30 setembro 2023

O PECADO DA CONIVÊNCIA

 

Vivemos numa época em que as pessoas procuram se excluir dos problemas sociais e espirituais. Isso vem desde o principio (Gn.3.12,13). Quando se fala em criminalidade, corrupção, fome, pobreza e heresia, as pessoas se omitem a combater, a mostrar a cara. Algumas tentam ignorar os fatos, procurando fugir e não ver a realidade. Outras arrumam justificativas para dopar suas consciências. O fato é que a conivência é flagrante em nosso meio.
O que é conivência?
Responderei ilustrando algo dentro da nossa fé. Por exemplo, o fato de lermos a Bíblia, orarmos e cantarmos hinos de louvor a Jesus Cristo é prova de que somos coniventes com o cristianismo. Se cristianismo fosse crime seriamos culpados por conivência, embora não estivéssemos indo a igreja ou pertencendo a um ministério. Isso já era suficiente para sermos acusados de cristãos.
No dicionário lemos: “Ato de ser conivente, cumplicidade, colaboração, conluio, maquinação”. Conivente é “alguém que finge não ver ou encobre o mal praticado por outrem. Cúmplice”.
Quando somos coniventes?
Quando não tomamos nenhuma atitude oposta diante do que acontece. Ficamos na inércia. Nada falamos e nada fazemos. Quando o erro está diante de nós e acobertamos. Quando somos testemunhas, mas preferimos aceitar a situação. Pois “lutar” é se colocar na linha de fogo. Entretanto, estamos todos dentro da linha de fogo. Pura ilusão. Quando preferimos não nos envolver quando na verdade estamos todos envolvidos.
Casos bíblicos de pecados da conivência
• Os judeus cativos na Babilônia que se encurvavam diante da estátua de Nabucodonosor (Dn.3.1-13).
• Todos da casa de Acã que escondeu a capa despojada de guerra proibida pelo Senhor (Js.7.20-26).
• Sara quando aceitou mentir que era irmã de Abraão (Gn.20.5).
• Os profetas de Israel que profetizavam coisas boas para o rei e para o povo quando este era desobediente ao Senhor (Jr.29.8; Lm.2.14).
Como sair da conivência?
1. Combater o erro: “...exortando-vos a batalhardes, diligentemente, pela fé que uma vez por todas foi entregue aos santos”. (Jd.v.4).
2. Não se conformar com a situação: “E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus”. (Rm.12.1).
3. Não fugir do erro ou não ignora-lo, mas reprová-lo: “E não sejais cúmplices nas obras infrutíferas das trevas; antes, porém, reprovai-as”. (Ef.5.11).
4. Não procurar justificativas para mascarar o pecado: “O que encobre as suas transgressões jamais prosperará; mas o que as confessa e deixa alcançará misericórdia”. (Pv.28.13).
5. Ter coragem: “Não to mandei eu? Sê forte e corajoso; não temas, nem te espantes, porque o SENHOR, teu Deus, é contigo por onde quer que andares”. (Js.1.9).
Advertências:
A conivência leva a ruína própria – O nosso país está mergulhado em corrupção porque somos coniventes. E todos sofremos as conseqüências disso.
A conivência leva a cauterização da consciência – A tendência é a pessoa conivente tornasse insensível diante da maldade e do erro. Pelo fato de tanto tolera-lo.
Deus vai julgar não só os culpados, mas os cúmplices: “... Sai dela, povo meu, para que não sejas participante dos seus pecados e para que não incorras nas suas pragas”. (Ap.18.4).
Paralelos da conivência:
Assistir um filme pornográfico é ser conivente com a prostituição. Assim como assistir uma pregação de alguém que tem uma visão herética é ser conivente com a heresia.
Comprar drogas para consumo próprio é ser conivente com o narcotráfico. Assim como gerar crianças sem a capacidade de criá-las é ser conivente com a pobreza e a criminalidade.
Não tomar nenhuma atitude quando se vê dentro de um ônibus que não vai para onde você queria que fosse é ser conivente com destino dele. Assim como não tomar nenhuma atitude quando se vê dentro de uma sociedade que não vai para onde você queria que fosse é ser conivente com o destino dela.
Conclusão
Uma pessoa só não é culpada do pecado da conivência quando ela não sabe do assunto ou quando ela sabe, protesta. Num mundo cheio de criminalidade, corrupção, fome, pobreza e heresia, não existe ninguém neutro nesse mar de lama, sofrimento e engano.
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 por Pr. Daniel Durand

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