“Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade
de meu Pai, que está nos céus. Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? e em teu nome não expulsamos
demônios? e em teu nome não fizemos muitos milagres? Então lhes direi claramente: Nunca vos conheci; apartai-vos
demim, vós que praticais a iniquidade”
Quais as lições que podemos aprender com essa passagem?
I. Primeira lição: uma declaração de fé no Senhor não garante o acesso ao reino dos céus.
“Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! Entrará no reino dos céus...”
1. A boa relação com Deus não é questão de palavras. 1.1. O que se é dito com a boca
deve ser evidenciado nas atitudes, ações e reações.
1.2.
Deve haver uma harmonia muito grande no que eu falo e no que eu faço.
1.3.
De nada vale alguém simplesmente professar que é discípulo
de Cristo, se
de fato não as suas obras não aprovam o que ele diz.
1.4. Tiago já disse: “a fé sem obras é morta...” Quer dizer, minhas obras
devem
demonstrar minha fé.
2. Jesus disse que seus discípulos são conhecidos pelas seguintes atitudes: 2.1. Se permanecerem na Sua Palavra. “Jesus dizia, pois, aos judeus que criam nele: Se vós permanecerdes na minha palavra, verdadeiramente sereis meus discípulos” (João 8.31) Permanecer na Sua Palavra é o mesmo que obedece-la, praticá-la em todos os aspectos da vida cotidiana.
2.2. Se amarmos uns aos outros. “Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros” (João 13.35). Alguém que tem Cristo como SENHOR
de sua vida, sem dúvida alguma é alguém que ama seu semelhante, pois se não ama o seu próximo, como amará a
Deus? “Se alguém diz: Eu amo a
Deus, e odeia a seu irmão, é mentiroso. Pois quem não ama a seu irmão, ao qual viu, como pode amar a
Deus, a quem não viu? E
dele temos este mandamento: que quem ama a
Deus, ame também a seu irmão” (João 4.20-21)
2.3. Se
dermos muito frutos. “Nisto é glorificado meu Pai, que
deis muito fruto; e assim sereis meus discípulos” (João 15:8). O que significa dar muito fruto? Significa que os discípulos
de Jesus
devem produzir boas obras que contribuam para o aumento, o crescimento do seu reino.
Aplicação: Cristo tem sido
de fato nosso Senhor?
- Estou de fato obedecendo a Sua Palavra?
- Tenho amando o meu semelhante?
- Tenho colaborado para a crescimento do reino de Deus aqui na terra?
- Medite nessa advertência: (Lucas 6:46) - E por que me chamais, SENHOR, Senhor, e não fazeis o que eu digo?
Qual será a próxima lição?
II. Segunda lição: ninguém entra no céu por fazer boas obras.
“…Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? e em teu nome não expulsamos demônios? E em teu nome não fizemos muitas maravilhas? ” 1. Muitas pessoas fazem coisas boas tentando merecer o céu por conta do que realizam. 1.1. Essas pessoas
desses versículos fizeram muitas coisas boas. Expulsaram
demônios, profetizaram e fizeram muitas maravilhas.
1.2. Com certeza muita gente foi beneficiada pelas ações
dessas pessoas, muitos foram curados
de doenças, outros tiveram foram libertos
dedemônios e outros edificados com as palavras ministradas por eles.
1.3. Esse grupo também além
de ter feito a coisa certa e ter beneficiado muitas pessoas, fizeram tudo isso na autoridade
de Jesus, ou seja, no nome
de Jesus.
1.4. Elas clamam a Jesus que se lembrem das boas obras que praticaram, para que Ele tenha compaixão
delas.
1.5. Mas Jesus é categórico e diz: “E então lhes direi abertamente: Nunca vos conheci; apartai-vos
de mim...”
2. A bíblia diz claramente que o homem não é salvo por fazer boas obras. 2.1. Efésios 2.8-10: “Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem
de vós, é dom
de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se glorie; Porque somos feitura sua, criados em Cristo Jesus para as boas obras, as quais
Deus preparou para que andássemos nelas”
2.2. Tito 3.5-8: “Não pelas obras
de justiça que houvéssemos feito, mas segundo a sua misericórdia, nos salvou pela lavagem da regeneração e da renovação do Espírito Santo, que abundantemente ele
derramou sobre nós por Jesus Cristo nosso Salvador; para que, sendo justificados pela sua graça, sejamos feitos herdeiros segundo a esperança da vida eterna. Fiel é a palavra, e isto quero que
deveras afirmes, para que os que creem em
Deus procurem aplicar-se às boas obras; estas coisas são boas e proveitosas aos homens”
2.3. 2 Timóteo 1.9: Que nos salvou, e chamou com uma santa vocação; não segundo as nossas obras, mas segundo o seu próprio propósito e graça que nos foi dada em Cristo Jesus antes dos tempos dos séculos”
Aplicação: Em que está baseado sua salvação?
- Você faz boas obras para ser salvo por elas?
- Estar se baseando na pratica de coisas boas para merecer a salvação?
- Se você estar nesse caminho, pule fora, antes que seja tarde demais.
- Deposite sua salvação na obra redentora de Cristo.
Vejamos a terceira lição:
III. Terceira lição: nossas obras podem ser vistas por Deus como iniquidade.
“...vós que praticais a iniquidade”
1. Jesus diz que tais obras foram feitas com iniquidade 1.1. Acredito que a iniquidade nessa passagem se refere o ajuntamento do santo com o profano
1.2. Fazer as coisas para
Deus sem ter a vida reta, é praticar iniquidade.
1.3. Essas pessoas fizeram muitas coisas boas e certas no nome
de Deus, mas só que elas não estavam qualificadas para tal. Elas não eram salvas, mas mesmo assim faziam obras exclusivas
de alguém salvo.
1.4. Posso ter certeza
de que não eram salvas pela expressão que Jesus usa: “Nunca vos conheci; apartai-vos
de mim...”. Se fossem ovelhas
deCristo seriam conhecidas por Ele, pois Ele mesmo disse: (João 10:14) – “Eu sou o bom Pastor, e conheço as minhas ovelhas, e das minhas ovelhas sou conhecido”
1.5. Se
de fato fossem ovelhas do Senhor, teriam sido conhecidas por ele, a razão por não conhecê-las é porque não eram do Seu aprisco.
1.6. Interessante que muitas pessoas usam essa passagem para provar a perca da salvação, infelizmente não conseguem, pois, a passagem não reforça tal tese.
2. Quando as minhas boas obras podem serem vistas por Deus como iniquidade? 2.1. Quando
desprezamos os preceitos
de Deus: “Odeiam na porta ao que os repreende, e abominam ao que fala sinceramente. Portanto, visto que pisais o pobre e
dele exigis um tributo
de trigo, edificastes casas
de pedras lavradas, mas nelas não habitareis; vinhas
desejáveis plantastes, mas não bebereis do seu vinho Porque sei que são muitas as vossas transgressões e graves os vossos pecados; afligis o justo, tomais resgate, e rejeitais os necessitados na porta. Odeio,
desprezo as vossas festas, e as vossas assembleias solenes não me exalarão bom cheiro. E ainda que me ofereçais holocaustos, ofertas
de alimentos, não me agradarei
delas; nem atentarei para as ofertas pacíficas
de vossos animais gordos. Afasta
de mim o estrépito dos teus cânticos; porque não ouvirei as melodias das tuas violas. (Amós 5.10-12; 21-23)
2.2. Quando as fazemos com motivações erradas: “E aconteceu ao cabo
de dias que Caim trouxe do fruto da terra uma oferta ao SENHOR. Mas para Caim e para a sua oferta não atentou. E irou-se Caim fortemente, e
descaiu-lhe o semblante. E o SENHOR disse a Caim: Por que te iraste? E por que
descaiu o teu semblante? e bem fizeres, não é certo que serás aceito? E se não fizeres bem, o pecado jaz à porta, e sobre ti será o seu
desejo, mas sobre ele
deves dominar”. (Gênesis 4.3,5-7)
2.3. Quando fazemos para o homem com o fim
de mostrarmos uma aparente espiritualidade. “GUARDAI-VOS
de fazer a vossa esmola diante dos homens, para serdes vistos por eles; aliás, não tereis galardão junto
de vosso Pai, que está nos céus. Quando, pois,
deres esmola, não faças tocar trombeta diante
de ti, como fazem os hipócritas nas sinagogas e nas ruas, para serem glorificados pelos homens. Em verdade vos digo que já receberam o seu galardão. E, quando orares, não sejas como os hipócritas; pois se comprazem em orar em pé nas sinagogas, e às esquinas das ruas, para serem vistos pelos homens. Em verdade vos digo que já receberam o seu galardão. E, quando jejuardes, não vos mostreis contristados como os hipócritas; porque
desfiguram os seus rostos, para que aos homens pareça que jejuam. Em verdade vos digo que já receberam o seu galardão” (Mateus 6.1-2; 5; 16)
Aplicação: Quais as motivações que te levam a realizar algo para
Deus?
- Faz porque O ama?
- Faz porque é grato a Deus por tudo que Ele tem te feito?
- Faz porque quer manter um padrão de espiritualidade diante dos homens?
Conclusão: Vamos recapitular as lições que aprendemos?
- Uma Declaração De Fé No Senhor Não Garante O Acesso Ao Reino Dos Céus.
- Ninguém Entra No Céu Por Fazer Boas Obras.
- Nossas Obras Podem Ser Vista Por Deus Como Iniquidade.