por Charles R. Swindoll
2 Coríntios 4:5 a 7
Pois não nos pregamos a nós mesmos, mas a Jesus Cristo, o Senhor, e a nós como escravos de vocês, por amor de Jesus. Pois Deus que disse: “Das trevas resplandeça a luz”, ele mesmo brilhou em nossos corações, para iluminação do conhecimento da glória de Deus na face de Cristo. Temos, porém, este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus, e não de nós. (2 Coríntios 4:5-7)
São palavras de um servo sincero, humilde, de coração aberto. Nós, os crentes, recebemos um tesouro de enorme valor (o glorioso evangelho) num vaso muito frágil e perecível (nosso fraco corpo). E existe uma razão para isso: é para que ninguém tenha dúvida de que esse poder tem origem em Deus, e não no ser humano.
E então, para comprovar a fragilidade humana, Paulo relaciona quatro dificuldades com as quais os servos estão sempre lutando. Eu as chamo de consequências do servir.
Tribulação – O problema é criado por circunstâncias difíceis ou pessoas hostis. Quando o servo é atribulado, isso quer dizer que está passando por sofrimentos, opressões e dificuldades.
Perplexidade – Paulo segue dizendo que há vezes em que o servo de Deus se encontra perplexo e confuso, é uma imagem de confusão, de uma pessoa que não sabe onde nem a quem pode pedir socorro. Ainda incluídas no significado deste termo estão as ideias de falta de recursos, sentimentos de vergonha e de dúvida quanto à medida a ser tomada.
Perseguição – É a ideia de ter alguém em nosso encalço, correndo atrás de nós. Trata-se de um termo com conotação de agressividade, contendo uma ideia bem ampla, desde uma simples intimidação até ser agredido, atacado por outrem. Os servos irão sofrer perseguições.
Rejeição – Abatido. Essa palavra traz a ideia de ser derrubado, empurrado de lado ou expulso. Embora façamos nossa obrigação com toda fidelidade e perseverança, embora ajudemos e sirvamos aos outros, podemos saber desde já que, em certas ocasiões, seremos atirados de lado e rejeitados.
Pois bem, isso não significa que Deus nos tenha abandonado ou que estejamos agindo contra a vontade dele. Não! Significa apenas que gente é gente, ovelha é ovelha. Tudo é parte de um processo ao qual Deus está nos submetendo, para nos tornar humildes, com o objetivo de transformar nossa vida, de modo que tenhamos ‘uma vida semelhante à do seu Filho’.
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