Autor: Rev. Welfany Nolasco Rodrigues
Números 13.25-33
Introdução: Quando o povo de Deus estava para entrar na terra prometida, enviaram doze homens para espiar a terra e ver como era antes de tomar posse (Números 13.1,2). Depois de quarenta dias observando a terra, trouxeram notícias e também muitos frutos colhidos, comprovando que era uma região muito fértil (Números 13.21-24). Entretanto, havia um detalhe: o povo da terra era forte e havia gigantes, chamados anaquins ou filhos de Anaque, uma tribo ou família de gigantes (Números 13.33; Josué 15.13,14). Mas haviam outras tribos ou famílias conhecidas como gigantes, como os Refains (Deuteronômio 2.10,11), onde havia um lugar chamado ‘vale dos gigantes’ (II Samuel 5.18,22).
A origem destes gigantes é relacionada ao relato de Gênesis 6.1-4, mas na verdade o texto não diz que seriam filhos de anjos ou demônios, como muitos interpretam, embora houvesse uma crença de que fossem sobrenaturais. Os “filhos de Deus” no texto podem estar relacionados ao machismo que os diferenciava das “filhas dos homens” ou à linhagem de Sete, filho de Adão, que seria considerada mais pura (Gênesis 5.3) e teria se corrompido, misturando-se com pagãos, descendentes de Caim. *
A prova de que os gigantes eram uma raça comum da humanidade que foi dizimada por se envolver em muitas guerras é que mesmo após o dilúvio, continuaram a existir gigantes (II Samuel 21.16-22). Além disso, os seres angelicais não têm sexo como os humanos (Mateus 22.30). Estes gigantes eram, portanto pessoas comuns com uma anomalia anatômica.
A existência de gigantes pode ser explicada devido ao raquitismo, doenças congênitas e má alimentação, muitas pessoas eram pequenas e outras grandes com saúde. Os gigantes eram homens muito altos com cerca de três metros de altura (I Samuel 17.4; Deuteronômio 3.11), alguns tinham seis dedos em cada membro (II Samuel 21.20) e perseguiram o povo de Deus até o reinado de Davi (I Crônicas 20.4-8).
Qual gigante você tem enfrentado?
Vamos aprender com o exemplo de Calebe e os espias como vencer numa terra de gigantes:
1- Não subestime o tamanho de seu Deus
v.27 “Relataram a Moisés e disseram: — Fomos à terra à qual você nos enviou. De fato, é uma terra onde mana leite e mel; estes são os frutos dela.”
Da forma como Deus prometeu que seria uma terra farta, que “mana leite e mel” (Levítico 20.24), assim aconteceu. Deus cumpriu a sua promessa. Portanto, ter medo dos gigantes depois de ver tantas maravilhas, seria subestimar a grandeza de Deus.
Não podemos esquecer que o tamanho de Deus excede a tudo, porque é o Criador de todas as coisas. Nunca haverá um problema que Deus não possa resolver.
Deus é maior que seus problemas!
2- Não superestime o tamanho de seus problemas
v.28 “Mas o povo que habita nessa terra é poderoso, e as cidades são muito grandes e fortificadas. Também vimos ali os filhos de Anaque.”
Os espias engrandeceram os gigantes mais ainda do que já eram grandes. Sua baixa estima os fez sentir-se tão pequenos que disseram que “éramos, aos nossos próprios olhos, como gafanhotos e assim também éramos aos olhos deles” (v.33). Antes de os gigantes os virem, eles já se viam pequenos diante deles (v.31).
A nossa visão de nós mesmos, muitas vezes nos diminui. Esta é uma estratégia do inimigo, engrandecer os problemas e diminuir nossa autoestima. Por isso uma torcida forte consegue motivar seu time e desmotivar os adversários.
Não aumente as coisas, nem se diminua diante delas!
3- Se você estiver com Deus você é grande
v.30 “Então Calebe fez calar o povo diante de Moisés e disse: — Vamos subir agora e tomar posse da terra, porque somos perfeitamente capazes de fazer isso.”
Dos doze espias, dez falaram mal da terra prometida e somente dois a elogiaram crendo na promessa e somente estes dois entraram em Canaã (Números 14.20-25). Os dez disseram que seriam devorados pelos gigantes (v.32), mas Calebe lhes disse que eles que os devorariam como comer um pão (Números 14.9). A garantia da vitória era a presença de Deus com eles (Deuteronômio 9.1-3).
Na verdade somos pequenos, mas o que nos faz grandes é a presença do Senhor em nossas vidas. Quando estamos de joelhos, nos humilhamos, somos maiores e crescemos com a ajuda de Deus.
Com Deus você é grande!
Não tenha medo de gigantes!
CONCLUSÃO
A estatura de Grandes Homens da história como: Santos Dumont - 1,52m, Alexandre (o Grande) - 1,58m, Getúlio Vargas - 1,60cm, Pablo Picasso - 1,62, Gandhi - 1,64m, Charles Chaplin - 1,65m, Napoleão Bonaparte - 1,68m, João Wesley – 1,53m e Davi que venceu Golias (I Samuel 17.40-50), nos mostram que pequenos homens podem fazer coisas grandes e superar desafios enormes.
Enfrentamos gigantes:
- nos RELACIONAMENTOS: a solidão faz as pessoas se sentirem pequenas diante da sociedade. As redes sociais trazem a ilusão de ter milhares de ‘amigos’, mas as pessoas estão sozinhas diante de um aparelho.
- nas questões EMOCIONAIS: as decepções e angústias nos fazem sentir pequenos e fracos. As injustiças que enfrentamos parecem ser gigantes que nos imobilizam, sentindo-nos incapazes.
- na vida PROFISSIONAL: as exigências do mercado e a concorrência desleal, parecem nos engolir num sistema que prece gigante diante de nós. O utilitarismo faz das pessoas como se fossem objetos descartáveis, coisificados pelo mundo e endeusando coisas.
Como você tem visto seus problemas?
Se você se sente numa terra de gigantes, não se olhe como menor ou pior do que nada nem ninguém. Olhe para Deus e procure ficar perto do Senhor porque Ele é sempre maior do que tudo. Continue crescendo e um dia você será grande.
Nenhum comentário:
Postar um comentário