Propósito do sermão: Mostrar que Deus está disposto a atuar diretamente em uma pessoa que lhe dá o primeiro lugar em sua vida antes e depois do casamento, para que o cônjuge seja uma ajuda, para a outra metade.
Texto: Gênesis 2:18
Introdução: Observemos como reagem as pessoas quando se lembram do seu casamento.
Um grupo de produtores cinematográficos fizeram uma lista dos seis sons mais dramáticos, exibidos nos filmes, para ver como reagiriam os casais.
1. O primeiro choro de um bebé
2. O som de uma sirene
3. O estrondo das águas entre as rochas
4. O bramido de um incêndio florestal
5. O gotejar suave da água
6. A Marcha Nupcial
O grupo que escutou estes seis tipos de sons, o que lhes causou mais reações emocionais e agitação que todos os demais sons. Foi o som da Marcha Nupcial, os fez recordar alegria extrema, tristezas, ódio, rancor, aflições, decepções, solidão, traição, separação e divorcio.
Quando duas pessoas se apresentam diante do altar para “serem uma só carne” através do matrimonio, elas entram em uma das mais emocionantes associações no âmbito da experiência humana.
Duas personalidades completamente diferentes se juntam para uma vida em comum, pensando que seu cônjuge seja sua ajuda e sua outra metade, ou seu maravilhoso complemento.
I. Antes do casamento existem dois fatores importantes a considerar:
A. Primeiro: as semelhanças no aspecto sociológico
Quanto mais os noivos se assemelham no aspecto sociológico, maiores possibilidades têm de ajudar-se mutuamente para assegurar um bom começo do casamento.
1. Uma formação religiosa semelhante é muito importante.
O índice de divórcios é mais de cinco vezes maior nos casamentos mistos. Exemplo:
a. Depois que se casam, os crentes deixam de frequentar a igreja e de observar suas práticas religiosas individuais.
b. Quando nascem os filhos, estas diferenças parecem agravar-se. O abismo que os separa é muito grande.
c. Quando os filhos crescem, se dividem. Um segue o pai e o outro a mãe. Então o abismo é maior.
d. É melhor seguir o conselho bíblico de II Coríntios 6:4
2. Quando existem semelhanças nas perspectivas econômicas
“O amor resolve tudo”, não é tão certo, porque a metade dos que se casam tem um acordo razoavelmente equilibrado e uma compreensão comum quanto aos assuntos econômicos de como obter, gastar, economizar e usar o dinheiro. O outro 50% está em contínuos desacordos e chegam à conclusão que: quanto maior é a diferença neste assunto, mais difícil é o ajuste. Uma grande porcentagem de casamentos em vias de divorciar-se, estão com grandes dívidas econômicas.
3. Quando eles têm uma formação cultural semelhante.
a. Promove o diálogo animado e edificante
b. Aumenta a autoestima e a realização de ambos
c. Dão soluções sensatas aos problemas da vida
d. Como resultado os parentes estão mais satisfeitos
4. Quando existem semelhanças de interesses e de ideais.
a. Quando seus gostos e interesses são comuns, tem mais sentido de intimidade. Desfrutam da companhia um do outro. De maneira natural sentem prazer em participar das alegrias de seu companheiro. Tem sensação de bênçãos e auto realização.
b. A diferença de idade entre 7, 10,15,20,30 anos torna mais difícil a convivência. Salvo honrosas exceções. Estas diferenças se manifestam em:
- Pensamentos e critérios diferentes
- Gostos, sonhos e prazeres diferentes.
- Forma de atuar diferentes.
B. Segundo: as diferenças no aspecto biológico.
1. Polos opostos se atraem.
Neste aspecto não funcionam as semelhanças nem a compatibilidade. Geralmente as pessoas se casam com seus opostos.
De forma natural somos atraídos por pessoas que são fortes nos pontos em que nós somos fracos. Inconscientemente, procuramos o complemento com alguém que personifica o que não possuímos. Estamos em busca de complementação. Deus nos fez assim para que nossos pares nos possam complementar. Para que seja nossa outra metade.
Exemplo:
a. Um extrovertido se casa com uma introvertida
b. Uma impulsiva se casa com uma pessoa calma
c. Uma pessoa faladora se casa com uma tranquila
d. Um homem racional se casa com uma mulher sentimental
II. Depois do casamento as diferenças podem separar ou unir os cônjuges.
As características que se complementam (polos opostos se atraem) vão estimular o casal, para iniciar o romance e chegar a um compromisso matrimonial. Pensando assim é que encontramos a outra metade. Por isso, mais tarde no casamento as diferenças separam ou aproximam.
A. As diferenças podem separar ou aproximar
As três etapas do matrimonio:
- Romantismo
- As descobertas
- Superação ou Separação.
Daremos atenção agora às descobertas.
Nos dois primeiros anos de casamento se produzem as descobertas. Às vezes nos surpreendemos que as diferenças que se vão descobrindo pouco a pouco, em vez de atrair-nos ao outro, agora nos perturbam e tendem a separar-nos. Por quê?
1. Podemos usar as diferenças como um meio para nos unir mais e não para separar-nos.
2. É possível aceitar o nosso cônjuge como ele (a) é, com todas as suas qualidades (boas é ruins), para iniciar o delicado trabalho de eliminar as diferenças que os separam.
3. Se aprendermos a despertar nossos valores e virtudes com o poder de Jesus, para superar nossas próprias fraquezas, então poderia haver mais aproximação.
4. Cada um precisa do outro para encher o vazio de suas fraquezas em vez de dedicar tempo as brigas rotineiras.
Exemplo: Imagine um homem retraído, pensativo, acostumado a escolher cuidadosamente as palavras, que se casa com uma mulher de língua rápida e vibrante até a ponta dos dedos. Quando alguém lhe faz alguma pergunta, o esposo não tem possibilidade de responder. Enquanto se detém a pensar, sua esposa dispara uma resposta com muita vivacidade.
Se isto se repete, o marido começa a sentir-se incomodado, sua autoestima baixa, e começam as brigas. O melhor seria para a mulher ficar calada e esperar que seu marido possa atuar do seu jeito.
Conclusão: Os componentes da desarmonia estão presentes em todo casamento.
São semelhantes a um vírus que infeta tudo. Só é necessário alimentar nossas diferenças adotando atitudes equivocadas para que ela apareça.
- A primeira atitude equivocada.
Tentar mudar o cônjuge para que seja como “eu sou”. Mas a resposta que você terá será de resistência rotunda a qualquer mudança.
“Qualquer tentativa de mudar o cônjuge, em um esforço de ajustar o casamento a um padrão de nossa fantasia, é arrogância da nossa parte e um insulto a nosso cônjuge. Isto separa, provoca rancor e causa uma solidão ainda maior.”
- A segunda atitude errada.
Acusar e apresentar continuas queixas ao cônjuge. Recorde que isso somente promove uma mudança forçada e acaba criando ressentimento, hostilidade e separação.
- A atitude certa
Para diminuir as diferenças e realizar grandes mudanças, ambos os cônjuges devem sentir que são aceitáveis tais como são, e que apesar das diferenças se amam profundamente.
Sem dúvida o amor humano é imperfeito, egoísta e instável. Que bom seria se hoje tomássemos a decisão de encher-nos de Cristo cada dia como casados para que nosso amor imperfeito seja aperfeiçoado por ele, e assim podermos tirar as diferenças que nos separam um do outro, e unir-nos em Jesus cada dia.
Assim o casamento terá melhores condições, para praticar a empatia, a humildade, o perdão e o desejo de melhorar com a ajuda de Deus. Ler Filipenses 4:13
Pr Aldenir Araújo
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