E quanto à ressurreição dos mortos, não tendes lido o que Deus vos declarou: Eu sou o Deus de Abraão, o Deus de Isaque e o Deus de Jacó? Ele não é Deus de mortos, e sim de vivos. (Mateus 22:31-32 RA)
Nos dias 1 e 2 de novembro, a tradição católica comemora duas festas religiosas de seu calendário: a “Festa de Todos os Santos” e “Finados”, respectivamente. É importante compreendermos que estas festas são, tão somente, paganismo travestido de cristianismo. Certamente, a prática de homenagear mortos não encontra respaldo bíblico. Na verdade, as Escrituras se opõem veementemente a tal prática. Qualquer tentativa humana que pressuponha entrar em contato com o mundo das almas ou dos espíritos, é chamado por Deus “abominação” (Dt 18.10-12). Digno de nota é que, tanto a Festa de Todos os Santos como o Dia de Finados, não têm como objetivo apenas lembrar dos mortos, mas verdadeiramente reverenciá-los.
Ambas foram derivadas do culto pagão a Samhain, o deus senhor da morte dos celtas. O druidismo, que era a religião celta, tinha como data magna o 31 de outubro, quando criam que as almas dos mortos, junto com criaturas demoníacas, recebiam autorização de Samhain para adentrar o mundo dos vivos. Assim, as famílias ofereciam “comida” como oferenda a tais seres, a fim de que não trouxessem algum feitiço contra a família. O Halloween é a festa ao deus da morte celta. Contudo, o que tem a ver a Festa de Todos os Santos e o Finados com o Halloween? A resposta a tal indagação pode ser alcançada e afirmada pela análise dos nomes dessas festas católicas.
Primeiramente, os nomes “todos os santos” e “finados” nos remetem, diretamente, ao Halloween. Em inglês, “hallow” significa “santo”, ligando o Halloween diretamente ao Dia de Todos os Santos. Finados, por sua vez, quer dizer, literalmente, “mortos”, estando, assim, intimamente ligado àquilo que significa o Halloween: uma festa dedicada à morte. Depois de estabelecer a óbvia ligação temática entre o “Dia de Todos os Santos” e “Finados”, resta-nos abordar a história e a nítida tendência do catolicismo medieval para entendermos como tal paganismo se tornou parte do calendário católico já no final da Idade Antiga. Sabe-se que, historicamente, que a prática do druidismo se estendeu desde o século II a.C. até o século II d.C.. Em 43 d.C., os romanos conquistaram a região que hoje conhecemos como “Grã-Bretanha”, submetendo os celtas que ali residiam. Esse fato histórico trouxe reflexos para a cultura do Império, pois dois festivais romanos foram combinados com a festa a Samhain.
O primeiro, chamado Feralia, realizado no final de outubro, tinha o mesmo objetivo da Festa a Samhain: honrar a morte.
O segundo era uma festa a Pomona, a deusa romana das árvores e dos frutos. A maçã se tornou um dos símbolos do Halloween exatamente por causa desse festival. Assim, uma vez que a festa a Samhain se tornou associada aos romanos, quando o cristianismo se tornou religião oficial do império no IV século d.C., para evitar proibir os festivais pagãos, deu-lhes roupagem cristã, substituindo, inclusive, seus nomes. Dessa forma, os festivais romanos ligados ao Halloween, receberam os nomes de “Dia de Todos os Santos” e “Finados”.
Para o verdadeiro cristão, é importante que se diga, tais comemorações não têm nenhum valor ou sentido, sendo, inclusive, danosas. Ele sabe que não há comunicação desse mundo com o céu, morada dos eleitos de Deus, ou com o inferno, lugar de perdição. Não tem sentido homenagear quem está incomunicável e, alem disso, é desobedecer a Deus, estimulando o ocultismo.
Os que já se foram não estão “olhando por nós”, bem como, não participam de nossas alegrias ou tristezas. Nosso Deus não é um Deus de mortos, mas de vivos. Os mortos não ficarão assim para sempre: há ressurreição! Aprendamos a celebrar a ressurreição, a vida e não a morte, e rechacemos todo o paganismo que insiste em influenciar a nossa sociedade.
Jair de Almeida Jr. 1a Igreja Presbiteriana de Itajaí |
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