13 novembro 2012

Seja um Encorajador!


Reflexões Evangélicas




Tudo isso se resume nisto: Uma vigorosa entrega ao encorajamento de outros. Mas a observação de Henry Drummond às vezes me amedronta:

Quantos pródigos são mantidos fora do reino de Deus pela conduta desamorosa dos que pro­fessam estar dentro!

Podemos escolher uma característica "desamorosa" frequentemente encontrada nos círculos cris­tãos. . . e desenvolvê-la de um ponto de vista positivo? Estou pensando na falta de encoraja­mento em nossas relações com os outros. É quase epidêmica!

Para exemplificar este ponto, quando foi a última vez que você encorajou alguém? Creio firmemente que um indivíduo nunca se asse­melha mais a Cristo do que quando se enche de compaixão pelos abatidos, necessitados, desanimados ou esquecidos. Quão terrivel­mente essencial é nossa consagração ao enco­rajamento!

Entrelaçado no tecido do livro de Atos está a tranquila mas penetrante vida de um ho­mem que é estranho à maioria dos cristãos. Barnabé emergiu da ilha de Chipre, destina­do a um obscuro papel de "ministro do enco­rajamento". Na verdade, seu nome significa "Filho do Encorajamento" de acordo com Atos 4:36. Em comparação com os brilhantes luzeiros deste livro — Pedro, Paulo, Silas, Tia­go e Apoio — Barnabé aparece como uma chama vacilante. . . mas quão essencial era a sua luz! Quão quente. . . quão convidativa!

A jovem e perseguida assembleia em Jerusalém estava literalmente "sob a mira de fogo". Se alguma vez necessitaram de estí­mulo, foi naquela ocasião. Eles foram postos contra a parede e financeiramente despoja­dos. Pressionaram a muitos, as necessidades eram desesperadoras. O consolador de Chi­pre espontaneamente deu tudo quanto pos­suía. Ele vendeu um pedaço de terra e de­monstrou que vivia para os outros trazendo o produto da venda a este grupo de crentes vv. 32-37). Isso é o que podíamos chamar de enco­rajamento nas finanças.

Na próxima vez que Barnabé aparece, con­tinua encorajando! No capítulo lio Corpo está crescendo e a Palavra se espalhando co­mo chama. É grande demais para os líderes controlá-la. Precisam de ajuda; ajuda capacitada. Que faz Barnabé? Ele procura e encontra Saulo de Tarso (v. 25) que era um proscrito por causa da antiga vida. Sem medo de arris­car o pescoço por um novo cristão que era suspeito aos olhos do público, Barnabé levou-o pela mão e o trouxe a Antioquia. Perante toda a assembleia, o "Filho do Encorajamen­to" deu ao seu novo amigo um empurrão para uma posição preeminente. . . com efeito, isso ocorreu no mesmo lugar onde Barnabé pes­soalmente estivera experimentando a notável bênção como líder da igreja (vv. 22-23, 26).
Sem pensamento de ciúme, mais tarde ele permitiu que Saulo assumisse a liderança e estabelecesse o ritmo para sua primeira via­gem missionária (capítulo 13). É interessante notar que os nomes foram transferidos de "Barnabé. . . e Saulo" (13:1), para "Paulo e Barnabé" (13:42). Esta é a prova suprema. É preciso ser um grande homem para reconhe­cer que um outro mais moço do que ele tem capacidades concedidas por Deus e encorajá-lo a ir em frente com todo o apoio. A isto podíamos chamar de encorajamento de co­munhão e comunhão. 

A cortina desce sobre a vida de Barnabé no capítulo 15. A segunda viagem está prestes a começar. Ele e Paulo discutem a possibilidade de levar João Marcos, um jovem que anterior­mente havia preferido não enfrentar os rigores da primeira viagem missionária (13:13). Pode você imaginar essa discussão?

"Não, ele não irá", disse Paulo. "Ele falhou uma vez. . . falhará de novo."

"Sim, ele irá", insistia Barnabé. "Ele pode ser e será bem-sucedido com encorajamento."

Paulo não retirou seu voto contrário. Barna­bé fincou pé, crendo na vida do jovem, a despeito do que havia acontecido antes. O mesmo estilo de sempre. Você conhece o re­sultado (w. 36-39). Barnabé demonstrou: en­corajamento a despeito do fracasso.

Oh! como esse ministério é necessário hoje! Você conhece alguma alma que esteja em ne­cessidade de encorajamento financeiro? Um estudante que deixou a escola. . . um jovem casal enfrentando problema. . . um divorcia­do tentando reconquistar a auto aceitação. .. um esquecido servo de Deus labutando num ministério obscuro e difícil. . .? Encoraje-os generosamente!


Você sabe de alguém que poderia e deveria ser promovido a um posto de maior utilidade, mas está presentemente necessitando de seu companheirismo e confiança? Batalhe por ele! Coloque-se no lugar dele. . . dê-lhe um empurrão. Ele necessita de seu companheiris­mo. Que dizer de alguém que esteja mais bem qualificado do que você? Você ficaria surpreso diante da bênção que Deus derramaria sobre você se realmente o apoiasse com camaradagem.

Mas há os fracassos. Os Lós, os Sansões, os Jonas, os Demas, os João Marcos. Sim, eles falharam. Eles erraram.

Você é grande bastante para estender uma mão de encorajamento e amor verdadeiro?

Erga o fracassado com encorajamento. Com­pensa! Compensou no caso de João. Ele escre­veu o Evangelho de Marcos e no final provou ser muito útil ao ministério de Paulo (2 Timó­teo 4:11b).

Extraído do livro Dê-me animo de autoria do Prr Charles R. Swindoll

Por Litrazini:

Graça e Paz





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