15 abril 2012

Desilusão com Deus – A realidade


Desilusão com Deus – A realidade
Apesar de ser difícil admitir, muitos lutam com a decepção em relação a Deus. As pressões e tristezas da vida compelem-nos a procurar a Sua intervenção como fonte de socorro divino. No entanto, quando a Sua solução não coincide com a nossa, sentimos desânimo. Pode ser frustrante, até mesmo devastador, quando:

  • Enfrentamos a ruína financeira, enquanto os gananciosos e sem escrúpulos parecem prosperar.
  • Vemos um relacionamento profundo, construído sobre os princípios divinos, terminar em divórcio.
  • Vemos alguém querido sofrer horrivelmente.
Muito frequentemente a nossa desilusão com Deus aumenta à medida que nos focamos menos em Deus e mais em nós… Ele está fazendo que todas as coisas contribuam para o meu bem? Ele está no controle de uma situação desesperada quando tudo o que vejo é sofrimento? Se Ele ouviu realmente a minha oração, por que não obtive resultados? Não faz parte da natureza de Deus nos desiludir ou abandonar nos momentos de maior necessidade. “Deus não é homem, para que minta; nem filho do homem, para que se arrependa. Porventura, tendo ele dito, não o fará? ou, havendo falado, não o cumprirá?” (Números 23:19).
Desilusão com Deus – Deus compreende a nossa dor
A decepção com Deus não é pecado. O nosso Pai Celestial compreende as nossas emoções mais profundas, especialmente aquelas que surgem da dor. Ele nos criou e através do Seu Filho, Jesus Cristo, experimentou cada emoção que enfrentamos. Inúmeras vezes temos desapontado Deus com as nossas ações. Mesmo assim, Ele estende a Sua graça e misericórdia a todos nós. “A tua benignidade, Senhor, chega até os céus, e a tua fidelidade até as nuvens. A tua justiça é como os montes de Deus” (Salmos 36:5–6).

A nossa decepção com Deus deve ser apenas temporária. De fato, o nosso desânimo resulta da nossa natureza, não da natureza de Deus. Paulo, o “apóstolo dos Gentios”, revelou satisfação, até mesmo alegria, durante a sua prisão em Roma. A mudança das circunstâncias (mesmos através de algemas) não afetou a satisfação interior que ele sentia (Filipenses 4:11–13). Através do seu relacionamento pessoal com Deus, Paulo encontrou satisfação concedida divinamente.
Desilusão com Deus – Deus é imutável
Não podemos compreender totalmente por que Deus responde às orações de forma imprevisível. Os seus caminhos são mais altos que os nossos caminhos (Isaías 55:8–9). Portanto, devemos ver todas as coisas pelas lentes do caráter de Deus. A Bíblia dá uma lista interminável de informações sobre a natureza imutável do nosso Criador:

  • Compassivo – “Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai das misericórdias e Deus de toda a consolação, que nos consola em toda a nossa tribulação [...]” (2 Coríntios 1:3–4).
  • Fiel – “[…] as suas misericórdias não têm fim; Novas são cada manhã; grande é a tua fidelidade” (Lamentações 3:22–23).
  • Infinito – “o Alto e o Excelso, que habita na eternidade e cujo nome é santo: Num alto e santo lugar habito, e também com o contrito e humilde de espírito, para vivificar o espírito dos humildes, e para vivificar o coração dos contritos” (Isaías 57:15).
  • Misericordioso – “A benignidade do Senhor jamais acaba, as suas misericórdias não têm fim; renovam-se cada manhã. Grande é a tua fidelidade” (Lamentações 3:22–23).
  • Sábio – “Ó profundidade das riquezas, tanto da sabedoria, como da ciência de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos, e quão inescrutáveis os seus caminhos! Pois, quem jamais conheceu a mente do Senhor? ou quem se fez seu conselheiro?” (Romanos 11:33–34).
Nem perseguição, prisão ou tortura conseguiram roubar a alegria de Paulo. “Ora o Deus de esperança vos encha de todo o gozo e paz em crença, para que abundeis em esperança pela virtude do Espírito Santo” (Romanos 15:13).