Em ti, Senhor, me refugio; Não seja eu jamais envergonhado; Livra-me por tua justiça. Inclina-me os ouvidos, livra-me depressa; Sê o meu castelo forte, Cidadela fortíssima que me salve. Porque tu és minha Rocha e a minha Fortaleza; Por causa do teu nome, tu me conduzirás e me guiarás... Nas tuas mãos entrego o meu espírito. Salmo 31:1-3, 5
Palavras familiares? Claro, foram exatamente estas as sete últimas palavras ditas por Jesus quando agonizava no Calvário. Antes de entregar o seu espírito, ele disse a Deus: "Nas tuas mãos entrego o meu espírito." Foi o ponto mais baixo, física e emocionalmente, em toda a vida do Messias. Mas vamos aplicar isso aos nossos períodos de depressão pós-erro nesta vida.
Você vai descobrir, depois das graves e penosas ramificações de um erro, que só a Deus você pode entregar o seu espírito nessas ocasiões. Ninguém mais pode dar-lhe o consolo de que precisa. Logo depois de um erro, ajoelhe-se, prostre-se diante de Deus e exponha a sua vergonha e humilhação.
Ninguém mais pode curar você dessa sensação de embaraço e decepção pessoal. O velho compositor de hinos tinha razão: "Ninguém compreende como Jesus" — ninguém.
Dessa perspectiva, vamos agora examinar como Deus nos considera quando cometemos erros. Aborreces os que adoram ídolos vãos; Eu, porém, confio no Senhor. Eu me alegrarei e regozijarei na tua benignidade,Pois tens visto a minha aflição, Conheceste as angústias de minha alma. Salmo 31:6,7.
Primeiro, Deus nos vê na realidade. É muito útil e importante lembrar que Deus nos vê como realmente somos. Esforçamo-nos tanto às vezes para esconder toda a verdade de outras pessoas, com medo de que não entendam. Queimamos toda sorte de energia emocional escondendo nosso verdadeiro "eu" uns dos outros.
Davi disse: "Regozijo-me porque tu és realista, Senhor, quando me vês. Conheces as minhas inclinações. Conheces as minhas tendências. Conheces meu senso de pânico, meus medos. Sabes como fui criado. Sabes os maus hábitos que aprendi. Conheces o meu histórico. Conheces também as minhas intenções e não só minhas ações. Viste as minhas aflições."
A segunda coisa que noto a respeito de Deus é que ele nos vê inteiramente. "Tens visto a minha aflição, conheces-te as angústias de minha alma" (Salmo 31:7).
Veja bem, as aflições têm a ver com as causas externas. Os problemas com as internas. "Senhor, tu vês o mundo inteiro de aflições e sentes comigo os problemas bem lá dentro." Lembra-se da grande declaração relativa ao coração compreensivo de nosso Salvador? "Porque não temos sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas" (Hebreus 4:15).
Há muito conforto nessas palavras! Mas você já leu os dois versos anteriores a este? O verso 13 diz que nada fica oculto aos olhos de Deus. Tudo é descoberto diante dele — e mesmo assim se compadece de nós! Isso me enche de coragem. Aflitos por fora e perturbados por dentro, apesar da nossa inclinação para o erro, ele compreende!
Vendo a nossa realidade, enxergando-nos completamente — como ele nos trata? "E não me entregaste nas mãos do inimigo" (Salmo 31:8).
Ele não nos rejeita? Acredito que é isso o que mais tememos quando cometemos um erro. Se foi grave, temos especialmente medo da rejeição divina. Receamos que Deus diga: "Basta! Vá para o seu quarto! Acabou-se!". Davi, porém, disse: E não me entregaste nas mãos do inimigo; firmaste os meus pés em lugar espaçoso. Salmo 31:8
Isso não significa que ele tivesse pés grandes, mas que Deus abriu lugar para ele. O Senhor não nos força. Ele nos dá espaço.
Você já notou que quando tenta encontrar alívio, as pessoas o sufocam? Apertam a corda. Colocam limitações rigorosas sobre você. Determinam o limite de tempo ou o fazem lembrar da sua obrigação. Davi disse nesse verso: "Senhor, o teu lugar é enorme. Tu me dás espaço."
Quero que saiba que nosso Pai celestial não está ansioso. Ele fica sereno e calmo enquanto você está voltando a si. Sabe o que está fazendo. Isso não é um alívio? Torna muito mais fácil confiar nele. Não é de admirar que Davi tenha dito: "Quanto a mim, confio em ti, Senhor" (v. 14).
Extraído do livro PERSEVERANÇA de Charles Swindoll
Por Litrazini
Graça e Paz
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