SÍNTESE DA BÍBLIA: NOVO TESTAMENTO - PARTE 1
1 – AS QUATRO BIOGRAFIAS
As quatro biografias contam a vida do Senhor Jesus em sua primeira vinda e são conhecidas como os quatro Evangelhos. São : MATEUS, MARCOS, LUCAS E JOÃO.
1.1 – Os evangelhos Sinóticos
Como veremos no parágrafo seguinte, três dos Evangelhos visam apresentar o Senhor Jesus a três povos que não o conheciam e o quarto foi escrito para ser lido por crentes para confirmar a sua fé em Jesus com Filho de Deus. Os três primeiros têm um ponto de vista bem diferente do quarto – contam maior número de milagres e parábolas, enquanto que o quarto traz o que Jesus disse de mais profundo, mais espiritual, de sua intimidade para seus apóstolos. Os três, Mateus, Marcos e Lucas são conhecidos como sinóticos (que tem o mesmo ponto de vista).
1.2 – Os quatro Evangelhos podem ser diferenciados e entendidos partindo da revelação do Senhor Jesus nos quatro Seres Viventes (Apocalipse 4:7).
1.1.1 MATEUS (Leão) – apresenta Jesus como Rei dos judeus. Como eram conhecedores do Velho Testamento, Mateus cita muitas vezes o cumprimento das profecias.
1.1.2 MARCOS (Bezerro) – apresenta Jesus como Servo (escravo) para os romanos, dominadores militares e políticos de quase todo o mundo conhecido, Para agradar o gosto dos romanos, este Evangelho é o mais curto e o mais movimentado.
1.1.3 LUCAS (Homem) – apresenta Jesus como homem, membro da raça humana. Só sangue humano serviria para lavar culpas humanas. O Salvador não podia ser anjo, ou de outro mundo, ou animal, e Deus levantou um grego, povo que se interessava pelo físico e o intelecto do homem, e mais, um médico, para melhor falar do nascimento, da vida, da morte e da ressurreição da parte humana do Senhor Jesus. A palavra de um médico seria muito mais segura nestes assuntos. Para agradar os gregos, Lucas traz descrições e discursos bem compridos, e é o Evangelho mais comprido, e dá valor às atenções que Jesus deu as mulheres e aos que não eram judeus, os gentios.
1.1.4 JOÃO – (Águia voando) – apresenta Jesus como Deus, membro da Trindade Eterna. Durante muitos anos a Igreja só tinha os Sinóticos e começou a aparecer ensinos malignos de que Jesus não era Deus o Filho. Por isto, o Espírito levou João a escrever seu Evangelho, para firmar nos crentes a verdade que Jesus era tão Deus quanto o Pai e o Espírito Santo. João traz as verdades espirituais mais profundas e suas palavras aos apóstolos no cenáculo.
1.3 – O nascimento de Jesus em cada Evangelho
1.3.1 – Mateus apresenta o Rei.
Começa a genealogia de Jesus na linhagem real de Davi, Salomão, Roboão, ... até José, marido de Maria de que Jesus nasceu. Se Jesus não fosse herdeiro legítimo de Davi, jamais poderia ser Rei em Israel. Quando Jesus nasceu, José e Maria estavam casados e na hora de registrar o nascimento, José não contestou a paternidade aparente (mas não real com até Mateus confirma) que então ficou sendo legal, e José então fez Jesus herdar os direitos que possuía, especialmente, como primogênito, o direito de ser Rei em Israel. Mateus conta a visita dos Magos pois trouxeram presentes ao Rei que havia nascido, o que provocou no Rei Herodes ciúme ao ponto de querer matar o Menino para que não fosse rival.
1.3.2 – Marcos apresenta o Servo e como as origens, a família de escravo, não interessa seu dono, Marcos ignora totalmente a família e a origem de Jesus.
Interessa que tendo sido batizado nas águas e no Espírito, imediatamente se pôs a trabalhar.
1.3.3 – Lucas apresenta o homem. Começa com o nascimento de João Batista e relata a visita do Anjo a Maria, informando-lhe do milagre que Deus operaria nela. É Lucas que fala da estrebaria, dos pastores, das idas ao Templo pelo nascimento de um menino. É Lucas, o médico, que atesta que Jesus foi filho primogênito de Maria (com esta palavra significando que Maria teve outros filhos). Veja Mateus 13:55,56. Jesus tinha quatro irmãos e, no mínimo, três irmãs. O lar era o casal e oito filhos. Lucas dá a genealogia que prova que Jesus descendia de Adão, como todos os seres humanos.
Em Lucas, como se vê, Jesus é COMO SE SUPUNHA, filho de José que, segundo Mateus, era filho de Jacó e, segundo Lucas , era filho de Eli. José era filho de Jacó e era genro de Eli, o pai de Maria. Lucas, o médico, sabia a verdade, mas não convinha dizer que Jesus era filho só de Maria, pois não ficava bem para ela e sua honra tinha que ser protegida. Também dizer que o genro era filho do sogro era e é comum e permitia o médico voltar à genealogia cientificamente certa; Jesus era de fato neto de Eli, através da filha de Eli chamada Maria.
Suas feições vieram todas por Maria: os olhos, o rosto, o cabelo, etc., tudo que Deus quis que se manifestasse de sua origem humana era de Maria, dos pais e antepassados dela. Enfim, Jesus era genuína e perfeitamente humano como era necessário para salvar pecadores como nós. Lucas, o médico, relata como Deus se encarnou.
1.3.4 – João apresenta como Deus, eterno.
João nem toca em suas genealogias, nem diz onde e quando nasceu. Para João, Jesus é a Palavra existentes antes de haver mundo, que estava com Deus e era Deus. Pois João diz que Deus o Filho se encarnou e habitou entre nós e vimos a Sua Glória como a Glória do Unigênito do Pai! (João 1:14).
Moisés, tido como o maior dos israelitas, foi o instrumento por quem Deus deu a Lei. Mas Jesus trouxe a Graça e a Verdade. Ninguém viu a Deus, mas Deus Unigênito que está no seio do Pai, é quem revelou Deus a nós. (João 1:14-18)
2 – O LIVRO HISTÓRICO – Atos dos Apóstolos
2.1 Este nome já existia antes dos anos 300, porém, nos originais, mais antigos ainda, de cerca de 150, só trazem a palavra ATOS. Há pessoas que gostariam de chamar o livro "Atos do Espírito Santo" pois realmente só fala de dois apóstolos, Pedro e Paulo, mas do começo ao fim fala da atuação do Espírito Santo nos primeiros anos da igreja.
2.2 Atos dos Apóstolos foi escrito por Lucas e ele mesmo diz que Atos é a continuação do Evangelho com seu nome. Sendo grego, em vez de judeu, estava totalmente livre da herança judaica de achar que Deus não se interessava por ninguém senão os judeus.
2.3 Lucas acompanhou Paulo em trechos de suas viagens, e sabem quais os trechos quando, em vez de falar da comitiva como eles (Veja Atos 16:6-8), usa "nós", se incluindo a comitiva (Veja Atos 16:11-15).
2.4 Atos é uma ponte que liga os Evangelhos e as Cartas.
Sem Atos não saberíamos como foi o dia de Pentecostes. Não saberíamos as características dos cristãos cheios do Espírito Santo. Não saberíamos os detalhes de como Pedro abriu a porta da salvação aos gentios quando foi à casa de Cornélio. Nada saberíamos da conversão do perseguidos Saulo. Nada saberíamos das viagens de Paulo, das orientações do Espírito Santo na fundação de Igrejas locais em Chipre, Ásia Menor e a Grécia.
Por possuirmos o livro de Atos, podemos sentir o calor pessoal de Paulo quando escreve e a situação dos membros das Igrejas, quando recebem as cartas corrigindo comportamento e ensinando as doutrinas certas, as grandes verdades da Igreja, da graça reveladas em profundidade ao Apóstolo. Observamos a grande norma de Deus que mostra primeiro a Obra sendo vivida pelo impulso do Espírito Santo nas vidas dos servos, e, então, em segundo lugar, as razões, a parte doutrinária (teórica). Como no Velho Testamento que começa com os livros da Lei e Históricos, também o Novo Testamento começa com os Evangelhos (a história do ministério de Jesus) e Atos (a história dos servos na Igreja nos primeiros trinta anos). Deus revela a doutrina no contexto do impulso do Espírito Santo em vez de dar a doutrina a fim de obrigar os servos a se moldar à letra que mata.
2.5 Atos tem três divisões:
2.5.1 Os dez dias entre a ascensão do Senhor e Pentecostes (Capítulo 1).
2.5.2 Pentecostes e os primeiros anos da Igreja na Terra Santa. Pedro é quem mais se destaca (Capítulo 12).
2.5.3 E do capítulo 13 até o fim, as viagens de Paulo e, no fim, sua prisão em Jerusalém e sua viagem até Roma.
2.6 Atos termina com Paulo preso em Roma por dois anos.
Foi julgado pelo Imperador, solto e viveu trabalhando por mais cinco anos. II Timóteo 4:6-22 e Tito 3:12, falam do seu fim no mundo. Seu fim como mártir foi revelado, ele foi passar o inverno em Nicópolis (ano 67-68) e no começo de 68, foi preso ali e, por ordem de Nero, conduzido até Roma onde foi morto por ser servo do Senhor Jesus.
(Alguns destes fatos não estão na Bíblia mas na História da época).
SÍNTESE DA BÍBLIA: NOVO TESTAMENTO - PARTE 2
Romanos a Apocalipse
Início: Todos devem repetir em voz alta as cinco partes do Velho Testamento e do Novo Testamento e, depois, parte por parte, os nomes dos livros em cada parte dos dois Testamentos.
1 – AS 14 CARTAS PESSOAIS
Em conjunto: Romanos, I & II Coríntios, Gálatas, Efésios, Filipenses, Colossenses, I & II Tessalonicenses, I & II Timóteo, Tito, Filemon, Hebreus
1.1 As cartas são pessoais porque foram enviadas a determinadas Igrejas e pessoas, como aos Efésios e a Tito.
1.2 As cartas foram todas escritas pelo Apóstolo Paulo e foram escritas no lugar onde se encontrava na hora de surgir a necessidade. Paulo estava na terceira viagem missionária de passagem por Corinto e Cencréia preparando para levar as ofertas aos pobres em Jerusalém quando soube que a irmã Febe viajaria para Roma. Paulo aproveita a portadora (naquele tempo ainda não havia correio) para escrever e enviar a Carta aos Romanos. Ver Romanos 15:22 a 16:5.
1.3 Nem tudo que Paulo escreveu faz parte do Novo Testamento, mas só o que o Espírito Santo escolheu para isto. Em Colossenses 4:16 Paulo faz referência a uma carta aos Laodicenses, mas esta nunca foi incluída na Bíblia.
1.4 Há dois grupos de cartas:
1.4.1 As cartas da cadeia, escritas enquanto Paulo se achava preso, Efésios, Filipenses, Colossenses e Filemon;
1.4.2 As cartas pastorais, por serem enviadas a pastores, sendo elas as cartas a Timóteo e a Tito.
1.5 É sumamente importante entender o papel de Paulo na Igreja primitiva e como é que veio a ser o único a escrever todas as cartas pessoais. Em Efésios 4:11 Deus revela a mão dos ministérios. O dedo polegar – Apóstolos. O indicador – profetas. O dedo médio – evangelistas. O anular – pastores. E o mínimo – mestres. Paulo cumpriu fiel e plenamente o papel de apóstolo e para isto, entre sua conversão, sua separação e unção para as viagens missionárias, cerca de 16 anos, ele recebeu todas as revelações a respeito do Evangelho (em contraste com a Lei de Moisés) e da Igreja (em contraste com Israel e com a idolatria). Os próprios Apóstolos nem sempre viam as diferenças e misturavam as coisas. Pedro foi para Antioquia e no começo agia como cristão comendo nas casas dos gentios, mas com a chegada de irmãos de Jerusalém, Pedro passou a esquivar de comer a não se em casas de judeus, e Paulo viu a mistura de Evangelho e Lei na mente de Pedro e o repreendeu publicamente. Gálatas 2:11-21. Assim Deus levantou Paulo para discernir todos os tipos de defeitos, doutrinários e de comportamento, em todas as Igrejas pelo mundo afora, e sempre foi Paulo que escrevia corrigindo o que estava errado. Da mesma forma hoje, na Obra destes últimos dias, os que primeiro receberam por revelação a natureza e a prática da Obra, sendo eles quem melhor discernem o que é Obra e o que não é Obra, são os que zelam pela saúde espiritual da Obra em todas as Igrejas. Carecem de nosso respeito e de nossas orações. II Coríntios 11:28.
2 – AS CARTAS PESSOAIS – Uma por uma.
2.1 ROMANOS é a representação do Evangelho na forma de uma tese, organizada, lógica e completa. É a doutrina, a teoria do Evangelho e inclui seu relacionamento com os Israelitas como povo de Deus (Capítulo 9-11). Inclui também, orientações da prática do Evangelho diante de várias situações (os Governos, a tolerância para com os fracos na fé, etc).
2.2 I CORÍNTIOS aponta uma série de defeitos na Igreja de Corinto, como partidos dos irmãos, outros que levaram irmãos à justiça humana, dificuldades no casamento, ligações com a idolatria, irreverência ao tomar a Ceia do Senhor, o uso dos dons nos cultos, a ressurreição dos mortos, etc.
2.3 II CORÍNTIOS, em contraste com a I Coríntios que acerta a Igreja local, trata principalmente das glórias e das dificuldades do Santo Ministério.
2.4 GÁLATAS é a carta que melhor separa a Lei e a Graça.
2.5 EFÉSIOS traz as revelações principais a respeito da Igreja espiritual, a Noiva do Senhor Jesus. É interessante observar um contraste entre Efésios e Colossenses. Em Efésios o crente é visto "em Cristo"; em Colossenses se vê "Cristo em vós", no crente.
2.6 FILIPENSES é a carta de agradecimentos que Paulo escreveu, pois mais do que uma vez os filipenses haviam enviado ofertas para o sustento do Apóstolo, em circunstâncias diferentes, quer fazendo tendas (Atos 18:3), quer preso com cadeias. Estando preso em Roma escreveu esta carta animando-os a regozijar-se sempre, vitoriosos em todas as circunstâncias.
2.7 COLOSSENSES revela Cristo em nós. Uma heresia chamada gnosticismo havia aparecido ensinando que toda a matéria era má e que Deus era tão Santo que não podia entrar em contato com o homem, e para fazer isto Deus havia gerado descendentes um pouco menos santos inferiores, e que Jesus era um destes para poder entrar em contato conosco. Isto, claramente rebaixa o Senhor Jesus no tocante a ser perfeitamente Deus, supremo e santo e tão Deus quanto o Pai. Colossenses revela a supremacia, a santidade e a divindade do Senhor Jesus, e, este Jesus excelso habitando em nós.
2.8 I TESSALONICENSES. Paulo e Silas, expulso de Filipos, foram para Tessalônica e lá só puderam ficar três sábados. Mas deixaram uma igreja nascente. Preocupando-se muito, de Atenas, Paulo enviou Timóteo para ver como iam, e quando voltou deu notícias. Então Paulo escreveu a primeira carta em que fala muito da segunda Vinda de Jesus no que concerne à vinda para arrebatar a Igreja. I Tessalonicenses 4:13-18 é a melhor descrição do arrebatamento.
2.9 II TESSALONICENSES. Certo número na Igreja, de tão impressionados com a volta do Senhor, repentina e a qualquer momento, resolveram não trabalhar mais. Mas quando Paulo soube disto, escreveu a segunda carta para mandá-los de volta ao emprego, pois a volta de Jesus seria anunciada por certos sinais que ainda não havia aparecido. O importante é observar que todos os sinais a que se refere na segunda carta são os sinais que avisam a volta de Jesus com seus santos, a Igreja, para pisar na terra e reinar no milênio, algo que acontecerá apenas sete anos após o arrebatamento. Ele fala da Besta e a Grande Tribulação que serão depois do Arrebatamento.
Para nós é importante saber que todos os sinais para o arrebatamento já se cumpriram e já estamos vendo os sinais de sua vinda para reinar. Israel, o país, e Jerusalém nas mãos dos Israelitas são sinais da vinda de Cristo para reinar no Milênio.
2.10 I TIMÓTEO. Timóteo começou a acompanhar Paulo na segunda viagem missionária e foi ordenado pastor. Cêdo em seu ministério, Paulo lhe deixou em Éfeso para zelar pela igreja local. Pouco depois escreveu esta primeira carta orientando os trabalhos pastorais nas igrejas.
2.11 II TIMÓTEO. Esta segunda carta foi escrita muitos anos depois da primeira, quando o Espírito Santo já havia revelado a Paulo que sua morte estava próxima. Toda a carta anima Timóteo para a continuação da Obra. Paulo combateu o bom combate e agora vai para a glória, mas a luta vai continuar vitoriosa nas mãos de Timóteo e de todos que vão ficar.
2.12 TITO. Paulo havia deixado Tito, um jovem Pastor como Timóteo, na Ilha de Creta, para por em ordem as Igrejas de cidade em cidade. A carta tem orientações para o jovem pastor.
2.13 FILEMON. Filemon, morador em Colossos, em cuja casa a Igreja se reunia, possuia escravos. Um destes, Onésimo havia roubado e fugido para Roma. Lá é evangelizado por Paulo e se converte. Paulo manda o servo voltar ao seu dono, mas coloca esta carta em suas mãos. A intercessão de Paulo por Onésimo revela profundamente a intercessão de Jesus por nós.
2.14 HEBREUS foi escrito para mostrar aos israelitas que tendo Moisés e a Lei servido em todo o Velho Testamento e até a primeira vinda do Senhor Jesus, Deus havia agora, mediante o Senhor Jesus, instituído uma Nova Aliança, sucessora legítima da Velha, e, muito, muito superior em tudo à Velha, e era para os israelitas crerem mesmo que no Senhor Jesus e na Nova Aliança. Os profetas, os sacerdotes, os sacrifícios e o Tabernáculo eram apenas figuras, tipos do verdadeiro e agora Jesus era o verdadeiro, o eterno, no Céu.
3 – AS CARTAS GERAIS
Em conjunto: Tiago; I & II Pedro; I, II, III João; Judas.
3.1 – As cartas são gerais porque foram endereçadas a grandes setores da Igreja e até à Igreja toda. As cartas II e III de João, são na realidade pessoais, mas quando o Espírito Santo estruturou a Bíblia, com sabedoria juntou as três cartas de João com as gerais, pois também não se enquadrariam no meio das cartas de Paulo.
4 – AS CARTAS GERAIS – Uma por uma.
4.1 - TIAGO foi a primeira carta a ser escrita, até antes de qualquer dos Evangelhos. Os crentes ainda eram judeus e se reuniam nas sinagogas, de forma que Tiago envia sua carta "as doze tribos" pelo mundo afora. A carta visa mais ensinar comportamento do que ensinar doutrina. A fé que não modifica o comportamento é morta.
4.2 - I PEDRO visa fortalecer os crentes no meio de seus sofrimentos, apontando-lhes a glória que será deles um dia. A igreja estava para sofrer as dez grandes perseguições nas quais os imperadores em Roma fariam de tudo para apagar o Evangelho de Cristo. Com isto se fortalece a fé de todos que hão de sofrer perseguição.
4.3 – II PEDRO aponta a salvação pela fé dinâmica para que após a morte de Pedro já revelada a ele, os salvos continuem perseverando, alerta contra os falsos mestres e confirma a Segunda Vinda do Senhor Jesus e o fim deste mundo.
4.4 – I JOÃO. Da mesma forma que o Evangelho de João, esta carta visa consolidar a fé dos crentes na deidade do Senhor Jesus e na certeza de salvação pelo Senhor Jesus. Falsas doutrinas, especialmente de origem espírita, apresentadas por anti-cristos, começavam a aparecer, e João ensina a discernir entre a verdade e a mentira. Os crentes são filhos de Deus, e andam em santificação e amor.
4.5 – II JOÃO. João escreve a Senhora eleita, mas ninguém sabe quem é. Há quem diga que é a Igreja. Mas os dizeres apontam mesmo para uma senhora física em uma das igrejas, que João conhecia, e que esperava visitar. Como sempre João manda que os crentes amem um ao outro, e também alerta contra falsos mestres.
4.6 – III JOÃO é uma carta endereçada a Gaio, cujo testemunho é louvado, fazendo referências a Diótrefes, um mau membro da igreja local, e a Demétrio, um bom membro da mesma igreja.
4.7 – JUDAS. O autor é um dos doze, Judas Tadeu, É um apelo veemente aos crentes para que batalham pela fé que uma vez foi dada aos santos (ver versículos 3 e 4), recusando as heresias de falsos mestres.
5 – O LIVRO PROFÉTICO – O APOCALIPSE
5.1 – O Apocalipse foi escrito pelo Apóstolo João, o mesmo que escreveu o Evangelho e as três cartas. Era pastor em Éfeso de onde foi preso por causa do testemunho do Senhor Jesus e por causa da Palavra de Deus e foi enviado à Ilha de Patmos para trabalhar nas pedreiras ali. Foi ali que viu uma grande série de visões que formam o livro. Documentos da época dizem que foi solto e voltou para Éfeso, onde morreu alguns anos depois, bem idoso.
5.2 – Do começo ao fim, o Apocalipse é uma série de visões; umas na terra, outra no céu, todas dependendo de serem reveladas. Não cabe à matéria Síntese da Bíblia dar os discernimentos; isto cabe a Análise de Apocalipse. Esta matéria está sendo ensinada no Seminário em porções menores e com diversos títulos, pois estudar o todo de uma só vez seria impossível.
5.3 – No entanto uma vista panorâmica do Livro todo observa três trechos distintos:
5.3.1 – O prefácio a visão do Senhor Jesus no meio das igrejas (incluindo as sete cartas). Capítulos 1 a 3.
5.3.2 – As visões das coisas que vão acontecer até a descida do Messias para reinar. Visões do Céu, dos sete selos, das sete trombetas, da mulher vestida do sol, do Filho varão, das duas bestas, das sete taças e de "Babilônia" e sua destruição.
A visão da descida do Senhor Jesus na batalha de Armagedom e sua vitória total. Capítulos 4 a 19.
5.3.3 – As visões do milênio, do Juízo Final, do Novo Céu e Nova Terra com a Nova Jerusalém. Capítulos 20-22.
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