31 outubro 2016

[Reflexoes] #1# Aqui Estou...Pode Contar Comigo


Para Refletir...(01/11/16) - Aqui Estou...Pode Contar Comigo

"Depois disto, ouvi a voz do Senhor, que dizia: A quem
enviarei, e quem há de ir por nós? Disse eu: eis-me aqui,
envia-me a mim" (Isaías 6:8).


Quando eu era missionário, servindo na Missão AMEM, no
Brasil, conheci uma missionária que voltou do Zaire por
estar muito doente. Ela ficou em tratamento intensivo
durante meses. O Presidente da Missão lhe perguntou, quando
ela melhorou da enfermidade, o que pretendia fazer daquele
dia em diante, e sua resposta foi rápida: "Voltar para o
Zaire!" O presidente tentou demovê-la, porém, foi inútil.
Ela amava aquele povo e não podia se ver longe dele.


Eu amo o trabalho do Senhor! Foi a melhor decisão de toda a
minha vida, deixar meu emprego secular para me dedicar
integralmente a Deus, como missionário voluntário. É um
grande privilégio, uma alegria que não pode ser comparada a
coisa alguma desse mundo. E o exemplo daquela missionária
foi uma das atitudes que mais marcaram minha caminhada por
Cristo.


Ela não pensou que poderia ficar novamente doente. Não
pensou que poderia morrer e não mais voltar ao Brasil.
Pensou apenas no povo que ela tanto amava naquele país e que
era a razão principal de sua vida. Era o que o Senhor falou
nas Escrituras: "Serva boa e fiel". Nunca mais tive notícias
dela, pois, deixei a Missão pouco tempo depois. Tenho
certeza de que está feliz com Deus e, se já foi chamada pelo
Senhor, também está feliz com Deus.


Melhor que os prazeres oferecidos pelo mundo é o prazer de
ver pessoas sorrindo por causa de nosso trabalho
missionário. Melhor que a ilusão das luzes coloridas e
brilhantes do mundo é o brilho no rosto das pessoas por
terem suas vidas transformadas e seus lares restaurados pelo
poder do Senhor. Melhor que alguns momentos de fama e
aplausos neste mundo é a certeza de uma vida eterna ao lado
de Deus nos Céus.


O Senhor me chamou e eu disse, "eis-me aqui". Jamais
voltarei atrás. E você? Já respondeu ao chamado do Senhor?


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O Reino de Deus visto através da sua vida

Certa vez, tendo sido interrogado pelos fariseus sobre quando viria o Reino de Deus, Jesus respondeu: "O Reino de Deus não vem de modo visível, nem se dirá: 'Aqui está ele', ou 'Lá está'; porque o Reino de Deus está no meio de vocês".  Lucas 17:20-21

 

Não há dúvida alguma da importância do tema Reino de Deus nas pregações de Jesus. Ele mesmo, como homem, deu sinal da existência palpável do Reino de Deus. Suas ações demonstravam sinais do reino. Cada vez que tinha compaixão pelas multidões, marginalizados; cada vez que curava os enfermos, alimentada milhares de pessoas preocupando-se não somente com o alimento espiritual, mas com o material também; cada vez que olhava para o pecador e publicano ou sentava-se na mesa com um, o Reino de Deus se tornava visível não da forma como os religiosos esperavam, em algo material, mas se fazia concreto em ações.

O Reino de Deus não deve estar distante, mas no meio de nós. A Igreja não é o Reino de Deus, mas é um sinal dele. E quando a Igreja preocupa-se em ser conhecida em sua comunidade, em atender e servir não somente seus membros, mas quem quer que a ela chegue procurando socorro e principalmente quando a Igreja vê o ser humano em sua integralidade, como carecedor de salvação, de cuidados, amor, alimento físico e espiritual, a Igreja evidencia o Reino de Deus. Cada vez que a igreja deixa de ser fechada, como um clube em que a comunhão é maravilhosa apenas entre membros que se reúnem e se divertem com suas programações, mas olha para fora, para o mundo, para os marginalizados, a igreja é verdadeiramente um sinal do Reino.

Bem próximo da minha casa tem uma igreja e os sinais do reino devem estar bem lá dentro. Ela jamais se abriu para a comunidade, jamais convidou os vizinhos e moradores do bairro para suas programações. No recente dia das crianças, observei quantas crianças, inclusive carentes havia nas imediações, mas a festa era para as crianças da igreja. As demais ficaram do outro lado da rua observando, de fora. Fiquei muito triste. Não foi para isso que Jesus veio e morreu em uma cruz. A Igreja deve ser voltada para fora dos seus muros e paredes, deve quebrar seus preconceitos e barreiras. Só assim será sinal do Reino de Deus. Jesus não se limitava a ficar quieto nas sinagogas, tampouco os apóstolos e a igreja primitiva se fechou em suas paredes. Pelo contrário, em meio à perseguição, a igreja caia na graça da comunidade. Todos a admiravam.

A igreja deve ser um sinal do Reino, onde se percebe claramente na vida da comunidade e cada um de seus membros, a justiça, igualdade, amor, paciência, misericórdia. Um lugar que conduz pessoas a Jesus por meio de ações concretas, não somente pregações, mas práxis. Um lugar com pessoas que evidencie o amor de Deus pela humanidade; que deixe claro o quanto Deus ama o pecador e quer libertá-lo, restaurá-lo, cuidar da sua espiritualidade, mas também de suas necessidades materiais e emocionais. Parece utópico?  Não é. Conheço comunidades religiosas que, de fato, evidenciam a presença do Reino de Deus e por isso acredito que isso é plenamente possível desde o momento em que os crentes deixam de olhar para seus próprios "umbigos" e passam a enxergar o pecador e a missão para o qual foram chamados.

[Novo post] Ajude a Missão Vida!!!!

bencaosdiarias publicou: "OLÁ PESSOAL. A Missão Vida é um dos projetos que mais amo. Em meio a essa crise, muitas pessoas deixaram de colaborar com a missão. No entanto, nada é mias precioso do que ver vidas saindo da sarjeta, pessoas retomando a sua dignidade, sendo tratadas e pr"

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bencaosdiarias publicou: " Ele lhes disse: "Vocês são os que se justificam a si mesmos aos olhos dos homens, mas Deus conhece os corações de vocês. Aquilo que tem muito valor entre os homens é detestável aos olhos de Deus". Lucas 16:15 Lembra quando havia propagandas de cigarr"

[Novo post] 30 de outubro – Há festa ainda que seja por um apenas…

bencaosdiarias publicou: " .. Qual é a mulher que, possuindo dez dracmas e, perdendo uma delas, não acende uma candeia, varre a casa e procura atentamente, até encontrá-la? E quando a encontra, reúne suas amigas e vizinhas e diz: 'Alegrem-se comigo, pois encontrei minha moeda per"

Devocionais



Pr. Olavo Feijó
 Gotas Bíblicas
O caminho da paz  |  Pr. Olavo Feijó

Jeremias 6:16 - Assim diz o SENHOR: Ponde-vos nos caminhos, e vede, e perguntai pelas veredas antigas, qual é o bom caminho, e andai por ele; e achareis descanso para as vossas almas; mas eles dizem: Não andaremos nele.

Vivemos num mundo atormentado por todo tipo de lutas e de guerras. A paz que o mundo oferece é superficial e desonesta. O Senhor tem o poder de produzir paz dentro de nós: mas Ele requer fé e obediência. "O Senhor Deus disse ao Seu povo: fiquem nas encruzilhadas e vejam quais são as melhores estradas – procurem saber qual é o melhor caminho. Andem nesse caminho e vocês terão paz. Mas eles responderam – Nós não vamos andar nesse caminho!" (Jeremias 6:16).

Crianças não têm a maturidade suficiente para discernir entre o certo e o errado. Por isso, crianças não são responsáveis. A reclamação do Senhor, através de Jeremias, se baseia na teimosia dos adultos que, mesmo conhecendo os caminhos de Deus, insistem em andar pelos caminhos do mal. Escolhas espiritualmente erradas destroem nossa paz interior.

Séculos depois, Jesus tocou no mesmo assunto: o mundo não nos dá paz. O Senhor tem o poder de nos encher da Sua paz. Para possuí-la, entretanto, temos que andar no caminho ensinado por Cristo, aprendendo a descansar nos Seus braços de amor e de poder. Quando nos submetemos ao poder de Cristo, não há no mundo força nenhuma que destrua nossa paz.



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Pastor Sérgio Fernandes
 Palavra Que Transforma
Um amor que se espalha  |  Pastor Sérgio Fernandes

1 Tessalonicenses 4:10 - Porque também já assim o fazeis para com todos os irmãos que estão por toda a macedônia. Exortamo-vos, porém, a que ainda nisto aumenteis cada vez mais.

Embora reconheçamos que os dias são maus e que a sociedade se degradará cada vez mais, é nosso dever ministrar sobre a sociedade e influenciá-la para o bem!

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Devocionais Diários

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Palavras Encorajadoras

Posted: 30 Oct 2016 07:01 PM PDT

"Irmãos, não queremos que vocês sejam ignorantes quanto aos que dormem, para que não se entristeçam como os outros que não têm esperança." (1 Tessalonicenses 4:13)

Os críticos do arrebatamento dizem que esta palavra não é encontrada na Bíblia. Mas a palavra usada para arrebatamento é a palavra grega harpazō, traduzida do latim como rapturus, da qual temos a palavra "rapto" ou "arrebatamento", em português.

A definição literal de hraptoarpazō é "levar à força, agarrar, ser apanhado." Esta é a palavra que Paulo usou em 1 Tessalonicenses 4:16-17, quando escreveu: "Pois, dada a ordem, com a voz do arcanjo e o ressoar da trombeta de Deus, o próprio Senhor descerá do céu, e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro. Depois disso, os que estivermos vivos seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, para o encontro com o Senhor nos ares. E assim estaremos com o Senhor para sempre."

O contexto do ensinamento de Paulo sobre o arrebatamento foi uma resposta aos crentes em Tessalônica cujos amigos e entes queridos haviam morrido. Eles estavam preocupados se esses amigos e familiares nunca veriam o arrebatamento. Assim, Paulo queria educá-los. Alguns versículos antes ele escreveu: "Irmãos, não queremos que vocês sejam ignorantes quanto aos que dormem, para que não se entristeçam como os outros que não têm esperança" (versículo 13). Paulo concluiu o seu ensinamento sobre o arrebatamento, dizendo: "Consolem-se uns aos outros com estas palavras" (versículo 18).

Aqui está a boa notícia para seus fiéis amigos ou entes queridos que morreram. No arrebatamento, você não só vai se reunir com seus amigos e entes queridos que partiram antes de você, como também estará na presença do próprio Jesus. Portanto, segundo Paulo, você não precisa se entristecer como aqueles que não têm esperança.
Link para o texto original

BÍBLIA A PALAVRA DE DEUS

BÍBLIA A PALAVRA DE DEUS


A Revelação no Corpo produz vida

Posted: 30 Oct 2016 08:00 PM PDT


Daniel 2: 17-19

            "Então Daniel foi para casa, e fez saber o caso a Hananias, Misael e Azarias, seus companheiros, para que pedissem misericórdia ao Deus do céu sobre este mistério, a fim de que Daniel e seus companheiros não perecessem, juntamente com o resto dos sábios de Babilônia."

OBJETIVO – O fortalecimento do Jovem no Corpo (Daniel 2:17-19).

1 – INTRODUÇÃO

O Sonho Escapado– Os magos, astrólogos, encantadores e caldeus não puderam descobrir o sonho.

Solução da Religião– Razão, Filosofia (Conceitos humanos)


2 – O DECRETO DO REI - MORTE

Daniel é informado do decreto de que todos os sábios deveriam morrer.

Daniel toma a iniciativa de pedir um prazo ao rei e assume a responsabilidadede dar a interpretação do Senhor dentro do prazo.


3 – A BUSCA DA SOLUÇÃO NO CORPO

"Foi para sua casa..." - Fora do mundo - Santificação

"...fez saber o caso aos três companheiros ..." - Levar ao corpo.

Companheiro - "Koinonos, o que anda em comunhão"


4 – A REVELAÇÃO DO ENIGMA

v O Clamor – A busca da misericórdia.

v A Fé – A certeza da revelação do enigma.

v A Resposta"...sobre este segredo ..." (verso 18) Numa visão da noite Deus revelou o enigma.

"... para não perecer ..."- Sem a profecia há a corrupção.


5 – APLICAÇÃO

            Verso 1 – O Decreto – Morte
2 – O Corpo – Escape da morte
3 – Revelação (Dons) – Livramento, Vida.

1 Coríntios 12:7"... para um fim proveitoso"


6 – SIGNIFICADO DOS NOMES

1 - DANIEL= Deus é meu Juiz - Justiça Eterna Confiança
2 - HANANIAS= Jeová é Clemente - Misericórdia
3 - AZARIAS= A quem Jeová ajudou - Graça

4 - MISAEL= Quem é igual a Deus - Deus do lmpossíveI, Deus Onipotente

Dia da Reforma Protestante

Posted: 30 Oct 2016 07:00 PM PDT



Hoje é o Dia da Reforma Protestante; conheça as 95 teses de Martinho Lutero

No dia 31 de outubro é comemorado por evangélicos de todo o mundo o Dia da Reforma Protestante. Em 1517, um dia antes da festa católica de "Todos os Santos", o monge agostiniano Martinho Lutero pregou publicamente suas 95 teses (veja abaixo), na porta da Catedral de Wittenberg, na Alemanha. Seu apelo era por uma mudança nas práticas da Igreja Católica, por isso o nome "Reforma".

A iniciativa teve consequências por toda a Europa, dividiu reinos, gerou protestos e mortes. E mudou para sempre a Igreja. Para alguns, Lutero destruiu a unidade do que era considerada a igreja, era um monge renegado que desejava apenas destruir os fundamentos da vida monástica. Para outros, é um grande herói, que restaurou a pregação do evangelho puro de Jesus e da Bíblia, o reformador de uma igreja corrupta.

O fato é que ele mudou o curso da história ao desafiar o poder do papado e do império, e possibilitou que o povo tivesse acesso à Bíblia em sua própria língua. A principal doutrina de Lutero era contra o pagamento de penitências e indulgências aos líderes religiosos. Ele enfatizava que a salvação é pela graça, não por obras.

Conta-se que muita coisa mudou dentro daquele monge até então submisso ao papa quando, em 1515, Lutero começou a dar palestras sobre a Epístola aos Romanos. Ao estudar as Escrituras se deparou com o primeiro capítulo de Romanos, que decretava "o justo viverá pela fé". Desvendava-se diante dele o que é conhecida como "justificação pela fé", ou seja, a justificação do pecador diante de Deus não é por um esforço pessoal, mas sim um presente dado àqueles que acreditam na obra de Cristo na cruz.


Porta da Catedral de Wittenberg, na Alemanha, onde Martinho Lutero pregou publicamente suas 95 teses


O movimento encabeçado por Lutero ocorreu durante um dos períodos mais revolucionários da história (passagem da Idade Média para o Renascimento) e mostra como as crenças de um homem pode mudar o mundo.

A controvérsia acabou sendo, segundo historiadores, maior do que Lutero pretendia ou imaginara. Porém, ao atacar a venda de indulgências por parte da igreja, acabou opondo-se ao lucro obtido por pessoas muito mais poderosas do que ele. Segundo Lutero, se era verdade que o Papa tinha poder de tirar as almas do purgatório, devia usar esse poder, não por razões egoístas, como a necessidade arrecadar fundos para construir uma igreja, mas simplesmente por amor, e devia fazê-lo gratuitamente. A idolatria aos santos também foi um dos grandes pontos de discórdia com os lideres católicos.

A maioria dos historiadores concorda que Lutero teria tentado apresentar seus argumentos ao Papa e alguns amigos de outras universidades. No entanto, as teses colocadas na porta da Catedral de Wittemberg e os muitos argumentos teológicos impressos e distribuídos por ele nos meses seguintes, acabaram se espalhando por toda a Europa, fazendo com que ele fosse chamado ao Vaticano para se retratar perante o Papa. A partir de então, entrou abertamente em conflito com a Igreja Católica.

Acabou excomungado em 1520, pelo papa Leão X. Alegava-se que ele incorria em "heresia notória". Devido a esses acontecimentos, Lutero temendo a morte, ficou exilado no Castelo de Wartburg, por cerca de um ano. Durante esse período trabalhou na sua tradução da Bíblia para o alemão, resultando na impressão do Novo Testamento em setembro de 1522.

Legado de Lutero

O famoso pastor Charles Spurgeon escreveu:

"Lutero aprendeu a ser independente de todos os homens, pois ele lançou-se sobre o seu Deus! Ele tinha todo o mundo contra ele e ainda viveu alegremente.

Se o Papa excomungou, ele queimou a bula de excomunhão! Se o Imperador o ameaçou, ele alegrou-se porque se lembrou das palavras do Senhor: "Os reis da terra se levantam, e os príncipes dos países juntos. Aquele que está sentado nos céus se rirá" (Salmo 2).

Quando disseram-lhe: "Onde você vai encontrar abrigo se o Príncipe Eleitor não protegê-lo?". Ele respondeu: "Sob o escudo amplo de Deus". Lutero não podia ficar parado. Ele tinha que escrever e falar! E oh, com que confiança ele falou! Abominava as dúvidas sobre Deus e as Escrituras!"

Para algumas vertentes do catolicismo, os protestantes são hereges. Para outras, "irmãos separados". O movimento originado por Lutero ficou conhecido como Protestantismo e seus seguidores como "protestantes". O termo é pouco comum no Brasil, onde se prefere usar "evangélicos".



As 95 teses:

1. Ao dizer: "Fazei penitência", etc. [Mt 4.17], o nosso Senhor e Mestre Jesus Cristo quis que toda a vida dos fiéis fosse penitência.

2. Esta penitência não pode ser entendida como penitência sacramental (isto é, da confissão e satisfação celebrada pelo ministério dos sacerdotes).

3. No entanto, ela não se refere apenas a uma penitência interior; sim, a penitência interior seria nula se, externamente, não produzisse toda sorte de mortificação da carne.

4. Por consequência, a pena perdura enquanto persiste o ódio de si mesmo (isto é a verdadeira penitência interior), ou seja, até a entrada do reino dos céus.

5. O papa não quer nem pode dispensar de quaisquer penas senão daquelas que impôs por decisão própria ou dos cânones.

6. O papa não tem o poder de perdoar culpa a não ser declarando ou confirmando que ela foi perdoada por Deus; ou, certamente, perdoados os casos que lhe são reservados. Se ele deixasse de observar essas limitações, a culpa permaneceria.

7. Deus não perdoa a culpa de qualquer pessoa sem, ao mesmo tempo, sujeitá-la, em tudo humilhada, ao sacerdote, seu vigário.

8. Os cânones penitenciais são impostos apenas aos vivos; segundo os mesmos cânones, nada deve ser imposto aos moribundos.

9. Por isso, o Espírito Santo nos beneficia através do papa quando este, em seus decretos, sempre exclui a circunstância da morte e da necessidade.

10. Agem mal e sem conhecimento de causa aqueles sacerdotes que reservam aos moribundos penitências canônicas para o purgatório.

11. Essa cizânia de transformar a pena canônica em pena do purgatório parece ter sido semeada enquanto os bispos certamente dormiam.

12. Antigamente se impunham as penas canônicas não depois, mas antes da absolvição, como verificação da verdadeira contrição.

13. Através da morte, os moribundos pagam tudo e já estão mortos para as leis canônicas, tendo, por direito, isenção das mesmas.

14. Saúde ou amor imperfeito no moribundo necessariamente traz consigo grande temor, e tanto mais quanto menor for o amor.

15. Este temor e horror por si sós já bastam (para não falar de outras coisas) para produzir a pena do purgatório, uma vez que estão próximos do horror do desespero.

16. Inferno, purgatório e céu parecem diferir da mesma forma que o desespero, o semidesespero e a segurança.

17. Parece necessário, para as almas no purgatório, que o horror devesse diminuir à medida que o amor crescesse.

18. Parece não ter sido provado, nem por meio de argumentos racionais nem da Escritura, que elas se encontrem fora do estado de mérito ou de crescimento no amor.

19. Também parece não ter sido provado que as almas no purgatório estejam certas de sua bem-aventurança, ao menos não todas, mesmo que nós, de nossa parte, tenhamos plena certeza disso.

20. Portanto, por remissão plena de todas as penas, o papa não entende simplesmente todas, mas somente aquelas que ele mesmo impôs.

21. Erram, portanto, os pregadores de indulgências que afirmam que a pessoa é absolvida de toda pena e salva pelas indulgências do papa.

22. Com efeito, ele não dispensa as almas no purgatório de uma única pena que, segundo os cânones, elas deveriam ter pago nesta vida.

23. Se é que se pode dar algum perdão de todas as penas a alguém, ele, certamente, só é dado aos mais perfeitos, isto é, pouquíssimos.

24. Por isso, a maior parte do povo está sendo necessariamente ludibriada por essa magnífica e indistinta promessa de absolvição da pena.

25. O mesmo poder que o papa tem sobre o purgatório de modo geral, qualquer bispo e cura tem em sua diocese e paróquia em particular.

26. O papa faz muito bem ao dar remissão às almas não pelo poder das chaves (que ele não tem), mas por meio de intercessão.

27. Pregam doutrina mundana os que dizem que, tão logo tilintar a moeda lançada na caixa, a alma sairá voando [do purgatório para o céu].

28. Certo é que, ao tilintar a moeda na caixa, pode aumentar o lucro e a cobiça; a intercessão da Igreja, porém, depende apenas da vontade de Deus.

29. E quem é que sabe se todas as almas no purgatório querem ser resgatadas, como na história contada a respeito de São Severino e São Pascoal?


30. Ninguém tem certeza da veracidade de sua contrição, muito menos de haver conseguido plena remissão.

31. Tão raro como quem é penitente de verdade é quem adquire autenticamente as indulgências, ou seja, é raríssimo.

32. Serão condenados em eternidade, juntamente com seus mestres, aqueles que se julgam seguros de sua salvação através de carta de indulgência.

33. Deve-se ter muita cautela com aqueles que dizem serem as indulgências do papa aquela inestimável dádiva de Deus através da qual a pessoa é reconciliada com Ele.

34. Pois aquelas graças das indulgências se referem somente às penas de satisfação sacramental, determinadas por seres humanos.

35. Os que ensinam que a contrição não é necessária para obter redenção ou indulgência, estão pregando doutrinas incompatíveis com o cristão.

36. Qualquer cristão que está verdadeiramente contrito tem remissão plena tanto da pena como da culpa, que são suas dívidas, mesmo sem uma carta de indulgência.

37. Qualquer cristão verdadeiro, vivo ou morto, participa de todos os benefícios de Cristo e da Igreja, que são dons de Deus, mesmo sem carta de indulgência.

38. Contudo, o perdão distribuído pelo papa não deve ser desprezado, pois – como disse – é uma declaração da remissão divina.

39. Até mesmo para os mais doutos teólogos é dificílimo exaltar simultaneamente perante o povo a liberalidade de indulgências e a verdadeira contrição.

40. A verdadeira contrição procura e ama as penas, ao passo que a abundância das indulgências as afrouxa e faz odiá-las, ou pelo menos dá ocasião para tanto.

41. Deve-se pregar com muita cautela sobre as indulgências apostólicas, para que o povo não as julgue erroneamente como preferíveis às demais boas obras do amor.

42. Deve-se ensinar aos cristãos que não é pensamento do papa que a compra de indulgências possa, de alguma forma, ser comparada com as obras de misericórdia.

43. Deve-se ensinar aos cristãos que, dando ao pobre ou emprestando ao necessitado, procedem melhor do que se comprassem indulgências.

44. Ocorre que através da obra de amor cresce o amor e a pessoa se torna melhor, ao passo que com as indulgências ela não se torna melhor, mas apenas mais livre da pena.

45. Deve-se ensinar aos cristãos que quem vê um carente e o negligencia para gastar com indulgências obtém para si não as indulgências do papa, mas a ira de Deus.

46. Deve-se ensinar aos cristãos que, se não tiverem bens em abundância, devem conservar o que é necessário para sua casa e de forma alguma desperdiçar dinheiro com indulgência.

47. Deve-se ensinar aos cristãos que a compra de indulgências é livre e não constitui obrigação.

48. Deve ensinar-se aos cristãos que, ao conceder perdões, o papa tem mais desejo (assim como tem mais necessidade) de oração devota em seu favor do que do dinheiro que se está pronto a pagar.

49. Deve-se ensinar aos cristãos que as indulgências do papa são úteis se não depositam sua confiança nelas, porém, extremamente prejudiciais se perdem o temor de Deus por causa delas.

50. Deve-se ensinar aos cristãos que, se o papa soubesse das exações dos pregadores de indulgências, preferiria reduzir a cinzas a Basílica de S. Pedro a edificá-la com a pele, a carne e os ossos de suas ovelhas.

51. Deve-se ensinar aos cristãos que o papa estaria disposto – como é seu dever – a dar do seu dinheiro àqueles muitos de quem alguns pregadores de indulgências extorquem ardilosamente o dinheiro, mesmo que para isto fosse necessário vender a Basílica de S. Pedro.

52. Vã é a confiança na salvação por meio de cartas de indulgências, mesmo que o comissário ou até mesmo o próprio papa desse sua alma como garantia pelas mesmas.

53. São inimigos de Cristo e do Papa aqueles que, por causa da pregação de indulgências, fazem calar por inteiro a palavra de Deus nas demais igrejas.


54. Ofende-se a palavra de Deus quando, em um mesmo sermão, se dedica tanto ou mais tempo às indulgências do que a ela.

55. A atitude do Papa necessariamente é: se as indulgências (que são o menos importante) são celebradas com um toque de sino, uma procissão e uma cerimônia, o Evangelho (que é o mais importante) deve ser anunciado com uma centena de sinos, procissões e cerimônias.

56. Os tesouros da Igreja, a partir dos quais o papa concede as indulgências, não são suficientemente mencionados nem conhecidos entre o povo de Cristo.

57. É evidente que eles, certamente, não são de natureza temporal, visto que muitos pregadores não os distribuem tão facilmente, mas apenas os ajuntam.

58. Eles tampouco são os méritos de Cristo e dos santos, pois estes sempre operam, sem o papa, a graça do ser humano interior e a cruz, a morte e o inferno do ser humano exterior.

59. S. Lourenço disse que os pobres da Igreja são os tesouros da mesma, empregando, no entanto, a palavra como era usada em sua época.

60. É sem temeridade que dizemos que as chaves da Igreja, que foram proporcionadas pelo mérito de Cristo, constituem estes tesouros.

61. Pois está claro que, para a remissão das penas e dos casos especiais, o poder do papa por si só é suficiente.

62. O verdadeiro tesouro da Igreja é o santíssimo Evangelho da glória e da graça de Deus.

63. Mas este tesouro é certamente o mais odiado, pois faz com que os primeiros sejam os últimos.

64. Em contrapartida, o tesouro das indulgências é certamente o mais benquisto, pois faz dos últimos os primeiros.

65. Portanto, os tesouros do Evangelho são as redes com que outrora se pescavam homens possuidores de riquezas.

66. Os tesouros das indulgências, por sua vez, são as redes com que hoje se pesca a riqueza dos homens.

67. As indulgências apregoadas pelos seus vendedores como as maiores graças realmente podem ser entendidas como tais, na medida em que dão boa renda.

68. Entretanto, na verdade, elas são as graças mais ínfimas em comparação com a graça de Deus e a piedade da cruz.

69. Os bispos e curas têm a obrigação de admitir com toda a reverência os comissários de indulgências apostólicas.

70. Têm, porém, a obrigação ainda maior de observar com os dois olhos e atentar com ambos os ouvidos para que esses comissários não preguem os seus próprios sonhos em lugar do que lhes foi incumbidos pelo papa.

71. Seja excomungado e amaldiçoado quem falar contra a verdade das indulgências apostólicas.

72. Seja bendito, porém, quem ficar alerta contra a devassidão e licenciosidade das palavras de um pregador de indulgências.

73. Assim como o papa, com razão, fulmina aqueles que, de qualquer forma, procuram defraudar o comércio de indulgências,

74. muito mais deseja fulminar aqueles que, a pretexto das indulgências, procuram fraudar a santa caridade e verdade.

75. A opinião de que as indulgências papais são tão eficazes a ponto de poderem absolver um homem mesmo que tivesse violentado a mãe de Deus, caso isso fosse possível, é loucura.

76. Afirmamos, pelo contrário, que as indulgências papais não podem anular sequer o menor dos pecados venais no que se refere à sua culpa.

77. A afirmação de que nem mesmo São Pedro, caso fosse o papa atualmente, poderia conceder maiores graças é blasfêmia contra São Pedro e o Papa.

78. Dizemos contra isto que qualquer papa, mesmo São Pedro, tem maiores graças que essas, a saber, o Evangelho, as virtudes, as graças da administração (ou da cura), etc., como está escrito em I Coríntios XII.

79. É blasfêmia dizer que a cruz com as armas do papa, insigneamente erguida, eqüivale à cruz de Cristo.

80. Terão que prestar contas os bispos, curas e teólogos que permitem que semelhantes sermões sejam difundidos entre o povo.

81. Essa licenciosa pregação de indulgências faz com que não seja fácil nem para os homens doutos defender a dignidade do papa contra calúnias ou questões, sem dúvida argutas, dos leigos.

82. Por exemplo: Por que o papa não esvazia o purgatório por causa do santíssimo amor e da extrema necessidade das almas – o que seria a mais justa de todas as causas, se redime um número infinito de almas por causa do funestíssimo dinheiro para a construção da basílica – que é uma causa tão insignificante?

83. Do mesmo modo: Por que se mantêm as exéquias e os aniversários dos falecidos e por que ele não restitui ou permite que se recebam de volta as doações efetuadas em favor deles, visto que já não é justo orar pelos redimidos?

84. Do mesmo modo: Que nova piedade de Deus e do papa é essa que, por causa do dinheiro, permite ao ímpio e inimigo redimir uma alma piedosa e amiga de Deus, mas não a redime por causa da necessidade da mesma alma piedosa e dileta por amor gratuito?

85. Do mesmo modo: Por que os cânones penitenciais – de fato e por desuso já há muito revogados e mortos – ainda assim são redimidos com dinheiro, pela concessão de indulgências, como se ainda estivessem em pleno vigor?

86. Do mesmo modo: Por que o papa, cuja fortuna hoje é maior do que a dos ricos mais crassos, não constrói com seu próprio dinheiro ao menos esta uma basílica de São Pedro, ao invés de fazê-lo com o dinheiro dos pobres fiéis?

87. Do mesmo modo: O que é que o papa perdoa e concede àqueles que, pela contrição perfeita, têm direito à plena remissão e participação?

88. Do mesmo modo: Que benefício maior se poderia proporcionar à Igreja do que se o papa, assim como agora o faz uma vez, da mesma forma concedesse essas remissões e participações cem vezes ao dia a qualquer dos fiéis?

89. Já que, com as indulgências, o papa procura mais a salvação das almas do que o dinheiro, por que suspende as cartas e indulgências, outrora já concedidas, se são igualmente eficazes?

90. Reprimir esses argumentos muito perspicazes dos leigos somente pela força, sem refutá-los apresentando razões, significa expor a Igreja e o papa à zombaria dos inimigos e fazer os cristãos infelizes.

91. Se, portanto, as indulgências fossem pregadas em conformidade com o espírito e a opinião do papa, todas essas objeções poderiam ser facilmente respondidas e nem mesmo teriam surgido.

92. Portanto, fora com todos esses profetas que dizem ao povo de Cristo "Paz, paz!" sem que haja paz!

93. Que prosperem todos os profetas que dizem ao povo de Cristo "Cruz! Cruz!" sem que haja cruz!

94. Devem-se exortar os cristãos a que se esforcem por seguir a Cristo, seu cabeça, através das penas, da morte e do inferno.

95. E que confiem entrar no céu antes passando por muitas tribulações do que por meio da confiança da paz.

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Fonte: Wikipédia e Protestante Digital