Êxodo 12
A Páscoa foi o dia da independência de Israel. A noite do terror dos egípcios, foi a noite da libertação do povo de Deus. A mesma mão que feriu uns, resgatou os outros. A Páscoa não apenas trouxe unidade para Israel, salvação para os seus filhos, mas também libertação do cativeiro. Israel se tornou livre para servir a Deus.
I. A PÁSCOA MARCA UM NOVO COMEÇO PARA O POVO DE DEUS – V. 1-3
1. Um novo calendário, uma nova vida
• A Páscoa era o começo de uma nova vida para o povo de Deus. A partir dali deixaram de ser escravos do Egito para serem peregrinos na direção da terra prometida. A Páscoa era o memorial de que ali cessava a escravidão e começava uma nova vida, livre!
• O mundo pensa que quando uma pessoa se converte, ela perde a vida. Mas a conversão não é o fim da vida, é o fim da escravidão. Ser cristão é deixar o Egito e começar a caminhar como um ser livre rumo à Canaã celestial.
• A Páscoa foi o começo de uma nova nação. Até então, Israel não era uma nação. Mas agora, livre, remido, esse povo torna-se o povo separado de Deus. A Páscoa nos mostra um novo começo, um novo calendário, um novo compromisso, uma nova jornada, um novo destino.
II. A PÁSCOA MOSTRA QUE DEUS SALVA O SEU POVO ATRAVÉS DO CORDEIRO QUE FOI MORTO – V. 5-13
1. O Cordeiro da Páscoa é o Cordeiro divinamente apontado – v. 3-4
• A pergunta de Isaque a Abraão: “Onde está o Cordeiro?” introduziu um dos principais temas do Velho Testamento, enquanto o povo aguardava o Messias.
A pergunta foi respondida finalmente por João Batista: “Eis o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” (Jo 1:29).
A pergunta foi respondida finalmente por João Batista: “Eis o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” (Jo 1:29).
• Filipe disse para o eunuco que vinha lendo Isaías 53, que o Cordeiro era Jesus (At 8:35).
Paulo disse para a igreja de Corinto que Cristo é o nosso Cordeiro Pascal (1 Co 5:7).
Pedro disse que fomos remidos pelo precioso sangue, como de cordeiro sem defeito e sem mácula, o sangue de Cristo (1 Pe 1:18-20).
João o vê no céu e Jesus lhe é apresentado como o Cordeiro que foi morto, mas está vivo pelos séculos dos séculos (Ap 5:6).
• Jesus é o Cordeiro suficiente para uma pessoa (Gn 22:13-14).
Jesus é o Cordeiro suficiente para uma família (Êx 12:3). Jesus é o Cordeiro suficiente para uma nação (Is 53:8). Jesus é o Cordeiro suficiente para o mundo inteiro (Jo 1:29).2. O Cordeiro da Páscoa é o Cordeiro Morto – v. 6-7, 12-13, 21-24
• Não é a vida do Cordeiro que salva. Não é o exemplo do Cordeiro que redime. Não é a presença do Cordeiro na família que livra da morte. O cordeiro tinha que ser morto. É a morte de Cristo que nos trouxe salvação. Sem derramamento de sangue não há remissão de pecados (Hb 9:22).
• Algumas pessoas dizem que admiram a vida, o exemplo e os ensinos de Jesus. Outros põem sua confiança nos milagres de Jesus. Mas ninguém é salvo pelos ensinos de Jesus, mas sim, pelo seu sangue. É a morte de Cristo que nos trouxe salvação.
a) Mt 20:28 – Ele veio para dar a sua vida em resgate de muitos
b) Mt 26:28 – Este é o meu sangue, o sangue da nova aliança, derramado em favor de muitos, para remissão de pecados.
c) Ap 5:9 – Foste morto e com o teu sangue compraste para Deus os que procedem de toda tribo, língua, povo e nação.
• Jesus foi o nosso substituto. Ele morreu em nosso lugar. Sua morte foi vicária, substitutiva. Ele morreu a nossa morte. Deus fez cair sobre ele a iniquidade de todos nós. O inocente morreu pelo culpado.
3. O Cordeiro da Páscoa é o Cordeiro do sangue aplicado – v. 7,12,13,21,23,24
• Não basta saber que o Cordeiro foi morto. Não é também o sangue do Cordeiro que livra do juízo, mas o sangue do Cordeiro aplicado. Deus disse: “Quando eu vir o sangue, passarei por sobre vós” (v. 13).
• A apropriação da expiação precisa ser pessoal: “Cristo me amou e a si mesmo se entregou por mim” (Gl 2:20).
a) O sangue é sinal de distinção – O que distinguia os egípcios dos israelitas naquela noite do juízo era o sangue. Na verdade só existem duas categorias de pessoas: os que pertencem à igreja dos comprados pelo sangue da redenção e aqueles que ainda estão debaixo de seus pecados. O que vai importar naquele dia não é a sua religião, suas obras, seus méritos, seus dons, mas se você está ou não debaixo do sangue.
b) O sangue é sinal de salvação – Onde o anjo da morte via o sangue não entrava, pois o sangue lhe dizia:“Aqui já foi realizado o juízo, aqui a obra já está feita”. Só o sangue do Cordeiro retinha a espada do juízo. Os filhos de Jacó não eram melhores, nem mais hábeis, nem mais santos, nem mais justos. O que os distinguia era o sangue. Quem está debaixo do sangue do Cordeiro está justificado. Agora já não há mais nenhuma condenação.
c) O sangue é sinal de segurança – O centro do Cristianismo é a cruz e o significado da cruz é a substituição. Cristo morreu por nós. Ele carregou os nossos pecados em seu próprio corpo. O castigo que nos trás a paz estava sobre ele. No sangue de Cristo temos segurança de perdão, de purificação.
4. O Cordeiro da Páscoa é o Cordeiro Sustentador – v. 8-11
• Aqueles que são salvos pelo sangue do Cordeiro, alimentam-se do Cordeiro. O sangue nos livra do cativeiro e da morte. O cordeiro nos sustenta para a caminhada rumo à Canaã celestial. Cristo é o alimento.
a) O conteúdo da refeição (v. 8) - A refeição da Páscoa era feita do Cordeiro assado, ervas amargas e pão sem fermento.
• O CORDEIRO ASSADO NO FOGO – O nosso Cordeiro sofreu na cruz o fogo da justiça de Deus. Cristo foi ferido e moído na cruz.
• ERVAS AMARGAS – falam do sofrimento que deixaram no Egito e das provas que teriam pela frente.
• PÃO SEM FERMENTO – O fermento é símbolo de impureza, pecado oculto, falso ensino (Mt 16:6-12), hipocrisia (Lc 12:1) e vida pecaminosa (1 Co 5:6-8).b) A maneira de participar da refeição (v. 11) – A Páscoa precisa ser comida com pressa. Era hora de sair do Egito. Prontidão para marchar. Lombos cingidos, sandálias nos pés, e cajado na mão. Como-lo-eis à pressa. Deus tem pressa que você saia do Egito.
Faraó quis deter o povo:
1) Sirvam a Deus no Egito mesmo (8:25);
2) Fiquem perto (8:28);
3) Fiquem os jovens (10:10,11);
4) Fiquem os rebanhos (10:24-26). Moisés não negocia. O Egito não é o lugar para o povo de Deus permanecer.5. O Cordeiro da Páscoa é o Cordeiro Vivo – Ap 1:18
1) Sirvam a Deus no Egito mesmo (8:25);
2) Fiquem perto (8:28);
3) Fiquem os jovens (10:10,11);
4) Fiquem os rebanhos (10:24-26). Moisés não negocia. O Egito não é o lugar para o povo de Deus permanecer.5. O Cordeiro da Páscoa é o Cordeiro Vivo – Ap 1:18
• O Apocalipse nos aponta o Cordeiro de Deus, como aquele que está vivo. Que está no trono. Que reina. Aquele diante de quem todo joelho se dobra.
• O Apocalipse nos aponta o Cordeiro que tem sete chifres, onipotente; que tem sete olhos, onisciente. O Cordeiro que voltará para julgar as nações.
III. A PÁSCOA É UM MEMORIAL A SER PERPETUADO A FIM QUE AS NOVAS GERAÇÕES CONHEÇAM A SALVAÇÃO DE DEUS – V. 14,17,24,26-28
1. Conte para as futuras gerações o que Deus fez por você – v. 26-28
• A nova geração que iria entrar na terra prometida, poderia esquecer-se da amarga escravidão do Egito bem como dos poderosos feitos libertários de Deus. A celebração contínua da Páscoa era um instrumento pedagógico de Deus para manter viva na memória do povo, a história da redenção.
• A morte de Cristo na cruz é o nosso ÊXODO.
• O Cordeiro que foi morto, mas está vivo é o NOSSO ALIMENTO.
• Somos responsáveis a instruir a nova geração a conhecer a Deus, a amar a Deus e a alegrar-se nos seus poderosos feitos.
2. Conte para as pessoas que só aqueles que recebem o selo do pacto podem participar da Páscoa – v. 43,44,45,48
• Nenhuma pessoa pode alimentar-se de Cristo, antes de ser liberto e salvo pelo sangue de Cristo. Ninguém pode fazer parte da solene assembléia do povo de Deus, antes de reconhecer que precisa estar debaixo do sangue do Cordeiro.
• Comer sem discernir o Corpo é comer para o próprio juízo.
• A circuncisão era o selo da antiga da aliança, como o batismo é o selo da nova aliança. Só aqueles que se arrependem, crêem e são batizados são introduzidos nessa bendita assembléia dos remidos.
3. Tenha o cuidado de celebrar a Páscoa com santidade – v. 15-20
• Ao celebrarmos a Ceia do Senhor precisamos examinar o nosso coração, a nossa vida. O fermento é um símbolo do pecado oculto. Começa pequeno, age secretamente, mas espalha-se rapidamente. Ele cresce e incha e infiltra em toda a massa. Não podemos associar iniquidade com ajuntamento solene. Paulo diz: “Lançai fora o velho fermento, para que sejais nova massa, como sois, de fato, sem fermento. Pois também Cristo, nosso Cordeiro pascal, foi imolado. Por isso, celebremos a festa não com o velho fermento, nem como fermento da maldade e da malícia e sim com os asmos da sinceridade e da verdade” (1 Co 5:7-8).
IV. A PÁSCOA QUE CELEBRAMOS É A PÁSCOA DO SENHOR – V. 11,27•
17 vezes o Senhor é mencionado em Êxodo 12. Ele é o centro da história da redenção.
1. Deus revelou o seu poder – v. 29-30
• À meia-noite, Deus visitou em juízo as casas dos egípcios. A Páscoa é um símbolo de rendenção para o povo de Deus e de juízo para os ímpios. A morte não respeitou posição nem poder nem idade. A morte não alcançou os israelitas porque eles estavam debaixo do sangue do Cordeiro pascal. Você está debaixo do sangue?
2. Deus guardou a sua promessa – v. 31-36
• Deus havia falado tudo o que ia acontecer. Mas faraó endureceu o seu coração e não creu (Ex 11:1-8). Aqueles que obedeceram foram salvos. Os incrédulos perecem.
• Assim será no dia do juízo. Aqueles que crêem e correm para o abrigo do sangue do Cordeiro escaparão do furor da ira do Deus Todo-poderoso, mas aqueles que zombam do sangue do Cordeiro, perecerão. Passará os céus e a terra, mas a Palavra de Deus não passará.
3. Deus libertou o seu povo – v. 37-42,51
• Os israelitas saíram corajosamente do Egito, enquanto estes estavam sepultando os seus mortos (Nm 33:3-4). 600 mil homens, 2 milhões de pessoas. O Êxodo foi a maior demonstração da libertação de Deus na vida de Israel, símbolo da nossa redenção.
CONCLUSÃO
• A Páscoa deve levar-nos a uma profunda investição, a fim de saber se de fato todos os membros da família estão debaixo do sangue – v. 22
• A Páscoa deve levar-nos a um compromisso familiar de explicar para os nossos filhos o que Deus fez por nós. Quem ele é para nós – v. 26,27.
• A Páscoa deve levar-nos à adoração – v. 27.
AUTOR: Rev. Hernandes Dias Lopes / http://www.hernandesdiaslopes.com.br/?area=show®istro=662
Nenhum comentário:
Postar um comentário