1 – Uma Visão Panorâmica do AssuntoA tipologia é o estudo de figuras e símbolos bíblicos, especialmente de cerimônias e ordenanças do Antigo Testamento, que prefiguram a Dispensação da Graça: “as cousas celestes”. Um tipo é uma semelhança divinamente ordenada, pela qual as pessoas, objetos e eventos celestiais são demostrados pelo terrestre. Porém, para que uma coisa constitua tipo de outra, a primeira não só deve ter uma semelhança à segunda, mas na sua instituição original, deve ter sido determinado que tivesse esta semelhança (Marsh). “É aquilo que produz fé como modelo, como símbolo e exemplar”. Um antítipo é aquela coisa celestial ou realidade prefigurada pelo tipo. “É uma figura que representa outra”. 2 - Tipos 2. 1 - Três coisas envolvidas num tipo: · Uma coisa ou objeto material que representa uma outra de ordem elevada. · Esta coisa de ordem elevada representa o que passamos a chamar de antítipo ou realidade. · A obra do tipo se expressa pelo termo “representar ou prefigurar”. 2. 2 - Declarações bíblicas quanto à natureza dum tipo:· Sombra (Cl. 2:16 -17). · Modelo, exemplo (Hb. 8:4-5). · Sinal (Mt. 12:39). · Parábola, alegoria (Hb. 9:9). · Tipo (Rm. 5:14). 2. 3 - Provas bíblicas dum tipo:· Por declarações explícitas (Rm. 5:14) · Por trocar os nomes do tipo e antítipo; Adão (primeiro e segundo). I Co. 15:45; Páscoa (cordeiro - Cristo) Êx. 12; I Co 5:7. 2. 4 - Espécies de Tipos: Pessoas:· Antes da lei-Adão, Enoque, Melquisedeque (Rm. 5:14-19). · Sob a lei – Davi, Moisés (profeta mediador) Ap. 3:7 / Hb. 3:5. Coisas ou objetos materiais:· Coluna de nuvem (Êx. 13:21). · Maná (Êx. 16:15 / I Co.10:3). · A rocha (Êx. 17:6 / I Co. 10:4). · A serpente de metal (Nm. 21: 9 / Jo. 3:14 / II Co. 5:2). Atos e acontecimentos · A libertação do Egito. · A marcha pelo deserto. 3 - Tipos perpétuos · Circuncisão - Tipo da verdadeira circuncisão do coração (Cl. 2:11). · Sacrifícios - Tipo de Cristo, o perfeito e eterno sacrifício (Hb. 9:26). · Ritos e cerimonias. 4 - Valor dos tipos Agostinho disse: “O Novo Testamento acha-se no Antigo. O Antigo pelo Novo é explicado”. Serve para ensinar (ICo.10:11). A igreja prefigurada (Gn.2:24); (Eva) (Ef. 5:22-32). Fortalece convicção na inspiração das escrituras. Fortalece convicção nas profecias. Fortalece a santidade (ICo.1:6-13). 5 - Razões para estudar os Tipos Deus deu valor - O Espírito Santo desenhou os tipos. Compare: O Tabernáculo, o véu, tipo de Cristo. “O Espirito Santo, significando com isto que o caminho do Santo lugar não se tem manifestado, enquanto subsiste o primeiro Tabernáculo” (Hb. 9:8; comp. 6:19-20). Jesus falou dos tipos - Aos dois discípulos (Lc. 24:13-34). Só pelos tipos se entendem certos trechos do N.T. Sombras, Sangue, o tabernáculo, sacrifícios, festas. 6 - O Tabernáculo 6. 1 - Títulos dados ao Tabernáculo Santuário – Êx. 25:8-9. Chama a atenção ao caráter deste como lugar santo, o palácio do Grande Rei. Tenda – Êx. 40:2 / 39:33- 43. Tenda da Revelação - Nm. 18:4. Centro de Culto. Tenda do Testemunho – Nm. 9:15. Refere-se à arca onde estava a lei, o testemunho. Êx. 25:15. Santidade, culpa do homem e eficiência da expiação. Casa de Deus – (Jz. 18:31). Foi chamado, assim, na terra de Canãa. Templo do Senhor – 1Sm. 3:3. O tabernáculo, nessa ocasião, talvez já fosse maior. Santuário Terrestre – Hb. 9:1. Pertencia à Dispensação das cerimônias. Um tipo de Jesus. 6. 2 - A Morada de Deus com o Homem. Que Deus deseja morar com seu povo, se vê pelo fato de que, no Jardim do Éden, depois de interrompida a comunhão com o homem por causa do pecado, ele imediatamente começou a revelar um plano, que visasse a sua restauração. Esta revelação aumenta em beleza, gloria e intimidade desde o Gênesis ao Apocalipse. 7 - Tipo de Jesus “Far-me-ão um santuário para que eu habite no meio deles. Seguindo em tudo o que eu te mostrar, o modelo do tabernáculo, e o modelo de todos os seus móveis, assim mesmo farás” (Êx. 25: 8-9). Nesta passagem vemos: 1. A graça – Deus consentir que se faça um tabernáculo. 2. A ordem – Tudo deveria ser feito segundo o plano, por Deus estabelecido. Adão foi a primeira morada de Deus na terra, e veio a falhar. O descanso de Deus ficou interrompido. O plano de Deus é imutável, por conseguinte mandou seu Filho, segundo Adão. A graça e a ordem aqui reveladas mostram Jesus. O Tabernáculo é o tipo de Jesus. Aquele que era Deus (João 1.1), se fez carne (João 1.14), por própria vontade. Ele habitou entre os homens. Tomou sobre si a natureza humana, mas permanecia o Filho de Deus, igual a Deus em substância (Jo. 1.14 / Jo. 1.34 /Jo. 1.49 / Cl. 1.19). A plenitude de Deus morava em Jesus (majestade, poder e personalidade). Comp. Jo. 14:9 / 3:34 / 1:18 / Tm. 3:16 / Hb. 1:3 / Tt. 2:3 / Rm. 9:5 / Jo. 5:20. Assim em Cristo, o descanso de Deus é restaurado (Hb. 8:1). Descanso da redenção. Cristo é o verdadeiro Tabernáculo. 8 - A nuvem (Êxodo 40: 33-38).A nuvem cobria o Tabernáculo e quando se mudou, Israel mudou-se com ela. 8. 1 - Guia do Povo (Êx.13:20-22). Qual pastor de Israel. Israel, primeiramente recebeu redenção na noite da Páscoa. Depois recebeu direção (Êx.12:12-13, 41-42. Compare IPe.1:18-19 / Gl. 1:4 / Pe. 3:18 / Cl. 1:12-13). Tal qual Israel, depois da sua libertação do Egito, a igreja também é povo peregrino que precisa do Espírito Santo. Deus dirige o crente: Pela palavra - Sl. 119:105. Pelo Espírito – Jo. 16:13-15. 8. 2 - O Símbolo do Espírito Santo - Prometido por Jesus Jo. 14:16-18 / Mt. 28:20, veio no dia de Pentecostes (At. 2:3). Como o Pai criou tudo através do Filho (Hb 1:2), e como na terra o Filho manifestou o Pai. Assim, durante esta Dispensação, o Espírito Santo manifesta o Filho (Jo.16:13-15). Depois de receber a plenitude do Espírito Santo (At. 2.38), é o Espírito Santo que separa o crente do descrente (I Co. 6:19; comp. Êx. 14.19-20 / I Co. 3.14), como fez a nuvem entre Israel e os egípcios (ICo. 10:1). 8. 3 - O Escudo do Povo - Operava contra o poder do Faraó, Êx. 14.19-20. Paulo exortou a Igreja a revestir-se do escudo da fé (Ef. 6.16 / Pv. 19.10). O nome do Senhor é uma torre segura. 8. 4 - Sombra para o Povo (Nm.10: 34 / 14.4 / Sl.105:39). É um tipo de Jesus que nos protege dos fortes raios de sol das perseguições e tentações (Ct. 2.3). 8. 5 - O Oráculo Divino - Israel não se mudava, enquanto a nuvem não mudasse (Nm. 9:17-23 / Êx.29: 43-46). Assim a Igreja precisa reconhecer absoluta autoridade do Espírito Santo (Zc. 4:16). 8. 6 - O Aparecimento da Nuvem No Mar Vermelho. No Tabernáculo. No Templo de Salomão (IICr. 7:1-3 / Sl. 99:7). Em Jesus, no Monte da Transfiguração (Lc. 9:34). Na Ascensão de Jesus – pela última vez (At.1:9). Futuramente (Is. 4:5-6). No Milênio (Is. 40:5 / 60:19). 9 - As Cortinas do Átrio A descrição do Tabernáculo, no livro de Êxodo, inicia-se com a arca do Santo dos Santos, terminando com o altar de sacrifícios. A fim de esclarecer o assunto com a arca. O pátio era um espaço ao redor do Tabernáculo, mais ou menos de 50 metros por 25. Era fechado por cortinas feitas de linho retorcido, suspensas sobre 60 colunas, 20 em cada lado e 10 nas extremidades. As 4 colunas do lado oriental formavam a entrada, estas 4 colunas falavam da universidade (quatro direções) do Evangelho, e a entrada é plena para o povo de Deus. 9. 1 - As Vergas e Ganchos das Colunas (Êx. 27:17). Feitas de prata – símbolo de redenção (Êx. 30:11-16). O preço do resgate foi meio siclo de prata. Estes ganchos seguravam e davam estabilidade às cortinas. Sem estes teriam caído. Assim, sem a expiação e a redenção de Cristo, o cristianismo não poderia existir. 9. 2 - Os Capitéis das Colunas – Eram ornamentos feitos de prata. Pela redenção em Cristo Jesus, as nossas vidas recebem os ornamentos do Espírito, a graça, e as virtudes de Cristo. Como é bom ter o ornamento dum espírito manso e tranqüilo, que é de grande estima diante de Deus (I Pe. 3:4). 9. 3 - As Bases e as Colunas de Metal – Estas sustentam as cortinas. O metal representa o Juízo (Nm. 21.9; Ap. 1.15). É substância que resiste ao fogo, símbolo do Juízo Divino (Is. 29.6 / 30.30; 60:15). O suporte deste juízo não é a autojustiça do homem (Is. 64:6), mas sim, a justiça de Cristo (Rm. 3:22). 10 - A Entrada do ÁtrioHavia somente uma entrada. Isso nos diz que: “Não há salvação em nenhum outro, porque abaixo do céu não há outro nome dado entre os homens, em que devemos ser salvos” (Atos 4:12). A largura: Vinte côvados (mais ou menos 10 metros). Suficientes para todos. Representa Cristo, a Porta. Os 4 Evangelhos assim, apresentam Jesus (Jo. 10: 1-9). As Cortinas: Feitas de linho fino, retorcido, de estofo azul, púrpura e escarlate. Tipos da justiça, pureza e natureza celestial de Jesus Cristo. 11 - O Altar do Holocausto (Êx. 27:1-8 / 38:1-7 / 39:33 / 40:6-29 / 30:28). Significa um “Lugar elevado”. A primeira coisa que se via depois de entrar no Átrio era o altar de holocausto. Sem trazer um sacrifício pelo pecado para oferecer sobre este altar, não se alcançava nenhuma aceitação com Deus. Este altar é um tipo de Cristo na cruz, levantado, da mesma maneira, e, com o mesmo propósito, em que Moisés levantou a serpente no deserto. 1 - Israel foi levantado com Deus, pelo sacrifício neste altar. Assim, também nós fomos elevados a comunhão com Deus, pelo sacrifício de Jesus Cristo. 2 - O Sacrifício subia na fumaça. Um suave cheiro que agradava Deus (Lv.1:9). Jesus ofereceu-se como sacrifício (Ef.5:2). 11. 1 - Propósito do Altar Aqui, o inocente levou sobre si a punição do culpado. Da mesma maneira, Cristo levou, em seu corpo, no madeiro, os nossos pecados. Aqui, Jeová se encontrou com Israel; na cruz de Cristo, encontramo-nos com Deus (At. 2:33), “sendo este entregue pelo determinado conselho e presciência de Deus, vós o matastes, crucificando-o” (Hb. 9:26-28). Nenhum israelita poderia receber absolvição cerimonial sem oferecer a sua oferta, impondo a sua mão sobre a cabeça do animal, reconhecendo o valor da sua morte. Da mesma forma o homem tem privilégio de demonstrar fé na Vítima da Cruz, Cristo, recebendo-o como seu substituto perante Deus. Assim, pela fé em Jesus somos salvos, e regenerados (Jo 1:12-29 / Hb.9:22). Jesus continua ser o Cordeiro de Deus. A única entrada para o Tabernáculo, no céu, é pela sua morte. Boas obras, palavras bonitas, bons pensamentos, religião, filosofias, etc. não servem. Deus aceita o homem sim, através dos méritos dos sofrimentos e da morte de Jesus. 11. 2 - O Material - Madeira de acácia, setim coberto de cobre. Esta madeira achava-se crescendo no deserto, um tipo de Jesus, na sua humanidade, de origem humilde, qual raiz sai duma terra seca (Is. 53.2). O bronze é o tipo do juízo de Deus. 11. 3 - Os Chifres - Eram quatro, um em cada canto (Lv. 9:9) aspergidos com sangue. Os chifres, na palavra, representam poder. “Mas exaltará o meu poder como unicórnio (animal semelhante ao boi) (Sl. 92.10). O poder de Deus manifestado em ressuscitar Jesus da Morte. Pois também ele foi crucificado em fraqueza, mas vive pelo poder de Deus” (IICo.13:3- 4 / Hb. 7:25). Isto é, Jesus ressuscitou pelo poder que há em si mesmo, pois ele é Deus, ele é a ressurreição, ele é a vida. Aspergidos com sangue, apontados em direção aos quatro cantos do mundo, significam que o sangue de Jesus fez expiação para todas as nações e que há poder suficiente para toda necessidade de todas as pessoas do universo. 11. 4 - As Cinzas - Foram levadas para um lugar limpo (Lv. 6:10-11). O corpo de Cristo foi sepultado num túmulo novo que nunca fora ocupado. 11. 5 - O Fogo Símbolo, ou manifestação da santidade de Deus. (Êx. 3:5). Símbolo do juízo divino sobre o pecado. “Nosso Deus é um fogo consumidor” (Sodoma e Gomorra). Símbolo de purificação (Zc. 13:9 / Mt. 3:3). 11. 6 - Os Varais - O altar tinha dois varais, feitos de madeira, cobertos de cobre. A função destes era a de carregar o altar de lugar em lugar. Representam as duas partes do Evangelho, pelo qual a mensagem do Calvário é levada a todo o mundo; Que Cristo morreu pelos pecadores; Que cristo foi ressuscitado (ICo. 15:1-4 / I Co. 2:2). 12 - O Lavatório de Cobre Era o lugar de purificação, onde os sacerdotes se lavariam antes de entrarem no Tabernáculo (Êx. 30.17-21). A água é um tipo da Palavra de Deus, pela qual fomos purificados pelo poder do Espírito Santo (Jo. 15:3 / Ef. 5: 26 / Jo 3:5-7 / ITs. 1:5). No ministério sacerdotal, o sacerdote tomava banho, sendo lavado o corpo todo (Êx. 29: 4 / 40:11 / Lv. 8:6). Isto representa a regeneração, “não por obras de justiça que nós fizemos, mas segundo a sua misericórdia, pela lavagem de renovação do Espírito Santo” (Tito 3: 5). “Cheguemos com o coração sincero em plena certeza da fé, tendo os nossos corpos lavados com água pura” (Hb. 10:12). Gerado pela Palavra da Verdade (Pe. 1:23 / Tiago 1:18). Depois da consagração, os sacerdotes lavavam somente as mãos e os pés, antes de entrarem no Santuário. Este ato é um tipo da purificação por contato com mundo. Antes de Celebrar a Páscoa e a Ceia com seus discípulos, Jesus lavou os pés deles e disse: “Aquele que já se banhou (o corpo todo), não tem necessidade de lavar senão os pés, porém está todo limpo, e vós estais limpos” (Jo. 13:10). A lavagem da regeneração realiza-se uma só vez, mas a purificação da contaminação com o mundo é um processo continuo, sem o qual é impossível ter comunhão perfeita com Deus. 12. 1 - O Tamanho - O tamanho não é revelado. Este fato sugere que a santificação em Deus não tem tamanho ou limite, quanto mais nos purificar, melhor. 12. 2 - Nunca Coberto - O lavatório nunca foi coberto, nem durante a marcha e nem ao estarem acampados. A Palavra de Deus é uma revelação e não um mistério encoberto como alguns religiosos ensinam. 13 - O Tabernáculo Próprio TIPO: Da igreja, como habitação de Deus pelo Espírito Santo. Do crente, individualmente, como Templo do Espírito Santo. Das coisas Celestiais. 13. 1 - As Cortinas do Tabernáculo (Êx. 26:1-14) Peles de animais marinhos (Êx. 26:14). Era a cortina exterior, sem forma ou medida específica. De cor cinzenta, faltava-lhe beleza. Um tipo de Jesus Cristo, visto pelos homens: “O Carpinteiro” e o “Nazareno”. Peles de carneiro tintas de vermelho (Êx. 26:14). Colocada por baixo da cortina de peles de animais marinhos. O carneiro simbolizava “substituição” (Gn. 22:13-23). O carneiro substituiu Isaque no altar do monte Moriá. Tipo de Jesus (IPe. 3:18 / 2:21 / ICo. 15: 3-4 / Gl.1:4 / Rm. 5:8 / Is. 53:6 / Jo. 3:16). · As cortinas de linho fino retorcido Eram cortinas interiores, colocadas debaixo dos pelos de cabras, bordados em azul, púrpura, escarlate, com figuras dos querubins (Êx. 26:1-6). O linho é produto do reino vegetal e representa a humanidade de Jesus. 13. 2 - Significados das cores: Azul – Cristo Celestial, da natureza divina. Púrpura – Cristo, O rei. Escarlate – Cristo, o sofredor. Sua morte. Esta cor foi obtida de um bichinho de cor escarlate. Foi esmagado para fornecer o corante. Conforme Cristo, chamado de “VERME” em SI. 22: 6, esmagado debaixo do peso dos nossos pecados, derramando o Seu sangue escarlate que nos purifica. Branco – Cristo, o puro imaculado. 13. 3 - Significado dos querubins: A palavra “querube” significa FORÇA ou PODER. Os querubins são seres celestiais executores da Vontade de Deus (Ap. 7 a 19 / Mt.13:14-42). Assim representam a Divindade de Jesus, o Filho do Homem. Na palavra observamos os querubins de 4 faces (Ez. 1:5-10 / Ap. 4:6-8). Vejamos: Face do Leão – Tipo do poder e Glória Real. De boi – Tipo de força para trabalhar e servir. De homem – Simboliza a simpatia e Inteligência De águia – Voa às alturas. Tipo de poder, da suprema percepção celestial. Todas representam Cristo nos quatro Evangelhos: Mateus apresenta Jesus como o Leão da tribo de Judá, o Rei de Israel. Lucas apresenta Jesus como Filho do Homem, simpatizante, amoroso e exemplo perfeito. Marcos apresenta-o paciente como o boi, servindo a humanidade. João apresenta-o como Filho de Deus, voltado ao lugar de onde saiu, o seio do Pai. 14 - A Mesa dos pães da proposição (Êx. 25:23-30). 14. 1 - Material – Madeira de acácia coberta com ouro. Tinha duas coroas, um dentro da outra. Havia quatro argolas, nos quatros cantos, pela quais passaram os varões usados para o transporte da mesa nas jornadas. Doze pães foram colocados na mesa, um para cada tribo, em duas fileiras de 6 cada. Sobre estes, deitava-se franquincenso, pois eram considerados ofertas ao Senhor. A mesa e os pães eram considerados uma só cousa. Quando se falava da mesa, incluía-se os pães. A igreja é chamada “um só Pão” (ICo. 10:17). Cristo e sua igreja são um só (ICo. 12:12). Cristo como a mesa, sustenta a sua igreja e a apresenta como pão perante Deus Pai (Judas 24.25). 15 - O Candeeiro de Ouro A finalidade do candeeiro era fornecer luz, que revela, purifica, sara e serve para crescimento. Aqui vemos Jesus a luz do mundo, nosso instrutor e guia. “Eu sou a luz do mundo, quem me segue, de modo nenhum andará nas trevas” (Jo. 8:12). O candeeiro era feito de ouro puro, maciço. Foi feito de uma só peça, não fundido, mas sim batido (Nm. 8: 4). Este processo de bater representa os sofrimentos de Jesus, o esmagamento e tristeza dos pecados de todo o mundo que ele levou. “Jeová fez cair sobre Ele a iniquidade de todos nós” (Is. 53:6). O candeeiro também é tipo de Igreja. “Vós sois a luz do mundo” (Mt. 5:14 / Lc. 35 / Fl. 2:15). Os sete candeeiros de Apocalipse 1.12-20 / 2:5 (O Candeeiro de Êfeso estava apagando-se). Na parábola da moeda perdida (Lc. 15), vemos a mulher acender a luz e varrer a sua casa. Ela representa a igreja buscando a alma perdida à luz da Palavra. 15. 1 - O óleo do candeeiro – (Êx. 27:20) – Era um óleo especial, usado para ungir. Cristo foi ungido com óleo especial, o Espírito Santo que foi derramando sem medida sobre Jesus (Jo 4:34). A igreja, como luz do mundo, também precisa deste óleo especial. 16 - O Altar de Incenso (Êx. 30:1-10, 34-36). O altar de incenso era um lugar de adoração, de culto e louvor. Sacrifícios não eram oferecidos neste lugar. Tipo de Cristo, em cujo nome as nossas orações sobem a Deus. Material – Madeira de acácia coberta com ouro. Tipo da humanidade e da divindade. Posição – No Lugar Santo, em frente ao véu e a arca. Isto representa Cristo, nosso caminho ao Pai. “Pois por ele temos ambos a nossa entrada ao Pai” (Ef. 2:18). Os chifres (símbolo do poder) – Um em cada canto. Aspergido com sangue uma vez por ano. Isto representa o poder do sangue de Jesus, que nunca perde a sua eficiência (Êx. 30.10 / Hb. 9:14). O Incenso – Tipo da oração (SI 141:2 / Ap. 5:8). Queimado continuamente Ef. 6:18. A relação entre dois altares (Êx. 30:10 / Lv. 16:12). O fogo que queimou o incenso veio do altar de cobre. Assim vemos que o valor e a potência da oração de Jesus dependia do sacrifício de si mesmo na cruz. Se não morresse em nosso lugar, não teria intercedido por nós. O sacerdócio de Jesus vigorou oficialmente desde a ressurreição (ICo. 15:1 / Lv. 16:12-27). O Incenso foi oferecido por Arão (Vs. 7-8) – Tipo de Cristo (Hb. 9:24 / 8:1). Arão ofereceu incenso só por Israel. Cristo orou só pelos seus (Jo 17:9). Neste capítulo 17, vemos Jesus, o Sumo-sacerdote, oferecendo o incenso de oração. Que separação isto constitui entre nós e o mundo! Que Bênção ter Jesus intercedendo por nós! O valor da oração de Jesus, vemos na oração de Pedro (Lc. 22:31-32), que a fé não desfalece. E Pedro não falhou, embora fosse duramente tentado, e negasse 3 vezes. Jesus não só ora por nós, mas toma as nossas orações e as apresenta juntas com as suas, perante o Trono do Pai (Ap. 8:3 / Jo 14:6 / Co. 3:17 / Ap. 5:8). Composição · Estoraque – Uma substância que sai de uma árvore nos montes de Gileade. Saía sem incisão. Tipo da espontaneidade de oração e louvor. A plenitude do Espírito Santo produz esta espontaneidade no crente (Ef. 5:18-20). · Onicha – Tirada dum certo caranguejo do fundo do Mar Vermelho. A verdadeira oração deve sair das profundezas do coração. · Galbano – Veio das folhas dum arbusto da Síria. Estas foram quebradas e moídas, produzindo uma seiva rala. A oração e o louvor devem sair dum coração quebrantado (Sl. 51:17). · Franquicenso – Amargo ao paladar. Derivado de uma pequena árvore, por incisão, à tarde, para que durante a noite saísse lentamente. Fala da fragrância do sofrimento de Jesus. Seu lado ferido. Só pelos méritos da morte de Jesus é que nossas orações têm valor. 17 - O Véu (Êx. 26:31-35) O material do véu era de Estofo azul, púrpura, escarlate e linho fino, indicando outra vez que veio do céu, Jesus que deu o seu sangue, Jesus, o Justo, e Jesus o Rei Vindouro. Aqui vemos as belezas do Seu caráter. Tipo de Jesus na Humanidade (Hb. 10:19-20). Vimos, anteriormente, que a entrada, ao pátio do Tabernáculo, sugere Jesus, o caminho. O véu sugere, por sua vez, Jesus e sua vida (Jo. 14.6). “Portanto irmãos, tendo confiança de entramos no Santo Lugar pelo sangue de Jesus, pelo caminho que nos inaugurou, caminho novo e de vida, pelo véu, isto é pela sua carne” (Seu corpo ou humanidade) (Hb.10:19-20). A arca, dentro do lugar Santíssimo era símbolo da Majestosa Presença Divina, onde permanecia a glória entre os querubins. O véu também tinha um bordado, nele as figuras dos querubins, representando o fato de que em Jesus a divindade estava com a humanidade. Esta duplicidade de natureza, em Jesus, está declarada nas seguintes passagens (ITm.3:16 / IICo. 5:19 / Cl. 2:9). Esta glória divina (shekinah) residia em Jesus e foi manifestada no monte da Transfiguração, quando resplandeceu através de sua carne (Mt.17:1-8). Era a glória que havia na nuvem e entre os querubins da arca do Tabernáculo. Enquanto este “véu” (a carne de Jesus) não foi rasgado, era uma separação entre Deus e os homens, testemunha concreta da grande distância ente os dois. A encarnação podia revelar ao homem a pureza absoluta, o exemplo infinito, e a vida perfeita de Jesus, mas por si não podia trazer Deus ao homem, nem levar o homem a Deus. Se Jesus tivesse subido ao Pai, na hora da Transfiguração teria ficado na mente do povo a lembrança de um homem perfeito. Porém, a distância entre o homem e Deus teria permanecido a mesma e o homem teria perecido em seu pecado. Havia só um meio de reconciliar o homem com Deus e efetuar uma entrada para ele no céu, isto é, pelo véu rasgado, ou seja, através da morte de Jesus. Esta verdade era simbolizada anualmente na cerimônia do “Dia da Expiação”, quando o sumo sacerdote matava um boi e um bode no altar de bronze e trazia o seu sangue na bacia, aspergindo-o sobre o propiciatório da arca, dentro do véu. Era o sangue e não a beleza do véu, nem sua composição que garantia a sua vida. Assim, Cristo entrou no céu com o seu sangue e efetuou a redenção eterna por nós (Hb. 9.12; 10.19-22). Aqui, então vemos o verdadeiro véu, a entrada para o céu – Jesus. O caminho, a verdade e vida (João 14.6). 17. 1 - O véu rasgado (Mt. 27:50-51 / Mc.15:37-38 / Lc. 23:45). O véu do Templo de Herodes, dizem as autoridades nos assuntos judaicos, foi feito de material forte, com espessura de quatro polegadas (aproximadamente 10 cm.). Opinam que um par de bois não poderia rasgar aquele véu. Nem que o homem pudesse ter rasgado o véu de baixo para cima, somente Deus podia rasgá-lo de cima pra baixo. Isto significa que a morte de Jesus, que é nosso caminho em direção a Deus, foi de Deus e não do homem (Jo 10:18 / Sl. 22:15 / 38:2 / 39:9 / 42:7 / 88:16 / 102:23 / Is. 53:10 / Zc.13:7 / Lm.1:12-14 / I Jo. 4:9). O véu rasgado, a hora do sacrifício da tarde, às três horas (Mt. 27:46). O cordeiro estava no altar. Jesus, certamente, da cruz do Calvário podia ver a fumaça subindo do Templo (ICo.5:7). Quando Ele exclamou: “Está consumado”, rasgado foi o véu. E entregou o seu espírito a Deus (Mt. 27:50). Ele expediu seu espírito (Jo. 10:30 / Lc. 23:46). Tão triunfante foi sua exclamação que o centurião ficou impressionado (Mc.15:39). Assim, a barreira entre Deus e o homem tornou-se em caminho. O véu rasgado de alto a baixo significa que o caminho a Deus é inteiramente uma obra divina, e que não é possível o homem ser salvo por si mesmo. Hoje, Jesus está sentado à destra de Deus, Ele fez um serviço completo que nunca precisa ser repetido (Rm. 6:9-10 / Hb.10:10-14). Vejamos o contraste com o sistema falso da missa católica que crucifica de novo. Jesus é nosso representante no céu. Vemos que a figura de um crucifixo é uma mensagem negativa, pois apresenta um Cristo morto, quando ele está vivo! O véu rasgado foi também um protesto divino contra o formalismo dos judeus. (Is.1:11-15 / Jo. 4:24). Até os túmulos se abriram em testemunho do fato de que Jesus é quem abriu a saída do túmulo, da morte e pecado. Aleluia! 18 - O Lugar Santíssimo A morada de Deus, tipo do céu onde Deus habita (Hb. 9:24 / 10.19). Também tipo de Jesus em quem habitava a plenitude da divindade (Cl.1:19 / Jo.14:6 / 1:14). Lugar de Esplendor - O ouro das tábuas, as figuras dos querubins, no véu e cortina, que formava o teto, a glória entre os querubins por cima da arca. Tudo isto falava de Jesus, a glória de Deus. O Progresso - Notemos o progresso desde a entrada do pátio, comparando-se com o progresso da vida cristã (Pv. 4:18). Ao altar de cobre julgou-se o pecado, à pia efetuou-se a purificação; o lugar santo proveu luz, alimentação e comunhão, o Lugar Santíssimo proveu a glória do Rei. (Sl.43:3-4). A ordem é esta: Altar de Madeira, Pia de Cobre, Propiciatório de Ouro Puro. No mundo, a ordem é contraria: reino de ouro (Babilônia), reino da prata (Anti-Cristo - Daniel 2). “Quão inescrutáveis são os seus juízos e quão impenetráveis os seus caminhos” (Rm 11:33). 19 - A Arca (Êx. 25:10-16). A arca era uma espécie de caixa de dois côvados de comprimento, um côvado e meio de largura e um côvado e meio de altura. O material empregado era madeira da acácia coberta de ouro. Símbolo de Jesus - Madeira incorruptível - A natureza humana perfeita de Jesus. Ouro – Divindade de Jesus. Dualidade de naturezas, mas uma só personalidade. 19. 1 - Um Depositário As duas Tábuas da Lei - Foi chamada a “arca da aliança” porque era o depositário das duas tábuas da lei. Foi feita para a lei (Êx. 25:16). As primeiras tábuas foram quebradas por Moisés pois, moralmente já haviam sido quebradas. Quando recebeu as novas tábuas, guardou-as imediatamente. Na arca acharam repouso e nunca se quebraram (Dt. 10:1-5). A lei não teve por propósito salvar os homens, mas sim revelar o pecado (Gl.2:16 / 3:19). A arca como depositário das tábuas é tipo de Jesus que perfeitamente guardou a lei no Seu coração (Sl. 40:6-8). Nasceu debaixo da lei (Gl.4:4), na vontade do Pai, efetuou a salvação no sacrifício do corpo que tomou sobre si. O pote de Maná – Simbolizava Jesus, o Pão vivo que desceu do céu (Jo. 6:30-35), simbolizavam o sacerdócio vivo e frutífero de Jesus (Hb.7:24-25). A bordadura de Ouro representa Jesus, o Rei coroado de Glória. Nasceu Rei (Mt. 2.2). Declarou-se Rei (Jo. 12:13-15). Oferecido por Pilatos como Rei (Jo. 19:24). Crucificado como Rei. Recebido nos céus como Rei (Sl.110:1). Visto no céu como Rei. Deus estabelecerá o Seu trono no Monte Sião (Sl.2:6). Jesus voltará como Rei dos reis e Senhor dos senhores (Ap.19:16). Jesus é entronização de Deus na humanidade perfeita. · Quem guardou perfeitamente a lei do Sinai. · O corpo preparado. · O pão do céu · Sacerdote para sempre. · Rei dos judeus. · Rei dos reis · Homem imortal. · Verdadeiro Deus. Aleluia. 19. 2 - Os nomes da Arca · Arca do Testemunho (Êxodo 25:22). · Arca da Aliança (Nm. 10:33). · Arca do Senhor Jeová (I Reis 2:26). · Arca de Deus (I Samuel 3:3). · Arca Sagrada (II Crônicas 35:3). · Arca da Tua Fortaleza (Salmo 132:8). · Arca de Jeová, vosso Deus (Js. 3:3). 19. 3 - Representa a Presença de Benção de Deus · Guiando o povo (Nm. 10:35). · Comunicando com o povo (Ex.25:22); o lugar de revelação (7:6). · Habitando com o povo (Lv. 26:12). · Dando vitória (Js. 3:3-4). A travessia milagrosa do Rio Jordão. · Destruição de Jericó (Josué 6). 19. 4 - O Propiciatório (Ex. 25:17-21) – O Propiciatório era a tampa de ouro maciço que foi encaixada na arca. Nas suas duas extremidades foram colocados dois querubins de ouro maciço, da mesma peça. Olhavam ao propiciatório e suas asas formavam uma cobertura sobre a luz “Shekinah” que brilhava entre os querubins. O ouro batido representa os sacrifícios de Jesus, nosso propiciatório. Propiciação é a ação ou efeito de tornar propício. Os querubins representam a supremacia divina sobre os poderes naturais (Mt. 28.18). Os querubins de ouro olhavam, não para fora, para ver a perversidade de Israel, mas sim para o propiciatório, espargido com sangue (Lv. 16.14) e que, segundo o propósito divino, era o lugar de encontro dele com o representante do povo (Êx. 25:22). Assim, o propiciatório é um símbolo de Cristo crucificado. O lugar de encontro entre Deus e os homens. Como o Sumo Sacerdote aspergia o sangue do sacrifício no propiciatório no Dia da Expiação (Lv. 16:12-14), assim Jesus aspergiu o seu próprio sangue no propiciatório do céu, o trono de Deus, que de trono de juízo se tornou em trono de graça (Hb. 9:12 / II Co. 5.21 / Is. 53:10 / Hb. 6:20 / 4:14-16). Os pecadores ficam cobertos (Sl. 32.1). Os querubins olhavam as tábuas da lei através do sangue. Assim Deus nos vê através do sangue do seu Filho Jesus. A lei ficou coberta e escondida. A expiação significa “Cobrir”, no hebraico. Os nossos pecados são cobertos (Gl.3:13). O juízo ficou suspenso, a sentença anulada, a Lei satisfeita e o pecador salvo. 19. 5 - A historia da Arca. Arca e a travessia do Rio Jordão (Js. 3:7-18). A Arca e a tomada de Jericó (Josué 6.6:11-20). A causa: Pecado de Hofni e Finéias, filhos de Eli. A Arca e Dagon (I Samuel 5). Dagon caído perante a arca de Jeová. Prefigura o dia quando toda idolatria terá caído perante o Senhor. A arca e a casa de Obed-Edom (II Sm. 6:1-11). Trazida por Davi depois, à Jerusalém (II Sm. 6:12). Depositada no Templo de Salomão. Depois da destruição deste templo não há mais notícia da arca. 20 - O Incensário de Ouro O Incensário foi feito de ouro puro. Usado por Arão no dia da expiação no Lugar Santíssimo (Lv. 16.12). Brasas vivas foram tiradas do altar do sacrifício e colocadas no incensário. O incenso foi queimado por este fogo perante o Senhor. O incenso é o tipo de oração. Arão tipifica Jesus, nossas orações e petições, qual incenso, perante o Pai. 21 - O Sumo Sacerdote (Ex. 28:1 / Hb. 7:1-28).21. 1 - Definição (Hb. 5:1-2). Dentre os homens. Ordenado a favor dos homens. Oferecer sacrifícios e dons pelos os homens. Cheio de compaixão. 21. 2 - O serviço de Cristo Serviço por nós (Morte, oração, expiação etc.). Nossa justiça (Jr. 23:6 / I Jo. 4:17). Nosso Advogado (I Jo. 2:1). Inclui-se a idéia de defender-nos do “Promotor” que nos acusa, que é o Satanás (Jo. 1.6-12 / Zc. 3:1-4 / Ap. 12:3-10). Nosso confessor (I Jo.1:9-10) Nosso intercessor (Hb. 7:25). Ora pelos seus (Jo. 17). Nossa vida (Cl. 3:4). Nosso percurso (Hb. 6:20) Nossa garantia. 21. 3 - As Vestiduras do Sacerdote As vestiduras do sacerdote eram chamadas “sagradas” (Êx. 28:2) e para “glória e formosura”. Eram usadas, não para conforto, mas sim para revelar o caráter e a natureza de Jesus Cristo, de quem era o tipo. Foram colocadas na seguinte ordem: 21. 4 - A Túnica de Linho Fino (Êx. 28:39). A primeira a ser colocada era feita de linho tecido (Êx. 30: 27). Representa a pureza, perfeição e justiça imaculada de Jesus (Ap. 19:8). O testemunho concernente a Jesus é universal. Assim, opinaram sobre ele: · Pilatos: “eu não acho crime algum” (Jo. 18:38 / 19:4). · Esposa de Pilatos: “Não te envolvas com este justo” (Mt. 27:19). · O ladrão “este nenhum mal fez” (Lc. 23:39-41). · Herodes (por Pilatos) “Nem tão pouco Herodes… nada contra ele se verificou” ( Lc. 23:15) · O centurião: Verdadeiramente este homem era filho de Deus” (Mc.15:39). · Estevão “O justo” (atos 7:52). · Pedro “O Santo, O Justo” (atos 3.14). “Ele não cometeu pecado, nem tão pouco foi achado engano em sua boca” (I Pe. 2:22). · João “Nele não há pecado” (I Jo. 3:5). · Paulo “aquele que não conheceu o pecado” (IICr. 5:21). · Demônios do poço do abismo: · “Filho de Deus” (Mt. 8:29) · “Bem sei que és o santo de Deus" (Mc. 1:13-24). · “Que tenho eu contigo, Jesus, Filho de Deus Altíssimo” (Mc. 5:6-7). · “Jesus, filho do Deus Altíssimo" (Lc. 8:28). · Deus Pai: "Este é o meu filho Amado em quem me comprazo. Ouvi-o" (Mt. 17:5 / Hb. 1:8-12). · Testemunho de si próprio. “Qual de vós me convence de pecado” (João 8:46). · Os oficiais que vieram prendê-lo: “Nunca homem algum falou como este homem” (Jo. 7:46). · O público. “Ele tudo tem feito bem” (Mc. 7:37). 21. 5 - O cinto de linho fino (Êx. 39:29). Amarrado sobre túnica de linho, o cinto simbolizava serviço (Lc. 17.8; Is. 22.21). Representa Jesus, o servo. Deus acerca dele disse: “meu servo” (Is.42,1). Paulo disse que Jesus tomou a forma de servo, (Fp. 2:6-7 / Mt.20:28 / Lc 22:27). A vida de Jesus era a vida de servo. (Mc. 1:37). Anunciou-se como o “Enviado”(O servo). Em João 13:1-14, vemos Jesus cingindo com a toalha, lavando os pés dos discípulos, demostrando que veio servir à humanidade, lavar os defeitos dela, contraídas pelo contato com a “Poeira” deste mundo (seus atos, pensamentos e palavras rebeldes contra a vontade de Deus). O crente deve tomar a sua posição de servo como Cristo deixou o exemplo e servir o próximo (Vs.14-15). 21. 6 - O manto de Éfode Ex. 28.31-35. O manto foi feito de estofo, de uma só cor, azul. Era uma só peça de cima em baixo. Em cima havia abertura para a cabeça, dobrada de forma que não pudesse ser rompida. · Símbolo de posição, caráter e ofício. Juízo (Jo. 29:14). Zelo (Is. 59:17). Justiça (Is. 61:10). Sendo o manto especialmente a vestimenta do sacerdócio e sendo Jesus o nosso grande Sumo-sacerdote, o manto simbolizava o seu ofício, e o seu caráter perfeito. · A cor azul representa Jesus o homem celestial, vindo do céu. Ele falou do céu. Levantou os olhos ao céu. Representou o céu. Andou para o céu. Teve o céu sempre em seus pensamentos. Note o contraste com o primeiro Adão que era “terreno” (I Co. 15:45-49). Aqui, Jesus não tinha morada, possessões, tesouros. Foi a encarnação da graça (Sl.45:2). Dos seus lábios saiu o “bálsamo” de Gileade. Com ele veio a graça e a verdade. (Jo. 1:17). Com razão usamos a saudação: “A graça de nosso Senhor Jesus Cristo”. · As campainhas de ouro nas orlas. Representam o falar, o testemunho e as palavras de Jesus (Jo.7:46). Quando o Sumo Sacerdote entrava no lugar Santíssimo, ouvia-se um som alegre (um eco, diz no grego) (Atos 2:2). No cenário, onde os discípulos foram batizados com o Espírito Santo (Atos 2:32-36). No pleno sentido do seu ministério, as campainhas representavam os 9 dons do Espírito Santo (ICo. 12 e 14). · As romãs nas orlas. Se as campainhas representam os dons do Espírito Santo, as romãs representam os frutos do Espírito Santo (Gl.5:22), que se manifestaram em igual número (Nove). Tanto dons, como frutos são evidências do ministério eficaz de Jesus no céu a favor da igreja. Deve haver um balanço entre os dons e os frutos (I Co. 13). Como havia no manto uma campainha e uma romã. Os frutos do Espírito Santo devem acompanhar os nossos frutos. 21. 7 - O Éfode ou Estola (Êx. 28:6-30 / 39:2). Era a vestimenta exterior, sem manga. Uma espécie de colete, descendo para baixo da cintura. Era feito de duas peças, de frente e das costas. Estas duas peças eram ligadas aos ombros com duas pedras de onicha. Em cada uma dessas pedras estavam escritos os nomes de seis tribos de Israel. À cintura havia outro cinto “primorosamente” tecido, feito de ouro, estofo azul, púrpura, escarlata e linho fino retorcido. O Éfode foi feito de ouro bem batido e feito em fios que foram tecidos junto ao linho retorcido, o estofo azul, a púrpura e o escarlate. Era uma vestimenta reluzente e gloriosa. O ouro, como nas demais peças do Tabernáculo, representam a natureza divina de Jesus e o linho a natureza humana. Eram duas naturezas, mas um só éfode. Nos evangelhos vemos Jesus, o homem, com corpo, sofrendo fome, cansaço, tristeza, etc., mas também o Filho de Deus, o grande “Eu Sou”, operando milagres, levantando os mortos, mandando nas forcas da natureza (Gravitação, densidade, e nos animais). Não se pode separar as duas naturezas de Jesus sem destruir o Éfode. Claramente a revelação divina da Bíblia é Jesus, o Deus-Homem. As duas pedras preciosas de onicha, nos ombros, são símbolos de poder. O Bom Pastor leva a ovelha desgarrada no ombro (Lucas 15:3-7 / Is. 26:4 / 9:6 / Jo.17). Jesus leva-nos em seus ombros perante o Pai (Jd. 1-24). 21. 8 - O Peitoral (Êx. 28:15-30). O peitoral era ligado no Éfode. Era uma espécie de saco, feito dos mesmos materiais: ouro, púrpura, escarlate e linho fino. Nele havia doze pedras, de quatro fileiras, três em cada fileira. Em cada pedra foi gravado o nome de uma tribo. No saco foram colocados os objetos chamados “Urim e Tumim”, que significam “Luzes e Perfeitos”. Por consultá-los, o sacerdote podia conhecer a vontade de Deus. O peitoral foi colocado na frente do Éfode, um pouco acima do cinto “primorosamente tecido”. O peitoral era quadrado, de um palmo de cada lado. A mensagem do peitoral é que Jesus, nosso Sumo-sacerdote, leva o seu povo no seu coração, como Arão levava individualmente os nomes das doze tribos (Gl.3:3 / Hb:2.14 / Ef. 2:6). O trabalho sacerdotal de Cristo não é formalista, mas sim amoroso e sincero. Ele realmente ama seu povo, intercedendo por ele com alegria (Jd. 2.24). Os nomes das tribos nas pedras nos ombros vieram na ordem do seu acampamento ou na marcha. As pedras nos ombros eram de igual valor, e as pedras do peitoral de valor diverso. Estes fatos sugerem a verdade que por nascimento e regeneração, somos todos iguais perante Jesus (Gl. 3:26), resgatados todos com o mesmo sangue. Somos todos como “pedras preciosas” para Ele (Ml. 3:17 / I Co.6:20). Mas havia pedras mais perto e outras mais longe do coração de Arão. Assim, entende-se que há discípulos que querem se aproximar mais de Jesus, e outros ficam mais afastados dele. Entre os 70 discípulos existiam 12, mais próximos dEle, e entre os 12, havia três especiais: Pedro, Tiago e João, e ainda entre eles, João “o discípulo que Jesus tanto amava”, e que descansava no seu peito (Jo. 20.20). Paulo foi outro apóstolo que era íntimo de Cristo (Fp. 3:3-10 / II Co. 5:9). É claro que há diferença entre crentes. Alguns são mais agradáveis ao Senhor, dependendo da sua vida, do seu amor e do seu serviço (Gl. 5:25 / Cl. 3:1-3). O resplendor das pedras representava a glória de Jesus (João 17:22). O Urim e Tumim que se colocava no peitoral (Lv. 8:8) eram usados pelo sumo-sacerdote para saber a vontade de Deus e assim, tornou-se o conselheiro do povo em tempos de perplexidade. Por exemplo, quando precisavam decidir casos de inocência ou culpas. Embora, pouco sabemos do seu verdadeiro uso em tempos posteriores, compreendemos que, como os demais artigos do sacerdócio arônico, eles representam a direção divina do Espírito Santo. O Urim e Turim desapareceram, mas o Espírito Santo permanece conosco para sempre (Jo. 14:16 / I Co. 2:10). 21. 9 - A Mitra (Êx. 39.28; 28.39). A palavra “mitra” vem do hebraico e significa “enrolar”. O linho Fino da Mitra foi enrolado ao redor da cabeça de Arão em forma de turbante. Esta mitra significava a obediência de Jesus à seu Pai. Uma cobertura na cabeça (no Novo Testamento) significa obediência (I Co. 11:2-16). Jesus era obediente (Fp. 2:8) conf. Isaías 42:1, que contraste forte com o Anti-Cristo que tudo faz segundo a sua própria vontade (Daniel 11:36 / II Ts. 2:4). É pela perfeita obediência de Jesus a Seu Pai que o homem recebeu redenção. Na parte dianteira da mitra, numa fita azul, foi colocada uma “lâmina de ouro puro” na qual foi gravada “Santidade a Jeová” (Êx. 28:36-38). Esta lâmina foi à última peça das vestimentas gloriosas de Arão. Estando ele ali na presença do Senhor, esta lâmina refletia santidade do povo de Deus. Nisto ele representa Jesus, que está na presença de Deus como nossa justiça e santidade (II Co. 5:21). Na sua santidade temos a santidade (Ef. 1:4). Como no Tabernáculo, Deus via Israel como que na pessoa do Sumo-sacerdote, Assim Deus nos vê na pessoa do Seu Filho Jesus (I João 4:17). 21. 10 - Estudo resumido das vestiduras de “Glória e Formosura” · Túnica de linho - O Imaculado. · Cinto de Linho - O servo. · Manto de Éfode - O celestial, cheio de graça. · O Éfode - O Deus-Homem. · As Pedras nos ombros - Aquele que fortalece e sustenta. · O peitoral - O amoroso. · A mitra - O obediente. · A lâmina de ouro - O santo. 22 - A consagração dos Sacerdotes (Lv. 8). Neste capítulo 8 de Levítico, vemos instalados no sacerdócio, Arão e seus filhos. 22. 1 - Arão lavado, junto com seus filhos. Aplicada a água por Moisés. Água que é símbolo da Palavra, significa que os crentes, sacerdotes com Cristo, são unidos com ele na santificação (Hb. 2:11). A unidade essencial entre Jesus e Sua Igreja é uma verdade, bem declarada no Novo Testamento (Jo. 17:19). Antes de servir no sacerdócio, precisamos despir-nos das vestiduras da carne. “Frutificai-vos os que levais os vasos de Jeová” (Is 52:11). 22. 2 - Arão consagrado primeiro. Foi vestido publicamente por Moisés, primeiro, em separado. Assim, o mundo tem visto em Jesus uma singularidade de pessoa e ministério. Ele é diferente de todos os demais homens da história, verdadeiro Deus e homem perfeito. Arão foi ungido com óleo (verso 10), tipo de Jesus ungido com o Espírito Santo (Mc. 3:13-17 / Lc. 4:18). 22. 3 - Arão e seus Filhos Santificados pelo Sangue. · Sobre a ponta da orelha direita (V.23). A orelha representa o ouvir a Deus (Mc. 4:24 / Lc.8:18). Não temos direito aos nossos ouvidos, mas devemos consagrá-los ao Senhor (Mt. 3.19 / Ap. 2:7). Quais sacerdotes, somos crucificados, ressuscitados e sentados com Jesus (Éf. 2:5-8). · Sobre o dedo polegar da mão direita. Representa o nosso serviço que deve ser completamente consagrado ao Senhor (Êx. 32.29) “Enchei as vossas mãos ao Senhor” (I Cr. 29.5) confronte Êx. 23:15 e 34:20 / Dt. 16:16. · Sobre o dedo polegar do pé direito. Representa o nosso andar consagrado ao Senhor. Não podemos ir onde queremos, mas sim onde o nosso Senhor nos mandar (ICo. 6:19-20). · Consagrados com ofertas pelo pecado, ofertas queimadas e as movidas perante o Senhor (Lv. 8:2-25-29). Representa o fato que nosso ministério estará sempre intimamente ligado com a morte e a ressurreição de Cristo. · Arão e seus filhos ungidos com óleo (Lv. 8.30). Tipo da unção do Espírito Santo no dia do Pentecostes (Atos 2 / Ef. 1:13-14 / ICo. 1:21-22). · Durante sete dias permaneceram no Tabernáculo, no Lugar Santo e comeram o sacrifício (Lv. 8-31-36). Nisto temos uma ilustração da separação moral e espiritual da igreja, tanto individual como coletivamente. Somos um povo separado: a) Pelo propósito eterno de Deus que nos chamou à salvação. b) Pela cruz (Gl. 6:14). c) Pelo Evangelho e chamada do Espírito (Jo. 16:8). d) Pelo ato criativo de Deus, no qual recebemos a vida eterna (Ef. 2:10 / IICo.5:17 / I Co. 6:17). e) Pela presença do Espírito Santo (Jo. 14:17). Os sete dias de separação sugerem o rapto da igreja e o tempo de sete anos que ela passará com Jesus nos céus, durante o qual a tribulação virá sobre o mundo (Ap. 6.18). Nos céus, a igreja gozará da festa nas Bodas do Cordeiro (Ap. 19:7-8). No 8o dia, Arão e seus filhos saíram (Lv. 9:1-4). “Hoje Jeová vos aparecerá” (ver. 4). Depois que o sacrifício foi oferecido e Arão e seus filhos saíram do Tabernáculo vestidos em suas vestimentas sacerdotais e reais, abençoaram o povo e a glória do Senhor apareceu a eles e a todo o povo, desceu fogo do céu e consumiu o sacrifício (Lv. 9:23). O povo, diante desta manifestação da presença divina, prostrou-se e jubilou-se no Senhor. Esta cena nos sugere uma outra, a de Ap. 19, onde Jesus e Sua Igreja, todos vestidos em roupas resplandecentes saem do Tabernáculo celestial para vingarem-se do seu usurpador, o Anti-Cristo e os que seguem. Então será estabelecido o seu glorioso reino de paz e justiça na terra, por mil anos, que maravilhosa esperança para os redimidos do cordeiro (Ap. 19:11-21 / Cl.3:4). 23 - As Cinco Grandes Ofertas (Lv. 1-5). 23. 1 - O Holocausto (Lv. 1:1-17) Holocausto quer dizer “o que ascende ou sobe”, isto é, completamente queimado e que subiu fumaça. É chamado de uma oferta “Suave Cheiro” a Jeová (vs. 9). O holocausto era um sacrifício oferecido a Deus (Hb. 9:14). O holocausto figura aquela parte da morte de Jesus, em que se vê o Filho de Deus oferecendo-se inteiramente ao Pai. É devoção sem reserva. Era o “OBLATIO”, isto é, adoração, oblação ou culto. No calvário vimos Deus virar Seu rosto contra o Filho, o representante pelo pecado, mas no holocausto, vemos cheio de alegria divina em ver Seu Filho entregue completamente à sua vontade, adoração e cheio de amor para com ele. 23. 2 - Animais usados: · Boi - Tipo de trabalho, ou Jesus, o servo (Is. 52:13-15 / Fp. 2.5-8 / Hb. 12:2-3 / I Co. 9:10). · Ovelha - A ovelha é símbolo de simplicidade, paciência, mansidão, inocência e pureza, é tipo de Jesus na Sua mansidão (Isaias 53:7). · Pombo - Tipo da inocência e simplicidade de Jesus. Sua pobreza, etc. (II Co. 8:9 / Is 59.11 / Mt 23:37 / Hb 7:26). 23. 3 - A Oferta preciosa sem defeitos (vs. 3). Tipo da perfeição de Jesus (Hb. 9:14 / II Co. 5:21). 23. 4 - Oferta voluntária (vs. 3). Jesus ofereceu-se para vir à terra em forma de homem visível, para morrer e assim efetuar a salvação do homem para a gloria de Deus (Fp. 2.6-8). Esvaziou-se da sua glória, tomou corpo humano (Sl 40:8). Tudo isto era mandamento do Pai (Jo. 10.16-18). 23. 5 - Colocado em ordem sobre a lenha (vs 8). Cada detalhe da morte de Jesus foi previsto e pré-arranjado desde a eternidade. Por exemplo: a roupa repartida entre os soldados, a sorte lançada sobre a túnica, a zombaria, o vinagre, o fel, as palavras “Meu Deus, meu Deus, por que me desamparaste?”, nenhum osso quebrado, coração fisicamente quebrado, enterro no túmulo do rico, etc. (Sl. 22:1-8-18 / 34:20 / 69:20-21 / Is. 53:9). 23. 6 - A oferta foi esfolada e cortada em pedaços. O esfolamento revelou os tecidos da carne. Assim, as tentações de Jesus, revelaram o que havia nele: perfeição e obediência a Deus. Nenhum pecado foi revelado. Podia dizer: “Ai vem o príncipe do mundo (Satanás); ele nada tem em mim” (Jo. 14:30, confronte: Jo. 8:46). 23. 7 - Os intestinos e pernas da oferta, lavados com água (vs. 9). Os intestinos representam os motivos, os impulsos e inspirações da vida. As pernas representam o andar (Sl. 51:6 / Jr.31:33). O motivo de Cristo era agradar seu Pai (Jo. 8:29). Seu andar foi sempre governado pela Palavra que ele mesmo podia oferecer em holocausto ou oblação na cruz romana. Aleluia. 23. 8 - A gordura posta na lenha. Gordura representa saúde e excelência, dons e qualidade. Em Jesus tudo foi consagrado. Nós também devemos consagrar até a “gordura” da nossa vida (Rm. 12.1-2). Isto é, cultuar a Deus com o melhor de nossa vida. 23. 9 - A cabeça posta na lenha. A cabeça representa a inteligência e o pensamento de Jesus. Também representa a consagração dos pensamentos, com relação ao crente (Cl. 3.1-2 / Fp. 4:6-7). 23. 10 - As cinzas postas para o oriente ao altar. O Tabernáculo olhava para oriente. Assim o pecador, quando simbolicamente estava no Santo dos santos, na pessoa do Sumo sacerdote, podia dizer as palavras do salmista: “Quão distante o Oriente do Ocidente, assim afasta de nós as nossas transgressões” (Sl. 103: 12). 23. 11 - Foi completamente queimado. Nada foi comido pelo sacerdote. Foi somente para Deus. 23. 12 - Aceitação do adorador dependia da aceitação da oferta. Foi pessoalmente apropriado. 23. 13 - Imolado à porta do Tabernáculo. Publicamente. Da mesma forma o pecador precisa confessar Jesus com sua boca (Rm. 10:9-10). 23. 14 - O ofertante pôs a mão na cabeça do sacrifício. Significa transferência de posição. O pecado do homem, quando crê, é transferido para o corpo de Jesus, onde foi punido. 23. 15 - O Holocausto sempre perante o Senhor. O fogo não podia se apagar. Jesus, nosso holocausto, está sempre perante Deus. Sua consagração nunca cessa. 23. 16 - A Oferta de Manjares (Lv. 2). Esta oferta significa no hebraico “Dom” (no latim “donatio”). Era a oferta sem sangue e nos apresenta os símbolos da pessoa e caráter do nosso Senhor Jesus Cristo. · Composto em flor de farinha. Bem moído, bem uniforme em qualidade. Representa a vida de Cristo, bem equilibrado e verdadeiro. “Ele tudo tem feito bem” (Mc. 7.37). Manteve a Lei e usou a graça (confronte o caso da mulher apanhada em adultério Jo. 8.1-11). Era cheio de graça e de verdade. O homem perfeito “em tudo”: palavra, pensamento e ação. O processo de moer o trigo sugere os sofrimentos de Jesus (Is. 53:5 / Hb. 2:10 / 4.15 / 5:8 / Sl. 51:17). · Ungido com azeite (vs 11). Simbolizava o Espírito Santo em sua vida. “Encarnação (Lc. 1.35), concepção pelo Espírito Santo. Batismo com Espírito Santo (Mt. 3.17 / At. 10.38 / Is 61.1 / Jo. 1:32), como azeite unia as partículas da farinha assim o Espírito Santo une os membros da igreja (Éf. 4:3). · Temperado com sal (vs. 13). O sal conserva da corrupção. Nossa conversão deve levar sal (Cl. 4:6). Confronte o exemplo de Jesus. “As palavras que eu vos tenho dito, são espírito e vida” (Jo. 6:63 / Mt. 12:36-37 / Jd. 14-15 / Cl. 3:16). · Fermento proibido. Fermento simbolizava o que é mau, corrupto e falso. Coisas da carne (ICo.5:6). Doutrina dos escribas e fariseus (Mt. 16:5-11), confronte Cl.3:5-9. A ausência do fermento indica que Cristo era Verdade e Sinceridade (Jo. 14:6), como simbolizado no pão asmo da páscoa (Êx. 12). · Mel proibido. Fermento. O mel representa o que tem doçura natural. O pecado tem uma “Doçura” ou prazer natural que não podemos negar. Mas é de pouca duração. A Jesus, foi oferecido “mel”, quando o povo queria aclamá-lo rei (Lc. 6:51), e quando Satanás usou Pedro para sugerir outro caminho que não o do Calvário (Mt.16:22). O crente precisa ter cuidado com aplausos do mundo (Lc. 6.26), e do “ego” (o seu próprio “eu”) e o amor puramente natural (Mt. 10:37 / Mc. 3:32-33 / Jo. 2:4 / 7:1-6). O mel, mais cedo ou mais tarde, azeda. · Oferta queimada. Sem o fogo a oferta teria permanecido apenas uma massa (Hb. 12:29). · Comida pelos Sacerdotes (Lv. 6.14-16). Depois de oferecer um punhado a Jeová, como oferta memorial (vs. 2), o resto era comido pelos sacerdotes, isto figura a igreja sustentada por Cristo, o Pão da vida (Jo. 6:51-57). 23. 17 - A oferta pacífica (Lv. 3:7-28-34). A oferta pacífica era uma expressão de gozo e gratidão, por parte daqueles que estavam em comunhão com Deus. Não era oferta para estabelecer paz e amizade com Deus, mas sim uma oferta oferecida por aqueles que já desfrutavam destes benefícios. Era figura da paz por Jesus Cristo, pela qual temos comunhão com o Pai. Esta comunhão custou o sangue de Jesus. Esta oferta então fala de Jesus, nossa Paz (Cl. 1:20 / Ef. 2:14 e 17). 24 - A obra de Cristo. · Propiciação a Deus (Rm. 3:25). · Expiação – O pecado dos homens expiado; · Reconciliação – Paz entre Deus e o homem (Rm. 5:10-11 / II Co. 5:19 / Ef. 2:16). Por sua morte, Cristo trouxe o mundo ao terreno da graça onde Deus podia tratar conosco na base de misericórdia. Deus é justo e justificador ao mesmo tempo. A sentença fica suspensa (I Jo. 1:9 / Cl 1:21-22). A paz é paz individual (Rm. 5:1 / Lc. 2:14). O coro angelical dos céus, em Belém, anunciou esta paz. Por causa do sacrifício de Jesus que acabara de nascer no mundo, podiam cantar: “Paz na terra entre os homens a quem Ele quer bem” (Jo. 6:40 / 16:33 / Mq. 5:5). No milênio, cumprir-se-ão as profecias de paz (Ap. 19:11-16 / Sl. 2:9 / Is. 9:6). 24. 1 - O resultado - Comunhão. Simbolizando no comer do sacrifício. O homem, na pessoa do sacerdote, comeu: · Do peito (Lv. 7:31). Lugar de afeição e amor. Eva foi feita do lado de Adão; João reclinou a sua cabeça no peito Jesus. O sacerdote levava Israel no peitoral (Êx. 28:12-29). Precisamos ver o amor de Deus Pai. · Do ombro - Lv. 7:32). O lugar de força (Is. 63:17). O sacerdote levava Israel nos ombros, nas pedras preciosas (Êx. 28:11). · Deus requeria. A gordura, rins e cauda eram queimadas no altar. São tipos da vida perfeita de Jesus em que Deus se agradou. 24. 2 - Quem não podia comer. · O leproso - tipo de pecado aberto (Lv. 22:4 / Sl. 66:18). · Qualquer imundo - tipo dos que caem em pecado por descuido e tentação. Depois que o sol entrasse podia comer (Lv. 22:7). · O estrangeiro (Lv. 22:10). · O peregrino (Lv. 22:10 / I Jo. 2:19). · O servo (Lv. 22:10 / Jo. 15:15). 25 - A oferta pelo pecado (Lv. 4). A oferta pelo pecado trata do que é o homem, isto é, a sua natureza e não só o que faz. O homem é pecador, não porque peca, mas peca porque é pecador. Em relação às outras ofertas já estudadas, vemos a diferença. As outras ofertas, de suave cheiro, representam a humanidade perfeita de Jesus oferecida a Deus. Na oferta pelo pecado, vemos Jesus levando nossos pecados como substituto. A morte de Jesus é pelo pecado e culpa do homem. Embora estudadas por último, as ofertas pelo pecado foram as primeiras oferecidas (Lv. 4). A oferta pelo pecado, conforme Levítico, capítulo 4, foi provida em favor: · Dos sacerdotes (Vs. 3-12). · De toda a congregação (vs. 13-20). · De príncipes (vs. 22-26). · De qualquer pessoa do povo (vs. 27-35). Com isso Deus mostra que o caminho para todos nós é um só. 26 - As ofertas pela culpa.Esta oferta difere da oferta pelo pecado, no fato de que, além da oferta ao Senhor, o culpado deve restituir a pessoa contra quem pecou, aquilo que roubou, extorquiu ou obteve por meios ilícitos, e mais a quinta parte do seu valor. Esta oferta ao Senhor anuncia que, ao pecar, contra ao próximo, o homem peca também contra Deus. Por: Pr. Valter José G. da SilvaBacharel em Teologia Pela Faculdade FAIFA.Bacharel em Teologia Pelo Seminário Maior de Ensino Teológico do Pantanal (IBA). |
02 março 2024
TIPOLOGIA BÍBLICA
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