tendo sido Jesus também batizado, e estando ele a orar, o céu se abriu (Lucas 3:21)

 E logo, quando saía da água, viu os céus se abrirem, e o Espírito, qual pomba, a descer sobre ele(Marcos 1:10)

Um céu aberto é concedido e disponível para nós somente EM NOME DE JESUS.

I. Um Céu Aberto é Afirmação:

A. A Pré-existência de Jesus: “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus”. (João 1:1)

B. O Prazer de Jesus:“E agora, Pai, glorifica-me em tua presença com a glória que eu tinha contigo antes que o mundo existisse”(João 17:5)

C. O Propósito de Jesus: “Pai, desejo que onde eu estou, estejam comigo também aqueles que me tens dado, para verem a minha glória, a qual me deste; pois que me amaste antes da fundação do mundo” (João 17:24)

II. Um Céu Aberto é Validação:

A. O Caminho de Jesus é Específico: “E em nenhum outro há salvação, porque debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos”. (Atos 4:12)

B. O Caminho de Jesus é Singular: “Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida. Ninguém vem ao Pai senão por mim”. (João 14:6)

C. O Caminho de Jesus é Suficiente: “Mas quando apareceu a bondade de Deus, nosso Salvador e o seu amor para com os homens, não em virtude de obras de justiça que nós houvéssemos feito, mas segundo a sua misericórdia, nos salvou mediante o lavar da regeneração e renovação pelo Espírito Santo, que ele derramou abundantemente sobre nós por Jesus Cristo, nosso Salvador; para que, sendo justificados pela sua graça, fôssemos feitos herdeiros segundo a esperança da vida eterna”. (Tito 3:4-7)

III. Um Céu Aberto é um Convite:

 Hebreus 10:19-20: “Tendo pois, irmãos, ousadia para entrarmos no santíssimo lugar, pelo sangue de Jesus, pelo caminho que ele nos inaugurou, caminho novo e vivo, através do véu, isto é, da sua carne”.

 Marcos 15:37-38: “…deu seu último suspiro, e o véu do templo se rasgou em dois, de alto a baixo.

A. Jesus é nosso Mediador: “Porque há um só Deus, e um só mediador entre Deus e os homens, o homem Jesus Cristo” (1 Timóteo 2:5)

B. Jesus é nosso Advogado: “Meus filhinhos, estas coisas vos escrevo para que não pequeis. Mas, se alguém pecar, temos Advogado junto ao Pai, Jesus Cristo, o justo”. (1 João 2:1)

C. Jesus é nosso intercessor: “Por isso, ele é capaz de salvar perfeitamente aqueles que se aproximam de Deus por meio dele, pois vive sempre para interceder por eles”. (Hebreus 7:25)

Conclusão: Um Céu Aberto está diante de nós, então venha com ousadia (Hebreus 10:23) pela porta que está aberta EM NOME DE JESUS! (João 10:9)

24 junho 2022

A Oração Que Mudou Uma Cidade


Texto: Filipenses 1:9-11

“E isto peço em oração: que o vosso amor aumente mais e mais no pleno conhecimento e em todo o discernimento, para que aproveis as coisas excelentes, a fim de que sejais sinceros, e sem ofensa até o dia de Cristo; cheios do fruto de justiça, que vem por meio de Jesus Cristo, para glória e louvor de Deus”

Introdução: A igreja sempre foi a esperança do mundo. Nossa saúde interna, nossa união, determinará nossa eficácia externa...

I. Escolha o Amor cultivando um Amor crescente:

A. Escolha o tipo de amor de Deus: “que o vosso amor aumente mais e mais …”

B. Escolha o tipo de abordagem de Deus: “que o vosso amor aumente mais e mais …”

Pensamento Chave:

A oração que mudou uma cidade, mostra a progressão e os benefícios de um amor crescente:

• Um amor crescente nos leva a compreender e experimentar a verdade…

• que nos permite viver e amar com sabedoria…

• assim, criando um desejo pela excelência…

II. Escolha o Que é Melhor Desenvolvendo um Caráter Excelente:

A. Um desejo de excelência nasce de um amor crescente: “no pleno conhecimento e em todo o discernimento, para que aproveis as coisas excelentes …”

B. O caráter excelente constrói uma reputação sincera, autêntica e sem hipocrisia: “no pleno conhecimento e em todo o discernimento, para que aproveis as coisas excelentes, a fim de que sejais sinceros, e sem ofensa...”

Pensamento Chave:

• Escolher o que é melhor envolve uma dedicação exaustiva às coisas que são essenciais e alinhadas ao nosso propósito

III. Viva Como Jesus Esperando Ver Jesus:

A. Quando esperamos ver Jesus, tratamos uns aos outros como cidadãos do céu: “a fim de que sejais sinceros, e sem ofensa até o dia de Cristo; cheios do fruto de justiça, que vem por meio de Jesus Cristo, para glória e louvor de Deus”

B. Quando esperamos ver Jesus, nossa fé é evidência do evangelho: “sejais sinceros, e sem ofensa até o dia de Cristo; cheios do fruto de justiça, que vem por meio de Jesus Cristo, para glória e louvor de Deus”.

C. Quando esperamos ver Jesus, experimentamos diariamente a suficiência de Jesus: “a fim de que sejais sinceros, e sem ofensa até o dia de Cristo; cheios do fruto de justiça, que vem por meio de Jesus Cristo, para glória e louvor de Deus”.

Pensamento Chave:

“Os frutos da justiça são as evidências e efeitos de nossa santificação, os deveres de santidade brotando de um coração renovado, a raiz da questão em nós. Esses frutos são por Jesus Cristo, por sua força e graça, pois sem ele nada podemos fazer... Somos fortes na graça que há em Cristo Jesus (2 Timóteo 2:1) e fortalecidos com poder pelo seu Espírito (Efésios. 3:16), e são para glória e louvor de Deus”. Matthew Henry

Conclusão:

A oração que mudou uma cidade, mostra a progressão de um amor crescente:

1. Um amor crescente nos leva a conhecer e viver a verdade, enquanto cresce em sabedoria.

2. Crescer em conhecimento e sabedoria cria um desejo pela excelência.

3. O desejo de excelência nos permite viver uma vida sincera, autêntica e sem hipocrisia.

4. O amor leva ao conhecimento e a sabedoria leva à excelência leva a uma vida autêntica que está demonstrando cada vez mais uma fecundidade que é atos amorosos de bondade e serviço.

Como Vencer a Tentação

 
Como Vencer a Tentação

Texto: Mateus 4:1

“Então foi conduzido Jesus pelo Espírito ao deserto, para ser tentado pelo Diabo”

Introdução:

Para um cristão, o sucesso muitas vezes significa aproximar-se de Deus. Um aspecto fundamental nessa busca é a luta contra a tentação. Então, o que você pode fazer quando é tentado? Para o cristão que deseja vencer a tentação de pecar, considere estas estratégias bíblicas para crescer em santidade diante de Deus.

Para os propósitos deste estudo, definiremos tentação com base na Bíblia como qualquer coisa que o influencie a desobedecer a Deus. Na verdade, qualquer situação que você enfrentar na vida promoverá seu crescimento ou promoverá sua destruição. O fator determinante é o que você decide em seu coração fazer. Você obedecerá a Deus e se aproximará Dele, ou se rebelará contra Deus e fugirá Dele? Você não é uma vítima passiva aqui. Em vez de escolher pecar, resolva implementar as estratégias bíblicas para vencer a tentação em sua vida.

Antecedentes e Significado da Palavra 'Tentação':

1. A mesma palavra grega (Peirasmos) é usada para “tentações” (Mateus 6:13, 1Corintios 10:13, Tiago 1:13) e “provações” (Tiago 1:2,12, 1Pedro 1:6).

2. Significado da palavra – a colocação à prova (por experiência (do bem), a experiência (do mal)

3. É importante fazer uma distinção entre dois significados dentro desta palavra.

a. Por um lado, significa uma tentativa de atrair alguém para o mal. (Muitas vezes traduzido como tentações)

i. Satanás é a fonte última de todos os desejos e ações contrárias a Deus.

ii. Ele é o tentador. (Mateus 4:3, 1 Tessalonicenses 3:5)

b. Por outro lado, indica uma provação que visa o bem espiritual. (Muitas vezes traduzido como provações)

Este estudo bíblico é uma descrição detalhada da “tentação” em seu significado negativo.

Propósito da Tentação:

1. Para minar o plano e a vontade de Deus (Gênesis 3:4-5)

2. Para desviar o homem do caminho de Deus (João 10:10)

3. A tentação em sua essência é negar a autoridade de Deus e buscar nossa independência de Deus.

Quais São os Caminhos da Tentação?

1. A tentação começa no coração e na mente, em nossos motivos e desejos mais profundos. (Tiago 1:14-15)

2. 1 João 2:16 fala sobre três meios fundamentais de tentação. – “Pois tudo o que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não vem do Pai, mas do mundo”.

a. Concupiscência da carne

b. Concupiscência dos olhos

c. Soberba da Vida

3. Esses três princípios fundamentais resumem quaisquer tentações que possamos enfrentar em nossa vida diária.

4. Satanás usou esses artifícios para tentar Adão e Eva no jardim do Éden.

a. Concupiscência dos olhos – “Quando a mulher viu que o fruto da árvore era bom para se comer e agradável aos olhos” (Gênesis 3:6)

b. Concupiscência da Carne – “… a árvore era boa para comer e agradável aos olhos ..”

c. Orgulho da Vida – “… e também desejável para obter sabedoria (como Deus)…” (Gênesis 3:5-6)

5. Satanás usa os mesmos artifícios para tentar Jesus no deserto. (Mateus 4:1-11)

a. Concupiscência da Carne – “Se você é o Filho de Deus, diga a essas pedras para se tornarem pães”. (Mateus 4:3)

b. Concupiscência dos Olhos – “o diabo o levou a uma montanha muito alta e mostrou-lhe todos os reinos do mundo e seu esplendor”. (Mateus 4:8)

c. Orgulho da Vida – “Tudo isso eu te darei, se você se curvar e me adorar” (Mateus 4:9)

A Tentação é Pecado? A Tentação Pode Ser Considerada Pecado?

1. Não, Jesus também foi tentado. (Mateus 4:1-11)

2. Hebreus 4:15 – “porém um (Jesus) que, como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado”.

3. Todo cristão enfrenta algum tipo de tentação.

Porque é Tão “Fácil” Cair ou Ceder à Tentação? Porque Vemos Uma Luta Constante Com o Pecado?

1. Porque há um prazer temporário nisso.

2. Hebreus 11:25 – “(Moisés) escolhendo antes ser maltratado com o povo de Deus do que ter por algum tempo o gozo do pecado”.

3. Somos suscetíveis ao pecado por causa de nossa fragilidade devido à natureza pecaminosa. (Gênesis 6:5)

Então, Como Vencer a Tentação? Quais São os Passos Que Uma Pessoa Pode Tomar?

Preparação:

1. A Bíblia muitas vezes retrata a tentação e a luta com o pecado como um campo de batalha, é lutar contra a tentação e se você deseja ter sucesso na batalha, precisa se preparar bem.

2. Estar pronto para a batalha. (Efésios 6:11, 13-17)

3. Vigiar e orar. (Marcos 14:38)

4. Lembre-se de que Jesus usou a palavra de Deus para atacar e vencer todas as três tentações no deserto. Nós não somos melhores, então gaste tempo na palavra de Deus. Mergulhe na palavra de Deus, estude-a, memorize-a. Lembre-se, você pode não ter sua Bíblia com você quando Satanás o confrontar com algum tipo de tentação!

5. Esteja alerta e autocontrolado (1 Pedro 5:8). (Para cada cristão, a tentação pode vir de forma diferente.)

6. Forte na fé. (1 Pedro 5:8-9)

Perseverança e resistência:

1. Muitas vezes a batalha cansa, e simplesmente desistimos e cedemos. Precisamos perseverar, persistir e continuar a resistir à tentação.

Planejamento: (Estratégia)

1. Lembre-se de que sempre há uma maneira de vencer a tentação.

2. 1 Coríntios 10:13 – “Não vos sobreveio nenhuma tentação, senão humana; mas fiel é Deus, o qual não deixará que sejais tentados acima do que podeis resistir, antes com a tentação dará também o meio de saída, para que a possais suportar”

Existem duas estratégias, que descobri na Bíblia ao lidar com a tentação.

Resistir ou revidar:

a. Tiago 4:7: “Resisti ao diabo, e ele fugirá de vós”.

b. Há momentos em que você precisa lutar e resistir à tentação. Você precisa se manter firme.

Fugir:

a. 2 Timóteo 2:22: “Foge também das paixões da mocidade, e segue a justiça. …”

b. Há momentos em que você precisa fugir, sair ou recuar para escapar da tentação.

c. José é um excelente exemplo de ambos os métodos. Ele tentou resistir à esposa de Potifar o máximo que pôde, mas quando chegou a hora, ele escolheu fugir em vez de resistir a ela. (Gênesis 39: 6-12)

D. Acredito que muitas vezes, escolhemos caminhos errados, fugimos quando precisamos nos manter firmes e vice-versa.

Aplicação:

1. Você está pronto para a batalha?

2. Você está preparado? (Lembre-se de que Satanás não marca um encontro para o momento da tentação!)

3. A sua 'Espada do Espírito' está afiada e o 'Escudo da Fé' forte?

 

A Vontade de Deus é a Nossa Vontade?

 


Texto: Salmo 127:1-2; Lucas 12:18; 1 Coríntios 10:31
Introdução: Jesus fala sobre um homem rico que decidiu que precisava aumentar algumas de suas propriedades agrícolas, pois estava tendo boas colheitas e os celeiros estavam ficando lotados. Ele não pensou em pedir a opinião de Deus, apenas tomou a decisão por si mesmo. Os resultados não foram o que ele esperava.

Uma coisa é um não-cristão sair para construir isto ou aquilo ou qualquer outra coisa e não consultar a Deus, mas não é o mesmo para um cristão. A aprovação de Deus é essencial para todas as atividades na vida de um cristão.

Uma nota a ser lembrada: Só porque o nome de Deus é mencionado, não significa que Deus deu Sua aprovação.
I. A Família de Deus Deve ir a Deus Para Tudo.

A. Os cristãos não devem ser "autossuficientes".

1. Os Filhos de Deus devem ir a Ele com tudo, não devem ser independentes de Deus.
II. A Família de Deus Deve Depender da Aprovação e do Poder de Deus

A. Nada que o cristão possa fazer ou saber pode substituir o envolvimento divino de Deus, não importa quão familiar ou conhecedor se possa sobre certas coisas.

B. Deus nunca deve ser dado como certo - por nada.

C. Não haverá bênção, provavelmente nenhum sucesso, se Deus for deixado de fora dos projetos na vida de um cristão.
III. Todos os Esforços, Planos, Etc. do Cristão Devem Estar em União Com a Vontade de Deus

A. Fora de Deus, o cristão não pode realmente fazer nada que traga as bênçãos de Deus.
Conclusão:

A. Façamos tudo o que trará glória a Deus e não a nós.

B. Não façamos a coisa errada e nos tornemos uma pedra de tropeço em vez de uma luz para alguém.

C. Vamos cada um de nós perguntar a Deus: "O que o Senhor quer de mim?"

D. Se Deus é pelo que decidimos fazer, quem, o que pode nos impedir? Deus fará Sua vontade tão certa quanto abriu as águas do Mar Vermelho.

O Pecado e Suas Consequências

 



Texto: Gênesis 9:18-27

Introdução
Recentemente, pregamos através do relato do dilúvio no qual Deus trouxe juízo sobre o mundo com um dilúvio maciço, único e mortal. Apenas oito pessoas do mundo inteiro sobreviveram: Noé e sua esposa, e os três filhos de Noé e suas esposas. Todos os outros foram exterminados. A razão para o juízo é declarada em Gênesis 6:5: “O Senhor viu quão grande se tornou a maldade do homem na terra, e que toda inclinação dos pensamentos de seu coração era apenas má o tempo todo”. Então Deus eliminou toda a humanidade, exceto os oito.

Mesmo neste grande juízo, porém, Deus se comportou muito graciosamente para com a humanidade. Ele preservou a espécie através de Noé e seus filhos. Pense nisso: se Deus não tivesse preservado oito pessoas, nenhum de nós estaria aqui hoje. Ele preservou as sementes e a vida animal que Ele fez para a humanidade, e Ele fez tudo isso através do grande projeto da arca. Ele até fez uma aliança com Noé e seus filhos após o dilúvio, com várias estipulações, bênçãos e maldições.

Com tal redefinição na criação, com um novo começo, podemos pensar que os problemas do homem de antes foram todos resolvidos. E esperaríamos que essa redefinição inaugurasse uma nova e divina utopia onde não houvesse pecado e nenhum problema. Mas sem essa sorte. O grande dilúvio não resolveu o maior problema do homem, que é sua natureza pecaminosa. Apesar de toda a maravilhosa graça de Deus para a humanidade, apesar da maravilhosa graça de Deus para a família de Noé, vemos o homem de volta aos seus velhos hábitos no final de Gênesis 9 – pecando contra Deus e pecando uns contra os outros. O tamanho da população pode ter diminuído drasticamente de antes do dilúvio para depois do dilúvio, mas o problema fundamental do homem, seu problema cardíaco, permaneceu o mesmo.

Veja, o homem é um pecador com uma natureza pecaminosa que peca. E seus pecados trazem problemas - problemas para si mesmo e problemas para seus descendentes. O pecado traz somente destruição e perda, tanto nesta vida quanto na eternidade. Então, vamos examinar esta noite “O Pecado e Suas Consequências”.
I. O Pecado

Sabemos pela nossa pregação em Gênesis que o pecado entrou no mundo por meio da decisão de Adão e Eva de rejeitar a ordem de Deus e acreditar na mentira do diabo de que “Você será como Deus”. Que tudo que você tem a fazer é desobedecer a Deus, e então você será como Deus. Eles acreditaram nessa mentira, e assim se rebelaram contra Deus e desobedeceram à ordem clara de Deus.

A natureza do homem foi fundamentalmente alterada naquele dia por essa ação. O homem não era mais moralmente neutro, como antes, capaz de escolher entre o bem e o mal. Em latim, chamam isso de posse non peccare(possível não pecar). Mas depois que ele pecou, ​​depois da Queda, a natureza do homem se corrompeu e o homem se tornou non posse non peccare (não é possível não pecar), ou, afirmando positivamente, o homem está propicio a pecar. Ele só podia escolher o pecado.

Logo depois, o pecado floresceu e se espalhou pelo mundo. Caim assassinou Abel por ciúmes (Gênesis 4). O orgulhoso Lameque se gabou de sua intenção assassina também em Gênesis 4. E em Gênesis 6, o pecado da humanidade proliferou a ponto de Deus se entristecer por ter feito o homem. O texto diz: “e isso lhe pesou no coração” (Gênesis 6:6b). Este é simplesmente o resultado do problema do pecado interior do homem. O problema não era com os homens em particular, mas com a humanidade como espécie; com sua natureza fundamental. Assim, embora o homem tenha sido originalmente feito à imagem e semelhança de Deus, o caráter fundamental do homem tornou-se fundamentalmente distorcido – distorcido pelo pecado e distorcido com o pecado, inextricavelmente entrelaçado.

Embora Noé tenha encontrado o favor de Deus, embora Noé fosse um homem muito, muito justo, Noé ainda era um homem. Portanto, Noé ainda era um pecador e, portanto, a natureza pecaminosa do homem não morreu com os milhões que pereceram no dilúvio. Em vez disso, continuou através de Noé, Sem, Cão, Jafé e suas esposas. Deus deixa isso claro em Gênesis 8:21, dizendo: “Não tornarei mais a amaldiçoar a terra por causa do homem; porque a imaginação do coração do homem é má desde a sua meninice”. Observe que, no momento em que essa declaração é feita em Gênesis 8, apenas os oito membros da família de Noé parecem estar vivos. O diluvio aconteceu. Todas as outras pessoas são exterminadas. Os oito que Deus salvou através da arca estão vivos, e ainda assim Deus diz: “Toda inclinação dos pensamentos de seu coração é má desde a infância”.

Além disso, Noé acabara de fazer um sacrifício a Deus, o que agradou a Deus, e ainda assim Deus declara esta verdade: O homem não mudou. A natureza fundamental do homem é a mesma. Ele é totalmente depravado. E porque o homem não mudou e sua natureza não mudou, o problema do pecado permanece. De fato, Noé parece reconhecer isso mesmo ao fazer esse sacrifício. Podemos inferir, embora não seja declarado, que esse sacrifício pode ter sido uma oferta pelo pecado ou pelo menos uma oferta de comunhão de um sacrifício de sangue que precisava ser feito para que Noé pudesse se aproximar de Deus. Era um sacrifício de sangue de animais limpos. Podemos inferir que Noé entendeu: “Preciso trazer um sacrifício limpo para expiar meu pecado, para que eu possa ter comunhão com Deus”. E é muito provável que Noé e sua família tenham pecado em algum momento de sua longa viagem de meses na arca, como qualquer pessoa confinada e sob tal tensão poderia fazer.

Qualquer que seja a teoria, ela dá lugar à realidade em pouco tempo. Gênesis 9:18–27 está cheio de pecado. Primeiro, vemos que Noé pecou. Noé planta uma vinha, bebe vinho e fica bêbado. Agora, quero dizer que não há nada de errado com o vinho. Jesus transformou água em vinho em João 2. Jesus parece ter bebido vinho (Lucas 7:34; 22:17). Na palavra de Deus, Paulo aconselha Timóteo a beber um pouco de vinho (1Timoteo 5:23). Deus dá vinhas frutíferas como um bom presente para ser desfrutado por seu povo (Salmo 104; Isaias 25:6). De fato, o vinho fazia parte dos sacrifícios exigidos no templo (Levítico 23). Não há problema com o vinho, mas há uma grande diferença entre tomar um pouco de vinho e ficar bêbado. A embriaguez é um pecado que é totalmente condenado na palavra de Deus. Em Efésios 5:18 nos é dito: “Não se embriaguem com vinho”. Isaías 5:11 diz: “Ai dos que correm atrás de suas bebidas”. Em Tito 2:3, as mulheres mais velhas são advertidas a não se tornarem escravas de muito vinho.

A embriaguez em si é um pecado, e a embriaguez também leva a outros pecados. Efésios 5:18 diz que a embriaguez leva à devassidão. Não devemos nos envolver em devassidão. Devemos ser santos, assim como Deus é santo. Em Provérbios 20:1, lemos: “O vinho é escarnecedor, e a bebida forte alvoroçadora”. Isso é o oposto do que devemos ser. Devemos governar nossas línguas. Devemos estar em paz com todos os homens até onde estiver ao nosso alcance. Mas a embriaguez interfere nisso, soltando nossas línguas e até levando à desunião.

Com a mesma frequência, a embriaguez interfere em nossa capacidade de fazer o que Deus nos chamou para fazer. Basta olhar aqui. Noé deveria ser o chefe de sua família, o chefe de sua casa. Ele deveria liderá-los em justiça. No entanto, como encontramos Noé nesta passagem? Bêbado, desmaiado e nu em sua tenda, incapaz de conduzir sua família em retidão em tal condição. Ele não tem ideia do que está acontecendo. Ele nem mesmo sabe o que aconteceu até que ele acorda mais tarde e é informado disso (Gênesis 9:24). Portanto, parece claro que Noé pecou em sua embriaguez.

Este deve ser um aviso sóbrio para todos nós. Pois se Noé pode cair, nós também podemos. Noé foi escolhido por Deus. Nos é dito anteriormente em Gênesis que ele achou graça aos olhos do Senhor. Noé ouviu diretamente de Deus (Gênesis 6:13). Noé adorou a Deus (Gênesis 8:20). O hábito de Noé – mais do que seu hábito, sua prática geral – era obedecer a Deus (Gênesis 6:22; 7:5; 8:18). Noé viu o incrível poder de Deus e o julgamento temeroso, experimentando-o de uma maneira visceral que poucos, se houver, já viram. Pense na experiência que ele teve durante o dilúvio. Ele viu o dilúvio chegando. Ele viu todas as pessoas sendo exterminadas. Talvez Abraão em Sodoma, ou Josué com Acã, ou Moisés com Corá tiveram uma experiência semelhante. Mas isso pode ser singular em todas as experiências com Deus – um dilúvio total e mundial para acabar com todos.

Então Noé conhecia a Deus e conhecia o terrível juízo de Deus. Deus fez uma aliança com Noé (Gênesis 9:1–17). Em outras palavras, Noé foi regenerado. Noé era eleito de Deus. Noé era um homem melhor do que qualquer um de nós. No entanto, apesar de tudo isso, apesar de toda essa experiência, apesar de toda a obra que Deus fez nele e por meio dele, Noé pecou.

Este é um apelo sério para que cada um de nós permaneça em guarda em todos os momentos. O pecado está realmente à porta e pronto para atacar cada um de nós (Gênesis 4:6). Assim como o diabo atacou Jesus quando ele estava fraco, com sede, faminto e sozinho no deserto, o diabo virá atrás de nós quando achar que nossa guarda está baixa. Se repelimos o diabo pela graça de Deus, ele não desiste. Ele simplesmente se retira e espera o momento oportuno (Lucas 4:13). Então, na hora oportuna, ele volta. Quando você está angustiado, ele volta. Quando você está no seu Getsêmani, ele volta. Quando você está sofrendo terrivelmente em sua cruz, ele volta para tentá-lo novamente, para destruí-lo.

Amigos, nunca devemos baixar a guarda na guerra contra o pecado. Devemos estar atentos e alertas, pois o diabo, nosso inimigo, anda em derredor como leão que ruge, procurando alguém para devorar, procurando por vocês para devorar, procurando a mim para devorar (1 Pedro 5:8). Devemos prestar a máxima atenção ao que ouvimos. Devemos prestar atenção à advertência das sentinelas que Deus coloca sobre nós (Ezequiel 33). Isso significa nossos pais. Isso significa nossos pastores. Isso significa as autoridades delegadas que Deus coloca sobre nós.

Devemos resistir ao pecado. Devemos resistir ao diabo, a ponto de derramar sangue em nossa luta contra o pecado (Hebreus 12:4). Tenho certeza de que sei o que aconteceu com Noé. Ele estava cansado. Ele estava envolvido em um projeto de cem anos para construir a arca e sobreviver ao dilúvio. Ele havia passado por um evento angustiante e traumático. Ele estava cercado pela morte por toda parte. E mesmo que Deus tenha prometido fazê-lo passar, deve ter sido assustador estar na arca e ver as águas subirem quando todos os outros estavam sendo exterminados.

Noé havia experimentado o alto nível de ver as promessas de Deus manifestadas em sua vida de maneira intensa, tanto pelo dilúvio quanto por seu resgate milagroso por meio do dilúvio. Talvez Noé pensasse que precisava de uma pausa, e então baixou a guarda. Mais provavelmente, ele pensou que o tempo de perigo havia passado e ele poderia relaxar. Sabemos que demora um pouco para plantar uma vinha, produzir frutos e depois transformar esse fruto em vinho, então este não é o dia seguinte ou a semana seguinte ou o mês depois que ele saiu da arca. Não sabemos quanto tempo depois, mas levou algum tempo. E talvez até essa safra de sucesso tenha sido um marco: “Conseguimos! Conseguimos atravessar o diluvio. Podemos produzir alimentos para nós mesmos novamente. Finalmente, chegamos ao outro lado e podemos respirar um pouco. Podemos baixar a guarda”. Seja qual for o processo de pensamento, Noé baixou a guarda e o pecado atingiu naquele momento oportuno.

A aplicação será diferente para cada um de nós em termos de manter a guarda. Mas devemos perguntar: “Onde posso baixar a guarda?” Talvez seja com drogas ou álcool, como Noé. Talvez seja uma viagem de negócios, quando não tenho as responsabilidades do lar e da família. Talvez seja quando estou no campus da faculdade, onde ninguém pode me ver. Talvez seja quando estou sozinho no meu quarto com meu telefone nos cantos escuros da Internet. Talvez seja na minha vida de pensamento, onde ninguém mais sabe o que estou pensando. Talvez seja com meus sentimentos ou minhas emoções, que mantenho engarrafadas. Talvez não seja uma coisa em particular. Talvez seja uma estação na vida para alguns de nós: eu me casei. Eu comprei minha casa. Eu tive meus filhos. Seja o que for, eu cheguei. Posso baixar um pouco a guarda. Eu tive aquele bebê que eu queria, então agora eu posso relaxar. Meus filhos estão todos na escola, então posso relaxar. Meus filhos estão todos no ensino médio – posso relaxar. O último casou-se — posso relaxar. Estou aposentado — posso relaxar. Fui promovido e ganhei todo o dinheiro — posso relaxar.

Seja o que for, fique em guarda. O diabo e até mesmo nossa própria carne são tão propensos a nos atacar depois de triunfos quanto durante a tragédia. Lembre-se de Pedro, o homem piedoso. Depois que ele confessou o Cristo - ele foi o primeiro, o ousado o suficiente para confessar: "Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo" - ele se vira e quase no próximo fôlego repreende Jesus, a quem ele acabou de confessou como o Cristo.

Quando estamos no alto, corremos o risco de cair. Devemos levar cativo todo pensamento, incluindo e especialmente o pensamento de que podemos aliviar nossa batalha contra o pecado.

Então, primeiro, Noé pecou. Em segundo lugar, Cão pecou. Enquanto Noé estava bêbado e nu e desmaiado em sua cama em sua tenda, o filho de Noé, Cão, entra e desonra seu pai ao contemplar sua nudez. Fica claro pelo contexto, pela reação de Noé e pela justaposição da resposta de Sem e Jafé que Cão fez algo errado. Não é apenas que ele entrou e ficou surpreso ao ver Noé lá e saiu correndo. Não, a implicação é que ele permaneceu em seu olhar. A palavra hebraica aqui parece indicar uma contemplação ou olhar e ver com entendimento. A mesma palavra hebraica é usada em 2 Samuel 11 quando Davi olha para Bate-Seba.

Em nosso tempo, devemos guardar nosso olhar com cuidado, pois o pecado está ao nosso redor.Está na nossa cultura. Está na nossa TV. Está na Internet. A realidade é que, à medida que iluminamos a escuridão, veremos alguma escuridão. Podemos ver, ouvir ou pensar coisas pecaminosas e, em tais situações, devemos fugir do pecado e levar cativo todo pensamento. Em tais situações, devemos responder: “Está escrito”, como Jesus fez no deserto.

O problema de Cão não é o que ele viu, mas como ele reagiu. Como eu disse, ele parece ter demorado ou contemplado a visão vergonhosa. Não nos é dito por que ele fez isso, mas qualquer que seja a motivação de Cão, ele pecou ao fazê-lo. Você pode ser tentado a culpar Noé por isso, e Noé tem parte da culpa por isso. Mas o erro e o pecado de Noé não absolvem Cão de seu pecado. Cão desonrou seu honrado pai ao contemplar sua nudez e prolongar ou participar do estado vergonhoso de Noé.

Cão também pecou fofocando sobre isso para Sem e Jafé (v. 22). Este é o tipo de coisa que poderia ter sido tratada rapidamente. Cão entrou e, se tivesse respondido adequadamente, teria coberto Noé e saído. Afinal, Sem e Jafé apresentam a solução geral. Ou, se Cão não foi rápido o suficiente para pensar nisso, ele poderia pelo menos ter ido para a frente da tenda e ficar ali e não deixar mais ninguém entrar. Ele não precisava dar uma explicação por quê. Diz que Sem e Jafé estavam do lado de fora. Não havia razão para eles saberem do problema de Noé dentro da tenda. E não parece que Cão foi até Sem e Jafé em busca de ajuda: “Ei, há um problema com papai na tenda. O que devo fazer?"

Além disso, sabemos que uma solução honrosa estava disponível. De fato, uma solução honrosa foi implementada por Sem e Jafé. Mas Cão não está envolvido nessa solução. Parece que a narrativa de Cão era ou uma fofoca lasciva, que é um pecado, ou uma fofoca maliciosa que pretendia rebaixar Noé aos olhos de seus outros filhos.

Fofoca, de qualquer forma, é um pecado (Provérbios 11:13; Levítico 19:16), seja fofoca em negrito, como vemos aqui, ou formas mais sutis de fofoca. Às vezes, as pessoas até usam a oração como disfarce para fofocas. “Vamos nos reunir e orar sobre essa situação. Você ouviu sobre isso? Podemos orar sobre isso”. É bom orar sobre as coisas, mas não é bom fofocar. A fofoca é um pecado, assim como desonrar Noé ao anunciar seu pecado a outros que não precisavam saber. A obrigação de Cão aqui é honrar seu pai, e havia outras maneiras de honrar seu pai. Ele não precisava ir fofocar e desonrar seu pai.

Lembre-se de que Noé, apesar de seus pecados, é um homem especialmente honrado. Primeiro, ele é o pai deles. Mas, segundo, ele salvou suas próprias vidas por sua palavra que ele pregou para eles. Ele é chamado de irrepreensível diante das pessoas de sua geração em Gênesis 6. Isso não significa que ele era sem pecado, obviamente, mas ele é chamado de irrepreensível. Ele era um homem honrado cujo hábito era não pecar.

Cão desonrou seu pai e desonrou o homem de Deus de seu tempo. Noé foi o homem que ouviu de Deus e trouxe a palavra salvadora para eles. Ele era digno de dupla honra, como seu pai e como o homem de Deus em seu tempo (1Timoteo 5:17).

Quero deixar claro que não é uma defesa que o que Cão disse era verdade. O que Cão disse era verdade. Ele foi e contou a seus irmãos lá fora. Era verdade. Ainda não é defesa.

Como observamos, e observamos aqui o tempo todo, cada um de nós é pecador. Seja redimido ou não redimido, o pecado permanece em nós. Os pais são pecadores. As mães são pecadoras. Presbíteros, professores e até mesmo pastores – todos nós pecamos. Mesmo pessoas redimidas, pessoas piedosas como Noé, pecarão. Mesmo pessoas muito santas pecarão. O rei Davi, um homem mais santo do que qualquer um de nós, pecou terrivelmente em adultério e assassinato. Pedro, um homem melhor do que todos nós, repreendeu Jesus. Pedro foi repreendido mais tarde por sua judaização. Mesmo as pessoas honradas vão pecar. Não devemos destruir nossos irmãos e irmãs em Cristo, mas devemos edificá-los. Segunda Coríntios 10:8 e 13:10, e Primeira Tessalonicenses 5:11 nos diz para encorajarmos uns aos outros e edificarmos uns aos outros. A autoridade que Deus deu não é para te derrubar, mas para te edificar.

Também quero deixar claro que isso não significa que negligenciamos o pecado. Não negligenciamos o pecado em ninguém, mesmo nos homens de Deus. Mas devemos agir com caridade e lidar com isso da maneira mais silenciosa que leva ao arrependimento. Este é o princípio de Mateus 18:15 e seguintes, que se seu irmão pecar, vá e mostre a ele sua culpa. Se ele se arrepender, ótimo. Está feito. Se não, traga outra pessoa. Se não, diga à igreja. Veja a ideia progressiva da menor quantidade de pessoas que precisam saber para levar essa pessoa ao arrependimento.

A Bíblia estabelece um padrão ainda mais alto para acusações contra presbíteros e pastores (1 Timóteo 5:19). Isto é por um par de razões. Primeiro, os homens de Deus estão mais sujeitos a acusações falsas e caluniosas. Acontece conosco todo tempo. Mas também, nosso pecado é ainda mais grave do que uma pessoa normal. Somos chamados para representar Deus e falar por Deus, para falar as palavras de Deus, e assim somos mantidos em um padrão ainda mais elevado (1 Timóteo 3:2). Assim, ocasionalmente, até mesmo os homens de Deus devem ser repreendidos publicamente, confrontados publicamente pelo bem do rebanho (1 Timóteo 5:20). Então, quero deixar claro que não estamos falando de encobrir o pecado; estamos falando de lidar com isso de maneira correta. E não se deleite, como Cão, em espalhar os pecados, reais ou percebidos, das autoridades delegadas de Deus sobre você.

O princípio aqui não é: “Não pergunte, não fale”. O princípio aqui é: “Não exagere”. Não vá contar no pátio da escola os erros que seus pais cometem em casa. Não zombe ou menospreze seu pai, sua mãe ou suas autoridades delegadas, mesmo quando cometerem erros. Mesmo quando pecam. Quando for apropriado falar com alguém sobre os pecados de suas autoridades, vá até essa pessoa ou às autoridades delegadas de Deus sobre ela. É o processo de Mateus 18:15. Nenhum de nós é irresponsável. Mas não vá simplesmente espalhá-lo para qualquer um que dê ouvidos a ele. Esta é uma desonra imprópria daqueles a quem você deve honra, e semeia desunião e divisão na igreja de Cristo e contra seu comando.

Em vez disso, lide com o pecado como Sem e Jafé. Agora, certamente eles também eram pecadores. Mas aqui sua conduta foi notável. Eles ouvem o relato de Cão, mas não ficam sentados ali e se envolvem em suas fofocas lascivas. Eles não procuram todos os chamados detalhes sórdidos. Eles não pedem todas as partes lascivas do relato. Eles não se unem para derrubar Noé, o homem de Deus, seu honrado pai. Eles não se colocam acima do piedoso Noé. Eles não fingem ser seu superior. Eles não fogem e também evitam o problema. Eles não piscam para o pecado ou guardam isso como um trunfo para uso posterior. Eles não se escondem atrás da mãe nem a mandam para lidar com o problema. Em vez disso, eles silenciosamente cobrem seu pai.

Observe a grande honra que eles lhe prestam como seu pai e como o homem de Deus. Eles o cobrem para que ninguém veja mais a vergonha que Noé trouxe sobre si mesmo. Eles entram com o rosto virado, com o cobertor entre os ombros para não ver e agravar o pecado de Noé. O amor deles cobriu o pecado de seu pai (1 Pedro 4:8) e impediu que outros tropeçassem no pecado de Cão, fosse por acidente ou por tentação.

Esta deve ser a nossa abordagem ao pecado. Não é esconder. Não é ignorá-lo. Não é fingir que não existe. Não, eles lidaram com isso. Mas eles não participam dele e não a divulgam indevidamente. Provavelmente, foram eles que explicaram depois a Noé o que havia acontecido. No versículo 24, lemos que Noé não sabia o que havia acontecido. Ele não sabia até que acordou o que havia acontecido, então ele não descobriu por si mesmo. Ele descobriu de alguma forma, e parece bastante improvável do contexto que Cão tenha entrado e confessado: “Aqui está o que aconteceu”. Parece mais provável que Sem e Jafé foram e confrontaram Noé da maneira correta em seu pecado e lhe contaram o que aconteceu. Foi um confronto adequado e silencioso ao longo das linhas de Mateus 18.

Então isso é pecado. Vejamos suas consequências.
II. As Consequências do Pecado
1. Maldição Geracional

As consequências desse pecado foram graves para Cão. Primeiro, Cão é amaldiçoado, assim como seus filhos. Como pai, eu poderia dizer que é pior: o filho de Cão, Canaã, é amaldiçoado pelo nome. Versículo 25: “e disse: Maldito seja Canaã; servo dos servos será de seus irmãos”. Agora, Canaã parecia intimamente identificado com Cão. O versículo 18 nos diz que Cão foi o pai de Canaã. De Gênesis 10:6, nem parece que Canaã era o mais antigo. Vários filhos de Cão estão listados. Geralmente eles são listados em ordem. Cuche, Mizraim e Pute são nomeados. Então talvez Canaã não fosse o mais velho, ou talvez eles tenham morrido antes de Canaã, ou talvez Canaã fosse o favorito. Não sei. Seja qual for o caso, a punição para Cão foi uma maldição sobre seus filhos. E claramente, a maldição sobre seus filhos era uma maldição sobre ele.

Esse tipo de maldição é ruim em qualquer época, mas é especialmente ruim neste momento, no alvorecer de uma nova era, um novo mundo, quando o potencial está por toda parte.Quando uma nova ordem estava sendo estabelecida, Canaã estava sob maldição. Os descendentes de Canaã, de fato, estão entre as pessoas mais difamadas da Bíblia, então essa não foi uma ameaça vazia. Esta não foi uma maldição vazia de Noé. Os hititas, os heveus, os amorreus, os jebuseus estão todos listados entre os cananeus que Deus expulsaria. Esses foram listados entre os descendentes de Canaã. No entanto, Deus os expulsa de diante de Israel quando eles saem do Egito mais tarde em Êxodo 33. Eles foram expulsos e amplamente destruídos uma geração depois sob o general Josué. Então Deus declara que eles seriam expulsos, e eles foram expulsos. Mas a maioria deles foi exterminada e morta (Josué 10).

O resto dos descendentes de Cão não se saiu muito melhor. O filho mais velho Cuxe, pai de Ninrode, o fundador da Babilônia, a cidade suméria de Ereque, os acadianos, os ninivitas e assim por diante – todos estão listados em Gênesis 10 como descendentes de Cão. Mizraim (Gênesis 10:6) é um nome para o Egito, e em Gênesis 10:13-14 vemos que seus descendentes incluem os filisteus, os odiados inimigos de Israel por gerações. De fato, quando olhamos para os descendentes de Cão, nenhum dos povos sob Cão fazia parte do povo de Deus. Nenhum deles foi incluído no povo da aliança de Israel.

O pecado de Cão resultou em uma maldição geracional por mil anos ou mais por muitas, muitas gerações. Há, é claro, um elemento de mistério aqui na eleição de Deus. Deus elege a quem elege para sua misericórdia salvadora, e Deus elege outros para destruição. Ele pode e salva o principal dos pecadores, como o fariseu Paulo ou como a prostituta de Jericó, Raabe, ou como a imoral samaritana junto ao poço.

Mas não podemos usar as exceções para evitar o claro ensino bíblico. Nossos filhos sofrerão por nossos pecados, e seus filhos e seus filhos, através das gerações. Em Deuteronômio 5:9 Deus declara: “Eu, o Senhor teu Deus, sou Deus zeloso, que castigo os filhos pelo pecado dos pais até a terceira e quarta geração daqueles que me odeiam”. Em Deuteronômio 28:18 ele diz: “O fruto do seu ventre será amaldiçoado”. Isso é falar de crianças. E em Deuteronômio 28:32, ele diz: “Seus filhos e filhas serão dados a outra nação”. Veja, você pecou, ​​mas seus filhos e filhas serão dados a outra nação. O Salmo 109:10 fala de um homem mau: “Que seus filhos sejam mendigos errantes . . . expulsos de suas casas e arruinados”.

Deus pode salvar qualquer um. Deus pode eleger qualquer um. Mas a realidade desconfortável ainda que bíblica é esta: Nossos pecados importam, e não apenas para nós. Eles são importantes para nossa família imediata. Eles são importantes para as próximas gerações. Eles importam na eternidade.

Homens, se vocês não lideram seu lar, seu pecado importa para vocês e para as gerações posteriores.Esposas, se você não se submeter a seus maridos, seu pecado importa para você e para as gerações depois de você. Aqueles que falam mal do ungido do Senhor, seus pecados importam. Esses pecados você comete sozinho, então você acha que ninguém mais sabe e não é da conta de ninguém – esses pecados são importantes para você, para seus filhos e para os filhos deles, por gerações. Então essa é a consequência número um: ser amaldiçoado através das gerações.
2. Quebra de Relacionamentos

Podemos ter certeza de que houve uma séria quebra de relacionamento entre Noé e Cão devido ao pecado de Cão. Pai e filho devem ter um relacionamento próximo e amoroso. Um filho deve respeitar, admirar, honrar e imitar seu pai, e um pai deve amar o filho que Deus lhe deu. Esse pai deve ensiná-lo e treiná-lo. Esse pai deve experimentar a alegria quando esse menino se tornar um homem honrado de Deus. É uma obra de Deus, mas também é fruto do trabalho do pai. Ele deve desfrutar desses frutos.

Por seu pecado, Cão causou sérios danos ao abençoado relacionamento pai/filho. Cão envergonhou, desonrou e desrespeitou seu pai, e seu próprio pai amaldiçoou Cão e os filhos de Cão depois dele.

Como dissemos, não sabemos quanto tempo isso durou depois do dilúvio. Claramente, algum tempo tinha que ter passado, talvez muitos anos. É provável vários anos, pelo menos. Mas sabemos que Noé viveu um total de 350 anos após o dilúvio, mas esta é a última interação que vemos entre Noé e Cão.

Pecado, vergonha, maldição e escárnio foram todos causados ​​pelo pecado de devassidão e desonra de seu pai por Cão. Mas Cão não está sozinho nisso. Noé tem uma parte também. Embora tenhamos nos concentrado amplamente nas consequências do pecado de Cão, e com razão, o pecado de Noé abriu a porta para que todos esses problemas começassem. Se Noé não estivesse desmaiado e bêbado, Cão não poderia ter visto sua nudez vergonhosa, Cão não poderia ter fofocado sobre isso, e Cão não teria se metido em problemas, pelo menos não dessa maneira.

Noé não está isento de responsabilidades e também não escapou das consequências. Primeiro, os descendentes de Cão e Canaã, a quem Noé amaldiçoou, também são descendentes de Noé. Canaã é neto de Noé e Cão é filho de Noé. As maldições que Noé pronunciou — as maldições de Deus — foram sobre seus descendentes e, de certa forma, sobre ele também.

Segundo, o relacionamento de Noé com seu próprio filho foi prejudicado. Por mais doloroso que seja para o filho quando o relacionamento com o pai é rompido, é igualmente ou mais doloroso para o pai. A maldição era justa. A maldição estava certa. A maldição foi divinamente ordenada. Mas você pode apostar que foi doloroso para Noé pronunciá-la. Mesmo que fosse justo, correto e divinamente ordenado, era doloroso da mesma forma.

Finalmente, Noé ficou muito envergonhado por seu pecado e por sua falta de autocontrole. Ele suportou aquela vergonha diante de Cão, que entrou e viu. Ele carregou esse pecado diante de Sem e Jafé. Mesmo que eles não olharam, eles sabiam disso, e eles tiveram que entrar e cobri-lo. Certamente, ele foi humilhado de certa forma diante de seus olhos. Ele suportou a vergonha de toda a casa. Não nos é dito que sua esposa ou suas noras entraram e viram isso, mas, certamente, eles ouviram sobre isso quando as maldições foram pronunciadas. Certamente, eles viveram as consequências disso quando foram mandados embora. E, claro, o pecado de Noé está diante de todos que leram Gênesis 9. Se você se sentir mal por quantas pessoas sabem do seu pecado, imagine o pobre Noé. Todo mundo sabe sobre seu pecado.

Antes deste relato de Gênesis 9, tudo o que sabemos de Noé é que ele era justo e irrepreensível entre as pessoas de seu tempo. Ele era um homem incrível, e um incrível homem de Deus. Mas agora, por causa dos eventos registrados em Gênesis 9, seu registro está manchado e manchado de vergonha. Portanto, há muitas consequências, mas a vergonha é uma consequência do pecado.

Agora, vamos olhar brevemente para a aplicação.
Aplicação
1. Não Peque

A conclusão é que o pecado traz apenas destruição, desunião e morte. Portanto, a primeira aplicação é: Não peque. Não vale a pena. Não vale a sua dignidade. Não vale a pena a tristeza e a dor que isso trará para você. Não vale o futuro de seus filhos e netos até a terceira e quarta geração. Não vale o inferno eterno, que todo pecado merece. Não vale a pena ofender e entristecer a Deus, nosso Pai amoroso e misericordioso. Não vale a pena entristecer o Espírito Santo, que habita em todos aqueles que são salvos pela graça mediante a fé. Não vale a pena cuspir no ato sacrificial de amor do Deus-homem Jesus Cristo, que sofreu e morreu para pagar pelos nossos pecados e nos libertar da escravidão do pecado. Tendo sido assim salvos, tendo confessado a Cristo como Senhor, quando pecamos, desonramos especialmente o sacrifício que Jesus fez por nós. Em suma, o pecado não vale as consequências justas e naturais que traz. Não faça isso.
2. Arrependa-se de Seus Pecados

A segunda aplicação é: Arrependa-se de seus pecados. Nunca nos é dito que Cão se arrependeu. Parece bastante provável, especialmente em Hebreus 11, que Noé se arrependeu de seus pecados, e talvez Cão também. Não nos é dito, mas Cão teve alguns bons frutos em sua vida. Ele foi escolhido por Deus. Ele entrou na arca. Ele obedeceu a palavra. Ele provavelmente ajudou a construir o projeto da arca. Então, temos alguma esperança para Cão. Mas nunca nos é dito que ele se arrependeu.

O que quer que Cão tenha feito, se ele se arrependeu ou não, todos nós sabemos que devemos nos arrepender de nossos pecados. Deus ordena que todas as pessoas em todos os lugares se arrependam (Atos 17:30). Sem arrependimento, não há perdão dos pecados (Lucas 13:3). Sem o perdão de nossos pecados por Deus, estamos todos condenados ao inferno eterno, o justo castigo por nossos pecados. Deus perdoa nossos pecados com justiça em Cristo, que pagou totalmente por eles com Sua vida e com Sua morte. Mas esse perdão é somente para aqueles que estão em Cristo, somente para aqueles que confessam Cristo como Salvador e Senhor.

Deus nos ordena a tomar posse de Sua oferta. Ele oferece a todos. Deus ordena que tomemos posse dessa oferta pela fé em Cristo, e então nos arrependamos de nossos pecados e provemos isso por nossa nova vida. Provemos nosso arrependimento por nossas ações. Provemos nossa salvação vivendo a vida que Deus requer, conforme descrito em Romanos 5 e Romanos 6.

Oh, ainda haverá consequências para seus pecados nesta vida. Ainda haverá consequências pelos pecados na vida de nossos filhos. Mas a grande e eterna consequência para nós não haverá mais, se estivermos em Cristo. Está marcado, “Pago na íntegra” pelo sangue de Cristo, para todos os que verdadeiramente confiam nEle.

Portanto, arrependa-se; arrependa-se de uma vez por todas. Lide com a grande consequência – o inferno eterno – lide com essa grande consequência pela fé em Cristo. Então vá viver para Aquele que morreu por você.
3. Seja um Sem e Não um Cão

Aplicação número três: Seja um Sem e não um Cão. Não peque, não fofoque e não divulgue os pecados dos outros. Em vez disso, lide com o pecado em amor. Eles cobriram o pecado de Noé com amor e, no entanto, o confrontaram com honra e respeito devido a ele.

Portanto, não peque, não fofoque e lide com o pecado com amor. E tendo feito isso, seja abençoado, como Sem foi abençoado. Gênesis 9:26: “Bendito seja o Senhor, o Deus de Sem!”. A bênção é dirigida a Deus, mas esta é uma bênção pronunciada sobre Sem também. Há uma grande bênção que vem com uma vida justa.

Nem sempre é fácil viver em retidão. Você pode se encontrar de costas para uma barraca com um cobertor sobre o ombro. Você pode ser ridicularizado por seu irmão ou enfrentando uma conversa desconfortável com seu pai sobre tudo o que aconteceu. Portanto, não é fácil, mas há bênção dessa maneira. Há uma grande bênção neste caminho. Não necessariamente as bênçãos em que pensamos — dinheiro, poder, prosperidade e tudo mais. Não, a grande bênção é a vida com Deus, o semblante sorridente de Deus sobre nós. Seu Deus. Veja, Deus se torna seu Deus. Ele é o Deus de Sem, mas também é o Deus de Abraão, o Deus de Isaque, o Deus de Jacó, o Deus de Eduardo, o Deus de Veronica, o Deus de Bernardo, o Deus de Rute, o Deus do seu pastor, o meu Deus, e o Deus de você. Deus é meu Deus, e eu sou Dele. Esta é a maior bênção possível.
Conclusão

Concluindo, irmãos e irmãs, o pecado é realmente sério. Nunca menosprezemos sua gravidade ou suas consequências. O pecado é sério para nós. É sério para nossos filhos. É sério para gerações. É bastante sério que Deus se tornou homem, e que Deus sofreu ira infinita na cruz e morreu por nossos pecados.

O pecado é sério, então vamos rejeitar o pecado. Rejeitemos as suas consequências imediatas. Rejeitemos suas consequências geracionais. Rejeitemos suas consequências eternas do inferno. Simplesmente nunca vale a pena. Mas, em vez disso, sejamos como Jafé ou Sem, homens e mulheres justos que se submetem a Deus, que resistem ao diabo e que recebem uma bênção e vida para sempre. Amém.

Alguns sustentam que a embriaguez de Noé foi acidental e, portanto, não pecaminosa. Embora a melhor visão pareça ser que Noé pecou em sua embriaguez, o assunto não é essencial e os verdadeiros crentes podem ter opiniões diferentes sobre este ponto.

Abraão, Nosso Pai na Fé





Texto: Gênesis 12:1-3
Introdução
Meu sermão esta noite vai se concentrar em Gênesis 12:1-3, onde começamos nosso estudo de Abraão. Os primeiros onze capítulos de Gênesis se concentraram em cinco fatos criticamente importantes:

1. Que Deus criou os céus e a terra e que originalmente tudo era muito bom;

2. Que Adão pecou e morreu, trazendo pecado e morte a todos os seus descendentes naturais;

3. Que Deus graciosamente prometeu um redentor;

4. O pecado do homem aumentou muito e Deus destruiu todas as pessoas, exceto oito, salvando apenas Noé e sua família;

5. Que Deus então renovou sua aliança de graça com o homem através de Noé.

Os temas principais nestes capítulos foram as ações soberanas, graciosas e boas de Deus em contraste com a depravação total da humanidade caída. E a eleição graciosa de Deus de alguns da humanidade caída para a salvação, enquanto julga com justiça todos os outros.

A história de Abraão é um grande ponto de virada no livro de Gênesis, por isso vale a pena preparar o cenário dando uma breve olhada em alguns dos materiais anteriores. Em Gênesis 11:10 nos é dito: “Este é o relato de Sem”. Esta é a quinta ocorrência da palavra hebraica traduzida como “conta” no livro de Gênesis e sempre começa uma nova seção. O primeiro uso foi em Gênesis 2:4, onde nos foi dito: “Esta é a narrativa dos céus e da terra quando foram criados”. A segunda ocorrência foi em Gênesis 5:1, onde lemos: “Este é o relato escrito da linhagem de Adão”. O terceiro uso foi em Gênesis 6:9, onde diz: “Este é o relato de Noé”. E o quarto uso foi em Gênesis 10:1, onde lemos: “Este é o relato de Sem, Cão e Jafé, filhos de Noé”. E o restante do Capítulo Dez apresenta a Tabela das Nações, mostrando-nos que todos os povos e nações da terra vieram de Noé. Lembre-se de que Deus havia ordenado a Noé e seus filhos: “Sede fecundos, aumentai em número e enchei a terra” em Gênesis 9:1.

Mas, o povo desobedeceu ao mandamento de Deus. Eles se estabeleceram nas planícies de Sinar e lá construíram uma grande torre, tentando fazer um nome para si mesmos e evitar serem espalhados por toda a terra. Mas Deus ficou irado com sua desobediência e arrogância e confundiu sua linguagem e os dispersou.

Cronologicamente, a Torre de Babel em Gênesis 11:1-9 precedeu a Tabela das Nações dada no capítulo dez, como você pode ver, por exemplo, em Gênesis 10:5 onde lemos sobre os filhos de Jafé se espalhando, “cada qual segundo a sua língua”. Esta declaração deixa claro que Deus já havia confundido a linguagem deles. Então, no versículo 20, lemos a declaração resumida: “São esses os filhos de Cão segundo as suas famílias, segundo as suas línguas, em suas terras, em suas nações”. E uma declaração resumida idêntica é feita sobre os filhos de Sem no versículo 31. Assim, os descendentes de todos os três filhos de Noé tiveram sua linguagem confundida e foram dispersos depois que Deus julgou sua arrogância.

Então, em Gênesis 11:10 começamos um relato mais detalhado de Sem, que é o mais importante dos filhos de Noé em termos do plano de redenção de Deus, e cujo nome é a origem do nosso termo semita. Além disso, em Gênesis 10:21 nos é dito que “Sem, que foi o pai de todos os filhos de Eber”. E Eber é a fonte de nossa palavra Hebreu. Esses fatos prenunciam a mudança de ênfase no livro de Gênesis da criação em geral para o povo escolhido de Deus.

Nos versículos seguintes do Capítulo Onze, recebemos uma lista dos descendentes de Sem, o que nos leva ao versículo 25, onde pela primeira vez ouvimos falar de Terá, pai de Abraão. Então, no versículo 27, vemos a sexta ocorrência da expressão agora familiar. Lemos: “Estas são as gerações de Tera: Tera gerou a Abrão, a Naor e a Harã; e Harã gerou a Ló”. Não veremos essa expressão novamente até o Capítulo Vinte e Cinco. Agora, o próprio Terá não é uma figura tão importante, mas seu filho Abraão é sem dúvida a pessoa mais importante na Bíblia fora Jesus Cristo e, portanto, Gênesis passa muito tempo lidando com sua vida.

Nos é dito em Gênesis 11:26 que “Tera viveu setenta anos, e gerou a Abrão, a Naor e a Harã”. Mas apesar do fato de Abrão ser listado em primeiro lugar, ele quase certamente não era o filho mais velho e é provável que ele fosse realmente o mais novo. Nos é dito em Gênesis 11:32 que Terá viveu 205 anos e morreu em Harã, e em Gênesis 12:4 nos é dito que Abrão deixou Harã quando tinha setenta e cinco anos. Então, em Atos 7:4, nos diz que Abraão deixou Harã após a morte de seu pai, o que significa que Abraão deve ter nascido quando seu pai tinha pelo menos 130 anos. Portanto, Abraão provavelmente foi listado em primeiro lugar por causa de sua proeminência, em vez de ser o primogênito.

Os primeiros onze capítulos de Gênesis cobrem um período de pelo menos 2.000 anos, embora certamente possa ter sido muito mais longo por causa de possíveis lacunas tanto no relato da criação quanto nas genealogias. Em contraste, os Trinta e Nove Capítulos restantes cobrem apenas um período de cerca de 700 anos.

E não apenas a escala de tempo é muito diferente nos próximos capítulos, o foco também é muito diferente. O foco muda da criação e da humanidade em geral para o povo escolhido de Deus, os descendentes de Abraão. Daqui em diante na Bíblia, as outras pessoas no mundo são tratadas apenas na medida em que interagem com o povo de Deus. A Bíblia inteira nos ensina sobre o amor eletivo de Deus do começo ao fim e começa com a escolha de Noé, Abraão, Isaque e Jacó, a quem Deus renomeou Israel.

Paulo nos diz em Romanos 4:16 que Abraão é o pai de todo o povo escolhido de Deus, sejam eles descendentes de judeus ou não. E é por isso que este sermão é intitulado, Abraão, nosso Pai na Fé. E enquanto os estudiosos modernos não acreditam mais que Abraão foi uma figura histórica, o testemunho da Bíblia é claro e inequívoco. Abraão realmente viveu e realmente é o pai espiritual de todos os crentes. Sua vida tem muitas lições importantes das quais podemos e devemos aprender.

Ao considerarmos os três primeiros versículos de Gênesis Doze nesta noite, tenho quatro pontos a destacar: Primeiro, Deus nos chama para sair; Segundo, Deus nos chama a seguir; Terceiro, somos a nova criação de Deus; E quarto, recebemos a bênção de Deus e abençoamos os outros. Em resumo, você poderia dizer que os quatro pontos são: deixar, seguir, nova criação e bênção. Vamos começar com o meu primeiro ponto: Deus nos chama para sair.
I. Deus Nos Chama Para Sair

Gênesis 12:1 nos diz que Deus disse a Abrão para deixar sua terra. Mas antes que possamos entender este versículo, precisamos olhar para trás nos versículos 27 a 32 do capítulo onze. Nesses versículos nos é dito que Abrão se casou com Sarai e que ela era estéril. E então, o mais importante, nos é dito no versículo 31 que “Tomou Tera a Abrão seu filho, e a Ló filho de Harã, filho de seu filho, e a Sarai sua nora, mulher de seu filho Abrão, e saiu com eles de Ur dos Caldeus, a fim de ir para a terra de Canaã; e vieram até Harã, e ali habitaram”

Além disso, precisamos ver o que Estevão disse em seu discurso ao Sinédrio. Em Atos 7:2-4 lemos que ele disse: “Estêvão respondeu: Irmãos e pais, ouvi. O Deus da glória apareceu a nosso pai Abraão, estando ele na Mesopotâmia, antes de habitar em Harã, e disse-lhe: Sai da tua terra e dentre a tua parentela, e dirige-te à terra que eu te mostrar. Então saiu da terra dos caldeus e habitou em Harã. Dali, depois que seu pai faleceu, Deus o trouxe para esta terra em que vós agora habitais”.

Com todo esse pano de fundo, agora podemos entender Gênesis 12:1; diz: “Ora, o Senhor disse a Abrão: Sai-te da tua terra, da tua parentela, e da casa de teu pai, para a terra que eu te mostrarei”. A versão NVI começa com “Então o Senhor disse a Abrão”, mas a NVT é uma tradução mais precisa do hebraico, diz: “O Senhor tinha dito a Abrão”. James Boice pensa, e eu concordo, que Deus provavelmente fez a Abrão esse chamado duas vezes. Do discurso de Estêvão ao Sinédrio, aprendemos que este chamado veio pela primeira vez a Abrão enquanto ele ainda estava na Mesopotâmia, antes de morar em Harã. E então, como lemos em Gênesis 11:31, Abrão deixou a Mesopotâmia, ou mais precisamente, Ur dos caldeus, com seu pai Terá, sua esposa Sarai e seu sobrinho Ló. Mas eles não foram até Canaã, eles pararam em Harã. E então, no último versículo de Gênesis Onze, nos é dito que o pai de Abrão, Terá, morreu em Harã.

Precisamos ter cuidado para não ler muito sobre isso, mas parece que Abrão não obedeceu totalmente a Deus na primeira vez. Foi-lhe dito para deixar seu país, seu povo e a casa de seu pai, mas quando ele deixou seu país, ele tinha seu pai e sobrinho com ele, então ele não deixou completamente a casa de seu pai. É possível, como Calvino pensava, que Terá estava disposto a deixar sua idolatria para trás e seguir por boas razões, mas mesmo que fosse esse o caso, Abrão ainda tinha Ló com ele e se estabeleceu em Harã, que não era onde Deus queria que ele parasse. Portanto, acho mais provável que Abrão tenha pelo menos hesitado em sua obediência à ordem de Deus na primeira vez.

Se for assim, então a repetição da ordem por Deus é um exemplo incrível de seu trato gracioso com seu povo escolhido. Aqueles a quem Deus escolheu salvar serão, de fato, salvos. Sua palavra sempre cumpre seu propósito. O chamado de Deus é irresistível, e é por isso que dizemos que é o seu chamado eficaz. Você pode resistir a tudo o que quiser e com todas as suas forças, mas Deus vencerá no final. E louve a Deus por sua graça salvadora!

Devemos também tomar nota de quão difícil este comando foi para Abrão. Ele morava em Ur dos Caldeus, que ficava, provavelmente, perto do extremo sudeste do crescente fértil no que hoje é o sudeste do Iraque, não muito longe do Golfo Pérsico. Era um lugar com muita água e solo fértil e era um centro comercial culturalmente avançado na época. Enfim, era um bom lugar para se viver. E, o mais importante, era a casa de Abrão. Mas Deus o chamou para sair.

Deus também o chamou para deixar seu povo e a casa de seu pai. E em Josué 24:2 nos é dito que “Terá, pai de Abraão e Naor, morava além do rio e adorava outros deuses”. Portanto, podemos ver uma razão pela qual Deus queria que Abrão deixasse sua família, eles eram idólatras! Não nos é dito explicitamente que o próprio Abrão adorava ídolos, mas isso parece provável.

E assim, Deus deu a Abrão esta ordem muito difícil – para deixar tudo o que ele conhecia para seguir a Deus. E este é precisamente o mesmo mandamento que Deus dá a cada um de seus filhos escolhidos. Como Jesus disse aos seus discípulos em Mateus 16:24 “Se alguém quer vir após mim, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me”. E em Lucas 14:26 ele disse: “Se alguém vier a mim, e não aborrecer a pai e mãe, a mulher e filhos, a irmãos e irmãs, e ainda também à própria vida, não pode ser meu discípulo”. E então, em Lucas 14:33, Jesus disse: “Assim, pois, todo aquele dentre vós que não renuncia a tudo quanto possui, não pode ser meu discípulo”.

Deixe-me dizer-lhe, a salvação é gratuita. Não podemos comprá-la. Mas, ao mesmo tempo, a salvação custa tudo o que você tem, porque se você nasceu de novo, você é uma nova criação e este mundo não é mais seu lar. Você é um estranho aqui. Você mudou sua lealdade do reino de Satanás para o reino de Deus. Você é um cidadão do céu e está a caminho de lá.

É-nos dito em Hebreus 11:8-10 que “Pela fé Abraão, sendo chamado, obedeceu, saindo para um lugar que havia de receber por herança; e saiu, sem saber para onde ia. Pela fé peregrinou na terra da promessa, como em terra alheia, habitando em tendas com Isaque e Jacó, herdeiros com ele da mesma promessa; porque esperava a cidade que tem os fundamentos, da qual o arquiteto e edificador é Deus”.

Irmãos e irmãs, se somos verdadeiramente filhos de Deus, então faremos o que Abraão fez. Vamos obedecer ao chamado de Deus para deixar este mundo para trás. Viveremos aqui como estranhos e aguardaremos nosso lar celestial.

E note que Deus não disse a Abraão para onde ele estava indo. Ele disse “vai para a terra que eu te mostrarei”. E esta afirmação não está em desacordo com o que lemos em Gênesis 11:31, onde nos foi dito que Abrão e os outros “partiram de Ur dos caldeus para ir a Canaã”. Esta afirmação não significa que Deus disse a Abrão que Canaã era o destino. Isso é o que é chamado de prolepse, que é uma declaração que usa uma informação ainda não conhecida no momento do evento que está sendo escrito. O escritor sabia que Canaã era o destino final, mas Abrão não. Abrão foi simplesmente instruído a ir para a terra que Deus lhe mostraria. Nos é dito explicitamente em Hebreus 11:8 que “Abraão… não sabia para onde estava indo”.

E que prova de fé foi essa! Abraão teve que deixar tudo o que sabia para trás, mesmo sem saber para onde estava indo. E esse é, novamente, o mesmo mandamento que Deus dá a cada um de seus filhos. Somos chamados a segui-lo, o que leva ao meu segundo ponto, Deus nos chama a segui-lo.
II. Deus Nos Chama Para Seguir

Lembra quando Jesus disse a seus discípulos que iria para o céu preparar um lugar para eles e que depois voltaria e os levaria para estar com ele? Lemos em João 14:4 que ele então lhes disse: “E para onde eu vou vós conheceis o caminho”. Disse-lhe Tomé: Senhor, não sabemos para onde vais; e como podemos saber o caminho?” Ao que Jesus respondeu em João 14:6: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai senão por mim”.

Essa é a mesma ideia. Deus disse a Abraão para ir para a terra que Deus lhe mostraria. Da mesma forma, estamos em uma jornada. Não sabemos exatamente para onde estamos indo, nem sabemos a rota exata pela qual Deus nos levará, mas sabemos o caminho. É seguir Jesus. Em outras palavras, andar em obediência aos seus mandamentos. Isso às vezes é difícil, porque os caminhos de Deus não são os caminhos do mundo e haverá conflito doloroso. Mas é aqui que a borracha realmente encontra a estrada como cristão. Devemos confiar e obedecer, especialmente quando não entendemos ou concordamos.

E se você nasceu de novo, você vai confiar e obedecer porque você sabe que Deus é o Senhor soberano do universo. Você sabe que ele é bom e suas promessas e advertências são todas certas. Você sabe que ele é capaz de fazer as coisas funcionarem mesmo quando não vemos nenhum caminho possível para o sucesso. Você sabe que ele sabe o que é melhor e está mais preocupado em honrá-lo e obedecê-lo do que em alcançar o sucesso mundano.

Ao seguir Jesus, devemos viver e trabalhar neste mundo, mas não devemos ser deste mundo. Em 1 Coríntios 5:9-10, Paulo escreveu: “Já por carta vos escrevi que não vos comunicásseis com os que se prostituem; com isso não me referia à comunicação em geral com os devassos deste mundo, ou com os avarentos, ou com os roubadores, ou com os idólatras; porque então vos seria necessário sair do mundo”. Mas, como Paulo deixa claro, não devemos deixar este mundo. Devemos ser sal e luz e falar a este mundo sobre Jesus Cristo, o único Salvador.

Mas mesmo que devamos permanecer neste mundo, não somos deste mundo. Em outras palavras, não devemos viver pelos mesmos padrões ou ter os mesmos objetivos que as pessoas do mundo. Em 2 Coríntios 10:2, Paulo escreveu: “sim, eu vos rogo que, quando estiver presente, não me veja obrigado a usar, com confiança, da ousadia que espero ter para com alguns que nos julgam como se andássemos segundo a carne”. Sua mensagem é clara – essas pessoas estavam erradas. Os cristãos não vivem pelos padrões deste mundo. Paulo continuou no versículo 3 a dizer: “Porque, embora andando na carne, não militamos segundo a carne”.

Paulo se refere à guerra por uma boa razão. Seguir a Jesus não é a maneira fácil e confortável de passar pela vida. Não é o caminho aprovado pelo mundo e não levará, em geral, a um grande sucesso mundano. Em vez disso, levará a um conflito com o mundo. Mas devemos lembrar o que Jesus disse a seus discípulos em João 15:18-19: “Se o mundo vos odeia, sabei que, primeiro do que a vós, me odiou a mim. Se fôsseis do mundo, o mundo amaria o que era seu; mas, porque não sois do mundo, antes eu vos escolhi do mundo, por isso é que o mundo vos odeia"

O mundo diz para colocar o número um em primeiro lugar, e isso significa que você é o número um! Mas para um cristão, Deus deve ser o número um. Jesus disse: “Se alguém vier a mim, e não aborrecer a pai e mãe, a mulher e filhos, a irmãos e irmãs, e ainda também à própria vida, não pode ser meu discípulo”. (Lucas 14:26) Jesus disse: “Se alguém quer ser o primeiro, deve ser o último e o servo de todos”. (Marcos 9:35) Jesus disse: “quem se humilha como uma criança é o maior no reino dos céus”. (Mateus 18:4) Jesus disse: “Quem quiser se tornar grande entre vocês deve ser seu servo, e quem quiser ser o primeiro deve ser seu escravo” (Mateus 20:26-27) E em Mateus 5:3-12, Jesus disse: “Bem-aventurados os humildes de espírito, porque deles é o reino dos céus. Bem-aventurados os que choram, porque eles serão consolados. Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra. Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça porque eles serão fartos. Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia. Bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus. Bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus. Bem-aventurados os que são perseguidos por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus. Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguiram e, mentindo, disserem todo mal contra vós por minha causa. Alegrai-vos e exultai, porque é grande o vosso galardão nos céus; porque assim perseguiram aos profetas que foram antes de vós”.

Você pode imaginar algo mais contrário aos caminhos do mundo do que isso? O mundo diz que bem-aventurados são os ricos, os felizes, os orgulhosos e os poderosos. Jesus diz bem-aventurados os pobres, os que choram, os mansos e os misericordiosos.

Em vários lugares a Bíblia nos diz que Deus se opõe aos orgulhosos, mas dá graça aos humildes. E porque a maneira de seguir a Jesus é tão diferente dos caminhos deste mundo, somos chamados a ser peregrinos e forasteiros aqui, assim como Abraão foi quando saiu de sua casa. Por exemplo, o apóstolo Pedro começou sua primeira epístola escrevendo: “Pedro, apóstolo de Jesus Cristo, aos eleitos de Deus, estrangeiros no mundo” (1 Pedro 1:1). E ele continuou em 1 Pedro 1:17 para dizer: “E, se invocais por Pai aquele que, sem acepção de pessoas, julga segundo a obra de cada um, andai em temor durante o tempo da vossa peregrinação”. E então em 1 Pedro 2:11 ele escreveu: “Amados, exorto-vos, como a peregrinos e forasteiros, que vos abstenhais das concupiscências da carne, as quais combatem contra a alma”. Nossa guerra não é apenas contra o mundo, é também contra nossa velha natureza pecaminosa.

Abraão e os outros grandes homens e mulheres de fé caminharam por este mundo como peregrinos. Em Hebreus 11:9 nos é dito que “Pela fé [Abraão] peregrinou na terra da promessa, como em terra alheia, habitando em tendas com Isaque e Jacó, herdeiros com ele da mesma promessa”. E então no versículo 13 continua dizendo que “Todos estes morreram na fé, sem terem alcançado as promessas; mas tendo-as visto e saudado, de longe, confessaram que eram estrangeiros e peregrinos na terra”

Irmãos e irmãs, o chamado de Deus para nós é claro. Devemos deixar nosso antigo modo de vida para trás e viver como peregrinos aqui na terra. Devemos seguir a Jesus, o que significa obedecer à sua Palavra. Mas há também uma grande promessa ligada a este comando. Se estamos em Cristo, então Paulo nos diz em Efésios 2:19-20: “Já não sois estrangeiros e forasteiros, mas concidadãos do povo de Deus e membros da família de Deus, edificados sobre o fundamento dos apóstolos e profetas, com O próprio Cristo Jesus como a principal pedra angular”. Que declaração maravilhosa é essa! Somos estranhos ao mundo, mas as pessoas deste mundo são estrangeiras e alheias ao reino de Deus, enquanto somos concidadãos do reino de Deus. Somos membros da família de Deus, seus filhos adotivos. Aleluia! Este mundo não é nosso lar, mas, louvado seja Deus, o céu é! E nos é dito em Gálatas 3:29: “Se sois de Cristo, então sois descendência de Abraão e herdeiros conforme a promessa”. Quão maravilhoso é isso? Somos herdeiros segundo a promessa. Ou, como Paulo diz em Romanos 8:17, somos “herdeiros de Deus e co-herdeiros com Cristo”.

Eu acho que é um bom negócio, não é? Éramos cidadãos deste mundo e herdeiros apenas da condenação eterna, mas agora somos cidadãos do céu e co-herdeiros com Cristo da vida eterna no reino de Deus.

Em Mateus 19:29, Jesus prometeu a seus discípulos que “todo aquele que deixar casas, irmãos, irmãs, pai, mãe, filhos ou campos por minha causa receberá cem vezes mais e herdará a vida eterna”.

E Deus não espera que o sigamos em nossa própria força. Na verdade, é impossível seguir Jesus em sua própria força. Aqueles que tentam, todos acabam por falhar. É por isso que João escreveu sobre aqueles que deixam a igreja em 1 João 2:19, dizendo: “Saíram dentre nós, mas não eram dos nossos; porque, se fossem dos nossos, teriam permanecido conosco; mas todos eles saíram para que se manifestasse que não são dos nosso”

Devemos perseverar na fé para provar que realmente pertencemos a Cristo, e Deus promete que, de fato, terminaremos a corrida. Em João 10:28-29 Jesus, ao falar sobre seus seguidores, disse: “Eu lhes dou a vida eterna, e eles nunca perecerão; ninguém pode arrancá-los da minha mão. Meu Pai, que me deu, é maior do que todos; ninguém pode arrebatá-los da mão de meu Pai”. Louve a Deus! Estamos eternamente seguros como filhos de Deus. E nossa perseverança na fé não depende de nossa força, porque Deus nos muda para tornar isso possível e então nos conduz e nos capacita pelo seu Espírito Santo. E isso leva ao meu terceiro ponto, somos a nova criação de Deus.
III. Somos a Nova Criatura de Deus

No segundo versículo de nossa passagem desta noite, Gênesis 12:2, Deus disse a Abraão: “Eu farei de ti uma grande nação; abençoar-te-ei, e engrandecerei o teu nome; e tu, sê uma bênção”. Observe que Deus diz “Eu farei” – não podemos deixar este mundo e seguir a Cristo em nossa própria força. Devemos, como Cristo disse a Nicodemos, nascer de novo do alto. E se nascemos de novo, então estamos unidos a Jesus Cristo pela fé. E somos então batizados em seu nome, e como Paulo escreveu em Romanos 6:4: “Fomos, pois, sepultados com ele pelo batismo na morte, para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos pela glória do Pai, assim andemos nós também em novidade de vida”. Louve a Deus! Estar unidos a Cristo pela fé nos dá o poder de viver uma nova vida!

Deus nos deu um novo coração – significando uma nova visão de mundo, uma nova compreensão, um novo conjunto de afeições e um novo conjunto de prioridades. Somos radicalmente diferentes. E Deus prometeu isso no Antigo Testamento. Em Ezequiel 36:25-27 Deus declarou: “Então aspergirei água pura sobre vós, e ficareis purificados; de todas as vossas imundícias, e de todos os vossos ídolos, vos purificarei. Também vos darei um coração novo, e porei dentro de vós um espírito novo; e tirarei da vossa carne o coração de pedra, e vos darei um coração de carne. Ainda porei dentro de vós o meu Espírito, e farei que andeis nos meus estatutos, e guardeis as minhas ordenanças, e as observeis”. É assim que nos tornamos verdadeiros filhos de Abraão pela fé. Como Paulo escreveu em 2 Coríntios 5:17, “Pelo que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo”

Que promessa gloriosa nos é dada. Deus disse a Abraão que ele faria dele uma grande nação, e ele o fez. Ele disse que o abençoaria, e o fez. Ele disse que faria seu nome grande, e ele fez.

Mas isso não se refere à visão de grandeza do mundo, nem se refere principalmente aos descendentes físicos de Abraão. Em Romanos 9:6-8 Paulo escreveu que “Não que a palavra de Deus haja falhado. Porque nem todos os que são de Israel são israelitas; nem por serem descendência de Abraão são todos filhos; mas: Em Isaque será chamada a tua descendência. Isto é, não são os filhos da carne que são filhos de Deus; mas os filhos da promessa são contados como descendência”. E se você está em Cristo, você é um filho da promessa, você é um dos verdadeiros descendentes de Abraão. Você é um filho de Deus.

E se você é um filho de Deus, então você é uma nova criatura. Você tem uma nova natureza e tem o Espírito Santo para guiá-lo e capacitá-lo. Você tem o poder de dizer “não” ao pecado e andar em santidade. A mudança radical que foi feita é real. Isso é chamado de santificação definitiva e é inteiramente obra de Deus. Produz uma mudança radical, mas não traz uma mudança completa. Ainda temos pecado em nós e devemos trabalhar, guiados e capacitados pelo Espírito Santo, para matar o pecado a cada dia, que é o processo de santificação progressiva, que é um processo no qual estamos ativamente envolvidos.

Então, se você é uma nova criação, ouça a admoestação do apóstolo Paulo em Efésios 4:17. Ele escreveu: “Portanto digo isto, e testifico no Senhor, para que não mais andeis como andam os gentios, na verdade da sua mente”. E então ele continuou nos versículos 22-24, dizendo: “a despojar-vos, quanto ao procedimento anterior, do velho homem, que se corrompe pelas concupiscências do engano; a vos renovar no espírito da vossa mente; e a vos revestir do novo homem, que segundo Deus foi criado em verdadeira justiça e santidade”. Então, eu pergunto, você é uma nova criatura? Se você não tem certeza, clame a Deus e peça misericórdia. Confesse seus pecados. Ele não vai te afastar.

Deus trabalha em cada um de nós assim como trabalhou em nosso pai Abraão. Veremos nas próximas semanas as provações pelas quais Abraão passou. E todos nós passaremos por provações também. Então aprenda com Abraão! Sempre que ele confiava em suas próprias ideias e força, ele caía e causava dor a si mesmo e aos outros. Mas sempre que ele confiou e obedeceu a Deus, ele foi abençoado e, como resultado, o mundo é abençoado por meio dele. E isso me leva ao meu quarto ponto, recebemos a bênção de Deus e abençoamos os outros.
IV. Recebemos a Bênção de Deus e Abençoamos os Outros

Deus abençoou grandemente Abraão, tanto nesta vida como para sempre. Ele se tornou muito rico e poderoso, mas acima de tudo experimentou a presença de Deus com ele e, portanto, tinha grande confiança de que Deus, de fato, cumpriria todas as suas promessas. Ele aprendeu através do sofrimento a depender de Deus mesmo quando não podia ver como as coisas iriam acontecer. O exemplo mais dramático disso, é claro, é quando Deus lhe disse para sacrificar Isaque, o filho da promessa. Sabemos que Abraão obedeceu imediatamente e partiu para fazer o que Deus havia exigido. É-nos dito em Hebreus 11:19 como Abraão encontrou forças para obedecer a esta ordem difícil, nos é dito que “Abraão raciocinou que Deus poderia ressuscitar os mortos”, e então estava pronto e disposto a sacrificar seu filho. Mas Deus o impediu e providenciou um carneiro no lugar de Isaque.

Também devemos aprender a obedecer a Deus, não importa o que aconteça. Devemos usar nossa razão santificada, guiada pelo Espírito Santo. Há momentos na vida em que parece que obedecer a Deus não pode funcionar. Especialmente quando você é chamado a obedecer a autoridades delegadas que são seres humanos pecadores. Mas o que é impossível para o homem é possível para Deus. Portanto, leia a Palavra de Deus, ore, obtenha conselhos e obedeça a todos os mandamentos legítimos de todas as autoridades legítimas, não importa o que aconteça. Você será abençoado como resultado, assim como Abraão foi abençoado.

E observe o que diz no último versículo de nossa passagem; em Gênesis 12:3 Deus disse a Abraão: “Abençoarei aos que te abençoarem, e amaldiçoarei àquele que te amaldiçoar; e em ti serão benditas todas as famílias da terra”.

Quando deixamos este mundo para trás e seguimos fielmente a Deus, recebemos sua bênção, mas também nos tornamos uma fonte de bênção para os outros. Em primeiro lugar, é claro, temos o evangelho da vida eterna. Temos o que o mundo mais precisa. E se vivermos fielmente para Deus, isso incluirá contar aos outros sobre seus pecados e sua necessidade de um Salvador e o fato de que Jesus Cristo é esse Salvador. E nossas vidas obedientes podem ser usadas por Deus como testemunhas poderosas do evangelho.

Em 2 Coríntios 2:14 Paulo escreveu: “Graças, porém, a Deus que em Cristo sempre nos conduz em triunfo, e por meio de nós difunde em todo lugar o cheiro do seu conhecimento”. Você espalha a fragrância do conhecimento de Cristo onde quer que vá? Fazer isso é ser abençoado e ser uma fonte de bênção.

Mas há também uma responsabilidade que vem com essa bênção. Se não vivermos fielmente para Deus, trazemos descrédito ao evangelho e nos tornamos testemunhas das mentiras de Satanás. O próprio Abraão fez isso em algumas ocasiões e devemos nos alertar disso ao examinarmos sua vida nas próximas semanas. Esses exemplos nos são dados para que possamos aprender com os erros de Abraão. Nossos pecados não apenas nos trazem sofrimento, eles afetam outras pessoas, assim como o Reverendo apontou em seu sermão sobre o pecado e suas consequências. Nosso pecado afeta nossos cônjuges, nossos filhos, nossos netos, outros na igreja, nossos colegas de trabalho, vizinhos e assim por diante. Portanto, sejamos extremamente cuidadosos em viver de uma maneira que agrade a Deus, traga sua bênção para nós e nos capacite a ser uma fonte de bênção para outros.

E assim, concluindo, Abraão é nosso pai na fé. Seu chamado nos mostra claramente o que Deus exige de todos os seus filhos. Devemos deixar este mundo para trás e seguir a Cristo. Você fez isso? Ou você ainda está se apegando às coisas deste mundo?

Ouça a Cristo. Em Mateus 6:19-21, ele nos ordenou: “Não ajunteis para vós tesouros na terra; onde a traça e a ferrugem os consomem, e onde os ladrões minam e roubam; mas ajuntai para vós tesouros no céu, onde nem a traça nem a ferrugem os consumem, e onde os ladrões não minam nem roubam. Porque onde estiver o teu tesouro, aí estará também o teu coração”

Devemos nos perguntar: “O que é que eu realmente valorizo ​​mais? Onde está meu coração? Está aqui nesta terra, que está destinada à destruição? Ou é com meu Senhor no céu, que será para glória eterna?” Você pode responder a essas perguntas olhando para sua vida. O que você pensa sobre? O que você anseia? Onde você gasta a maior parte do seu tempo e esforço? Jesus continuou dizendo, em Mateus 6:24 que “Ninguém pode servir a dois senhores. Ou ele odiará um e amará o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro. Você não pode servir a Deus e ao Dinheiro”. E isso não é verdade apenas para o dinheiro, é verdade para qualquer coisa neste mundo. Você não pode servir a Deus e algo ou outra pessoa.

Então, olhe para a vida de Abraão e faça a mesma escolha que ele fez. Ele obedeceu e saiu de Harã e seguiu a Deus, sem saber para onde estava indo. Ele tropeçou muitas vezes ao longo do caminho, mas sempre se levantou, se arrependeu, buscou o Senhor e seguiu em frente. E ele está com Deus, e ele tem uma eternidade pela frente. Seja como Abraão! Confie em Deus e obedeça a Deus. Deixe seus velhos caminhos pecaminosos e siga a Cristo para a glória eterna. Viva como uma nova criatura, despojando-se do velho e revestindo-se do novo. Se você fizer isso, então as promessas de Deus são todas suas. Você será abençoado e será uma bênção para os outros.