09 abril 2021

Líderes sensíveis

 


por Charles R. Swindoll

Atos 17:1-9, 1 Tessalonicenses 2:1-7

Os bons líderes são sensíveis às necessidades de outros. Paulo comparou o seu ministério ao da mãe que cuida com ternura das necessidades dos filhos. Gosto muito dessa figura de linguagem. Vi minha mulher amamentando nossos filhos quando eram pequeninos, sem lembrar-se absolutamente de suas próprias necessidades. Tenho tido também a alegria de testemunhar minhas filhas crescidas cuidando de nossos netos. É uma visão preciosa a ser contemplada.

Observar minha esposa e minhas filhas segurarem seus filhinhos junto ao seio e providenciar amorosamente tudo de que precisavam, me ajuda a compreender o que Paulo quis dizer com “carinhosos”: “Embora pudéssemos, como enviados de Cristo, exigir de vós a nossa manutenção, todavia, nos tornamos carinhosos entre vós, qual ama que acaricia os próprios filhos; ” (I Tessalonicenses 2:7 – ARA).

Seu ministério foi marcado por um cuidado amável do rebanho. Paulo diz: “Fui como a mãe que amamenta seu filho em meu comportamento entre vocês”.

Se Deus colocou você em um cargo de liderança, insisto em que cultive um espírito carinhoso. Afinal de contas é um fruto do Espírito: “mansidão, domínio próprio. Contra essas coisas não há lei. ” (Gálatas 5:23). Sua ternura produzirá maravilhas na vida dos que foram postos sob os seus cuidados.

Depois da tragédia de 11 de setembro, o mundo observou espantado, enquanto líderes poderosos investiram tempo ouvindo as histórias sinistras dos trabalhadores em resgate e compartilhando o sofrimento dos nova-iorquinos. O político Rudolph Giuliani impressionou o mundo dia após dia, de pé diante do povo dessa grande cidade, lendo os relatórios de progressos a partir do ponto zero. Ele falou suave e compassivamente, às vezes com lágrimas nos olhos, enquanto as cenas repulsivas quase o sufocavam. De alguma forma conseguiu ir até o fim. Segurar as lágrimas parecia ser tão inútil quanto recuperar as vítimas do montão de escombros retorcidos do World Trade Center. Os americanos precisavam ver líderes sensíveis chorarem.

O mesmo acontece com os cristãos. Os líderes espirituais precisam ser assim, reais, carinhosos, compreensivos e empáticos. Você e eu apreciamos os líderes espirituais que revelam consistentemente seu lado humano. Ao contrário da opinião popular, Paulo, o líder forte, entusiasmado e corajoso era também conhecido por sua afabilidade e graça.

Você também é reconhecido por essas qualidades?

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