por Charles R. Swindoll
1 Samuel 15
Embora tenha conhecido pessoas assim, não consegui de modo algum entender a perspectiva de Saul. Como alguém pode ser tão incompetente?
Ele desobedeceu a ordem direta do Senhor ao guardar não apenas algumas coisas proibidas, mas ao apropriar-se de tudo o que tivesse algum valor. Além de não ter bom senso, Saul não sentia vergonha. Em vez de sentir-se humilhado por sua culpa, ele levantou um monumento para si, a fim de comemorar o dia. Acã pelo menos teve percepção suficiente para envergonhar-se do seu pecado. Mas não Saul! De alguma forma, ele conseguiu torcer os eventos e rearranjar os fatos para descrever-se como campeão de Deus.
A resposta de Samuel é inestimável: “Então que balido de ovelhas é esse que ouço com meus próprios ouvidos? Que mugido de bois é esse que estou ouvindo? ” (I Samuel 15:14).
É surpreendente como fatores simples podem atingir um coração enganador.
Vejo dois princípios eternos em ação na história de Saul, os quais merecem nossa atenção:
1º – Como você termina é muito mais importante do que como começa.
Ninguém sai da faculdade pensando: “Tudo bem, como posso agora fracassar? ”. Nenhuma noiva ou noivo diz aos convidados: “Aproveitem a festa; isto não vai durar mais que alguns anos”. Só quando uma pessoa acaba bem é que podemos chamar essa vida de bem-sucedida. Um bom começo não garante um bom final. Os finais felizes resultam de boas escolhas e disciplina constante colocada em prática durante uma vida inteira e fielmente mantida.
2º – A racionalização é desobediência porque se recusa a aceitar a verdade.
Ouvi dizer que a mentira mais destrutiva é aquela que você conta a si mesmo. Racionalizar é uma forma insidiosa de autoengano. Começa aos poucos, no geral com algo inocente, e vai torcendo devagar a mente para transmitir a verdade de maneira favorável. No final, a mente que iludiu-se a si mesma racionaliza tudo, tão vantajosa e tão automaticamente, que a pessoa não percebe como seus pensamentos e seu comportamento se tornaram absurdos. E nunca se esqueça disso, ninguém está imune.
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