O que é o Reino de Deus? Como ele funciona? Quais são as suas características e os seus elementos? Quem faz parte dele? Para responder a essas e outras questões, vamos rever alguns pontos, vislumbrando com mais detalhes a magnitude do Reino de Deus. Assim, nos posicionaremos melhor como súditos e embaixadores de Jesus Cristo.
Reino é:
Uma forma de governo constituída por um rei e seus representantes e súditos, os quais vivem num território sob uma constituição que rege todos os aspectos da vida nacional. Bíblicamente, a Igreja é uma agência que promove o Reino de Deus; uma embaixada que representa Cristo aqui na terra.
I - O que é um reino?
O tipo de governo que caracteriza um reino é o monárquico, no qual o líder máximo, o rei, detém poderes ilimitados sobre o Estado.
Quais as principais distinções entre o Reino de Deus e os remos humanos — Do ponto de vista espiritual, aqueles que estão em Cristo fazem parte do Reino dos céus, cujo monarca absoluto, com direitos primordiais e soberanos, é Deus. Analisemos, à luz da Bíblia, algumas características que marcam esse Reino.
1.1 — Deus estabeleceu o Seu trono no céu (ver Sl 103.19)
1.2 — Deus reina sobre as nações (Sl 47.8a)
1.3 — O trono de Deus é eterno (ver Sl 45.6)
1.4 —A justiça e o juízo são a base do trono de Deus (ver Si 89.14)
1.5 — O Reino de Deus não é comida nem bebida (Rm 14.1 7a)
Deus instituiu um reino espiritual — Quando Jesus começou a ensinar acerca do Reino dos céus, pregava o arrependimento e manifestava o Seu poder para curar, libertar, evangelizar os pobres e consolar os tristes. Ele exortou todos a arrependerem-se (Mt 3.2).
As alegorias do Reino dos céus — Para facilitar a nossa compreensão, a Bíblia fala das questões celestiais fazendo analogia com as materiais, a fim de explicar mais claramente o que é o Reino de Deus. Citemos alguns exemplos:
João — Contemplou a glória do Cordeiro, tronos, coroas, espadas, selos, trombetas, incensários, palmas, livros, anjos, seres viventes, anciãos de branco e a grande multidão (Ap 4—11).
Jesus — Usou uma linguagem alegórica, contando várias parábolas, para conceituar o Reino celestial e ilustrar os princípios que o regem (ver Mt 13;20.1-16; 25; Lc 15).
II. De que um reino é constituído?
Vejamos alguns dos elementos que constituem os remos humanos, a fim de compreendermos nosso papel como participantes do Reino celestial.
2.1 — Todo reino precisa de um rei
O primeiro requisito de um reino é ter um rei, um soberano que governe pessoas e administre recursos de forma sábia. Deus é rei sobre toda a terra.
Ele existe desde a eternidade e sustenta todas as coisas pelo poder da Sua Palavra (Si 95.3-5).
2.2 — Todo reino precisa de um príncipe
Sem o príncipe, o rei estaria fadado a não ter um sucessor de sua linhagem no trono para dar continuidade ao seu governo e aos seus projetos. A Bíblia faz uma referência a Jesus como príncipe, dizendo que o principado está sobre os seus ombros (Is 9.6).
2.3 — Todo reino precisa de porta-vozes
Precisa-se de ministros que auxiliem no reino e cuidem dos assuntos específicos. A Bíblia fala que somos embaixadores e porta-vozes do Reino de Deus no mundo (2 Co 5.20; 8.23).
2.4 — Todo reino compreende um povo
No Reino de Deus, quem são os súditos? O povo de Deus; todo aquele lavado e remido pelo sangue de Jesus, que o reconheceu como único e suficiente Salvador e submeteu-se ao senhorio dele.
2.5 — Todo reino precisa de um território
O Senhor governa sobre tudo e todos; no céu e na terra. isso inclui planetas, estrelas, luas e galáxias de todos os sistemas e o universo; lugares que o homem não sonha existirem. Não há lugar para onde alguém possa escapar do Espírito de Deus (Si 139).
2.6 — Todo reino precisa ter leis
Todo reino deve ser regido por leis e princípios. Devemos guardar-nos para que não nos esqueçamos do nosso Senhor (Dt 8.11). O cumprimento das promessas de Deus está ligado à obediência às Suas leis (Dt 28).
III. A importância das leis para um reino
Vamos comentar neste tópico os dois principais mandamentos que sustentam a Lei do Senhor. São eles:
3.1 — O amor a Deus
Jesus nos ordenou a amar o Senhor de todo o nosso coração, toda a nossa alma e todo o nosso pensamento, e ao nosso semelhante como a nós mesmos (Mt 22.37-39).
3.2 — O amor ao próximo
A Palavra de Deus nos adverte de que Ele não se deixa enganar. De nada adianta dizermos que amamos o Senhor, se não amamos o nosso irmão (1 J0 4.20,21).
A lei da reciprocidade — Quem ama abençoa o outro não porque ganhará algo em troca, mas porque sente prazer em abençoar; porque ama. A Bíblia nos adverte de que tudo quanto queremos que os homens nos façam devem os fazer-lhes também (Mt 7.12).
IV. A cultura do Reino de Deus
Cultura é:
Todo o conhecimento produzido descoberto e compartilhado pelo homem. Incluem ciências, filosofias e ideologias, artes, leis humanas, idiomas etc. Com base nisso, citemos alguns fatores que influenciam o comportamento das pessoas que fazem parte de um reino.
4.1 — As ideologias e práticas pecaminosas
A Palavra de Deus nos exorta a não nos conformarmos com o mundo (Rm 12.2). A Igreja deve seguir esse caminho.
4.2 —A pirataria no meio evangélico
Isso é considerado o crime do século pela Interpol. A pesquisa revela que esse se tornou o crime mais lucrativo no mundo, movimentando anualmente mais de 500 bilhões de dólares.
4.3 — Os danos do falso testemunho
O que mais prejudica o Reino de Deus é o falso testemunho daqueles que se dizem muito santos. Na igreja, são fervorosos, mas, em casa, vivem em guerra com a família.
4.4 — A confusão entre mover do Espírito Santo e ser cheio do Espírito Santo
Muitos confundem o mover do Espírito, que ocorre durante os cultos, com a vida cheia do Espírito, que exige caráter, retidão e obediência à Palavra de Deus.
V. Alguns direitos e deveres no Reino celestial
Todo reino que se preza possui uma Constituição e um conjunto de leis.
Sendo assim, relacionamos alguns direitos e deveres de quem pertence ao Reino de Deus.
Quanto aos nossos deveres, compete a nós:
5.1 — Obedecermos incondicionalmente a Deus
Nada é mais valioso para o Altíssimo do que a obediência (1 Sm 15.22).
Deve-se obedecer incondicionalmente, confiando em Deus, tendo fé. A fé é o firme fundamento das coisas que se esperam (Hb 11.1).
5.2 — Confiarmos no Senhor
Os que confiam no SENHOR serão como o monte Sião, que não se abala (Sl 125.1). Estes não serão confundidos (Is 49.23).
Quanto aos nossos direitos) o Senhor nos garante:
5.3 — A segurança de nossa vida
Leia as promessas escritas no Salmo 91. Lembre-se de que, se o SENHOR não guardar a cidade, em vão vigia a sentinela (Si 127.lb). O nosso socorro vem do Senhor (Si 121.2).
5.4 — Crescimento espiritual e poder
O Senhor deu poder ao homem para frutificar sobre a terra (Gn 1.28). E os discípulos receberam autoridade sobre os demônios (Lc 10.17; Mc 16.15-18).
VI. As bodas reais
Meditemos por um momento sobre os acontecimentos da Igreja no céu com o Senhor.
Uma alegoria interessante — Leia sobre como o apóstolo João viu o Noivo se apresentar (Ap 19.12-16).
Bênçãos sobre bênçãos — Ao que vencer, o Cordeiro dará de comer da Árvore da Vida (Ap 2.7,11,17,26-28; 3.12,22).
Nem todos que se dizem cristãos herdarão o Reino de Deus — Isso é o que está escrito em Mateus 7.21-23.
Só os obedientes herdarão o Reino de Deus — Jesus exortou a multidão a obedecer (Lc 6.46; J0 8.31).
Conclusão
Existem milhares de pessoas, filhos de cristãos, criados na igreja, que estão fora do Reino. Eles perderam o foco, ficaram caídos no meio do caminho. Não permitamos que o mesmo aconteça conosco. Procuremos cumprir com os nossos deveres, como bons cidadãos celestiais, e desfrutemos das copiosas promessas a que temos direito no Reino de Deus.
Autor: Pr. Silas Malafaia
Autor: Pr. Silas Malafaia
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