21 setembro 2015

1º MARCHA CONTRA O ABORTO DE BELO HORIZONTE





1º Marcha contra o Aborto de Belo Horizonte

Cristãos realizam marcha contra aborto no centro de Belo Horizonte

Durante o ato, vários grupos artísticos se apresentam, discutindo o tema, por meio do teatro, da dança e da música; há também orientações sobre adoção



LUIZA MUZZI
Diferentes religiões e movimentos se uniram na manhã deste sábado (19) no centro de Belo Horizonte para participar da 1ª Marcha pela Vida Contra o Aborto. Carregando faixas e cartazes e ao som de batuques, centenas de pessoas caminharam da praça da Estação até a praça Sete para conscientizar a população da capital sobre a luta pró-vida e também para pressionar deputados federais e senadores contra projetos de lei que pedem a legalização do aborto.
"Independentemente da religião, nossa bandeira é a vida", explica Carlos Said Pires, organizador da marcha e líder do Grupo de Ação Política (Gap) da União Nacional de Estudantes Cristãos (UNEC).
Durante a concentração do evento, na praça da Estação, houve apresentações de dança e teatro, e os participantes fizeram a distribuição de cartilhas alertando a população sobre as consequências físicas e psicológicas do aborto. "A criança não pode pagar com a vida uma irresponsabilidade da mãe. Existe a saída da adoção", defendeu Pires. 
Fundador do Movimento Nacional da Cidadania pela Vida – Brasil sem Aborto, Jaime Ferreira Lopes veio de Brasília participar da marcha e explicou que o argumento de que a mulher tem direito ao próprio corpo não justifica o aborto. "Ela tem direito sobre seu corpo sim, mas não sobre outra individualidade biológica que está dentro de si. O aborto é sempre um trauma na vida da mulher, em todos os sentidos, então por que torná-lo um direito?", questiona.
Segundo os movimentos, mulheres que recebem um mínimo de apoio quase sempre desistem do aborto. Coordenadora do projeto Apoio a Mulheres numa Gravidez Indesejada, Katilene Silva explica que os grupos consideram que, a partir da concepção, já existe vida. "Trabalhamos com o acolhimento das mulheres, falando sobre o valor da vida e explicando que as situações problemáticas podem ser controladas e vão passar, mas que se tirarem o filho já não tem mais volta".
Já a presidente do movimento Mulheres Universo Sem Fronteiras, Carla Rocha, conta que muitas vezes se depara com motivos pequenos para o aborto. "São justificativas sem sentido para tirar algo tao nobre como a vida, que só Deus dá e pode tirar".
Durante o evento, mulheres puderam dar seu testemunho a favor da vida. Mãe de sete filhos, incluindo dois adotivos, a cozinheira Lívia Cristina da Silva Meira, 52, sofreu um estupro ao ser ameaçada com um revólver por um homem para quem fazia faxina e chegou a ir a uma clínica abortar quando sentiu o bebê na barriga e mudou de ideia. Rafael está hoje com 30 anos e é motivo de orgulho para a mãe.
"Para todo mundo o filho de um estupro é um lixo, mas na verdade ele se torna uma bênção". Para quem está em uma gravidez indesejada, Lívia incentiva a procurar ajuda. "Não mate ou jogue no lixo essa criança. Se não puder dar amor, dê para alguém criar. Tem muita mãe com ventre seco querendo um filho".
Público
A Polícia Militar estimou em 250 o número de participantes da 1ª Marcha pela Vida Contra o Aborto. Os organizadores, porém, acreditam que 3.000 pessoas tenham participado da caminhada. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário