O coração do Pai era o esconderijo de Jesus, um lugar fortalecido e protegidoem que Deusse fazia próximo, em que se renovava a intimidade do deserto, onde jamais morriam a confiança, o amor e a percepção que tinha de si mesmo, sendo todos esses, antes, continuamente reacesos.
Em momentos de oposição, de rejeição, de ódio e de perigo, ele se retirava para aquele esconderijo em que era amado. Em momentos de fraqueza e temor, nasciam lá uma força e uma inabalável perseverança. Diante das incompreensões e das desconfianças que só aumentavam, apenas o Pai o compreendia. "… Ninguém sabe quem é o Filho, a não ser o Pai…" (Lc 10:22).
Os fariseus conspiraram secretamente para destruí-lo; os amigos das horas boas estenderam a outros seu compromisso de lealdade; um discípulo o negou e outro o traiu; mas nada podia afastar Jesus do amor do Pai. Na reclusão dos lugares desertos, ele marcava encontros com El Shadai, e é difícil imaginar o que aqueles momentos significavam para ele. Mas de uma coisa podemos estar certos: eram profundamente reforçadas a identidade e a percepção — originais, crescentes e definitivas — de Jesus como Filho, Servo e Amado do Pai.
Nos nossos momentos no deserto devemos fazer exatamente o que Jesus fazia – nos aconchegarmos no coração do Pai, aí receberemos refúgio, conforto, direção e paz.
Brennan Manning, em "MEDITAÇÕES PARA MALTRAPILHOS
Nenhum comentário:
Postar um comentário