01 abril 2015

A OFERTA DA VIÚVA POBRE





Marcos 12: 41-44

41  E, estando Jesus assentado defronte da arca do tesouro, observava a maneira como a multidão lançava o dinheiro na arca do tesouro; e muitos ricos deitavam muito.
42  Vindo, porém, uma pobre viúva, deitou duas pequenas moedas, que valiam meio centavo.
43  E, chamando os seus discípulos, disse-lhes: Em verdade vos digo que esta pobre viúva deitou mais do que todos os que deitaram na arca do tesouro;
44  Porque todos ali deitaram do que lhes sobejava, mas esta, da sua pobreza, deitou tudo o que tinha, todo o seu sustento.


         INTRODUÇÃO

        
Certo dia o Senhor Jesus estava no templo, em Jerusalém, diante da arca do tesouro, observando os que ali lançavam suas ofertas. Muitos que entravam no templo colocavam gordas ofertas na arca, mas uma pobre viúva surgiu e depositou duas pequenas moedas, que valiam cinco réis. Foi neste momento que Jesus chamou a atenção dos discípulos dizendo: "Em verdade vos digo que esta pobre viúva depositou mais do que todos os que depositaram na arca do tesouro".


         DESENVOLVIMENTO

        
Com estas palavras, o Senhor Jesus procurou mostrar que não é a "quantidade" daquilo que se dá que lhe é agradável, mas é aquilo que está no coração que lhe interessa. Ele mostrou que para agradá-lo não é preciso "muito", pois Ele olha para o interior das nossas vidas e não para a aparência exterior. Desta forma, até uma pobre viúva, que aparentemente não tem nada, pode ser profundamente agradável ao Senhor.

        
O ato de dar, de ofertar, tem um profundo significado na Palavra de Deus, pois está escrito: "mais bem-aventurada coisa é dar do que receber" – At 20:35. Aquilo que se oferta e a forma como se oferta, define muito bem o que há no coração da pessoa, expondo o seu interior e revelando aquilo que está encoberto. Naquele dia muitos deram muitas coisas, mas Jesus atentou somente para a oferta da viúva pobre. A mesma coisa aconteceu com a oferta de Abel, quando Deus atentou para o cordeiro ofertado por ele – Gên 4: 4. Tanto a oferta de Abel quanto a oferta da viúva pobre, são proféticas.

        
Existem pessoas que têm coisas para dar para a Obra do Senhor, mas às vezes elas só fazem isso quando essas coisas estão sobrando nas suas vidas. O seu tempo só é dado ao Senhor quando está sobrando; elas só lêem a Bíblia quando têm tempo, só vão à igreja quando sobra um tempinho ou quando estão bastante necessitadas. Nunca estão disponíveis para realizar algum trabalho de manutenção da igreja, sempre estão ocupadas quando são convocadas para a evangelização ou assistência aos novos, e assim por diante. Existem aqueles que não colocam seus bens à disposição da Obra; só usam seu automóvel se a estrada for boa, e mesmo assim se a igreja pagar o combustível.

Aqueles que agem assim têm o coração fechado, e sempre guardam o melhor que têm para si mesmos, esquecendo que na verdade tudo pertence ao Senhor. Este tipo de oferta não agrada ao Senhor e não chama a sua atenção, pois não existe gratidão nestas coisas, e o sentimento da adoração é muito superficial.

A pobre viúva representa a pessoa profundamente necessitada e dependente. Aquilo que ela oferta é tudo o que ela tem, é todo o seu sustento, é toda a sua vida. Ela não ofertou sobras, mas tudo que tinha; a partir daí sua vida passou a depender totalmente do Senhor. Ela não colocou seu coração na aparência daquilo que tinha na mão, pois sabia que o Senhor poderia lhe dar muito mais.

As duas moedas da viúva pobre apontam para a nossa entrega pessoal, para a comunhão da nossa vida com o Senhor Jesus. Aquilo que mais chama a atenção do Senhor não é outra coisa senão a entrega total da nossa vida a Ele, é a oferta sem reservas de tudo que temos em nós, a fim de que o Senhor use na realização da sua Obra, e a sua Obra é mais valiosa do que a nossa própria vida. Quando entregamos tudo que temos, alcançamos uma vida de plena comunhão com o Senhor, e nossa vida tem o valor do Ministério do Senhor Jesus – cinco réis.

CONCLUSÃO


Quando Jesus apontou para a oferta da pobre viúva, Ele estava mostrando aos discípulos um exemplo e uma forma de vida, uma vida de entrega total, como Ele mesmo se entregou por todos nós, morrendo na cruz para a nossa salvação. Jesus não negou nada ao Pai, mas ofertou sua vida por inteiro, e o Pai se agradou da sua oferta. 


Wallace Oliveira Cruz 

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