ReferĂȘncia: JoĂŁo 11.3
INTRODUĂĂO
1.A importĂąncia do assunto
NĂłs somos um ser integral – Lc 2:52 = somĂĄtico, social, intelectual e espiritual. Martin Luther King diz que a religiĂŁo trata com o cĂ©u e com a terra. Trata com o corpo e com a alma. O pecado nĂŁo sĂł separou o homem de Deus, mas tambĂ©m separou o homem de si mesmo. O homem Ă© um ser em conflito, um ser doente, vivendo numa natureza que tambĂ©m estĂĄ doente e gemendo.
O nosso corpo Ă© importante para Deus – O Pietismo do sĂ©culo XVII ensinou que Deus estĂĄ interessado na salvação da alma e nĂŁo no bem estar do corpo. Essa visĂŁo falsa Ă© fruto do gnosticismo grego que pregava que a matĂ©ria Ă© essencialmente mĂĄ e o espĂrito essencialmente bom. O corpo Ă© dentro dessa visĂŁo apenas o claustro da alma.
Mas, a Palavra de Deus dĂĄ um grande valor ao corpo:
1) O corpo Ă© santuĂĄrio de Deus (1 Co 6:19,20);
2) O corpo é instrumento de adoração (Rm 12:1);
3) Devemos glorificar a Deus no e através do corpo;
4) O corpo serĂĄ glorificado (Rm 8:11).
A prevalĂȘncia universal da enfermidade – A doença estĂĄ em toda parte: paĂses ricos e pobres, frios e quentes. Velhos e jovens adoecem e morrem em todo o mundo. A graça de Deus nĂŁo mantĂ©m os crentes fora do alcance da doença. Reis e sĂșditos, ricos e pobres, doutores e analfabetos, mĂ©dicos e pacientes caem igualmente diante desse grande inimigo. NĂŁo hĂĄ portas ou trancas que possam manter a doença e a morte do lado de fora. A ciĂȘncia mĂ©dica pode prolongar a vida, mas nĂŁo eliminar a doença e matar a morte.
I. UMA VISĂO HISTĂRICA DA ENFERMIDADE E DA CURA
A BĂblia como um manual de medicina preventiva – As leis cerimoniais suplantavam em termos profilĂĄticos a medicina mais avançada da Ă©poca (Ex 15:26). A circuncisĂŁo – Ă© um dos meios mais importantes para se evitar o cĂąncer de colo de Ăștero. O isolamento do leproso – foi um tremendo avanço para tratar a questĂŁo da lepra, a mais temida enfermidade dos sĂ©culos antigos. Nem mesmo a peste negra no sĂ©culo XIII e XIV que matou 1/3 da Europa ou o aparecimento da SĂfilis nos fins do sĂ©culo XV produziu tal pavor. A lepra foi um terror nos sĂ©culos VI e VII e atingiu seu pico aterrador nos sĂ©culos XIII e XIV. A lepra foi vencida quando os mĂ©dicos voltaram-se para o princĂpio de LevĂtico 13:46. O livro de LevĂtico Ă© um Manual de Medicina Preventiva, mais avançado que os mais modernos manuais de medicina da Ă©poca de MoisĂ©s.
O desenvolvimento do tema enfermidade-cura na histĂłria – AtĂ© a Renascença, a medicina era “Ă beira-do-leito”. A partir daĂ, o corpo passou a ser dissecado, detalhado. Surgiu, entĂŁo, a medicina tecnolĂłgica. A Revolução Industrial, criando os grandes centros urbanos, propiciou a proliferação do atendimento hospitalar. A medicina deixava de ser “Ă beira-do-leito” para ser “medicina-de-massa”, despersonalizada, impessoal, coletiva. O paciente deixava de ser uma pessoa que padecia, para ser “um caso”, um ĂłrgĂŁo doente. Era a medicina organicista que surgia.
II. UMA VISĂO TEOLĂGICA DA ENFERMIDADE E DA CURA
1. Os perĂodos da histĂłria – Alan Pierrat menciona quatro perĂodos distintos:
1) PerĂodo apostĂłlico – Os crentes acreditavam nos milagres e eles aconteciam;
2) O perĂodo medieval – Acreditavam nos milagres do passado e divulgavam falsos milagres;
3) O perĂodo da Reforma – Acreditavam nos milagres do passado, mas nĂŁo na contemporaneidade dos milagres;
4) PerĂodo contemporĂąneo – Acreditam nos milagres do passado e divulgam milagres abundantes no presente (doenças funcionais, mas nĂŁo orgĂąnicas).
2. A teologia da Prosperidade – Desde os anos 1980 duas correntes se destacaram: De um lado os defensores da saĂșde e riqueza, com a teologia da prosperidade e confissĂŁo positiva: Paul Yong Cho, Morris Cerullo, Kenneth Hagin, Marilyn Hickey, Benny Hinn sĂŁo seus mais conhecidos representantes. O segundo grupo tem sido chamado de Movimento de Sinais e Maravilhas ou Terceira Onda com Jack Deere, Wayne Gredem, John Wimber e Peter Wagner. Hoje, porĂ©m, hĂĄ muitos embustes. Muitos truques. HĂĄ muitas declaraçÔes de cura que nunca aconteceram. HĂĄ um sensacionalismo e holofotes nos chamados operadores de cura. HĂĄ uma forte propaganda de cura e um intenso comĂ©rcio do sagrado.
Principais pontos de vista:
1) “NĂłs, como cristĂŁos, nĂŁo precisamos sofrer revezes financeiros, nĂŁo precisamos ser cativos de pobreza ou da enfermidade” – Hagin;
2) Por que os crentes adoecem?
a) Falta de fé;
b) desconhecerem seus direitos;
c) NĂŁo pedem ajuda;
d) Pecado nĂŁo confessado;
e) Deixar de expulsar SatanĂĄs;
3) Ă errado procurar um mĂ©dico, sob quaisquer circunstĂąncias. Aqueles que apelam para um mĂ©dico, que sĂŁo internados em hospitais, demonstram uma falta de fĂ© que desonra a Deus – R. R. Soares.
3. Heresias sobre cura divina pregadas pela Teologia da Prosperidade –
1) Porque Deus deseja que os cristĂŁos desfrutem de suas bĂȘnçãos, enfermidade mostra que vocĂȘ estĂĄ fora da vontade de Deus;
2) O pecado Ă© a causa da enfermidade, portanto, vocĂȘ deve resistir a enfermidade, como resiste ao pecado;
3) Desde que Cristo morreu pelas suas enfermidades, como morreu pelos seus pecados, vocĂȘ deve ficar livre de ambos;
4) Se vocĂȘ tem fĂ© o suficiente, vocĂȘ pode ser curado;
5) O que vocĂȘ confessa Ă© o que vocĂȘ possui, entĂŁo confesse a sua doença e vocĂȘ estarĂĄ enfermo, confesse a sua cura e vocĂȘ ficarĂĄ curado;
6) Toda adversidade vem de Satanås, então, a doença como Satanås, devem ser repreendida;
7) Desde que Cristo e os apĂłstolos curaram em seus dias, os cristĂŁos podem curar de igual forma hoje;
8) Desde que a doença procede de Satanås, nada de bom pode vir da doença;
9) Desde que Deus deseja ver vocĂȘ bem, vocĂȘ jamais deve orar: Seja feita a tua vontade para oração de cura;
10) Desde que o pecado Ă© a causa da enfermidade, entĂŁo vocĂȘ doente estĂĄ em pecado;
11) Deus tem curado vocĂȘ, mas o diabo nĂŁo deixa os sintomas da doença sair.
4. O contraste entre os ensinos de Benny Hinn e a BĂblia sobre cura –
1) Hinn nĂŁo ora: “Seja feita a tua vontade”, Cristo orou “Pai nĂŁo seja a minha, mas a tua vontade” (Lc 22:42);
2) Hinn afirma que Ă© da vontade de Deus curar sempre, mas a BĂblia diz que alguns santos jamais foram curados;
3) Hinn diz que podemos dar ordens para Deus curar, enquanto a BĂblia nos ensina a pedir;
4) Hinn ensina que o milagre divino da cura Ă© gradual, mas as curas bĂblicas aconteceram instantaneamente;
5) Hinn ensina que a fĂ© Ă© essencial para a cura, mas a BĂblia diz que as vezes, a pessoa curada nĂŁo exercia a fĂ©;
6) Hinn ensina que primeiro precisamos fazer a nossa parte para sermos curados, a BĂblia diz que Deus Ă© soberano;
7) Hinn acredita que um crente nĂŁo deve ficar doente, mas a BĂblia diz que pode e atĂ© vir a morrer;
8) Hinn ensina que o diabo pode roubar a cura divina e nĂŁo permitir que os sintomas desapareçam. A BĂblia nos fala de curas instantĂąneas e definitivas.
5. As curas miraculosas eram caracterizadas por marcas distintas – 1) Eram curas imediatas; 2) Eram curas realizadas via de regra em pĂșblico; 3) Eram curas que aconteciam em lugares ordinĂĄrios e via de regra sem ocasiĂ”es planejadas; 4) Eram curas que incluĂam doenças incurĂĄveis pela medicina da Ă©poca: lepra, cegueira, surdez, paralĂticos; 5) Eram curas completas e irreversĂveis; 6) Eram curas inegĂĄveis atĂ© mesmo pelos cĂ©ticos.
6. PosiçÔes extremadas sobre enfermidade e cura –
1) o diabo Ă© o protagonista de todas as enfermidades;
2) Toda enfermidade Ă© consequĂȘncia de algum pecado nĂŁo confessado;
3) A expiação inclui tanto o pecado como a enfermidade. Como somos salvos por meio da cruz, devemos ser também curados por meio da cruz;
4) Se a enfermidade Ă© obra de SatanĂĄs, devemos rejeitĂĄ-la como rejeitamos o pecado. Quem estĂĄ doente estĂĄ em pecado;
5) NĂŁo devemos orar pela cura, dizendo: “Se for da tua vontade”;
6) Ă da vontade de Deus curar sempre;
7) A falta de fĂ© e o pecado sĂŁo a Ășnica causa que inibe a cura;
8) Deus nĂŁo cura mais hoje. Agora ele nĂŁo Ă© mais O EU SOU, mas O EU ERA (Jesus e Marta);
9) Os dons cessaram.
7. A equivocada interpretação de ver a expiação (IsaĂas 53; 1 Pedro 2:24) pela enfermidade no tempo presente –
1) O nosso corpo Ă© corruptĂvel, ele irĂĄ se degenerar atĂ© morrermos (Rm 8:23; 1 Co 15:50-54;
2) Cristo morreu pelos nossos pecados (Jo 1:29; 1 Co 15:3);
3) Cristo foi feito pecado e não doença (2 Co 5:21);
4) Cristo perdoou os nossos pecados e não as nossas doenças (1 Jo 2:12);
5) Cristo deu-se a si mesmo pelos nossos pecados e não por nossas doenças (Gl 1:3-4);
6) A BĂblia diz que se uma pessoa Ă© verdadeiramente salva, ela nĂŁo pode perder a salvação. Se a cura fĂsica imediata estĂĄ incluĂda na expiação, entĂŁo, nĂŁo poderĂamos ficar doentes nem morrer. Mas a BĂblia diz que ao homem estĂĄ ordenado morrer;
7) Como verdadeiros crentes somos assegurados da nossa salvação eterna, mas nĂŁo da nossa saĂșde fĂsica;
8) Se a cura imediata estĂĄ incluĂda na expiação e se ela aplica-se ao fĂsico, aqueles que pedem pela fĂ© a cura nĂŁo sĂŁo curados devem tambĂ©m ter dĂșvidas quanto ao perdĂŁo de seus pecados e de sua salvação;
9) Se a cura do corpo estĂĄ incluĂda na expiação, entĂŁo, assim como a salvação Ă© eterna, deverĂamos ter corpos imortais;
10) Tanto o eunuco como Filipe entenderam que IsaĂas 53 trata da questĂŁo do pecado e nĂŁo da questĂŁo da enfermidade (Atos 8:28,32-33);
11) Tanto IsaĂas quanto Pedro estĂŁo falando da expiação do pecado e nĂŁo da enfermidade. O texto de Pedro explana 5 elementos da salvação:
a) O fato da salvação v. 24a;
b) os propósitos da salvação v. 24b;
c) os meios da salvação – v. 25a;
d) A necessidade da salvação v. 25b;
e) O resultado da salvação – v. 15b;
12) ConclusĂŁo:
A cura estĂĄ incluĂda na expiação, mas nĂŁo para o tempo presente. SĂł no cĂ©u as lĂĄgrimas, a dor, e a morte vĂŁo passar (Ap 21:4).
III. AS CAUSAS DA ENFERMIDADES
1.O pecado original – Rm 5:12
2.O pecado pessoal nĂŁo confessado – Tg 5:14-16; Jo 5:14; 1 Co 11:30; Sl 32 e 38
3.IngerĂȘncia de SatanĂĄs – JĂł 1 e 2; Lc 13
4.DesobediĂȘncia aos mandamentos de Deus – Ex 15:26; Dt 28 – Os mandamentos de Deus na lei (sobre circuncisĂŁo, lepra, higiene, gorduras).
5.InobservĂąncia das leis naturais de Deus – higiene, cuidado com o corpo, alimentos, sono, etc
6.Problemas naturais – CatĂĄstrofes, acidentes, terremotos, enchentes
7.Epidemias – dengue, etc
8.VĂcios e vida desregrada – ĂĄlcool, fumo, drogas, sexo irresponsĂĄvel, ansiedade
9.Castigo de Deus – Dt 28
10.Manifestar a glĂłria de Deus – JoĂŁo 9 e 11
IV. AS ENFERMIDADES PSICOSSOMĂTICAS E HAMARTIAGĂNICAS
1.A origem da medicina psicossomĂĄtica – Esse termo foi cunhado em 1818. Essa medicina vĂȘ o homem como uma unidade que sente e sofre de maneira global.
Pv 12:25 – A ansiedade no coração do homem o abate, mas a boa palavra o alegra
Pv 15:13 – O coração alegre aformoseia o rosto, mas com a tristeza do coração o espĂrito se abate
Pv 17:22 – O coração alegre Ă© bom remĂ©dio, mas o espĂrito abatido faz secar os ossos.
Pv 18:14 – O espĂrito firme sustĂ©m o homem na sua doença, mas o espĂrito abatido quem o pode suportar?
2.Doenças harmartiagĂȘnicas – SĂŁo doenças produzidas pelo pecado nĂŁo confessado
1 Co 11:30 – Eis a razĂŁo por que hĂĄ entre vĂłs muitos fracos e doentes e nĂŁo poucos que dormem.
Tg 5:16 – Confessai, pois, os vossos pecados uns aos outros e orai uns pelos outros para serdes curados.
Sl 32:3,4 – Enquanto calei os meus pecados, envelheceram os meus ossos pelos meus constantes gemidos todo o dia… o meu vigor se tornou em sequidĂŁo de estio.
Sl 38:3,7,8,10 – NĂŁo hĂĄ parte sĂŁ na minha carne… nĂŁo hĂĄ saĂșde nos meus ossos, por causa do meu pecado. Ardem-me os lombos, e nĂŁo hĂĄ parte sĂŁ na minha carne. Estou aflito e mui quebrantado; dou gemidos por efeito do desassossego do meu coração. Bate-me excitado o coração, faltam-me as forças, e a luz dos meus olhos, essa mesma jĂĄ nĂŁo estĂĄ comigo.
3.Mente transtornada, corpo doente – A paz nĂŁo vem em comprimidos. Uma mente transtornada desemboca em distĂșrbios no sistema digestivo, no sistema circulatĂłrio, no sistema nervoso.
O problema nĂŁo Ă© fundamentalmente sua comida, mas a preocupação que devora vocĂȘ.
O alto preço da vingança – quem nĂŁo perdoa nĂŁo tem paz e adoece – “No momento em que começo odiar um homem, torno-me seu escravo. O homem que odeio me acompanha onde vou. O homem que odeio nĂŁo me permite saborear a comida, nĂŁo me permite dormir. Minha cama Ă© uma tortura. Realmente devo entender que sou um escravo do homem sobre quem recaiu o meu Ăłdio.”
4.Vida desregrada, corpo doente – Os vĂcios produzem doenças.
O ålcool é um assaltante de milhÔes de cérebros, responsåvel por 50% dos acidentes.
Hå doença coronåria e cùncer em cada maço de cigarro.
A cegueira pela gonorréia.
VĂĄrias doenças fĂsicas e mentais pela sĂfilis. Com a invenção de penicilina na dĂ©cada de 1940 parecia que as doenças venĂ©reas iriam recuar, mas isso nĂŁo aconteceu em todos os paĂses. As doenças sexualmente transmissĂveis destroem milhĂ”es de pessoas em todo o mundo (1 Co 6:18; Rm 1:24,26,28).
A AIDS Ă© hoje uma pandemia. O preservativo ao mesmo tempo que tenta evitar as consequĂȘncias, estimula a prĂĄtica da causa. O degradação da vida sexual sĂŁo a causa de doenças terrĂveis no corpo, nas emoçÔes e na alma.
V. OS PROPĂSITOS DA ENFERMIDADE
1.A enfermidade em si mesma Ă© um mal, mas Deus pode transformĂĄ-la em bem para cumprir os seus propĂłsitos – JoĂŁo 9 e JoĂŁo 11; 1 Sm 1:5,6; Rm 8:28. Na doença Deus grita conosco (C.S.Lewis).
2.A doença ajuda os homens a lembrarem-se da morte
A maioria das pessoas vive como se nĂŁo fosse morrer. Eles vivem como se a terra fosse o seu lar eterno. Planejam e projetam para o futuro, como o rico insensato como se tivessem uma apĂłlice vitalĂcia de vida e nunca tivessem que prestar contas. Uma doença grave, Ă s vezes, faz muito para que este engano seja desfeito. “Poe em ordem a tua casa, porque morrerĂĄs e nĂŁo viverĂĄs”.
3.A doença faz com que os homens pensem seriamente sobre Deus, suas almas e a eternidade
A maior parte das pessoas, em seus dias de saĂșde, nĂŁo encontram tempo para tais pensamentos. NĂŁo gostam deles, acham estes assuntos desagradĂĄveis. Entretanto, Ă s vezes, uma doença sĂ©ria tem o marilhoso poder de reunir e unir tias pensamentos, e de trazĂȘ-los diante dos olhos da alma de uma homem. Exemplo: Dona Tereza, mĂŁe de Isabel em Bragança Paulista.
5.A doença ajuda a amolecer o coração dos homens e lhes ensina a sabedoria
O coração natural Ă© duro como a pedra. Ele nĂŁo nenhuma alegria que nĂŁo seja desta vida. Uma enfermidade corrige isso. Exemplo: John Rockfeller – O homem de negĂłcios descobre que o dinheiro nĂŁo satisfaz. A mulher mundana descobre que as roupas caras e os comentĂĄrios sobre bailes e diversĂ”es sĂŁo pĂ©ssimos consolados quando se estĂĄ num quarto de hospital.
6.A doença ajuda-nos a nos equilibrar e a nos humilhar
Poucos estĂŁo isentos do virus maldito da vaidade e do orgulho. Muitos de nĂłs sĂŁo como o fariseu: “NĂŁo sou como os demais homens”. O leito da enfermidade Ă© um poderoso domador de tais pensamentos. Ela nos impĂ”e a grande verdade de que somos todos pobres vermes e que habitamos em casas de barro, e somos esmagados como a traça (JĂł 4:19).
7.A doença ajuda a testar a autenticidade da religião dos homens
Muitos credos parecem bons enquanto as ĂĄguas da saĂșde sĂŁo suaves, mas revelam-se absolutamente falsos e inĂșteis nas ondas cruĂ©is de uma cama de hospital. Somente com Cristo podemos atravessar seguros o vale da sombra da morte.
8.Nem todos são beneficiados pela doença
Milhares sĂŁo prostrados anualmente pela doença e restaurados Ă saĂșde e voltam novamente para o pecado. Ano apĂłs ano muitos passam da doença para a sepultura sem deixarem seus pecados e sem se voltarem para Deus. Contudo, milhares de pessoas sĂŁo quebrantadas, arrependem-se, humilham-se, e se voltam para Deus e sĂŁo salvas.
9.ObrigaçÔes especiais impostas pela doença
A de viver constantemente preparado para encontrar-se com Deus
A de viver constantemente em prontidĂŁo para suportĂĄ-la com paciĂȘncia
A de constante prontidão para ajudar os nossos semelhantes a enfrentarem a doença.
VI. A MEDICINA HUMANA E A MEDICINA DE DEUS
1.A medicina de Deus
Vemos vĂĄrios casos de cura miraculosa no Velho Testamento. Chamamos cura miraculosa, porque em Ășltima instĂąncia toda cura Ă© divina (Sl 103:3). O Senhor curou Sara, Rebeca, Raquel, Ana, Ezequias, NaamĂŁ.
Jesus curou muitas pessoas, usando variados métodos: Cristo tocou (Mt 8:15); falou (Jo 5:8-9); usou cuspe (Mt 8:22-26); ungiu com lodo e saliva (Jo 9:6).
Os apĂłstolos foram usados por Deus para curar os enfermos. Pedro curou o paralĂtico no templo, Paulo curou o coxo em Listra.
Deus cura sem os meios, com os meios, e apesar dos meios, mas, Ă s vezes, Deus resolve nĂŁo curar. Exemplo: Eliseu (2 Rs 13:14), TimĂłteo (1 Tm 5:23), TrĂłfimo (2 Tm 4:20), Epafrodito (Fp 2:25-27), Paulo (2 Co 12:7).
2.A medicina humana
Deus cura atravĂ©s dos meios. O plano de Deus inclui tanto a medicina humana como a divina. Exemplo: A cura do rei Ezequias. HĂĄ lugar para a prevenção e para a cura. HĂĄ lugar tanto para a oração da fĂ© quanto para a terapĂȘutica do remĂ©dio. HĂĄ lugar tanto para o relĂłgio de Acaz quanto para a pasta de figos. HĂĄ lugar tanto para a ação sobrenatural de Deus quanto para a ação natural do conhecimento humano. A medicina nĂŁo age Ă parte de Deus, mas como instrumento de Deus. Entre a morte e a vida existe uma pedra que precisa ser removida e Jesus manda que os homens a removam!
CONCLUSĂO
A igreja precisa de voltar-se para a Palavra e examinar esse momento assunto à luz das Escrituras. Não podemos bandear para o extremos perigoso daqueles que dizem que Deus não cura mais hoje, nem cair na rede enganosa daqueles que fazem promessas mentirosas de que Deus vai curar a todos indistintamente. Ambas as posiçÔes não possuem amparo nas Escrituras. Fiquemos com a verdade, ainda que ela não pareça tão popular!
Autor: Reverendo Hernandes Dias Lopes.
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