Você Pergunta: Eu fiquei muito em dúvida sobre o que Jesus disse a Pedro, quando disse que daria a ele as chaves do reino dos céus. Como poderíamos entender isso que Jesus disse a ele? Pedro teria algum poder de fechar ou de abrir o céu para as pessoas? Estaria isso significando que Pedro foi o primeiro papa como alguns dizem?
O
texto onde Jesus diz isso a Pedro é Mateus 16:19, que diz: “Dar-te-ei as chaves do reino dos céus; o que ligares na terra terá sido ligado nos céus; e o que desligares na terra terá sido desligado nos céus”.
A primeira e talvez mais importante regra da interpretação bíblica é analisar o contexto para situarmos essa fala e a compreendermos melhor. Vamos lá?
O que significa Jesus dar as chaves do reino do céus a Pedro?
(1) O contexto surge de uma pergunta que Jesus fez aos Seus discípulos: “Indo Jesus para os lados de Cesareia de Filipe, perguntou a seus discípulos: Quem diz o povo ser o Filho do Homem?” (Mateus 16:13).
Depois de ouvir a resposta dos discípulos sobre quem os outros diziam que Jesus era, a pergunta fica mais direta: “Mas vós, continuou ele, quem dizeis que eu sou?” (Mateus 16:15).
Agora Jesus não queria saber mais o que os de fora pensavam, mas o que os Seus próprios apóstolos pensavam a respeito Dele. A resposta vem de imediato do impetuoso Pedro: “Respondendo Simão Pedro, disse: Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo” (Mateus 16:16).
Essa confissão agrada Jesus, que passa então a dizer algumas palavras a Pedro, que são as palavras que iremos analisar.
As chaves do reino dos céus
(2) Alguns pensam erradamente que Jesus estava aqui fazendo de Pedro o primeiro Papa, que teria autoridade suprema sobre todos os discípulos.
Inclusive, esse erro interpretativo levou a muitos pensamentos errados, como o caricato pensamento de Pedro controlando a entrada no céu, como uma espécie de porteiro. Tais pensamentos, nem de longe, representam o profundo ensino que a fala de Jesus quis trazer ali.
Quando Jesus diz que daria a Pedro as chaves do reino dos céus estava descrevendo algo muito relacionado com a confissão de Pedro de que Jesus era o Cristo (o Messias).
(3) Chaves são usadas para fechar e abrir. Observe que não “chave”, no singular, mas “chaves”. Pedro aqui representa os apóstolos de Cristo. Todos eles foram comissionados por Jesus e receberam a bênção de usar essas “chaves”.
Todos receberam o Espírito Santo: “E, havendo dito isto, soprou sobre eles e disse-lhes: Recebei o Espírito Santo” (João 20:22).
Essas chaves tem a ver com a confissão de Pedro. A confissão de que Jesus é O Cristo é a chave da pregação que abre as portas para o arrependimento e consequentemente ao reino dos céus.
Ao mesmo tempo, a rejeição a essa confissão, ou uma não confissão, a descrença, fecha a porta para o arrependimento e a entrada ao reino dos céus. É por isso que foi dito a Pedro:
“o que ligares na terra terá sido ligado nos céus; e o que desligares na terra terá sido desligado nos céus” (Mateus 16:19).
(4) Os apóstolos de Cristo, sob a liderança futura de Pedro, foram os responsáveis pelo início da proclamação da Palavra do Senhor (o evangelho) a todas as nações. Eles formaram a base da igreja de Cristo.
Eles tinham a autoridade dada por Cristo (as chaves para a compreensão sobre o evangelho) que daria as pessoas os elementos fundamentais para a entrada no reino dos céus.
É por isso que se diz a respeito da igreja de Cristo em Atos 2:42: “E perseveravam na doutrina dos apóstolos e na comunhão, no partir do pão e nas orações”.
A doutrina dos apóstolos era a chave que levava as pessoas ao conhecimento pleno de Cristo ou à confissão de Pedro, compartilhada pelos outros apóstolos.
O papel de liderança de Pedro é claro em tudo isso, sendo o cumprimento da promessa de Jesus a ele. Veja a pregação de Pedro em Atos 2:15 e seguintes.
(5) Por fim, devemos rejeitar qualquer ensino que faça de Pedro quase que um semideus, uma pessoa quase que adorada ou venerada.
O texto não coloca Pedro nesse patamar, antes, como demonstramos aqui, revela a ele naquele momento a grandeza daquilo que Deus o fez compreender e como essa grandeza do evangelho iria ser compartilhada como sendo as chaves que abririam ou fechariam a entrada das pessoas ao reino dos céus, dependendo de como as pessoas receberiam essa mensagem:
Se como o povo que dizia que Jesus era um monte de coisas, menos quem era de verdade. Ou se como Pedro e os apóstolos que o viam como o Messias prometido.
Postado por Presbítero André Sanchez
A primeira e talvez mais importante regra da interpretação bíblica é analisar o contexto para situarmos essa fala e a compreendermos melhor. Vamos lá?
O que significa Jesus dar as chaves do reino do céus a Pedro?
(1) O contexto surge de uma pergunta que Jesus fez aos Seus discípulos: “Indo Jesus para os lados de Cesareia de Filipe, perguntou a seus discípulos: Quem diz o povo ser o Filho do Homem?” (Mateus 16:13).
Depois de ouvir a resposta dos discípulos sobre quem os outros diziam que Jesus era, a pergunta fica mais direta: “Mas vós, continuou ele, quem dizeis que eu sou?” (Mateus 16:15).
Agora Jesus não queria saber mais o que os de fora pensavam, mas o que os Seus próprios apóstolos pensavam a respeito Dele. A resposta vem de imediato do impetuoso Pedro: “Respondendo Simão Pedro, disse: Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo” (Mateus 16:16).
Essa confissão agrada Jesus, que passa então a dizer algumas palavras a Pedro, que são as palavras que iremos analisar.
As chaves do reino dos céus
(2) Alguns pensam erradamente que Jesus estava aqui fazendo de Pedro o primeiro Papa, que teria autoridade suprema sobre todos os discípulos.
Inclusive, esse erro interpretativo levou a muitos pensamentos errados, como o caricato pensamento de Pedro controlando a entrada no céu, como uma espécie de porteiro. Tais pensamentos, nem de longe, representam o profundo ensino que a fala de Jesus quis trazer ali.
Quando Jesus diz que daria a Pedro as chaves do reino dos céus estava descrevendo algo muito relacionado com a confissão de Pedro de que Jesus era o Cristo (o Messias).
(3) Chaves são usadas para fechar e abrir. Observe que não “chave”, no singular, mas “chaves”. Pedro aqui representa os apóstolos de Cristo. Todos eles foram comissionados por Jesus e receberam a bênção de usar essas “chaves”.
Todos receberam o Espírito Santo: “E, havendo dito isto, soprou sobre eles e disse-lhes: Recebei o Espírito Santo” (João 20:22).
Essas chaves tem a ver com a confissão de Pedro. A confissão de que Jesus é O Cristo é a chave da pregação que abre as portas para o arrependimento e consequentemente ao reino dos céus.
Ao mesmo tempo, a rejeição a essa confissão, ou uma não confissão, a descrença, fecha a porta para o arrependimento e a entrada ao reino dos céus. É por isso que foi dito a Pedro:
“o que ligares na terra terá sido ligado nos céus; e o que desligares na terra terá sido desligado nos céus” (Mateus 16:19).
(4) Os apóstolos de Cristo, sob a liderança futura de Pedro, foram os responsáveis pelo início da proclamação da Palavra do Senhor (o evangelho) a todas as nações. Eles formaram a base da igreja de Cristo.
Eles tinham a autoridade dada por Cristo (as chaves para a compreensão sobre o evangelho) que daria as pessoas os elementos fundamentais para a entrada no reino dos céus.
É por isso que se diz a respeito da igreja de Cristo em Atos 2:42: “E perseveravam na doutrina dos apóstolos e na comunhão, no partir do pão e nas orações”.
A doutrina dos apóstolos era a chave que levava as pessoas ao conhecimento pleno de Cristo ou à confissão de Pedro, compartilhada pelos outros apóstolos.
O papel de liderança de Pedro é claro em tudo isso, sendo o cumprimento da promessa de Jesus a ele. Veja a pregação de Pedro em Atos 2:15 e seguintes.
(5) Por fim, devemos rejeitar qualquer ensino que faça de Pedro quase que um semideus, uma pessoa quase que adorada ou venerada.
O texto não coloca Pedro nesse patamar, antes, como demonstramos aqui, revela a ele naquele momento a grandeza daquilo que Deus o fez compreender e como essa grandeza do evangelho iria ser compartilhada como sendo as chaves que abririam ou fechariam a entrada das pessoas ao reino dos céus, dependendo de como as pessoas receberiam essa mensagem:
Se como o povo que dizia que Jesus era um monte de coisas, menos quem era de verdade. Ou se como Pedro e os apóstolos que o viam como o Messias prometido.
Postado por Presbítero André Sanchez
Nenhum comentário:
Postar um comentário