Aprendendo a Orar II
"E, orando, não useis de vãs repetições, como os gentios, que pensam que por muito falarem serão ouvidos " (Mateus 6:7)
Muitas pessoas acreditam que Deus é surdo, umas por que gritam e outras por que não param de falar. Na verdade, a Bíblia ensina, sim, que devemos persistir e perseverar nas nossas orações, mas isso não nos permite confundir Deus com algum surdo. Também, ao contrário do que já ouvi, essas ditas vãs repetições não são quando a pessoa é pouco eloquente e repete demais as palavras.
O que podemos entender como repetições vazias são aquelas que são embaladas por um coração vazio. Não adianta dizer "Deus eu te amo" se não estiver disposto a obedecê-lo, pois aquele que obedece é o que ama (João 14:21). Não adianta dizer palavras de adoração sem um coração humilde, pois Deus resiste ao soberbo (Tiago 4:6). Não adianta pedir e pedir e pedir sem crer que receberá, pois isso é falta de fé e o único resultado será uma repetição sem sentido de frases feitas.
Ser ouvido é mais do que ter sua voz reconhecida. O sentido bíblico, e principalmente neste versículo, é de ser atendido na sua petição. Temos inúmeros exemplos bíblicos de pessoas que oraram uma única vez e Deus os atendeu, e outros que ficaram orando por anos a fio sem uma resposta aparente. Alguns de fato nunca foram atendidos. Nunca podemos esquecer ou negligenciar que Deus é soberano e pedimos a Ele justamente por isso. Se Ele fosse qualquer um, para que orar para Ele? Sendo Ele quem é, pode ou não atender nosso pedido, isso não muda nada do lado Dele.
Persistir sim, repetir de forma vazia não. Como equilibrar? É mais simples do que parece, mas não é fácil de fazer. É preciso estar de todo coração empenhado, para que a repetição persistente não seja vazia. É possível, mas somente pela fé.
"Senhor, eu reconheço que não sei orar como convém. Por favor me ensina a buscar em Ti sem o coração vazio, pelo contrário, totalmente derramado a Ti."
Mário Fernandez A
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