INTRODUÇÃO PREFÁCIO SÍNTESE DA BÍBLIA – é o estudo da Bíblia inteira como um todo, é o estudo da estrutura do conjunto dos livros como se encontram na Bíblia, é o estudo de cada livro para saber o seu conteúdo e sua relação com os demais livros e com o Reino de Deus em cada época. Pelo estudo de Síntese da Bíblia, o servo do Senhor, ficará familiarizado com toda a Bíblia podendo abri-la em qualquer parte e se sentir à vontade, como quando se encontra dentro de uma cidade conhecida. ANÁLISE DA BÍBLIA – é o oposto de Síntese. Análise estuda, e esmiuça livros e até trechos menores. Análise estuda nos mínimos detalhes do Tabernáculo levantado por Moisés, estuda as profecias de Daniel, estuda a superioridade do Senhor Jesus na carta aos Hebreus. HISTÓRIA BÍBLICA – coloca os acontecimentos históricos na ordem em que aconteceram e relaciona os acontecimentos bíblicos com fatos nas nações ao redor para esclarecer, para dar mais vida, ao que se lê na Bíblia. História Bíblica também relata, em traços ligeiros, os acontecimentos em Israel entre o Velho Testamento e o Novo Testamento. DOUTRINA BÍBLICA – estuda assuntos importantes como a Pessoa de Deus, o Homem, a Salvação, a Santificação, os Anjos, etc. Os acontecimentos necessários para conhecer qualquer doutrina será colhido em qualquer lugar da Bíblia. Fará conhecermos os anjos, teremos que ler dos anjos que apareceram desde que Adão e Eva foram expulsos do Jardim do Éden até os que ministraram ao Senhor Jesus aqui na terra e os que apareceram a João no Apocalipse. E assim por diante, cada matéria do Seminário é uma especialidade como a sua maneira de estudar a Bíblia, e cada matéria ajuda o servo a tirar mais proveito de todas as outras matérias. E desta forma, a Bíblia vai-se tornando mais perfeitamente o que ela deve ser: "Útil para o ensino, para a repreensão, para correção, para educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeitamente habilitado para toda boa obra" (II Timóteo 3:16,17). O curso que hoje se inicia no blog "Bíblia a Palavra de Deus", com a ajuda do Espírito Santo compreenderá esta, a primeira aula, em que veremos a Bíblia inteira como um todo completo e as suas dez divisões. A partir da aula de amanhã, estudaremos no tempo disponível, as cinco grandes divisões do Velho Testamento. As cinco grande divisões do Novo Testamento, serão estudados no próximo Seminário, se o Senhor Jesus tardar e mandar. A BÍBLIA INTEIRA A Bíblia toda é um livro que possui duas partes, o Novo Testamento e o Velho Testamento. Cada Testamento tem seus livros agrupados em cinco grandes divisões. É necessário decorar o seguinte esboço:
66 Livros da Bíblia Esta maneira de classificar os livros da Bíblia não quer dizer que os livros da Lei não contém história, poesia ou profecia, nem diz que nos livros dos profetas não haja leis ou histórias. Mas se usam os diversos nomes porque assim se conhece o caráter geral de cada livro. A BÍBLIA, UM SÓ LIVRO O TODO PODEROSO criou o céu e o universo todo; criou o homem na terra. Deu ao homem um livro pelo qual se revela ao homem e mostra ao homem tanto Seu maravilhoso plano de Salvação como Seu maravilhoso plano de reinar sobre todos os homens durante mil anos num mundo completamente livre da maldição vindos do pecado e livre das hostes das trevas que hoje tanto mal fazem, num mundo em que o Espírito Santo terá sido derramado sobre toda a carne. Revela, também, o fim deste mundo com todas as suas tristes recordações do pecado e sofrimento; revela seguir, o Novo Céu e a Nova Terra que jamais serão manchados. Este livro sobrenatural se chama a Bíblia, a Palavra de Deus. A Bíblia se apresenta logo em duas partes bem distintas, o Velho Testamento e o Novo Testamento. Entre os acontecimentos relatados nas duas partes há um intervalo de cerca de quatrocentos anos. O Velho Testamento foi escrito em Hebraico; o Novo Testamento foi escrito em Grego. O Velho Testamento relata a história dos judeus até quatrocentos anos antes de Cristo e as revelações do Espírito a respeito do que estava se passando nas igrejas e que haveriam um dia de passar. Contudo, a Bíblia é um único livro e as duas partes não podem ser separadas, são essenciais uma para a outra. O Velho Testamento revela o começo de muitas cousas, aponta seu desenvolvimento e fala de cousas a se cumprirem num futuro muito além do fim do Velho Testamento e em Gênesis 3:15 – Deus promete o Descendente da mulher que ferirá a cabeça da serpente. Até o fim do Velho Testamento esta promessa fica sem cumprimento. Em Gênesis 12:1-3, o Senhor chama Abraão e promete fazer dele uma grande nação, e promete mais, que todas as famílias da terra serão benditas em Abraão. É verdade que nos dias de Davi e de Salomão o povo de Israel era uma grande nação, mas na decadência que seguiu, o Senhor revela uma grandeza ainda maior com a presença do Messias. Esta segunda grandeza não se realizou nas páginas do Velho Testamento. Quanto a Abraão ser uma benção para todas as famílias da terra, até o fim do Velho Testamento as bençãos do Senhor eram só para os Israelitas e para os gentios que se tornavam prosélitos. De forma alguma o Velho Testamento revelou qualquer sentido em que todas as famílias da terra estavam sendo abençoadas em Abraão. Do seu cumprimento, o Velho Testamento não diz nada. No Novo Testamento nós vemos a realização de todas as promessas e cousas que tiveram sua origem no Velho Testamento. Em Cristo temos o Descendente da Mulher, Gálatas 3:16. Em Gálatas 3:8, o Novo Testamento declara que a pregação do Evangelho e todas as famílias da terra serem abençoadas em Abraão. Em Apocalipse 20:1-10, vemos o Milênio em que o Messias, o Senhor Jesus Cristo, descendente de Davi reina e neste tempo, Israel será a primeira nação do mundo. O Novo Testamento sem o Velho Testamento é um livro cheio de incógnitas. Apocalipse 20:2 faz referência à "antiga serpente" como se o leitor com apenas o Novo Testamento soubesse de quem se tratava. E, no entanto, em lugar nenhum do Novo Testamento há qualquer esclarecimento a respeito, mas pela leitura de Gênesis 3, o ser fica claramente identificado. O leitor do Novo Testamento ao chegar em Romanos 9:1-5, vai sentir a necessidade de saber que são a adoção, as alianças, a legislação, os patriarcas, etc. Mas com a leitura do Velho Testamento todas estas incógnitas ficam bem claras. A Bíblia, Livro independente e auto-suficiente. A Bíblia é o único livro pelo qual Deus se revela ao homem. É livro único e completo que contêm tudo o que o homem pode saber de Deus e dos planos de Deus para o homem e o mundo. Nenhuma religião ou filosofia humana tem qualquer cousa para acrescentar às verdades na Bíblia para que o homem tenha um conhecimento melhor ou maior de Deus. A Bíblia já foi usada por outras religiões para sua formação. Maomé se apoiou tanto na Bíblia que até incluiu o Senhor Jesus entre seus profetas (mas O colocaram igual a Isaías, muito inferior a Quem realmente é, e muito inferior à posição ocupada pelo próprio Maomé). Mas a Bíblia jamais se apoiou, jamais se inspirou em qualquer outra religião ou filosofia para sua formação. Deus revelou tudo em primeira mão aos escritores sacros. Impressiona como tudo que Deus revela era bem o contrário das crença, dos costumes e até dos conhecimentos científicos da época. "Os egípcios criam que a terra tinha sido chocada de um ovo alado que voou pelo espaço até completar o processo de mitose (gerar), surgindo, finalmente, a terra do ovóide voador". "Os egípcios pensavam que o homem tinha sido, originalmente, gerado de certos vermes brancos que se encontravam no lôdo deixado pelo Nilo, após a enchente anual". (Dr. Harry Rimer em "A Ciência moderna e as Escrituras Sagradas"). Moisés, embora instruído em toda a ciência dos egípcios conta a criação do mundo e do homem de uma forma muito diferente em que se vê que tais cousas em nada o influenciaram; ele não usou nada dos egípcios quando escreveu Gênesis 1 e 2. Mesmo em nossos dias, ninguém vai conhecer a Pessoa de Deus nem Sua Obra de redenção melhor por conhecer outra religião ou filosofias. A única maneira de conhecer Deus e Sua Obra melhor e mais profundamente, é pelo conhecimento melhor e mais profundo da Bíblia. Qualquer estudo que algum servo fizer de qualquer religião, mesmo na matéria Religiões Comparadas, jamais servirá para o melhor conhecimento de Deus, da Verdade. Servirá, sim, para mostrar o erro em que tais religiões se fundamentam e para mostrar a superioridade e a exclusividade da Verdade contida na Bíblia, a Palavra de Deus. A última característica de A Bíblia que vamos considerar hoje, é que todas as suas verdades combinam, casam, entre si harmoniosamente, sem nenhuma contradição ou absurdos. Mas se alguma verdade bíblica for tirada para ser aproveitada em outra religião, ou ambientes, tais verdades entram em choque, não se assimilam e, para não ser rejeitadas, sempre sofrem as mais extravagantes distorções, ao ponto de não mais ser o que são dentro da Bíblia. Não há comunhão entre a luz e as trevas, entre a revelação vinda diretamente do Espírito Santo de Deus ao coração do seu escritor, e qualquer das revelações da serpente em todas as demais religiões por ela geradas entre os homens. Como o sol em nosso sistema planetário, assim a Bíblia, a Palavra de Deus, se destaca e sobrepuja a tudo mais. Quando a Bíblia é impedida de brilhar, é substituída pelas trevas, o desespero e o sofrimento. Quando a Bíblia brilha há luz, há alegria, há vida, Vida Eterna. |
Posted: 15 Jul 2015 06:47 AM PDT OS LIVROS DA LEI OS CINCO LIVROS DA LEI = GÊNESIS, ÊXODO, LEVÍTICO NÚMEROS E DEUTERONÔMIO Estes cinco livros são conhecidos entre os homens como o Pentateuco, que significa Os Cinco Livros, mas tal nome não está na Bíblia. Nesta se emprega A LEI, como em Romanos 3:21 – "Mas agora, sem lei, se manifestou a justiça de Deus testemunhada pela LEI e os profetas" i. e. por todo Velho Testamento. Os cinco foram escritos por Moisés.
Dada a visão relâmpago dos Livros da Lei, passaremos a examinar cada um com mais detalhes. GÊNESIS
O livro de Gênesis é o livro dos começos: O começo do mundo material em que o Criador declara positivamente que por sua Palavra de poder que tudo veio a existir. O começo do homem criado na imagem e semelhança de Deus, uma obra criadora separada e posterior à criação das demais espécies de seres viventes. O começo da Obra de Redenção pela qual, mediante a semente da mulher, o Cordeiro de Deus, o pecador, criado inferior aos anjos, é nascido de novo e recebido como filho de Deus, superior aos anjos, cheio do Espírito Santo. O começo das civilizações das línguas de povos e tribos, das raças, etc. O começo do povo de Deus, Israel, com a chamada de Abraão em Ur dos Caldeus. Os pontos culminantes do período dos Patriarcas. Abraão sai com sua parentela para Arã, ainda perto de Eufrates. Nova chamada, e sai apenas com o sobrinho Ló e chega à Terra Prometida e Deus lhe mudou o nome para Abraão. Nasce Ismael, fruto de um "arranjo do homem", e Deus por misericórdia faz dele uma grande nação, os Árabes. Nasce Isaque, e Deus prova Abraão no Monte Moriá. Isaque casa com Rebeca, nascendo gêmeos Esaú e Jacó. Esaú despreza a benção e vai para a outra terra (Edom) e trona-se uma nação, os Idumeus. Jacó, o escolhido, passa anos em Arã, casa com Lia e Raquel e volta à Terra Prometida. Ao passar o Rio Jaboque, luta com Deus e sai manco, mas com outro nome, Israel. Seus doze filhos, serão os pais das doze tribos. A família toda vai para o Egito, para o melhor lugar ali, Gosen, e ali permanece. Gênesis termina com a morte de José e seu embalsamento para que seu corpo seja levado um dia de volta para a Terra Prometida. Enquanto os velhos morrem, o povo se multiplica mais e mais. ÊXODO
Êxodo, continua a história dos israelitas a partir do fim de Gênesis. A Bíblia explicada, citando Dr. Scroggie, diz que o tempo que os israelitas estiveram no Egito, foi entre 134 e 278. Em Êxodo 12:40 e em Gálatas 3:17, fala-se em 430 anos: é evidente pelo segundo verso que no primeiro verso Moisés está considerando como um só tempo todo, desde Abraão até o Êxodo. Êxodo é no Velho Testamento o grande livro da redenção do homem, mediante o derramamento de sangue, sendo liberto do pecado e do mundo para servir a Deus. O TABERNÁCULO O Tabernáculo construído por Moisés no deserto, é levado pelos Levitas em todas as viagens, e que serviu de modêlo para construção do Templo em Jerusalém por Salomão, é algo tão diferente de qualquer igreja no formato e nos lugares onde o povo, os sacerdotes e o sumo sacerdote podiam ir, que convém desenhar a planta em seus devidos comprimentos e proporções. NORTELEVÍTICO Êxodo termina com o Tabernáculo armado e consagrado. O livro seguinte, Levítico, começa com a palavra "E chamou..." a conjunção "e" está no original e mostra que é uma continuação de Êxodo. É significativo, também, que a partir desse momento Deus não fala mais no monte, mas do Tabernáculo no meio do povo. Os levitas tinham todo o cuidado com o Tabernáculo, para montá-lo, desmontá-lo e transportá-lo. Os serviços de culto eram feitos exclusivamente pelos sacerdotes que eram todos da família de Arão, que era também levita. Por isto o nome do livro "Levítico". No original o nome é "Vá-yich-rah" que significa "E ele chamou", sugerindo o chamado de Deus para a Sua presença, para seu culto.
NÚMEROS Em Êxodo e Levítico, vemos o povo de Deus liberto da escravatura, e organizado como povo de Deus, com sua vida mantida em comunhão com Deus através dos sacrifícios, das leis de pureza, separação e das festas. Em Números, Deus lhe manda preparar para entrar na terra prometida. Mas em vez de vermos o povo, na obediência, na santidade e alta vida espiritual, entrando e possuindo toda a terra, vemos uma história bem diferente. O livro relata como, com o pecado e incredulidade o povo atrasou por longo tempo o recebimento das promessas de Deus. Revela a paciência de Deus com um povo murmurador e como pelo seu poder ele realizou seu intento maravilhoso.
DEUTERONÔMIO Com os Israelitas acampados nas planícies de Moabe, Deus leva Moisés a passar em revista, todo o passado do povo até aquele momento. Com exceção de Calebe e Josué, todos que no Sinai tinham vinte anos ou mais, haviam morrido. O povo agora era inteiramente novo e não tinha ouvido de Moisés a Lei como seus pais haviam.
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Posted: 15 Jul 2015 06:47 AM PDT OS LIVROS HISTÓRICOS JOSUÉ A conquista da Terra Santa
JUÍZES Com a morte de Josué, Israel se achava em paz na Terra Santa, cada Tribo em seu território, o Sacerdócio e o Tabernáculo em atividade, e o futuro estava alvissareiro. É verdade que os gibeonitas ainda viviam no meio deles e tinham suas religiões idólatras. É verdade que havia outros focos de idólatras remanescentes dos povos antigos e os Jebuseus ainda tinham sua fortaleza onde hoje se encontra a cidade de Jerusalém. Mas com o Poder de Deus, a conquista completa era apenas uma questão de tempo. Mas, tristeza, o homem não sabe ser fiel, não sabe obedecer, não sabe conservar e ampliar as bençãos que Deus lhe dá graciosamente. "Deus não tem netos" nem hoje e nem naquele tempo não tinha. Josué mesmo já sentia a nova geração aceitando e até buscando as religiões falsas dos sobreviventes dos antigos povos. Pois o livro de Juízes relata a completa e constante infidelidade do povo para com seu Deus, e relata a incrível paciência de Deus a socorrer e restaurar o seu povo. Há um contraste terrível entre o primeiro capítulo e os últimos três. No primeiro, para dar mais um passo no domínio sobre o país, consultam a Deus sobre como derrotar o inimigo e lhe obedecer – (mas não totalmente). No fim do livro, há uma decadência completa, em vez de uma teocracia (governo por Deus), há uma anarquia completa (ninguém governa): "cada um fazia o que achava mais reto".
RUTE Como freqüentemente acontece na Bíblia, no meio do relato das cousas erradas e negras deste mundo, Deus planta uma verdade, um incidente, um versículo que é belo, santo, nobre, para mostrar que Ele ainda reina. O livro de Rute é assim. Juízes termina com três capítulos tenebrosos. I Samuel logo fala de decadência espiritual de Eli e seus filhos. Entre os dois, a linda história de Rute, a moabita.
OS SEIS LIVROS DO REINO DE ISRAEL, UNIDOS E DIVIDIDOS Os livros de Samuel, de Reis, e de Crônicas, apresentam uma certa duplicação de acontecimentos na história de Israel. Muitos incidentes são repetidos, às vezes com pequenas diferenças, pois cada autor fala de detalhes que mais lhe interessam. No estudo que estamos fazendo, os livros têm apresentado a história de Israel em seqüência normal e contínua desde Abraão até o tempo dos Juízes, e o livro próximo passado, Rute, de um incidente bem dentro da época dos Juízes, termina olhando para frente para falar de Davi, seu grande bisneto. Esta seqüência histórica vai prosseguir normalmente nos livros de Samuel, de Reis. II Reis termina com o começo do Cativeiro e a destruição de Jerusalém por Nabucodonosor. Até ali não há novidade. Porém no livro seguinte, I Crônicas, não continua a história; em vez, faz a recapitulação nas genealogias das famílias principais desde Adão até depois do Cativeiro. Esclarecido o importante das famílias que foram ao Cativeiro, o autor passa a repetir a história de Israel em tempo dos reis, começando com a morte de Saul e começo do reinado de Davi, com o convite para ser rei de todas as tribos, cousa que não aconteceu logo com a morte de Saul, mas só três anos e meio mais tarde A diferença entre o que se conta em Samuel e Reis com o que se conta em Crônicas, é que Samuel e Reis olham os acontecimentos pelo seu valor histórico para a nação toda. Enquanto que em Crônicas o autor cuida em repetir e comentar os acontecimentos em Judá para mostrar os acontecimentos como sequência ou como vida de seu povo. Por exemplo: II Samuel 31 conta a morte de Saul, no monte Gilboa. O fato sem explicação. Quando II Crônicas 10 conta a história, aparece no verso 13: "assim morreu Saul por causa de sua trangressão..." e também porque buscou a adivinhadora para a consultar. Reis termina com o começo do Cativeiro. Crônicas vai além, nos dando nos dois versos finais, o relato do decreto de Ciro, Rei da Pérsia, dando permissão ao povo para voltar para Jerusalém e seus arredores. I SAMUEL I Samuel começou no fim dos tempos dos juízes, o último dos quais foi Sansão. Conta porque e como Saul veio a ser rei e como reinou e morreu.
II SAMUEL II Samuel continua a vida de Davi a partir da notícia da morte de Saul. Imediatamente foi reconhecido como rei de Judá sua Tribo, mas em Benjamim, tribo de Saul, e as demais partes para o norte, não o reconheceram até sete anos e meio mais tarde. I Crônicas não conta esta parte, mas II Samuel conta como "Davi se ia fortalecendo, porém os da casa de Saul se ia enfraquecendo" 3:1. O livro termina com o sacrifício que Deus aceitou para terminar o castigo por Davi ter pecado mandando numerar o povo. Os últimos anos de sua velhice e sua morte estão em I Reis. II Samuel conta o Reinado de Davi. Esboço de II Samuel
I E II REIS Os dois livros de Reis são nos originais um só livro, mas foram divididos pelos tradutores da Septuaginta por que a língua grega leva muito mais espaço para dizer a mesma cousa que o hebraico, e os rolos iriam ficar grandes demais. Aliás, o mesmo aconteceu com Samuel e Crônicas, no Velho Testamento só. I Reis conta o reinado de Salomão, da separação das dez tribos e vai até a morte em Israel do terrível Acabe, e vai, em Judá, até a morte de Josafá, estando Elias ainda vivo. II Reis começa com a revolta dos moabitas e logo, capítulo 2, o arrebatamento de Elias e o começo do ministério de Elizeu II Reis termina com o começo do Cativeiro de 70 anos em Babilônia.
I CRÔNICAS
II CRÔNICAS
Os últimos três livros históricos, Esdras, Neemias e Ester, são todos de acontecimentos depois do cativeiro em Babilônia. Esdras e Neemias são muito ligados entre si, pois ambos tratam do regresso dos judeus a Jerusalém. Ester é um acontecimento entre os que ficaram na Pérsia no tempo de Assuero, conhecido mais como Xerxes I. Convém lembrar aqui outros três livros desta época do regresso: AGEU – Mensagem do Senhor mandando-os completar o templo ZACARIAS – Mensagem relativa aos dois edventos de Cristo, o Milênio, juízo e benção para as nações, como incentivo para construírem o templo. MALAQUIAS – Mensagem com referência a seus pecados e anunciando a vinda de Elias, isto é, João Batista e após ele, o Senhor Jesus Cristo. ESDRAS
No livro de Esdras temos a separação: a. de Babilônia b. auxílio do mundo c. da confiança no braço carnal d. da aliança pecaminosa NEEMIAS Neemias começou em 446 a.C., 90 anos após Zorobabel chegar, 70 anos após a restauração do Templo, e 12 anos após a volta de Esdras.
ESTER Este livro é impressionante pelo fato de que não há uma única referência a Deus, mas todo o livro é um testemunho da mão de Deus fazendo todas as cousas cooperarem para o bem dos que o amam, neste caso para salvar as vidas de todos os judeus no mundo conhecido. A história se desenrola depois do Cativeiro em Babilônia, entre os judeus na Capital da Pérsia, Susã, que não voltaram para Jerusalém nas oportunidades dadas.
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SÍNTESE DA BÍBLIA: VELHO TESTAMENTO - PARTE 4
Posted: 15 Jul 2015 06:35 AM PDT
OS LIVROS POÉTICOS
OS LIVROS POÉTICOS
Os livros poéticos da Bíblia em Português não parecem ser de poesias. Isto porque em Português a poesia se caracteriza por um ou mais dos seguintes: ritmo e cadência, metrificação e rima. Em Hebraico nenhuma destas características aparece. Em lugar destas, geralmente apresentam uma destas características.
a. Acróstico, como em cada capítulo de Lamentações, a primeira palavra de cada verso começa com uma letra no alfabeto hebraico em sua ordem. Seu alfabeto tem 22 letras, e como tal fenômeno não apareceria na tradução, as versões costumam colocar o nome da letra correspondente em hebraico.
b. O mesmo verso repetido em intervalos certos. Salmos 107:8, 15, 21, 31.
c. Cada versículo aproveita um pensamento de anterior e desenvolve o pensamento um pouco, Salmo 121.
d. Paralelismo (a característica principal) – idéias paralelas em cláusulas ligadas na setença. Jó 3:3 "Pereça o dia em que nasci e a noite em que se disse: foi concebido um homem"
OS CINCO LIVROS POÉTICOS:
JÓ
Um drama com sete personagens principais e outro menores
SALMOS
Hinos de louvor, de devoção, de penitência, de profecia, etc., por diversos autores.
PROVÉRBIOS
Uma coleção de provérbios, ditos e de sabedoria.
ECLESIASTES
Uma meditação na futilidade da vida quando desligada de Deus.
CANTARES
Uma canção de amor, retratando Cristo e a Igreja
JÓ
O livro do sofrimento de um santo convencido de sua própria santidade
I | Jó atingido pelo sofrimento | 1-2 |
1. A piedade e a prosperidade de Jó | 1:1-5 | |
2. Satanás acusa Jó injustamente | 1:6-11 | |
3. Satanás aflige Jó com a permissão de Deus | 1:12 - 2:3 | |
4. A esposa, nada espiritual de Jó e seus amigos sinceros | 2:9-13 | |
II | Jó e seus três amigos | 3-31 |
1. Jó amaldiçoa o dia em que nasceu | 3 | |
2. Primeiro ciclo de argumentos Em cada ciclo, Elifaz, o temanita, fala e Jó responde Bildade, o suita, fala e Jó responde Zofar, o maamatita, fala e Jó responde | 4-14 | |
3. Segundo ciclo de argumentos | 15-21 | |
4. Terceiro ciclo de argumentos | 22-31 | |
III | Eliú fala | 32-37 |
1. Zangado com Jó por se justificar, e com seus três amigos por condenarem Jó e por não terem-no confortado | 32 | |
2. Condena todos os quatro. Diz que Deus fala em sonhos e doenças para convencer do pecado e salvar | 33-37 | |
IV | Deus fala | 38-41 |
1. Pergunta a Jó quem ele (Jó) é, e onde estava | 38-39 | |
2. Jó começa a se ver como vil | 40:1-5 | |
3. Deus continua a se revelar a Jó | 40:6 - 41:34 | |
V | Jó julga-se a si mesmo e é abençoado | 42 |
1. Jó reconhece a onipotência e a onisciência de Deus | 42:1,2 | |
2. Se arrepende diante de Deus | 42:3-6 | |
3. Intercede por seus três amigos e é abençoado em dobro | 42:7-17 |
SALMOS
Os Salmos são as expressões inspiradas dos sentimentos que surgem nos corações do povo de Deus, nos diversos acontecimentos da vida. Neles encontramos expressões de louvor, tristeza, arrependimento, humildade, consolo e esperança. Neles vemos os sentimentos que convém ao crente quando em face de perigo, de inimigos e amigos falsos, de sofrimento, e também em face das maravilhas de Deus, de Sua Lei e de sua Palavra.
O livro das canções de Israel e de todos os remidos do Senhor.
I | Livro Gênesis | O Homem | 1-41 |
II | Livro Êxodo | Redenção | 42-72 |
III | Livro Levítico | O Santuário | 73-89 |
IV | Livro Números | A Terra | 90-106 |
V | Livro Deuteronômio | A Palavra de Deus | 107-150 |
PROVÉRBIOS
Provérbios hebraicos, como a poesia hebraica, tem uma estrutura toda sua. Esta estrutura compreende três formas de paralelismo.
a. Paralelismo sinônimo, em que as palavras correspondem linha com linha.
O coração do inteligente adquire conhecimento. E o ouvido dos sábios busca a ciência (18:15)
b. Paralelismo antitético, em que as palavras e linhas são constatadas.
Fiéis são as feridas feitas pelo que ama. Mas os beijos do que aborrece são enganosos.
c. Paralelismo sintético, em que a forma de várias proposições é semelhante.
Os olhos que zombam do pai, ou desprezam a obediência da mãe, corvos do ribeiro os arrancarão, e os pintões da águia os comerão. (30:17)
a. Um poema didático | 1 - 9 |
I – Título e descrição do caráter e finalidade do livro | 1:1-6 |
II – O poema didático 1. Louva-se a sabedoria e exortam-se os jovens a buscá-la. 2. "O temor do Senhor é o princípio da ciência". 3. A sabedoria é a cousa principal | 1:7 a 9:18 |
b. Os princípios da prudência Título: Os provérbios de Salomão | 10-24 |
c. Uma coleção dos Provérbios de Salomão transcritos pelos homens de Ezequias | |
d. As palavras de Agur e da mãe do Rei Lemuel 1. Os enigmas de Agur 2. Um acróstico notável, retratando a esposa ideal | 30-31 30 31 |
ECLESIASTES
Eclesiastes é um livro diferente dos demais. Nos outros, onde os pensamentos e os atos dos homens são errados, o leitor nunca sente que a Bíblia está ensinando que tais cousas são certas. Mas em eclesiastes quando o autor, Salomão, escreve, ele fala como se estivesse anunciando a verdade, quando na realidade, ele está apenas repetindo os pensamentos tidos como certos pelo homem natural, sem Deus.
Deus deu ao rei Salomão dinheiro, autoridade, tempo e um lastro de conhecimento e de sabedoria, como a nenhum outro homem para poder se dar à busca de prazer por todos os caminhos. E ele aproveitou a oportunidade, mas não o faz com o fim de transmitir suas conclusões a nós. Suas pesquisas nos são comunicadas, e a verdadeira conclusão para quem quer ser feliz nesta vida é também anunciada claramente. A vida, a felicidade, a santificação está em viver entronizado com Deus.
I | O Problema | 1:1-3 |
Como satisfazer-se e viver feliz sem Deus | ||
II | A Experiência | 1:4 - 11:10 |
Ele procura satisfação em: 1. Conhecimento 2. Sabedoria e filosofia 3. Prazeres Alegria,1; Bebida,3; Construções, 4; Possessões, 5-7; riquezas e música, 8 4. Materialismo 5. Fatalismo 6. Deismo 7. Religião sem Deus 8. Riquezas 9. Moralidade | 1:4 –11 1:12 – 18 2:1-11 2:12-26 3:1-15 3:16 - 4:16 5:1-8 5:9 - 6:12 7:1 - 11:10 | |
III | A Conclusão 1. "Lembra-te do teu Criador nos dias da tua mocidade" 2. "Teme a Deus, e guarda os seus mandamentos" | 12:1-14 12:1 12:13 |
CANTARES DE SALOMÃO
Cantares de Salomão é um livro poético que, apesar de sua natureza ser aceita pelos judeus, a igreja é a inspiradora. Na Bíblia hebraica encontra-se em outro lugar, numa coleção de cinco, o "megilloth", assim: Cantares, Rute, Lamentações e Ester. Nas sinagogas, Cantares está escalado para ser lido cada ano no oitavo dia da Páscoa, a festa de redenção. E isto é importante, pois é uma canção de amor, expressando o amor do Messias pelo seu povo.
Entre os diversos estudiosos da Palavra, cada qual tem a sua maneira de entender a história no livro, mas nenhuma nos satisfaz. Vamos adotar o que um deles diz: "a melhor maneira de estudar Cantares é estuda-lo verso por verso, sem procurar formar um enredo ou esboço". E do que tenho entendido das revelações dadas nesta Obra aos servos do Senhor, isto combina perfeitamente com o uso que o Senhor está fazendo do livro. Uma coisa é clara para nós: é que no fundo há revelações extraordinárias do amor de Cristo pela Igreja e vice-versa. O Livro tem mensagem especial para estes dias do arrebatamento da Igreja e do derramar do Espírito Santo sobre toda a carne.
SÍNTESE DA BÍBLIA: VELHO TESTAMENTO - PARTE 5
OS LIVROS PROFÉTICOS
INTRODUÇÃO AOS LIVROS PROFÉTICOS – MAIORES E MENORES
Profeta, dos que Deus levantou principalmente no tempo dos reis de Israel, era um mensageiro de Deus revelando a Palavra de Deus ao povo da época e a nós. Eram homens de personalidade marcante, nobreza de caráter e de uma fidelidade destemida para com Deus. Abordavam francamente a iniqüidade moral e social. A revelação de acontecimentos futuros, conquanto não era a função principal do profeta, era um aspecto importante de seu ministério, quer para Israel, quer para nós. O cumprimento de profecia é uma das provas mais efetivas de que a Bíblia é mesmo a Palavra de Deus. O fato de que os profetas, às vezes, falam de coisas que não entendiam (cf. Daniel 12:8; Zacarias 4:5 e I Pedro 1:10-12) é um argumento forte pela inspiração das Escrituras.
As provas do ministério de um profeta encontram-se em Deuteronômio 18:18-22:
1- Ele ensina a Palavra do Senhor
2- Suas profecias se cumprem
Não é possível determinar a ordem e as datas precisas dos profetas, nem há acordo sobre quais nomes devem ser incluídos. A Bíblia fala de Abraão e Moisés como profetas (Gen. 20:7; Deut. 18:18-20), mas o ministério profético como tal começou a ser reconhecido e transmitido com Samuel (At. 3:24 e 13:20), é chamado de o primeiro dos profetas.
Eis um alista dos profetas:
1º Profetas entre os primeiros: Samuel, Elias, Eliseu, Joel e Jonas
2º Profetas de 800 até 700 a.C.: Amós, Oséias, Isaías e Miquéias
3º Profetas de 700 até 600 a.C.: Sofonias, Jeremias, Naum e Habacuque
4º Profetas do cativeiro: Obadias, Ezequiel e Daniel
5º Profetas depois do cativeiro: Ageu, Zacarias e Malaquias.
O estudo dos profetas, fornece esclarecimentos de valor quanto aos acontecimentos históricos. Também nos prepara hoje para um ministério mais rico e nos encoraja a sermos fiéis como mensageiros de Deus em nossos dias. (Nota do instituto Bíblico Moody)
As suas últimas divisões no Velho Testamento são:
Cinco profetas maiores seguido de doze profetas menores. Esta maneira de classificar os livros é por conveniência do homem e em grande parte recebemo-la da Septuaginta. Só que os doze profetas menores, os judeus englobam como doze capítulos de um só livro, dizem eles, pelo medo de qualquer um deles se perder por ser pequeno e tido como insignificante.
Convém observar que a divisão em Maiores e Menores sempre é coerente: Zacarias e Oséias ambos tem 14 capítulos, enquanto que Daniel tem 12 e Lamentações de Jeremias só tem 5.
ISAÍAS, JEREMIAS, LAMENTAÇÕES, EZEQUIEL, DANIEL
Estes cinco livros se dividem de maneira interessante. Dois, Isaías e Jeremias, são de antes do Cativeiro. E dois, Ezequiel e Daniel são de depois do Cativeiro. No meio, corresponde ao Cativeiro, o livro de Lamentações.
ISAÍAS
É o maior de todos os livros proféticos. Possui uma semelhança com a Bíblia toda, começa com 39 capítulos de profecias mais curtas, de vários assuntos, inclusive contra as nações ao redor, e de trechos históricos; seguindo-se 27 capítulos em que o Messias e a salvação pelo Sangue do Cordeiro tem um desenvolvimento extraordinário. Capítulo 53 é o que mais se destaca.
JEREMIAS
É o livro do grande profeta que Deus levantou para os dias logo antes de, e durante, a destruição de Jerusalém. É apelidado de "Profeta Chorão", pois era de uma natureza sensível e sua mensagem era para fazer qualquer um chorar mesmo: pelos pecados do povo estava determinado o castigo para a maior parte do povo em Babilônia durante setenta anos. Sua mensagem o fazia parecer um traidor da Pátria, pois ao invés de animar o povo a resistir e morrer resistindo se fosse necessário (como a figura de todo herói patriota), Jeremias tinha de chamar o inimigo, Nabucodonozor, de servo de Deus para aplicar o castigo, e dizer que os Israelitas desde o Rei até o menor deviam se entregar ao inimigo sem resistência alguma, e para quem fizesse isto haveria de passar bem o exílio e haveria de voltar. Mas quem não aceitasse o castigo, resistindo, haveria de morrer, e se fugisse para o Egito, a espada o alcançaria ali. Alguns ouviram a mensagem. Mas a maioria se levantou contra Jeremias e chegou a ser lançado numa masmorra no fundo de uma cisterna. Mais tarde, os que fugiram para o Egito, levaram o profeta Jeremias consigo e ali terminou seu ministério. Não se sabe como morreu.
LAMENTAÇÕES DE JEREMIAS
Totalmente poético em forma de acróstico; cada um dos cinco capítulos tem vinte e dois versos correspondendo às vinte e duas letras do alfabeto hebraico, porém o capítulo do meio, 3, tem sessenta e seis versos; cada letra tem três versos. O que foi dito do livro de Rute, uma luz nas trevas, se diz de Lamentações, 3:22, 23 e 24: "as misericórdias não tem fim; novas são cada manhã, grande é a tua fidelidade. A minha porção é o Senhor, diz a minha alma; portanto esperai nele.
EZEQUIEL
Estando no meio dos cativos junto ao Rio Quebar, começa a ter visões. Algumas teve lá mesmo e em outras o Profeta era levado pelo ar até a Terra Santa e Jerusalém onde via outras revelações. As mensagens eram contra o pecado em Judá e nas nações ao redor. Mas no capítulo 33 as mensagens começam a ser da restauração de Israel, pelo amor e o poder de Deus, não obstante os pecados de seus sacerdotes, pastores infiéis. No capítulo 37 se destaca a visão mais conhecida, a visão do Vale dos Ossos Secos. No capítulo 40 começa a revelação do Templo a ser construído durante o Milenio, não em Jerusalém, mas numa área bem no centro de Israel conforme a divisão das terras entre as doze tribos no capítulo 48.
DANIEL
Cuja história pessoal é entre as mais conhecidas por ter sido levado cativo junto com Sadraque, Mesaque e Abedenego, para servir no palácio em Babilônia. Já no capítulo 2 ele começa a usar o dom de ciência. Por motivo de sua sabedoria e nobreza de caráter, ele não apenas ocupa postos dos mais altos no tempo de Nabucodonozor, mas em todos os governos sucessivos, até mesmo ao passar de um Império para outro. Ele profetizou até o fim do cativeiro, ocasião em que teria, no mínimo 80 anos de idade. Suas grandes profecias são a revelação do futuro, não só de Israel, mas também das civilizações e das nações dos gentios, e isto até a segunda vinda de Jesus Cristo, a Pedra não cortada por mãos de homens, que derruba a estátua das civilizações, pulveriza a mesma, e depois enche toda a Terra
ISAÍAS
I | CASTIGO PROMETIDO | 1-39 |
1. Mensagens de julgamento para Jerusalém (A vocação de Isaías – Capítulo 6) | 1-6 | |
2. Dez pesos – juízos sobre as nações (Aliança de Israel com Assíria 7) | 7-27 | |
3. Seis áis – juízos sobre Judá e Israel (Aliança de Judá com o Egito 30) | 28-35 | |
II | PARÊNTESE HISTÓRICA (Senaqueribe e Ezequiel) | 36-39 |
III | CASTIGO TERMINADO | 40-66 |
1. Liberdade através de Ciro (Cristo, o Servo de Jeová, 42) | 40-48 | |
2. Liberdade através de Cristo (O Messias sofredor, 53) | 49-57 | |
3. Restauração, Redenção e a Futura Glória de Israel (O Redentor torna-se o Messias, 60) | 58-66 |
JEREMIAS
I | Introdução A vocação do Profeta e sua história pessoal | 1 |
II | A aproximação da destruição de Jerusalém e sua restauração gloriosa | |
III | Acontecimentos históricos na vida de Jeremias e outros | 35-45 |
IV | Profecias contra as nações dos gentios | 46-51 |
V | Epílogo histórico | 52 |
LAMENTAÇÕES DE JEREMIAS
I | A condição de calamidade em Sião 1. Descrição pelo profeta 2. Reflexão pelo profeta | 1 1:1-11 1:12-22 |
II | A causa da derrota de Sião 1. O que o Senhor operou contra ela 2. Porque o Senhor operou contra ela | 2 2:1-10 2:11-22 |
III | O propósito da aflição de Sião 1. Calamidade e consolação 2. Confissão e confiança | 3 3:1-39 3:40-66 |
IV | Sião recorda dias passados 1. Contraste entre o passado e o presente 2. Caráter e destino dos seus inimigos | 4 4:1-15 4:16-22 |
V | Sião apela para Deus 1. Seu caso declarado 2. Sua causa defendida | 5 5:1-18 5:19-22 |
EZEQUIEL
Obs.: Ezequiel foi ativo para a Babilônia bem antes do cerco final de Jerusalém, em uma das primeiras levas. Foi no tempo de Joaquim no ano de 592 a.C.
I | Denúncia de Judá Mensagens dadas antes do sítio de Jerusalém. 4 ½ anos 592-588 a.C. 1. Vocação e comissionamento do Profeta 2. Profecias de julgamento vindouro 3. A necessidade moral do juízo 4. A absoluta certeza de juízo 5. O caráter de Judá, causa do juízo | 1-24 1-3 4-7 8-11 12-19 20-24 |
II | A visitação das nações Mensagens dadas durante o sítio de Jerusalém. 2 anos, 588 a 586 a.C. Contra Amom, Moabe, Edom, Filistia, Tiro, Sidon e Egito. | 25-32 |
III | A restauração de Israel Mensagens dadas depois do sítio de Jerusalém. 14 anos 586 a 572 a.C. 1. A nova vida que estava para ser dada 2. A nova ordem que estava para ser dada a. A visão do Templo b. O povo e o Templo c. A terra e o Templo | 33-48 33-39 40-48 40:1 a 43:9 43:10 a 46:24 47:1 a 48:35 |
DANIEL
Histórico 1. O reinado de Nabucodonosor a. A comida real e os judeus fiéis b. A visão da imagem, e seu sentido c. O deus de ouro, e os fiéis judeus d. A visão da árvore, e seu sentido 2. O reinado de Belsazar a. A festa e a escrita b. Interpretação e cumprimento 3. O reinado de Dario a. Emprego e perigo de Daniel b. Salvação de Daniel, e seu Deus | 1-6 1-4 1 2 3 4 5 5:1-6 5:16-28 6 6:1-15 6:16-28 |
I – PROFÉTICO 1. O reinado de Belsazar a. A visão dos quatro animais e seu sentido b. A visão dos dois animais e seu sentido 2. O reinado de Dario a. Oração de Daniel b. Revelação de Gabriel 3. O reinado de Ciro a. A visão perto do rio Hidequel b. Profecias concernentes à Pérsia e à Grécia c. Profecias concernentes aos tempos do fim d. Daniel, e a palavra final | 7-12 7 e 8 7 8 9 9:1-19 9:20-27 10-12 10 11:1-33 11:34 a 12:3 12:4 –13 |
OSÉIAS
Profetizou em Israel nos dias de Uzias, Jotão, Acaz e Ezequiel, reis de Judá, e de Jeroboão II, rei de Israel. De 810 a 725 a.C. Período mais comprido do que qualquer outro profeta. Anos de prosperidade material, se bem que de corrupção e idolatria.
I | O pecado de Israel 1. Sua infidelidade (a esposa infiel) 2. Sua incredulidade (orgulho e falta de conhecimento) 3. Sua instabilidade (aliança com as nações e decadência espiritual) | 1-11 1-3 4 -6 7-11 |
II | O amor de Deus 1. A chamada ao arrependimento. "Tu pois, converta-te a teu Deus" (6) 2. A necessidade de contrição. "A tua ruína, ó Israel, vem de ti" 3. O apelo do amor, "curarei... Eu os amarei... (4) | 12-14 12 13 14 |
N.B. = Muitos comentários são esboços com as duas divisões principais seguintes
Divisão I Pessoal 1-3
Divisão II Nacional 4 –14 tendo em vista que de 1-3 o Senhor manda o profeta fazer determinadas cousas relativas a esposa e filhos que o atingem pessoalmente como tipos do pecado que o Senhor vê em Israel, e em capítulo 4 as mensagens são profecias dadas por Deus diretamente pela boca do profeta a seu povo começando com as palavras "Ouvi a palavra do Senhor, vós, filhos de Israel".
JOEL
Profetizou em Judá, provavelmente nos dias de Joás. Foi o primeiro dos profetas a deixar sua profecia escrita o que não fizeram Elias e Elizeu, por exemplo. Joel foi contemporâneo de Elias, Elizeu e Jonas.
A Terra Santa nos tempos Bíblicos não era muito dada à praga de gafanhotos, como certas áreas da África, Índia e China (até o descobrimento de inseticidas modernas pulverizadas por aviões), mas nos dias de Joel houve uma devastação pelos gafanhotos, e a profecia é inspirada a avisar ao povo que um dia o Senhor haveria de destruir a terra por causa dos pecados do povo, não com insetos, mas com exércitos dos países ao redor. Mas após o castigo pelo Senhor viriam bençãos pelo Senhor.
I | O dia do juízo e do poder de Deus 1. A praga dos gafanhotos 2. O exército arrasador 3. Em vista disto, uma convocação ao jejum e ao arrependimento | 1:1 a 2:17 1:1-20 2:1-11 2:12-17 |
II | A resposta de Deus 1. A benção material 2. A benção espiritual 3. Juízo sobre as nações 4. Deus no meio do seu povo | 2:18 a 3:21 2:18-27 2:28-32 3:1-15 3:16-21 |
AMÓS
Foi profeta em Israel. Havia sido boieiro e cultivador de sicômoro numa pequena aldeia chamada Tecoa em Judá, mas foi chamado para pregar em Israel. Por eles, Deus repreende por oprimirem os pobres e os necessitados 2:6-8; ingratidão 2:9-12; ganância 4:1; idolatria 4:4,5; teimosia 4:6-11; hipocrisia 5:18-24; luxo exagerado 6:3-6; cobiça 8:4 –6. Juízo especial sobre Israel em vista de seus privilégios especiais. Mas a mensagem inclui promessa de benção futura.
I | Introdução – Juízo por motivo de pecado 1. Sobre as nações dos gentios 2. Sobre todo o Israel | 1-2 1:1 a 2:3 2:4 –16 |
II | Controvérsia com todo o Israel 1. Proclamação de juízo. Três discursos 2. Cinco visões de juízo: gafanhoto, fogo, fio de prumo, fruta, altar Conflito com o rei Amazias, que proíbe de pregar em Israel | 3:1 a 9:10 3 - 6 7:10 a 9:10 7:10-17 |
III | Conclusão – Restauração e glória futura de Israel | 9:15 |
OBADIAS
Profetizou durante o cativeiro, juntamente com Ezequiel e Daniel. Esta profecia é totalmente contra Edom. Os idumeus, povo de Edom, eram os descendentes de Esaú, irmão gêmeo de Jacó, inimigo perpétuo dos israelitas. Habitavam para o sul do Mar Morto e tinha sua capital em Petra.
JONAS
Era profeta em Israel, era do tempo de Elias e Elizeu, em II Reis 14:25-27 há uma referência ao seu ministério profético, além do que consta no livro com seu nome.
Era natural de Gate-Hefer na Galiléia, desmentindo o desprezo dos farizeus mais tarde de que "da Galiléia nenhum profeta surgiu". Aliás, Naum e Malaquias também eram galileus. Era um judeu com ciúme das bençãos do Senhor para Israel e na primeira vez desobedeceu com receio de que os Ninivitas se arrependessem e buscassem as bençãos do Senhor, e na segunda vez obedeceu e ficou magoado em extremo quando se arrependeram e foram perdoados por Deus.
I | A primeira ordem de ir e a desobediência com castigo | 1 |
II | Sua oração e louvor no ventre do grande peixe | 2 |
III | A segunda ordem de ir e arrependimento do povo de Nínive | 3 |
IV | A mágoa do profeta e a repreensão do Senhor | 4 |
MIQUÉIAS
Profetizou em Judá e Israel. Era contemporâneo de Isaías, profetizando nos dias de Jotão, Acaz e Ezequiel, reis de Judá e de Pecaías e Oséias, reis de Israel.
Contraste entre Isaías e Miquéias:
Isaías: se não de família real, ao menos era amigo e conselheiro de reis. Natural de Jerusalém, era familiarizado com os problemas nacionais e com as alianças internacionais com o Egito e outros.
Miquéias: natural de Moresheth-Gath, distante de Jerusalém 38 Km., parece ser uma aldeia no município de Gath perto do litoral do Mediterrâneo, era simples cidadão de família desconhecida. Estava em íntimo contato e simpatia com a classe dos lavradores. Amava o lar e a vizinhança. Ele prevê o inimigo atravessando a planície, tomando aldeia após aldeia. Parece para camponês que o pecado concentrava-se nas capitais, Jerusalém e Samaria. De Jeremias 26:17-19 aprendemos que a reforma no tempo de Ezequias foi fruto das mensagens de Miquéias.
I | "Ouvi todos os povos" 1. Uma declaração do juízo que vem chegando 2. Uma repetição dos motivos do juízo 3. Uma promessa de benção além do juízo | 1-2 1:1-16 2:1-11 2:12-13 |
II | "Ouvi cabeças de Jacó" 1. O pecado dos chefes, e as consequências 2. Uma promessa de restauração e benção 3. Tribulação de Israel, e futuro triunfo | 3-5 3 4:1-8 4:9 a 5:15 |
III | "Ouvi, Montes" | 6-7 |
ESBOÇO DE MIQUÉIAS
1. O Senhor argui Seu povo 6:1-9
2. Acusação e setença do povo 6:10-16
3. Esperança do povo, e a resposta de Deus 7
NAUM
Era galileu como Jonas, natural de pequena aldeia chamada Elcos. Para turistas e maometanos aponta-se um lugar com o mesmo nome perto das ruínas de Nínive, onde os guias dizem ter Naum nascido e morrido. Mostram até a sepultura. Até o século 16, ninguém tinha falado nesta sepultura. Profetizou em Judá (Israel estava em seu cativeiro) nos dias de Ezequias. Profetizou cerca de 150 anos depois de Jonas. Sua mensagem é totalmente contra Nínive e prevê sua destruição.
I | A destruição de Nínive declara 1. O caráter e o poder do Senhor 2. A destruição de Nínive, e a paz de Judá | 1 1:1-6 1:7-15 |
II | A destruição de Nínive, descrita 1. Sítio e captura da cidade 2. O saque da cidade | 2 2:1-8 2:9-13 |
III | A destruição de Nínive defendida 1. Por causa de seu pecado será destuída 2. Sua grande riqueza e poder não salvarão | 3 3:1-7 3:8-19 |
HABACUQUE
Foi profeta em Judá, no tempo de Joás. Era levita, de grande capacidade literária, e suas profecias parecem ter sido escritas mais do que faladas. Estava em posição de apresentar suas profecias ao cantor-mór para uso do culto no templo.
Naum foi levantado para consolar o reino do norte, Israel assegura-lhe da destruição do império assírio e de sua capital, Nínive. Habacuque tem a mesma mensagem para Judá, pois anuncia o fim do império dos caldeus (Babilônia). Digno de nota é que entre todos os profetas, que se preocupam mais com o cativeiro como castigo que aflige o povo e por isto é ruim, Habacuque se preocupa com o perigo do bom nome de Deus no conceito das nações quando observarem os sofrimentos do povo separado de Deus.
Em Habacuque encontramos, pela primeira vez, a expressão: "O justo viverá pela fé". O livro tem a forma de um diálogo em que o profeta faz perguntas a Deus e este lhe responde.
I | O primeiro diálogo 1. Habacuque perplexo por Deus estar permitindo o mal sobre o povo Será negligência do Senhor às orações? Estará o Senhor indiferente ao pecado e ao sofrimento? 2. Deus responde que seu silêncio não significa negligência ou indiferença, pois a nação ímpia (Babilônia) estava para ser castigada a. Estava para fazer algo incrível b. Usaria os caldeus para castigar Israel c. Diz como são os caldeus | 1:1-11 1:1-4 1:2 1:3,4 1:5 1:6 1:7-11 1:12 a 2:20 |
II | O segundo diálogo 1. A resposta de Deus resolveu um problema, mas levanta outro: Como pode um Deus puro castigar Israel por uma nação muitas vezes pior do que Israel? 2. Deus esclarece que conheceu a maldade do instrumento, mas diz que Babilônia também será castigado por isto a. Deus ordena ao profeta que escreva a profecia bem claramente b. O que Deus tinha para fazer, faria logo. c. Os contados como justos seriam preservados das piores tristezas d. E, então, Deus lança cinco áis. | 1:12 a 2:20 1:12 a 2:1 2:2-20 2:2 2:3 2:4 2:5-20 |
III | Hino e doxologia do profeta Dissipado de suas dúvidas, e cheio de paz de Deus, o profeta extravasa todo o seu ser num hino vibrante, de oração, louvor e confiança em Deus. a. O profeta ora para que Deus renove Sua graça libertadora b. O profeta ora para que Deus na execução de justiça se lembre da misericórdia c. Então descreve a majestade do Senhor no Sinai, e na ida adiante de Israel para possuir a Canaã d. E confiança em Deus | 3 3:2 3:3-15 3:16 3:17-19 |
SOFONIAS
Foi profeta em Judá, logo antes dos dias de Josias, e suas mensagens foram sem dúvida uma das forças que provocaram a busca de acerto com Deus nos dias de Josias. Suas mensagens revelam os terríveis castigos que Deus fará vir sobre as nações desde a Etiópia e o Egito até os Assírios e os babilônios, mas se dirige ao povo de Deus, pois estando incursos nos mesmos pecados, não escaparão pois conhecem a Deus e sua santidade.
I | Declaração geral dos julgamentos a cair sobre o povo de Israel | |
II | Declaração particular dos julgamentos a cair sobre o mundo, e sobre Judá em especial | 2:1 a 3:7 |
III | Promessas de restauração e continuada felicidade para Judá e o mundo | 3:8-20 |
AGEU
Ageu, Zacarias e Malaquias foram os três profetas depois do cativeiro em Babilônia.
Sua tarefa foi de animar, reprovar e instruir o povo de novo em Jerusalém e Israel.
Ageu profetizou no ano 520 a.C.
I | Primeira mensagem – Repreensão Desanimados e sem desejo de trabalhar, excusavam-se por errar e calcular os anos A calamidade declara e interpreta O povo exorta ao trabalho | 1:1-1 1:2 1:6-11 1:8 |
II | Segunda mensagem – Recomendação A repreensão obteve resultado desejado Em seguida, Ageu dá uma mensagem do Senhor, curta, porém confortadora A mensagem que teve um resultado estimulante | 1:12-15 1:12 1:13 1:14 |
III | Terceira mensagem – Animação Enquanto trabalhavam, iam-se desanimando pensando que por serem poucos e pobres, o Templo seria inferior ao de Salomão. Ageu animava declarando-lhes que sua glória seria maior que a anterior. Promessa da segunda vinda (para seu Templo) | 2:1-9 |
IV | Quarta mensagem – Benção Por perguntas e respostas, Ageu discutiu sobre a impureza do povo. Porém a impureza havia sido removida. Agora havia benção para os outros | 2:10-19 |
V | Quinta mensagem – Segurança Evidentemente 2:6, 7 os havia perturbado. Pela figura do "anel de selar" foram esclarecidos como Deus os estimava, avaliava e cuidava. E quão seguros estariam nos tempos pertubadores |
ZACARIAS
De todos os profetas do Velho Testamento, Zacarias é um dos maiores. Profetizando com Ageu e Malaquias durante a reconstrução de Jerusalém após o cativeiro, ele animava o povo ao trabalho, desviando seus olhos da luta de cada dia com seus sofrimentos inevitáveis, para apontar seus olhares, mediante uma grande série de visões, e revelações das duas vindas do Messias. São um verdadeiro convite para serem analisados, pois são de grande valor para os nossos dias. Infelizmente, no programa de Síntese, só há tempo para nomeá-los.
Introdução:
Zacarias se anuncia e anima o povo a buscar o Senhor e não imitar seus pais. 1:1-6
I | As visões de Zacarias 1. Os Cavaleiros do Senhor 2. Os quatro cornos e os quatro ferreiros 3. Um homem com um cordel de medir 4. O Sumo sacerdote Josué 5. O castiçal de ouro e as sete lâmpadas 6. O rôlo volante 7. A mulher e a efa 8. Os quatro carros 9. Um ato simbólico Duas coroas na cabeça de Josué, o sumo-sacerdote | 1:7 a 6:15 1:8-17 1:18-21 2:1-13 3:1-10 4:1-14 5:1-4 5:5-11 6:1-8 6:9-15 |
II | Uma pergunta e a resposta do profeta 1ª resposta 2ª resposta 3ª resposta 4ª resposta | 7 – 8 7:1-7 7:8-14 8:1-17 8:18-23 |
III | Os tempos do Messias 1. Primeira mensagem A restauração final de Judá e Israel 2. A Segunda mensagem Julgamento e Redenção | 9 – 14 9 – 11 12 – 14 |
MALAQUIAS
Malaquias profetizou após o cativeiro e é realmente o último dos profetas do Velho Testamento Ageu e Zacarias profetizaram durante a reconstrução do Templo e dos Muros de Jerusalém. O tempo de Zorobabel e Esdras já tinha passado. Neemias tinha vindo a primeira vez para levantar os muros e havia voltado à Pérsia onde era operoso, desenvolvendo a vida espiritual cada vez mais verdadeira e sinceramente no Templo, como nos lares e na sociedade. Mas, não imediatamente, o formalismo nos cultos, os maus costumes, etc. apareceram. Neemias vem correndo para Jerusalém e Deus levanta Malaquias (meu Mensageiro) juntos para trazer os sacerdotes e o povo de volta a Deus e à santificação de vida, tendo em vista a primeira e segunda vinda do Messias. O mensageiro de Deus.
RECAPITULAÇÃO OS LIVROS POÉTICOS E OS LIVROS PROFÉTICOS
Levar os alunos a repetirem (1) o esboço da Bíblia, Velho Testamento e Novo Testamento com o número de livros em cada parte e (2) os nomes de todos os livros até Ester, matéria dada no 1º Período.
1 – OS LIVROS POÉTICOS são:
JÓ, SALMOS, PROVÉRBIOS, ECLESIASTES, CANTARES.
1.1 Visto em conjunto, apresentam uma característica que os torna iguais entre si e diferentes de todos os outros: são de poesias, poéticos.
Os livros poéticos nas Bíblias em português não parecem ser de poesias.
Nossas coletâneas tem, para nós, todo o aspecto de um livro de poesias. Em português poesia tem quadras ou estrofes de duas, de quatro ou outro número de linhas.
As linhas possuem cadência ou ritmo. E as linhas terminam com palavras que rimam.
No hebraico o conceito de poesia é totalmente diferente. Poesia é o que foi escrito com uma ou mais das seguintes características:
1.1.1 Paralelismo
Duas idéias paralelas, que dizem no fundo a mesma coisa. Jó 3:3 – "Pereça o dia em que nasci e a noite em que se disse: foi concebido um homem!"
1.1.2 Um versículo aproveita o último pensamento do último versículo para repeti-lo e dizer mais, alguma coisa a respeito. Salmo 121
1.1.3 O mesmo versículo se repete após intervalos. Salmo 107:8, 15, 21, 31
1.1.4 O acróstico, quando cada versículo (ou grupo de versículos) começam com as letras do alfabeto ou de uma palavra. Em português temos um acróstico perfeito no corinho "Consulta ao Senhor" na coletânea. O alfabeto hebraico tem vinte e duas letras, e estas não tem iguais em português. Os tradutores geralmente colocam o nome da letra (álefe, bete, guimel) no começo do versículo, mas escrevem a tradução exata, sem se importar com as letras, para não prejudicar a verdade inspirada. Salmo 119 e Provérbios 31: 10-31.
Nos Provérbios há muito emprego do paralelismo no número 1.1.1, supra, mas além de falar de coisas iguais, Provérbios também emprega o paralelismo de coisa opostas. Provérbios 10:27 – "O Senhor prolonga os dias de vida, mas os anos dos perversos serão abreviados".
1.2 – Visto separadamente cada um é bem diferente dos outros.
JÓ – É a história verdadeira de um homem muito rico, íntegro, reto e temente a Deus. Viveu nos dias dos Patriarcas mas não era dos descendentes de Abraão. Jó 19:25-27 mostra a fé que tinha no Salvador e na Sua segunda vinda com a ressurreição dos mortos.
O livro de Jó conta como em um só dia Jó perdeu os seus dez filhos, a casa e todos os seus animais. Pouco depois perdeu a saúde. Tudo aconteceu sem nenhuma razão ou explicação. Seus amigos procuram consolá-lo, mas acabaram acusando-o de ter cometido grave pecado e de ser um hipócrita, pois não confessava seus pecados. Mas o livro revela o que havia passado diante de Deus para que Ele permitisse tão grande sofrimento a um servo santo. E ao ler o livro nós ficamos sabendo o fim de Jó pois (1) teve uma nova e profunda experiência com Deus (42:5 e 6) e (2) o Senhor lhe deu o dobro de tudo que havia perdido. É o livro para consolar os que sofrem sem motivo.
SALMOS – São louvores inspirados que os servos devem usar para expressar seus sentimentos de culto a Deus, de gratidão por todas as bençãos recebidas, de súplicas, etc., nas mais diversas experiências pessoais e da Igreja agora e no futuro. São, também, para os israelitas de todos os tempos e terão um sentido muito profundo no Milênio, pois Deus terá cumprido as maravilhosas promessas dadas a seu povo.
Davi escreveu a maior parte, mas outros também contribuíram, entre eles, Moisés, com o Salmo 90. Os israelitas reconhecem cinco divisões dos Salmos cada um terminando com "Amém e Amém". Livro I, de 1 a 41 que chamam de "Gênesis". Livro II, de 42 a 72 chamado "Êxodo". Livro III, de 73 a 89 chamado "Levítico". Livro IV, de 90 a 106 chamado "Números". E livro V, de 107 a 150, chamado "Deuteronômio".
A palavra "Selá" é usada. Não tem tradução. Parece que é usada para chamar a atenção a quem lê ao fato de que a sentença antes do "Selá" merece um valor profundo. Vejam no Salmo 3 o negativo espantoso no versículo 2 e a verdade maravilhosa no versículo 4!
Observação: quando se lê o Salmo em voz alta na Igreja, não se deve ler o "Selá".
PROVÉRBIOS – É uma coleção de normas que apontam caminhos, atitudes e valores para que os servos do Senhor saibam como seguir o Caminho Santo, evitando o mal. Usando a grande sabedoria que o Senhor lhe deu, Salomão escreveu milhares de provérbios, entre os quais o Espírito escolheu estes para compor a Bíblia. O Espírito incluiu também os provérbios de Agur (capítulo 30) e os provérbios da mãe do Rei Lemuel (capítulo 31).
Além do sentido claro da sabedoria divina, o Espírito Santo está agora dando novas revelações muito mais profundas.
ECLESIASTES – Relata as experiências que Salomão pôde fazer para se realizar, para encontrar a felicidade e a satisfação, mediante as coisas do mundo e da carne deixando Deus de lado. Foi o único homem que possuía as oportunidades, os recursos, e, acima de tudo, aquele grau de sabedoria divina par não se perder nestas buscas. Fez de tudo que era possível e, cada vez, descobriu que não davam em nada, antes eram só vaidade e sem nenhum valor ou proveito. No fim ele chega a conclusões vem de acordo com a verdade. Entre as conclusões finais destacam-se duas: 12:1 – "Lembra-te do teu Criador nos dias da tua mocidade ...", e 12:13 "Teme a Deus, e guarda os Seus mandamentos".
CANTARES DE SALOMÃO – É como uma peça de teatro em que não há quem descreva os lugares nem quem conte o que os personagens estão fazendo; antes tudo é dito pelos personagens que revelam seus pensamentos e dizem o que estão fazendo. É um diálogo do Esposo com a Esposa, o Senhor Jesus com sua Igreja, a Noiva. A mensagem do livro é a Segunda vinda do Senhor e o arrebatamento da Igreja. Como este livro é analisado nas aulas dos períodos do Seminário, não há necessidade de dizer mais aqui em Síntese da Bíblia.
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2 – OS LIVROS PROFÉTICOS
Os livros proféticos abrangem as duas últimas partes do Velho Testamento.
São cinco livros dos profetas maiores: ISAÍAS, JEREMIAS, LAMENTAÇÕES, EZEQUIEL E DANIEL.
E doze livros dos profetas menores: OSÉIAS, JOEL, AMÓS, OBADIAS, JONAS, MIQUÉIAS, NAUM, HABACUQUE, SOFONIAS, AGEU, ZACARIAS, MALAQUIAS.
2.1 – Todos os livros proféticos como um conjunto.
Vemos que os livros dos Profetas maiores são livros de muitos capítulos e sua falta seria logo observada. Isto não acontece com os livros dos Profetas Menores pois, com só duas exceções, são de um até 4 capítulos. Com cuidado para não perder ou menosprezar qualquer um deles, os israelitas, em sua Bíblia, publicam os doze como um só livro.
Os livros proféticos não estão na ordem cronológica em que os profetas falaram. Joel e Jonas foram antes de Isaías. Obadias viveu nos dias de Ezequiel e Daniel. Mas isto não altera o valor espiritual e profético de cada livro.
Muitos servos foram profetas, isto é, profetizaram, como Enoque, Jacó, Moisés. Mas o ministério profético teve início com Samuel. Os livros de Samuel são históricos, pois são essenciais ali para manter a continuidade da história de Israel. Elias e Elizeu cumpriram ministérios proféticos, mas Deus não os mandou escrever suas profecias e não existem mais. Mas com Joel e Jonas começou a mandar que as profecias fossem escritas para que servissem para o povo da época e para nós hoje.
1.1.1 Os livros proféticos mostram muitos detalhes dos acontecimentos em Judá e Samaria nos dias dos profetas.
1.1.2 Mostram as profecias que revelam os planos de Deus para seu povo através dos séculos até os nossos dias e os dias ainda pela frente.
1.1.3 O Espírito Santo colocou em toda a Bíblia, mas com a maior variedade de expressões nos livros proféticos, tudo que Ele precisaria para dar respostas hoje e sempre a todas as consultas a Ele na Palavra. Quantas vezes servos tem dito: Veja como o Senhor me respondeu tão perfeitamente o que eu precisava saber; Deus colocou as Palavras em mim!
2.2 – Os livros dos profetas maiores em conjunto
Observamos que os cinco livros estão em perfeita ordem histórica.
ISAÍAS viveu entre os anos 800 e 700 a.C.
JEREMIAS viveu em torno do ano 600 a.C. sendo ele o profeta dos últimos anos antes da destruição da cidade por Nabucodonosor em 586 a.C., e ainda viveu uns anos dentro do período do cativeiro.
LAMENTAÇÕES DE JEREMIAS foi escrito depois da destruição de Jerusalém.
EZEQUIEL começou a profetizar em Babilônia pouco antes da destruição de Jerusalém. Profetizou durante o cerco e continuou durante o cativeiro.
DANIEL, um dos príncipes reais, foi levado para Babilônia logo após a destruição final. Viveu para ver o fim do cativeiro mas não voltou a Jerusalém quando Ciro permitiu, pois já estava com uns 87 anos de idade, aproximadamente.
2.3 – Os livros dos profetas maiores, um por um.
Observamos o seguinte:
ISAÍAS parece a Bíblia, em que começa com 39 capítulos que falam muito das nações ao redor de Israel e Judá, seguindo 27 capítulos que falam do Messias (Jesus Cristo) vindo para ser sacrificado (capítulo 53) e para reinar durante o Milênio. Total, 66 capítulos.
Isaías e Miquéias viveram na mesma época. Isaías era da capital, do Palácio do Rei, entendia de problemas com os países ao redor. Miquéias era das aldeias, dos campos e da lavoura, do povo pobre dominado pelos ricos das cidades.
Nos dias de Isaías, a decadência espiritual já era adiantada, mas a situação financeira, material, ainda estava boa, de forma que o povo achava tudo bem, mas não estava.
JEREMIAS – Foi, por assim dizer, o último profeta antes da destruição de Jerusalém por Nabucodonosor em 586 a.C. Levantou sua voz para o povo voltar ao Senhor quando o inimigo já estava vindo e conquistando todas as nações em seu caminho. Por fim a Palavra de Deus mandava que o povo aceitasse o castigo de Deus, se entregando ao Rei Nabucodonosor, sabendo que ele os levaria cativos para a Babilônia, sabendo também que ali Deus os protegeria e, fora as saudades, haveriam até de prosperar materialmente e que após 70 anos poderiam voltar para Jerusalém. Foi, por isto, acusado de traidor, enfraquecedor dos soldados que defendiam a cidade, e foi lançado numa cisterna com lama funda. A mensagem profética era também de que os que ficassem defendendo a cidade seriam mortos por Nabucodonosor ali, pois iria até lá conquistando. Um grupo de judeus, fugindo para o Egito, raptaram o profeta e o levaram para lá, onde morreu.
Quando apelava para o povo, se quebrantava e ganhou, entre os estudiosos da Bíblia, o apelido de "O profeta chorão".
LAMENTAÇÕES DE JEREMIAS – É o livro que Jeremias escreveu depois de ver a cidade e o Templo construído por Salomão destruídos e queimados e o povo caminhando para Babilônia.
O Livro apresenta um acróstico completo em cada capítulo, sendo que no capítulo do meio, 3, em vez de cada letra tem um versículo, tem três versículos.
EZEQUIEL – Nos dias de Jeoiaquim, Nabucodonosor invadiu Jerusalém e o serviram três anos, II Reis 24.
Nos dias de seu filho Joaquim, Nabucodonosor subiu de novo e levou muitos do povo e muitos bens para Babilônia. Foi nesta leva que Ezequiel foi levado, ainda não sendo profeta. II Reis 24:8-17. Nos dias de Zedequias Nabucodonosor subiu pela terceira vez, e desta vez desfez os muros e queimou a cidade e o Templo e levou Daniel cativo, dando início aos 70 anos do cativeiro.
Ezequiel, portanto, já estava em Babilônia antes da destruição final de Jerusalém. Foi neste tempo que começou a profetizar mensagens exortando o povo a voltar para Deus (Capítulo 1:24 – anos 592 a 588 a.C.).
Durante o cerco final profetizou contra as nações (Capítulos 25-32 – anos 588 a 586 a.C.). Depois da destruição final de Jerusalém passou a profetizar coisas maravilhosas para seu povo, maravilhas que veremos em Israel, quando o Senhor Jesus estiver de volta, coroado e reinando durante o Milênio.
Destacam-se a Visão do Vale de Ossos Secos (capítulo 37) e a visão do Templo em Siló (capítulos 40-48) que será estudado em detalhe em História e Geografia da Bíblia relativo ao fim do Velho Testamento.
DANIEL – Viveu durante os 70 anos do cativeiro em Babilônia. Era um jovem Príncipe quando foi levado para servir no Palácio de Babilônia, ocasião em que propôs não se afastar do Senhor e nem se contaminar com as iguarias do Rei. Foi mantido em posições altas nos impérios da Babilônia, dos Medos e dos Persas. Por ele, o Senhor revelou como seria a história de Israel entre o Velho Testamento e o Novo Testamento, revelou a seqüência de civilizações (impérios) até nossos dias, os sete anos entre o arrebatamento da Igreja e a descida do Senhor Jesus para ficar e reinar no Milênio.
Visto que o livro de Daniel é analisado nos três primeiros Períodos do Seminário, não há necessidade de entrarmos mais profundamente aqui.
2.4 – Os livros dos profetas menores em conjunto
Lembramos que na Bíblia dos israelitas os doze livros são encadernados com um só livro. Não estão na ordem em que os profetas viveram, nem mesmo formam outros grupos.
2.5 – Os livros dos profetas menores visto um por um
JOEL E JONAS – Foram os primeiros de todos os livros proféticos, entre 900 e 800 a.C. no mesmo século de Elias. Joel profetiza o derramamento do Espírito Santo sobre toda a carne nos últimos dias (2:28-32) e Jonas profetiza a destruição de Nínive, mas se arrependeram e viveram mais 150 anos, até que NAUM profetizou o fim da cidade e de seu império e isto aconteceu.
O paralelo entre Isaías e Miquéias já foi mencionado.
OSÉIAS – Foi quem profetizou mais anos, 85 anos, era contemporâneo de Isaías e Miquéias.
AMÓS – Junto com Isaías, Miquéias e Oséias, entre 800 e 700 a.C., era natural de Judá, mas foi enviado para profetizar contra Israel. O Rei quis mandá-lo de volta e então ele respondeu (7:10-17) que ele não era profeta nem filho de profeta, mas que Deus o mandara profetizar e ia mesmo continuar profetizando.
OBADIAS – Foi o profeta do cativeiro, junto com Ezequiel e Daniel. O Senhor enviou após a destruição de Jerusalém para repreender os Idumeus, isto é, a terra de Edom, os descendentes de Esaú (irmão de Jacó) pois o Senhor não gostou da maneira como se alegraram com a derrota de Jerusalém, dos descendentes de Jacó.
HABACUQUE – Profetizou logo antes de Jeremias e sua mensagem foi que, por causa do pecado de Judá; Deus ia levantar os caldeus (Nabucodonosor) par castigar seu povo, mas prometeu que os caldeus seriam mais tarde derrotados. Como Naum consolou Israel profetizando o fim de Nínive e o Império Assírio, Habacuque consolou profetizando o fim dos Caldeus (os Babilônios).
SOFONIAS – Nos dias de Habacuque e de Jeremias (700 a 586 a.C.) profetizou o castigo de Deus sobre todas as nações da Etiópia até a Assíria e a Babilônia pelos seus pecados, mas teve que dizer que se os Israelitas (Judá) continuassem nos mesmos pecados haveriam de sofrer igual castigo.
AGEU, ZACARIAS E MALAQUIAS – Formam um trio de profetas de após o cativeiro. Quando em 516 a.C. Ciro permitiu o povo voltar, Zorobabel (o Governador) trouxe uma leva e pouco depois o Sacerdote Esdras trouxe outra.
Primeiro levantaram o Altar dos Sacrifícios (sem o clamor pelo Sangue não há perdão ou comunhão) mas protelaram a construção do Templo. O Senhor enviou AGEU para apressar a construção do Templo e depois enviou a Zacarias para incentivar a Obra de construção mediante um número grande de visões.
Era de se esperar que, de volta em Jerusalém e Israel, o Povo permaneceria na fé e na santificação, mas logo o Senhor teve que levantar MALAQUIAS para exortar o povo a abandonar uma série grande de pecados espirituais e morais. O livro, o último do Velho Testamento, termina com a promessa do envio de João Batista (o novo Elias) mas este só veio 400 anos mais tarde.
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