05 abril 2012
A CRUCIFICAÇÃO DE CRISTO, A PARTIR DE UM PONTO DE VISTA MÉDICO
A CRUCIFICAÇÃO DE CRISTO, A PARTIR DE UM PONTO DE VISTA MÉDICO
de C. Truman Davis
Lendo o livro de Jim Bishop "O Dia Que Cristo Morreu", eu percebi que
durante vários anos eu tinha tornado a crucificação de Jesus mais ou
menos sem valor, que havia crescido calos em meu coração sobre este
horror, por tratar seus detalhes de forma tão familiar - e pela
amizade distante que eu tinha com nosso Senhor. Eu finalmente havia
percebido que, mesmo como médico, eu não entendia a verdadeira causa
da morte de Jesus. Os escritores do evangelho não nos ajudam muito
com este ponto, porque a crucificação era tão comum naquele tempo
que, aparentemente, acharam que uma descrição detalhada seria
desnecessária. Por isso só temos as palavras concisas dos
evangelistas "Então, Pilatos, após mandar açoitar a Jesus, entregou-o
para ser crucificado."
Eu não tenho nenhuma competência para discutir o infinito sofrimento
psíquico e espiritual do Deus Encarnado que paga pelos pecados do
homem caído. Mas parecia a mim que como um médico eu poderia procurar
de forma mais detalhada os aspectos fisiológicos e anatômicos da
paixão de nosso Senhor. O que foi que o corpo de Jesus de Nazaré de
fato suportou durante essas horas de tortura?
Dados históricos
Isto me levou primeiro a um estudo da prática de crucificação, quer
dizer, tortura e execução por fixação numa cruz. Eu estou endividado
a muitos que estudaram este assunto no passado, e especialmente para
um colega contemporâneo, Dr. Pierre Barbet, um cirurgião francês que
fez uma pesquisa histórica e experimental exaustiva e escreveu
extensivamente no assunto.
Aparentemente, a primeira prática conhecida de crucificação foi
realizado pelos persas. Alexandre e seus generais trouxeram esta
prática para o mundo mediterrâneo--para o Egito e para Cartago. Os
romanos aparentemente aprenderam a prática dos cartagineses e (como
quase tudo que os romanos fizeram) rapidamente desenvolveram nesta
prática um grau muito alto de eficiência e habilidade. Vários autores
romanos (Lívio, Cícero, Tácito) comentam a crucificação, e são
descritas várias inovações, modificações, e variações na literatura
antiga.
Por exemplo, a porção vertical da cruz (ou "stipes") poderia ter o
braço que cruzava (ou "patibulum") fixado cerca de um metro debaixo
de seu topo como nós geralmente pensamos na cruz latina. A forma mais
comum usada no dia de nosso Senhor, porém, era a cruz "Tau", formado
como nossa letra "T". Nesta cruz o patibulum era fixado ao topo do
stipes. Há evidência arqueológica que foi neste tipo de cruz que
Jesus foi crucificado.
Sem qualquer prova histórica ou bíblica, pintores Medievais e da
Renascença nos deram o retrato de Cristo levando a cruz inteira. Mas
o poste vertical, ou stipes, geralmente era fixado permanentemente no
chão no local de execução. O homem condenado foi forçado a levar o
patibulum, pesando aproximadamente 50 quilos, da prisão para o lugar
de execução.
Muitos dos pintores e a maioria dos escultores de crucificação,
também mostram os cravos passados pelas palmas. Contos romanos
históricos e trabalho experimental estabeleceram que os cravos foram
colocados entre os ossos pequenos dos pulsos (radial e ulna) e não
pelas palmas. Cravos colocados pelas palmas sairiam por entre os
dedos se o corpo fosse forçado a se apoiar neles. O equívoco pode ter
ocorrido por uma interpretação errada das palavras de Jesus para
Tomé, "vê as minhas mãos". Anatomistas, modernos e antigos, sempre
consideraram o pulso como parte da mão.
Um titulus, ou pequena placa, declarando o crime da vítima
normalmente era colocado num mastro, levado à frente da procissão da
prisão, e depois pregado à cruz de forma que estendia sobre a cabeça.
Este sinal com seu mastro pregado ao topo teria dado à cruz um pouco
da forma característica da cruz latina.
O suor como gotas de sangue
O sofrimento físico de Jesus começou no Getsêmani. Em Lucas diz: "E,
estando em agonia, orava mais intensamente. E aconteceu que o seu
suor se tornou como gotas de sangue caindo sobre a terra." (Lc 22:44)
Todos os truques têm sido usados por escolas modernas para explicarem
esta fase, aparentemente seguindo a impressão que isto não podia
acontecer. No entanto, consegue-se muito consultando a literatura
médica. Apesar de muito raro, o fenômeno de suor de sangue é bem
documentado. Sujeito a um stress emocional, finos capilares nas
glândulas sudoríparas podem se romper, misturando assim o sangue com
o suor. Este processo poderia causar fraqueza e choque. Atenção
médica é necessária para prevenir hipotermia.
Após a prisão no meio da noite, Jesus foi levado ao Sinédrio e Caifás
o sumo sacerdote, onde sofreu o primeiro traumatismo físico. Jesus
foi esbofeteado na face por um soldado, por manter-se em silêncio ao
ser interrogado por Caifás. Os soldados do palácio tamparam seus
olhos e zombaram dele, pedindo para que identificasse quem o estava
batendo, e esbofeteavam a Sua face.
A condenação
De manhã cedo, Jesus, surrado e com hematomas, desidratado, e exausto
por não dormir, é levado ao Pretório da Fortaleza Antônia, o centro
de governo do Procurador da Judéia, Pôncio Pilatos. Você deve já
conhecer a tentativa de Pilatos de passar a responsabilidade para
Herodes Antipas, tetrarca da Judéia. Aparentemente, Jesus não sofreu
maus tratos nas mãos de Herodes e foi devolvido a Pilatos. Foi em
resposta aos gritos da multidão que Pilatos ordenou que Bar-Abbas
fosse solto e condenou Jesus ao açoite e à crucificação.
Há muita diferença de opinião entre autoridades sobre o fato incomum
de Jesus ser açoitado como um prelúdio à crucificação. A maioria dos
escritores romanos deste período não associam os dois. Muitos peritos
acreditam que Pilatos originalmente mandou que Jesus fosse açoitado
como o castigo completo dele. A pena de morte através de crucificação
só viria em resposta à acusação da multidão de que o Procurador não
estava defendendo César corretamente contra este pretendente que
supostamente reivindicou ser o Rei dos judeus.
Os preparativos para as chicotadas foram realizados quando o
prisioneiro era despido de suas roupas, e suas mãos amarradas a um
poste, acima de sua cabeça. É duvidoso se os Romanos teriam seguido
as leis judaicas quanto às chicotadas. Os judeus tinham uma lei
antiga que proibia mais de 40 (quarenta) chicotadas.
Leia o resto de A Crucificação de Cristo, a partir de um ponto de
vista médico http://www.hermeneutica.com/mensagens/crucificacao.html,
junto com dezenas de outras mensagens, pregações e ilustrações para a
Páscoa no site da Hermeneutica http://www.hermeneutica.com/mensagens/
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Este artigo foi traduzido por Dennis Downing para o site
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