14 julho 2023

POR QUE SOU CONTRA O ABORTO -

 

POR QUE SOU CONTRA O ABORTO - [1] 


Poucas coisas nesse mundo causam-me desgosto. Por assumir uma visão normativamente negativa da humanidade, acredito que a existência e a prática de atos deploráveis são possíveis aos homens, em qualquer época e lugar, religião ou filosofia, por qualquer razão ou falta dela, a quem quer que seja por quem quer que for. E isso é claramente demonstrado na experiência humana, seja nos livros de história ou nas histórias do Datena. Num mundo com claras tendências ao mal, tenho a convicção de que a maldade do homem pode ser  manifesta de diferentes modos e a qualquer momento. Entretanto, a questão da luta pela liberdade do aborto me causa um amargo desgosto.
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Eu não consigo entender como alguém teria condições morais para defender o aborto como uma questão de liberdade do indivíduo. Eu acredito que para encontrar qualquer consistência nesse tipo de argumento, a dessensibilização da consciência e a desumanização da vida são fundamentais. Entretanto, essas são duas coisas que não consigo fazer.
Eu acredito que para encontrar qualquer consistência da defesa do aborto como uma questão de liberdade do indivíduo, a dessensibilização da consciência e a desumanização da vida são fundamentais.
Para dessensibilizar a consciência desse modo é necessário abraçar alguma forma de niilismo, ou talvez alguma forma extremada de hedonismo, a ponto de considerar como válido apenas o desejo do ego em detrimento da  existência de um ente, que por sua fraqueza precisa ser destituído de qualquer direito, vez ou voz. Por isso, pouco importa o que [ou melhor quem] é que perde o direito a vida, o que realmente importa é que indivíduo não perca a possibilidade da liberdade dos encargos da maternidade.
Para desumanizar a vida desse modo é necessário acreditar que existem diferentes tipos de vida, e que os estágios mais embrionários da vida são na verdade não humanos. Um embrião pode até ser considerado como vivo, mas não goza do status de humano. Por isso, exterminar a possibilidade de vida fora do útero de um embrião não pode ser classificado como um assassinato.
Como já disse, essas são premissas que eu não consigo assumir. Não consigo encontrar argumentos que sejam suficientes para suportar a validade moral dessas premissas. E é por isso que eu sou contra o aborto
https://marceloberti.wordpress.com/2015/08/11/por-que-sou-contra-o-aborto/#more-4636

POR QUE SOU CONTRA O ABORTO - [2] 


Partindo da cosmovisão cristã, posso afirmar que sou contra o aborto por que eu acredito na dignidade da vida humana, independente do tempo de existência. De acordo com o Cristianismo, a vida humana é marcada pela  dignidade que lhe foi atribuída por seu Criador (Gen 1:26, 27a, b; 9:6). Tal dignidade é descrita nos termos da Imago Dei (imagem de Deus), que em última análise reflete a dignidade do Criador. Não importa qual é o estado de rebelião do indivíduo em relação a Deus, sua vida é ainda marcada pela dignidade derivada da criação. É por isso que o assassinato, em qualquer forma, é deplorável diante dos valores morais do Cristianismo.
Eu sou contra o aborto por que acredito na humanidade da criança não nascida, desde os mais embrionários estágios da vida. As escrituras tratam da criança não nascida como pessoas (Gen. 25:22; Jer 1.5; Sal 22:9-10; 71:6), a ponto de serem consideradas como filhos mesmo antes do seu nascimento (Lc 1.36, 41, 44). Nas escrituras, a criança não nascida é frequentemente descrita como os mesmos termos que descrevem um criança já nascida, o que sugere que não existe diferença essencial entre elas (Gen. 38:27-30; Jo 1:21; 3:3, 11-16; 10:18-19; 31:15; Sal.51:5; Isa. 49:5; Jer. 20:14-18; Os. 12:3; Lc 1:15; Rom. 9:10-11). É por iso que o aborto é considerado como assassinado do ponto de vista da cosmovisão cristã.
Eu sou contra o aborto por que o sou contra a morte de crianças inocentes. Do ponto de vista do Cristianismo, a morte do inocente é deplorável (Gen 9.6; Exo 23.7; Deut 19.10-11; 27.25; Prov 6.16-19), e no caso do aborto, a criança é penalizada com morte pelo simples fato de existir.  Ela não é culpada de sua existência, ainda que com ela grandes desafios venham a existir. Do ponto de vista do Cristianismo, a vida é sagrada (Gen. 1:26–27; 2:7; Deut. 30:15–19; Jo 1:21; Sal. 8:5; 1 Cor. 15:26), em especial a vida das crianças (Sal. 127:3–5; Lc 18:15–16).
Eu sou contra o aborto por que acredito que o direito a vida da criança não nascida é maior que o direito da liberdade da mãe. A partir do momento que entendemos a criança não nascida como humana, seu direito à vida é superior ao direito da liberdade da mãe. Nas escrituras, o direito da criança é garantido na lei (Deut. 14:29; 24:17–21; 26:12–13; cf. 16:11, 14) ao mesmo tempo que o assassinato de crianças não nascidas é visto como o mais desumano e cruel dos atos dos homens ímpios (2Re 8:12; 15:16; Os. 10:14–15; Na. 3:10; cf. Mat. 2:16).
Eu sou contra o aborto por que acredito que a criança não nascida não é parte da constituição do corpo da mãe. Na verdade a criança não nascida tem um código genético distinto da mãe, um sistema imunológico distinto do da mãe e em muitos casos um tipo sanguíneo e gênero distinto da própria mãe. Nas escrituras a criança não nascida nunca é confundida com a mãe, ou apresentada como parte do corpo da mãe.
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