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Pr. Olavo Feijó
Daniel 1:2 - E o Senhor entregou nas suas mãos a Jeoiaquim, rei de Judá, e uma parte dos utensílios da casa de Deus, e ele os levou para a terra de Sinar, para a casa do seu deus, e pôs os utensílios na casa do tesouro do seu deus.
Qualquer historiador competente, se escrevesse sobre a vitória de Nabucodonosor, sobrepujando Jerusalém, ficaria apenas com o conteúdo do primeiro versículo, do livro de Daniel. O profeta judeu, entretanto, evidentemente via a história com uma outra perspectiva. Foi assim que Daniel descreveu o evento: "Deus deixou que Nabucodonosor conquistasse a cidade e também que pegasse alguns objetos de valor que estavam no Templo. Nabucodonosor levou esses objetos para a Babilônia e mandou colocá-los no templo do seu deus, na sala do tesouro" (Daniel 1:2). A cosmovisão da Bíblia, a partir dos escritores do Antigo Testamento sempre foi teocêntrica. Na língua hebraica, que os profetas usavam, ninguém diria "está chovendo", mas "ele faz chover". Ele quem? A resposta dada por todos era super óbvia – "quem faz chover e, aliás, quem faz todas as coisas, é Deus"... Por isso, é perfeitamente coerente o verbo usado por Daniel, para descrever a queda de Jerusalém – "Deus deixou"... Nabucodonosor, na visão do profeta, exerceu mero papel coadjuvante, obedecendo o roteiro previamente estabelecido por Jeová. Os escritores do Novo Testamento, que usavam a sofisticada língua grega, nem por isso mudaram a teologia das Escrituras. Neste contexto da história do cristianismo, Deus continua absolutamente soberano, sem jamais ter delegado a nenhuma potestade Seu poder, a não ser a si mesmo, na pessoa do Redentor da história: Jesus Cristo, Seu Filho unigênito (I Coríntios 15:28). Temos provações, porque "Deus deixou". Mas, pela amorável graça divina, teremos vitória, porque Deus determinou. |
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