24 janeiro 2014

Voltando ao primeiro amor


" Intimidade com Deus "


Posted: 23 Jan 2014 05:04 AM PST

Voltando ao Primeiro Amor 

Há alguns anos atrás eu fui ao supermercado para fazer uma pequena compra. Não era o que poderíamos chamar de "compra do mês"; era só uma "comprinha" daquelas para as necessidades de um ou dois dias. Portanto, saí com uma certa quantia em dinheiro e fiz questão de ir somando mentalmente o preço dos produtos que eu estava comprando, de modo a não exceder o valor que eu tinha em mãos. Depois que as mercadorias passaram pelo caixa, sobrou um pequeno troco – não me lembro o valor exato, mas eram apenas moedas. Aí então perguntei ao caixa se aquele valor daria para comprar algum chocolate, pois eu pensei em levar algo à minha esposa e filhos. Fui informado que, com aquela quantia, eu somente conseguiria comprar três unidades daquele chocolatinho em forma de bastão, o "Batom" da Garoto, e foi exatamente o que eu fiz!
Quando eu entreguei os chocolatinhos na mão dos meus dois filhos, Israel e Lissa, eles fizeram a maior festa. Achei que eu conseguiria causar a mesma boa impressão em minha esposa, a Kelly, mas, para meu espanto, a reação dela foi dizer-me:
– Que decadência!
Levei um susto com a frase dita por ela e com o olhar de censura recebido por mim! O olhar de "Don Juan" e o chocolatinho não haviam produzido resultado algum em minha tentativa de agradar a minha esposa! Assim sendo, disparei:
– Do que é que você está falando, mulher?
Ela sequer titubeou para responder:
– No início, quando começamos a namorar, você me trazia bombons da Kopenhagen. Depois que ficamos noivos, você começou a aparecer com caixinhas de bombons sortidos da Nestlé. Quando nos casamos, você começou a trazer os "Sonhos de Valsa" da Lacta. E agora "Batom"! Onde é que isto vai parar?
Caímos na gargalhada com o protesto da Kelly! Depois, no entanto, percebi que ela não havia apenas brincado. Comecei a repensar na minha dedicação em agradá-la e concluí que ela estava certa. Eu ainda a amava, e não achava que houvesse perdido este amor, mas as coisas deixaram de ser como haviam sido no começo!
É claro que um relacionamento amadurece e nem tudo será sempre como foi no começo. Eu poderia mencionar muitas coisas que melhoraram ao longo dos anos, mas o fato é que, neste aspecto específico (a expressão de valorização e carinho), eu havia decaído com relação ao que eu já havia sido antes! Chocolates populares também são gostosos, mas não são românticos!
Eu pedi perdão à minha esposa e prometi resgatar o que eu havia deixado de lado. E, obviamente, tratei de fazer o que eu deveria fazer: comecei a dar-lhe bombons da Kopenhagen novamente!
Se isto acontece ao nível do nosso relacionamento humano, natural, certamente também acontece no plano espiritual! Da mesma forma que perdemos a paixão e a intensidade do nosso amor por permitirmos o nosso envolvimento na rotina de um relacionamento com pessoas que realmente amamos, também acabamos permitindo que o nosso relacionamento com o Senhor sofra desgastes! E o Deus que nos chamou a um relacionamento de amor total não aceita isto! Ele protesta e pede de volta o que perdemos!
Nas visões do Apocalipse, que o apóstolo João recebeu na Ilha de Patmos, o Senhor lhe confiou algumas mensagens às Igrejas da Ásia. Na Carta endereçada à Igreja de Éfeso, o Senhor Jesus protestou com relação à decadência do amor que essa igreja vinha apresentando. Ele protestou pela perda do que chamou de "primeiro amor":

"Conheço as tuas obras, tanto o teu labor como a tua perseverança, e que não podes suportar homens maus, e que puseste à prova os que a si mesmos se declaram apóstolos e não são, e os achaste mentirosos; e tens perseverança, e suportaste provas por causa do meu nome, e não te deixaste esmorecer. Tenho, porém, contra ti que abandonaste o teu primeiro amor. Lembra-te, pois, de onde caíste, arrepende-te e volta à prática das primeiras obras; e, se não, venho a ti e moverei do seu lugar o teu candeeiro, caso não te arrependas." (Apocalipse 2.2-5)

Por Luciano Subira

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário