27 setembro 2012

Por Que Deus Permite o Mal?

De: Aline Ferreira

Por Que Deus Permite o Mal?

Por que o mal existe? Por que inocentes sofrem? Se Deus é bom, por que
permite tantas abominações? A questão do mal é um dos maiores temas da
humanidade. Ao longo da história muitos pensadores se debruçaram sobre
esta questão. Toda pessoa com sensibilidade já se questionou sobre
este problema.

Algumas doutrinas buscam explicar o mal através de perspectivas
reencarnacionistas onde o mal colhido hoje é conseqüência do mal
plantado em outra vida. Sem querer entrar no debate sobre doutrinas, a
verdade é que durante o tempo em que busquei respostas nesta via
religiosa, não consegui explicação sobre como surgiu o mal primordial
e como este ciclo de mal se estabeleceu de maneira tão concreta e
abrangente, que afeta a todos, independente do caráter, da fé ou do
status sociais.

No entanto, foi na Palavra de Deus que encontrei explicação precisa
sobre as causas do mal, sobre porque afeta inocentes e sobre os planos
de Deus para que não mais venhamos a sofrer. Vamos viajar juntos na
Palavra?

No livro de Gênesis, aprendemos que Deus criou o mundo e logo após
criou o homem à sua imagem e semelhança e o abençoou: "Sede fecundos,
multiplicai-vos, enchei a Terra e sujeitai-a" (Gn 1:28).

Deus concedeu ao homem a prerrogativa de sujeitar, ou numa tradução
mais livre, governar a Terra. A partir daquele momento o homem recebeu
autoridade espiritual sobre toda a criação, autoridade esta que dada
pelo próprio Deus.

A Bíblia ensina que os dons e vocações de Deus são irrevogáveis (Rm
11:29) e também que Deus é fiel, mesmo que sejamos infiéis (2 Tm
2:12). Este aspecto da natureza de Deus é que nos garante que suas
promessas vão se cumprir e garante a salvação pela graça independente
das obras de justiça. Se não fosse a fidelidade de Deus à suas
promessas não haveria nenhuma esperança para nós. O Senhor não muda
por isso nós não somos consumidos.

Assim, quando o Senhor deu ao homem autoridade espiritual sobre toda a
criação o fez uma vez por todas, pois seus dons são sempre
irrevogáveis e manteve-se fiel ao Seu decreto, pois não pode negar a
si mesmo.

Deus é amor, ou seja, para Ele o amor não é opção é essência. Mas não
existe amor verdadeiro se não existe liberdade. Liberdade até mesmo
para negar este amor. Ao criar o homem à sua imagem e semelhança e
dar-lhe autoridade espiritual sobre toda criação, Deus também lhe deu
a liberdade de agir conforme seus próprios desígnios, pois se não
fosse assim não seria amor, seria escravidão, talvez em gaiola de
ouro, mas ainda assim escravidão. E se o amor de Deus nos escravizasse
a só fazer a sua vontade Ele estaria negando a si mesmo.

Usando desta liberdade o homem resolveu seguir seu caminho longe de
Deus. É o chamamos de queda. A partir daí nada mais seria como antes.

O homem caiu. E consigo arrastou toda a criação que caiu junto com o
homem. Veja um exemplo: No mundo projetado por Deus a única fonte de
alimento eram os vegetais, tanto para homens quanto para animais. Não
havia seres carnívoros como hoje, mesmo as grandes feras
alimentavam-se de capim (Gênesis 1:29-30). Não se matava, nem mesmo
para comer. Mas depois da queda leões desenvolveram presas e garras,
tubarões se tornaram máquinas de matar, terremotos e maremotos
passaram a se tornar realidade quase cotidiana.

Tudo o que estava debaixo da autoridade espiritual do homem caiu junto
com ele. A deformidade moral do homem se reproduziu sobre todos
aqueles que estavam sujeitos a ele. É por isso que mesmo entre os
animais, estupros, assassinatos, violência contra o mais fraco,
genocídios, abusos sexuais acontecem com a mesma freqüência que nas
sociedades humanas. "Maldita é a Terra por tua causa" (Gn 3:17).

Paulo escreve aos romanos que toda a criação está sujeita à
perversidade, não por vontade própria, mas por causa daquele que a
sujeitou. A própria criação também aguarda a redenção e geme e suporta
angustias até hoje. Ou seja, toda a criação sofre por causa daquele
que tem autoridade espiritual sobre ela (Rm 8:19-22).

O projeto de redenção em Cristo Jesus não é esperança apenas para a
humanidade, mas é anseio de toda a criação que se perverteu juntamente
conosco por conta das deformidades que tomaram conta de nossas almas
quando nos afastamos Dele.

Os dons e vocações de Deus são irrevogáveis. Não havia como destituir
o homem da autoridade que Ele mesmo outorgou a não ser que o próprio
Deus se tornasse homem. Este é um dos motivos pelo qual Jesus, o
Verbo, se fez carne, se fez homem: para ser o novo Adão, Espírito
vivificante que redimirá o homem e toda a criação junto com ele.

Cada ser vivo deste mundo anseia pelo dia da volta do Nosso Senhor,
quando poderão retornar à casa do Pai e à sua verdadeira vocação.
Esperam ardentemente pelo dia em que "lobo e cordeiro pastarão juntos
e o leão comerá forragem como o boi" (Is 65:25)

Somos nós os responsáveis pelo mal no mundo.
De que se queixa o homem? Queixemo-nos dos nossos próprios pecados.
seus pecados. Lm 3:39

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