Poema Para Noivos - Parte I
A Saga do Amor
(Walter da Mata)
A terra quase sempre seca
Queimada pelo sol implacável;
Muitas vezes afugenta seus filhos
Desgastados no labor inútil.
O verde falso da caatinga árida
Produz mandacarus, carnaúbas e palmas;
O inóspito, insiste em gerar vidas -
Homens fortes, mulheres belas.
Na guerra árdua de sobrevivência,
O pacífico Eliel se rende à estrada;
Recebe aqui, entre outros sonhadores,
O aconchego da terra capital.
O homem, bravo ou pacífico,
Não pode, não sabe e não quer
Sonhar com a vida, sem ter um amor;
Amor que enleva, amor de mulher.
Na terra da representação nacional -
Norte, Sul, Leste, Oeste...
Para ele não houve beleza ou encanto
Que não fosse em mulher, do querido nordeste.
No Carvalho frondoso, à sombra, uma mulher,
Não uma deusa... olhar encantado;
Menina-moça, flor da terra sertaneja,
No amor de um homem, tornou-se divina.
Nascidos de gente que olha para o céu
Querem entender o caminho nas nuvens,
Aguardam o agir da provedora mão,
Pois sem ela, a planta não brota, a vida seca;
Reproduzem eles, no amor, o clamor da terra,
Esperando, como chuva, a divina graça;
O cuidado de Deus para as estações da vida.
Assim, os joelhos dobram e os corações se unem.
Homenagem aos nubentes
Eliel Pacífico e Deusilane Carvalho
9/11/2006
Celebrado na AD Manancial
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