“Porque Deus tanto amou o mundo que deu o seu Filho Unigênito, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna.” (João 3:16)
Nem todo casamento tem um sogro, ao menos presente, considerando que há pessoas que se casam e cujo pai já tenha falecido ou seja desconhecido. Ainda assim, o sogro tem um papel a desempenhar. No caso do pai da noiva, a tradição é de que este conduza a noiva e a entregue ao noivo (aliás, para aqueles que como eu são pais de meninas, a cena tende a causar calafrios/falta de ar/taquicardia). O pai do noivo habitualmente tem um papel menos saliente, mas sua presença imponente ali empresta seriedade à cerimônia. Mas eu gostaria de meditar no papel do sogro fora da cerimônia. Pensemos juntos no que vem antes, talvez nos dias que antecedem mais imediatamente à cerimônia.
Me recordo das conversas com meu pai e com meu sogro na época do meu casamento e fico pensando se foi assim com todo mundo. Havia explicações, declarações de intenções, planos e sonhos, algumas discussões, detalhes do casamento, lista de convidados, prestação de contas sobre onde ia morar e como ia viver, diversos alinhamentos sobre a vida de casado e sua relação com os pais. A decisão já estava tomada, as pessoas estavam escolhidas, os lugares determinados, os convites impressos, as fotos contratadas - e ainda assim foram conversas e mais conversas, com ambos os pais, meu e dela.
Agora imaginemos as bodas do Cordeira. Percebe quem é O Sogro? Fico imaginando a prestação de contas da noiva para este Sogro, falando de seu caráter e seus méritos. Imagino o Pai do Noivo ouvindo os questionamentos e pedidos da noiva. Claro, estou usando uma figura de linguagem pois estamos falando do Todo Poderoso que sabe todas as coisas e não precisa de qualquer explicação, o que aliás complica sobremodo esta conversa. O Pai do Noivo não pode ser enrolado, não se pode mentir para Ele, não se pode pedir um tempo para pensar, tudo está exposto e claramente visível. Para completar, Ele está ouvindo atentamente o que a noiva tem a dizer nas vésperas do casamento.
Se nos apercebermos do fato de que nós, a igreja na Terra, somos a noiva do Cordeiro e sabemos quem é o Pai Dele, temos de mudar de atitude. Temos de melhorar nosso caráter, temos de “impressionar” um pouco mais o sogro, temos de aumentar o mérito e a apreciação não pela nossa pessoa em si (somos alvo do Seu amor eterno) mas me refiro à nossa conduta, nossa essência, nossos atos.
Eu não consigo me imaginar chegando diante do Pai do Noivo e, ao me receber, Ele me dizendo “pois bem, vamos conversar”. Me faz perder o fôlego. Ou vamos melhorar nossa pontuação, por assim dizer, ou vamos passar vergonha. A Bíblia nos diz que Ele amou a noiva a tal ponto que permitiu Seu Filho sofrer, ser humilhado, morrer. Por amor a nós, disponível para todo aquele que crer. Consegue imaginar uma conversa com este Pai? Melhor começar a imaginar porque o dia se aproxima e não há como desviar desse compromisso.
“Senhor, me ajuda a viver cada um dos meus dias me preparando para o grande encontro com o Noivo, para viver a eternidade de modo digno do amor com que Ele me amou. Obrigado por todas as vezes que o Senhor me alertou sobre isso.“
Nenhum comentário:
Postar um comentário