Texto bíblico: Salmo 126
Introdução: Deus tem feito grandes coisas em nosso meio, e 
devemos aprender a enxergar isso muito bem. Quantas vidas tem sido alcançadas, quantos testemunhos 
de transformação, 
de casamentos restaurados e 
de famílias inteiras alcançadas. Apesar das naturais e inevitáveis lutas da vida,  tudo mostra que 
Deus tem sido maravilhoso conosco, por isto somos muito alegres e agradecidos.
Perguntas de quebra-gelo: Releia o Salmo 126 e pergunte:
1. O que 
Deus já fez na sua vida que tem te feito alegre e agradecido?
2. Pelo que exatamente você poderia dizer “Sim, coisas grandiosas fez o Senhor por mim, por isso estou alegre!”. Conte-nos o seu testemunho.
Deus tem feito mesmo muita coisa linda na vida 
de muita gente, mas como o Salmo fala 
de restauração, a verdade é que ainda há e sempre haverá muito a ser feito. Há muita gente que está avançando sim, mas que ainda precisa 
de restauração, bem como famílias, relacionamentos, saú
de, vida profissional, etc. Ainda não estamos sendo tudo o que 
deveríamos ser. Está faltando mais poder espiritual, mais unção do Espírito Santo, mudança mais radical 
de caráter, 
de comportamento, libertação, fome 
de Deus, paixão pelas almas perdidas. Precisamos 
de restauração.
O Salmo 126 fala-nos exatamente 
de restauração 
de um povo que era escravo. Ele 
descreve três períodos na vida do povo 
de Israel que se compara perfeitamente com a nossa vida.
- O passado (v. 1-3) – Também temos uma história de salvação a contar, um passado de glória a agradecer. Deus já agiu em nossa vida.
 - O presente (v. 4) – Temos um desafio presente a enfrentar, um presente de crise; áreas de nossa vida ainda secas precisam ser cheias da benção e vida de Deus.
 - O futuro (v. 5,6) – Temos um investimento futuro a fazer: temos que semear o que vamos colher, crendo numa promessa de Deus de que colheremos o que semeamos.
 
O mesmo 
Deus que restaurou no passado é o 
Deus que restaura no presente. O mesmo 
Deus que tirou o seu povo dos grilhões da escravidão e o restaurou à sua terra, é o mesmo que pode mudar a nossa sorte.
Neste salmo, aprendemos alguns princípios importantes para vivermos um tempo 
de restauração:
1. As maravilhas que Deus fez ontem devem nos inspirar a buscá-Lo com mais fé e fervor hoje (v.1-3)
O Evangelho não é apenas história, é uma realidade para hoje. Nós não vivemos do passado. O nosso 
Deus fez, faz e fará maravilhas. A intervenção 
de Deus é para hoje. Se restaurou Israel, pode restaurar nossa vida hoje também.A intervenção 
de Deus foi maior que a expectativa 
deles (v.1): O povo tinha perdido a liberdade, a Pátria, o templo, a família, o culto, as festas. Passaram por fome, espada, vergonha e escravidão. Foram arrancados do lar (“Às margens dos rios da Babilônia”), seus vínculos foram quebrados. Perderam seus bens, sua família. Estavam onde não gostariam 
de estar.Além disso, foram tomados por apatia e 
desânimo: “Nós nos assentávamos e chorávamos”. Muitos hoje também são tomados por uma apatia e 
desânimo, e tem vontade 
de chorar e lamentar. O povo 
de Israel não cantava mais, nem sonhavam, e pior, não reagiam à crise. Ficavam só relembrando do passado (“lembrando 
de Sião”), amargos com o presente porque não largaram o passado. Eles 
dependuraram as harpas.
Mas 
Deus interviu na vida 
deles e isto produziu uma alegria enorme (v. 2), um impacto na vida 
de tantos outros que tornou-se um poderoso testemunho entre as nações (v. 2b). Todos viram que grandes coisas foram feitas; que foi o Senhor quem as fez.A Palavra 
de Deus afirma que 
Deus é o mesmo ontem, hoje e para sempre (Hebreus 13.8).Se Ele não mudou e não mudará, então podemos crer que Ele vai agir além das nossas expectativas (como um sonho), fazendo grandes coisas por nós e trazendo restauração que produzirá em nós grande alegria e um testemunho para muita gente.
2. Os lugares secos de hoje podem ser fontes abundantes de vida amanhã (v. 4)
O Senhor restaurou a sorte 
deles, estavam alegres pelas vitórias 
de ontem, mas ao olharem para o presente, a vida está como o 
deserto do Neguebe. Por isso, não podemos viver no passado, pois as vitórias 
de ontem não são suficientes para hoje. Temos que andar com 
Deus hoje. Temos que ser cheios do Espírito Santo hoje. Temos que evangelizar hoje. Temos que investir na família hoje. Não podemos apenas celebrar as vitórias do passado. Antigas bênçãos não são suficientes para a vida hoje, assim como antigas mágoas não 
devem estragar o presente. Sansão era um jovem cheio do Espírito Santo, mas cedeu ao pecado e terminou sua vida preso e cego. Davi era um homem segundo o coração 
de Deus, mas por não vigiar, adulterou, mentiu e assassinou. Quem sabe ontem você foi uma pessoa cheia do Espírito Santo, uma bênção, mas o coração agora está murcho, seco e vazio.
Mas a principal lição 
deste salmo é que a sequidão hoje não é motivo 
de desânimo, mas para um clamor a 
Deus: Por favor, Senhor, restaura a minha vida! É tempo da igreja clamar como em Isaías 64.1: “Ah, se os céus fendessem e tu 
descesses!”. É tempo da igreja fazer como Elias em 1 Reis 18.42-45 – subir à presença 
de Deus e meter a cabeça entre os joelhos para orar até chegar o tempo 
de restauração.
Toda obra 
de restauração é uma ação soberana 
de Deus (“Quando o Senhor restaurou...”) e é também fruto da oração fervorosa. Quando a igreja orou o Espírito Santo foi 
derramado, Elias subiu ao monte e a chuva caiu.O Neguebe é o maior 
deserto da Judéia. O 
deserto fica onze meses seco, mas no mês das chuvas, as águas correm das montanhas e formam correntes 
de águas que abrem as areias do 
deserto e fertilizam aquela terra 
de forma impressionante. Onde tem água, toda a terra é terra boa. 
Deus pode fazer os rios do Espírito brotarem no 
deserto da nossa vida e fazer 
de qualquer pessoa uma nova história, tornando-o feliz e frutífero. Esse é um tempo 
de orarmos em nossas células pela restauração da nossa família, dos nossos filhos, nosso trabalho e nossa nação.
3. A semeadura com lágrimas tem a promessa de uma colheita abundante (v.5,6).
Deus promete que todo aquele que semeia, sempre colherá. Esta é uma lei espiritual. Mas toda semeadura tem uma dinâmica própria: ela exige que nós saiamos 
de onde estamos, andemos e choremos. Isto fala 
de pagar um preço para alcançarmos a restauração 
de Deus. Fala 
de sair do conforto para o tempo 
de oração, fala 
de levar a semente do evangelho às pessoas, fala 
de envolvimento comprometido com a obra 
de Deus.
A verdade é que toda conquista precisa ser regada com lágrimas. Neste caso, o salmo afirma que a colheita é certa, feliz e abundante.
Conclusão: Muitos querem colher as bênçãos 
de Deus sem semear e investir em seu relacionamento com Ele e em Sua obra. Este Salmo confirma que quem vive com fé e obediência, mesmo em meio a dificuldades, há 
de ver resultados maravilhosos da sua obra e 
de seu relacionamento com 
Deus.
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