29 março 2022
O Caminho para a Cruz: a última semana de Jesus
Autor: Rev. Welfany Nolasco Rodrigues
“Então, disse Jesus a seus discípulos: Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, tome a sua cruz e siga-me” Mateus 16.24
Introdução: Quando Jesus percebeu que estava chegando a sua hora (João 12.23), tomou atitudes decisivas para a conclusão de seu propósito na terra. A última semana de Jesus na terra foi marcada por momentos cruciais. Jesus sabia que enfrentaria para a cruz e cada passo, cada instante o aproximava mais deste momento.
Vamos refletir sobre os fatos principais a respeito da última semana de Jesus na terra, contando da sua entrada em Jerusalém até a sua ressurreição. Embora não tenhamos espaço para todos os detalhes, vamos dedicar aos momentos principais de cada dia. Também respeitamos versões diferenciadas sobre a ordem dos fatos, mas seguimos o que tradicionalmente é aceito e nos baseamos no relato de Mateus 1. O objetivo é aprender sobre oito decisões que podem mudar nossas vidas e aprender sobre esta caminhada para a cruz para que “dia a dia tome a sua cruz” (Lucas 9.23).
Você já teve uma semana difícil?
Reflita sobre os últimos oito dias de Jesus na terra, aprendemos sobre 8 decisões para uma vida melhor:
Domingo, Entrada triunfal em Jerusalém: Mateus 21.1-11
1ª DECISÃO: Receber Jesus como Senhor
No domingo anterior à ressurreição de Jesus, ele entrou em Jerusalém e foi recebido com aclamação do povo como Rei. Por vários outros momentos já tinha passado por Jerusalém, mas desta vez se cumpriu o seu propósito de assumir o senhorio sobre o povo de Deus (Lucas 2.11).
Este momento nos ensina sobre a necessidade de receber a Jesus como Senhor e Salvador de nossas vidas (Romanos 10.9,10), confessando com nossos lábios (Filipenses 2.10,11).
Decida receber Jesus como Senhor em sua vida!
Segunda-feira, Expulsa os mercadores do templo: Mateus 21.12-13
2ª DECISÃO: Romper com coisas erradas
Na segunda-feira, após ter sido recebido em Jerusalém como Senhor, Jesus age como tal corrigindo o que via de errado na Casa do Senhor. Por muitas vezes desde a sua mocidade já tinha entrado no templo (Lucas 2.42-52) e visto o comércio na Casa de Deus. Agora que foi recebido como Senhor, então reage para a mudança no templo. Jesus também amaldiçoa a figueira sem frutos mostrando que não quer que tenhamos uma vida infrutífera (Mateus 21.18,19).
A atitude de Jesus expulsando os cambistas (que trocavam moedas) e os vendedores de animais para o sacrifício, mostra que precisamos tomar a decisão de romper com coisas erradas em nossas vidas, que talvez tenhamos tolerado por muito tempo. Depois que Jesus foi recebido como Senhor de sua vida, não pode mais aceitar coisas erradas, que nos impedem de viver na sua presença.
Tome a decisão de romper com coisas erradas!
Terça-feira, Últimos ensinamentos: Mateus 21.28 - 25.1-44
3ª DECISÃO: Aprender mais a Palavra
Na terça-feira, Jesus se dedica a seus seguidores para ensinar sobre a Palavra de Deus. Haviam vários assuntos que precisavam saber a respeito do Messias. Os religiosos questionaram a sua autoridade (Mateus 21.23-27). Neste momento especial, Jesus revela seu propósito com clareza explicando detalhes para seus discípulos. Foi neste momento que falou sobre sua morte com mais precisão, bem como explicou sobre sua segundo vinda e julgamento final (Mateus 25), no sermão profético (Mateus 24), além de prometer o Consolador, que é o Espírito Santo (João 14 a 16).
Depois de receber a Cristo como Senhor e limpar nossas vidas de coisas erradas, devemos procurar aprender mais a Palavra de Deus que é o alimento que precisamos para viver espiritualmente (Mateus 4.4). Sem o conhecimento das escrituras, não conseguimos saber o que precisamos sobre a pessoa de Jesus (João 5.39).
Tome a decisão de estudar mais a Palavra de Deus!
Quarta-feira, Judas faz o Pacto de Traição: Mateus 26.6-13
4ª DECISÃO: Confiar mais em Deus
Na quarta-feira, Jesus continua se dedicando ao ensino para seus seguidores, e de repente uma mulher lhe unge os pés o preparando para sua morte (Mateus 26.6-13). Também acontece um fato especial que foi a combinação entre Judas e os religiosos judeus para trair Jesus em uma emboscada. Jesus, em sua onisciência Divina, sabia que tudo isto estava acontecendo e conhecia o propósito Divino acima de todas as coisas, por isso não temeu. Jesus se concentrou em cuidar daqueles que estavam com Ele.
Durante nossa cominada em direção à cruz, muitas vezes somos traídos. As decepções se tornam constantes e cada vez mais dolorosas. A dor da traição é tão dolorosa quanto a crucificação. Mas precisamos confiar em Deus e não ter medo do que o homem possa fazer. Lembre-se: agora sua vida está nas mãos do Senhor. Isso acontece quando rompemos com coisas erradas e o mundo não se conforma com isso. Não pare de aprender a Palavra de Deus e não olhe para os lados. Concentre-se em Jesus.
Tome a decisão de confiar mais em Deus e não temer!
Quinta-feira, Jesus celebra a última Ceia: Mateus 26.17-29
5ª DECISÃO: Viver em comunhão
Na quinta-feira Jesus mandou seus discípulos prepararem a Ceia para celebrarem a festa dos pães asmos. Foi neste dia que Jesus se reuniu em particular com seus discípulos, lavou os seus pés (João 13.1-8) e instituiu a Santa Ceia como celebração de comunhão da Igreja. Embora soubesse que seria abandonado por todos, não abriu mão de declarar seu amor e comunhão por seus discípulos. Jesus também tirou um tempo maior de oração para sua comunhão mais íntima com Deus Pai (João 17).
Uma decisão que precisamos tomar é a de viver em comunhão com Deus e com o nosso próximo. Muitas coisas acontecem para impedir nossa vida de comunhão. Em tempos difíceis, precisamos orar cada vez mais, como fez Jesus em sua última noite antes da cruz. Então, se você vê que um momento difícil se aproxima, busque mais comunhão com Deus e com seu próximo para estar em paz diante de Deus e dos homens.
Tome a decisão de viver em comunhão com Deus e com o próximo!
Sexta-feira, Jesus leva a sua cruz: Mateus 27.1-56
6ª DECISÃO: morrer para o mundo
A sexta-feira foi dia em que Jesus foi julgado pelos homens (Mateus 26.47 – 27.26) e de forma cruel açoitado, obrigado a carregar a sua cruz caminhando em direção ao calvário, onde morreu se entregando para a salvação da humanidade (Mateus 27.27-56). Foram horas dolorosas e intensas. Cada momento a ferida sobre Cristo foi maior até que cada gota de sua vida foi entregue. Morreu e foi sepultado (Mateus 27.57-66).
Assim como fez Jesus, no caminho para a cruz, devemos saber que vamos morrer para o mundo (Gálatas 2.20). A cruz é dolorosa e a cada passo mais pesada. Entretanto não podemos voltar atrás. Leve sua cruz como cristão e creia que sua carne precisa morrer para o pecado.
Tome a decisão de levar a sua cruz!
Sábado: Jesus espera a sua hora: Mateus 27.60-66
7ª DECISÃO: Esperar só em Deus
O dia de sábado era o descanso santo e o momento mais importante da festa, quando cada família se recolhia para juntos rememorar o êxodo. Enquanto todos estavam em suas casas, o corpo de Jesus estava dentro do túmulo. Ele já havia cumprido sua missão, mas precisava esperar o terceiro dia como havia prometido (Mateus 26.61).
Esperar não é fácil, mas é uma prova de confiança e sabedoria. Existem momentos em que não podemos fazer nada além de esperar e ver Deus agir em nossas vidas. Quando esperamos no homem, logo vem o desespero porque sabemos que o mundo nos decepciona (Salmo 108.12). Então devemos esperar confiando em Deus (Salmo 40.1).
Tome a decisão de esperar somente em Deus!
Domingo, Jesus ressuscitou! Mateus 28.1-20
8ª DECISÃO: Viver só para Deus
No domingo, aos primeiros raios de luz da manhã, surge uma luz mais forte que o sol. O túmulo se abre e Jesus ressurreto sai vivo e cheio de glória. Agora Jesus estava vivo e pronto para executar o seu propósito salvador. Nada mais o impediria a partir de então. Ele venceu triunfante sobre a morte.
O dia da ressurreição nos ensina que devemos tomar a decisão de viver para Deus somente. Depois de morrer para o mundo e esperar em Deus chegou a hora de viver a vida abundante que Jesus nos prometeu (João 10.10).
Tome a decisão de viver para Deus!
Siga para a cruz!
CONCLUSÃO
Mateus 10.38 “quem não toma a sua cruz e vem após mim não é digno de mim”.
A caminhada para a cruz não é fácil, mas é o único caminho mostrado por Jesus para quem quer segui-lo (João 14.6). Nesta caminhada, a cada dia devemos decidir receber a Cristo como Senhor, romper com coisas erradas, aprender mais a Palavra, confiar mais em Deus, viver em comunhão, morrer para o mundo, esperar no Senhor e viver somente para Deus.
Tome a sua cruz!
Ouvir a voz de Deus
Autor: Rev. Welfany Nolasco Rodrigues
Introdução: Há momentos em nossas vidas em que precisamos mais do que tudo ouvir a voz de Deus. É bom ter amigos e companheiros, mas ouvir a voz do Senhor é algo incomparável. A bíblia diz que as ovelhas ouvem a voz de seu pastor e a conhecem (João 10.3 e 27).
Uma das piores coisas que acontece com uma pessoa é quando falamos com uma pessoa e esta não presta atenção. Ser ignorado é terrível. Deus ouve todo mundo e muitas vezes não prestamos atenção para ouvi-lo.
Como ouvir a voz de Deus?
Vejamos no ministério de Jesus alguns momentos em que Ele ouviu a voz de Deus de forma audível e pública, quando todos que estavam perto também viram e ouviram:
1-INÍCIO: No seu batismo
Lucas 3.21,22 “E aconteceu que, ao ser todo o povo batizado, também o foi Jesus; e, estando ele a orar, o céu se abriu, e o Espírito Santo desceu sobre ele em forma corpórea como pomba; e ouviu-se uma voz do céu: Tu és o meu Filho amado, em ti me comprazo.”
No início de seu ministério e chamado Deus falou com Ele e para que todos ouvissem dizendo que era Seu filho amado a quem ama e tem prazer. Em momentos de mudança e começo de nova vida Deus sempre fala conosco nos inspirando e fortalecendo para recomeçar.
2-MEIO: na transfiguração
Lucas 9.34-35 “Enquanto assim falava, veio uma nuvem e os envolveu; e encheram-se de medo ao entrarem na nuvem. E dela veio uma voz, dizendo: Este é o meu Filho, o meu eleito; a ele ouvi.”
Na metade de seu ministério em meio a crises, Deus falou com Jesus fortalecendo-o para continuar a caminhada ministerial. No meio de nossas dificuldades precisamos parar tudo para ouvir a voz do Senhor.
3- FIM: Glorificação
João 12.28-30 “Pai, glorifica o teu nome. Então, veio uma voz do céu: Eu já o glorifiquei e ainda o glorificarei. A multidão, pois, que ali estava, tendo ouvido a voz, dizia ter havido um trovão. Outros diziam: Foi um anjo que lhe falou. Então, explicou Jesus: Não foi por mim que veio esta voz, e sim por vossa causa.”
No fim do ministério de Jesus, Deus falou com Ele para confirmar que iria estar junto com ele até o fim. Mesmo que tudo esteja tão difícil que pareça ser o fim, Deus ainda tem uma palavra de esperança para nossas vidas e nos ajuda a vencer.
Ouça a Voz de Deus em todos os momentos de sua vida!
CONCLUSÃO
Deus é vivo e tem o prazer de falar conosco principalmente quando precisamos, o Senhor sempre fala. Basta uma palavra de Deus para nos dar a vitória.
Vale a pena carregar a cruz?
Autor: Rev. Welfany Nolasco Rodrigues
Mateus 16.24-26
-Introdução: A juventude é um tempo de construir o futuro ‘ganhando a vida’, por isso o mundo nos oferece tantas coisas. Enquanto o jovem busca conquistas, o mundo tenta conquistá-lo a cada dia.
Jesus nos adverte a tomar cuidado com os prazeres e com as coisas que podem nos envergonhar diante Dele. Tudo que dá prazer à carne pode ser prejudicial ao espírito. Porém, quando enfrentamos situações dolorosas e difíceis pode ser que estamos sendo crucificados para matar nossa carne e ressuscitar espiritualmente.
Carregar a cruz significa:
-negar a si mesmo, dizendo não aos desejos da carne (v.24);
-seguir o exemplo de Jesus;
-não ter medo de perder para o mundo (v.25);
-responder a duas perguntas: “Que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma?“Que daria um homem em troca de sua alma?” (v.26);
Jesus disse que não podemos ter vergonha de carregar a cruz (Marcos 8.38) e Ele deu exemplo porque não se envergonhou de carregar a cruz no meio de uma festa, sendo humilhado para nos salvar.
Você tem carregado sua cruz?
Vamos ver o exemplo de dois jovens em Mateus 26.6-16, uma que carregou sua cruz e outro não:
1- A cruz de cada um:
A mulher do texto provavelmente é a mesma Maria citada em Marcos 14.3-11 e em João 12.1-3. Judas era o discípulo de Jesus. Embora sejam muito diferentes um do outro, cada um deles tinha uma cruz para assumir.
Vejamos o que fizeram:
Maria -Foi servir a Jesus
Judas -foi trair Jesus
Maria- uma mulher sem reconhecimento e discriminada (v.7)
Judas -aparentemente religioso e acima de qualquer suspeita (v.14)
Maria- Ofereceu um perfume que lhe custou um ano de trabalho – 300 denários (Marcos 14.5).
Judas -Recebeu 30 moedas de prata, que era o preço de um escravo.
Maria- foi censurada pelo que fez e as pessoas deram a desculpa de que era um desperdício (v.8,9)
Judas teve o apoio dos sacerdotes que deram a desculpa de que Jesus era perigoso (v.15)
Maria- sua reação foi ignorar o que os outros diziam para dar atenção somente a Jesus.
Judas -a atitude de Judas foi ignorar o que aprendeu com Jesus e ouvir aos sacerdotes.
Maria tomou sua cruz porque negou a si mesma, não tendo medo de perder o que tinha de precioso nem se importou com o que os outros falassem. Ela reconheceu que sua cruz era se humilhar na presença do Senhor e enfrentar o mundo.
Judas deixou sua cruz por querer ganhar algo de valor e por isso se tornou escravo do pecado, deixando-se enganar pelo mundo e buscando seus interesses. Não reconheceu que sua cruz seria seguir a Jesus até o fim sendo fiel ao seu Mestre.
Em nosso dia a dia enfrentamos situações que nos levam a tomar uma decisão entre tomar a cruz ou deixá-la. O caminho da cruz sempre vai ser mais difícil enquanto deixar é algo aparente fácil.
Você tem reconhecido sua cruz?
Em cada situação reconheça a sua cruz!
2- A Recompensa de cada um:
Tanto Maria como Judas tiveram um resultado de suas ações, porque “não vos enganeis: de Deus não se zomba; pois aquilo que o homem semear, isso também ceifará” (Gálatas 6.7). De acordo com a semente vem a colheita e de acordo com as atitudes, as consequências.
Vejamos a recompensa de cada um:
Maria
Judas
-junto com o perfume ofereceu amor a Jesus.
-junto com o beijo, que deveria ser expressão de carinho, traiu Jesus (Mateus 26.48,49).
-recebeu a bênção eterna do Mestre.
-perdeu a vida e a salvação de sua alma.
-se tornou conhecida pelo que fez de bom a Jesus (v.13).
-ficou conhecido como traidor e suicida (Mateus 26.24)
-embora perdesse um ano de trabalho na vida terrena, ganhou a vida eterna.
-quis ganhar muito dinheiro na vida terrena e perdeu a vida eterna.
Valeu a pena o seu esforço!
Não valeu a pena a facilidade!
Maria teve recompensa conforme seu esforço, sendo exaltada porque se humilhou diante de Jesus (Lucas 14.11). Até hoje nos lembramos dela por sua dedicação.
Judas teve a recompensa de seu ato de traição. Ficou amargurado e cheio de remorso. Quando procurou os seus ‘amigos’ que o ajudaram trair Jesus, todos o desprezaram (Mateus 27.2-9).
Embora a cruz seja dolorosa, precisamos pensar que “a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós eterno peso de glória, acima de toda comparação” (II Coríntios 4.17). Como um atleta que pensa no prêmio para compensar seu esforço, devemos pensar a cada dia que Deus nos dará forças para vencer.
Você está achando sua cruz pesada?
Saiba que a recompensa será muito maior!
Tome sua cruz e siga Jesus!
-CONCLUSÃO:
Podemos comparar nossa vida a um grande leilão. O inimigo oferece o mundo e este mostra seus prazeres. Enquanto Jesus nos ofereceu seu próprio sangue e nos dá a vida eterna. Cabe a você decidir a quem entregará sua alma. Mas lembre-se que o preço mais caro já foi pago por Jesus na cruz por você.
Vamos comparar se vale a pena carregar a cruz:
Vale a Pena
Não vale a pena
-servir a Jesus, doando nossas vidas e receber a vida eterna.
-aceitar o que o mundo oferece para nos tornar escravos do pecado.
-oferecer o nosso melhor de todo coração ao Senhor.
-achar que estamos servindo a Jesus com ‘beijos’ sem sinceridade.
-se esforçar ou fazer um sacrifício.
-procurar a facilidade e fugir de responsabilidades.
Servir à carne e ao mundo parece bom na hora do prazer do pecado, mas depois tem consequências dolorosas. Já ao carregar a cruz, parece algo difícil e doloroso, mas o resultado é a glória da ressurreição.
O que o mundo tem te oferecido para negar a Jesus?
O que você tem oferecido a Jesus?
Diga não às propostas do mundo e se entregue totalmente a Jesus!
O que matou Jesus?
Autor: Rev. Welfany Nolasco Rodrigues
“Então, Jesus clamou em alta voz: Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito!
E, dito isto, expirou”
Lucas 23.46
-Introdução: O evangelista Lucas era médico (Colossenses 4.14), mas embora poderia atestar a causa mortis de Jesus, dando seu parecer clínico sobre o que de fato o teria feito morrer, preferiu deixar claro que ele se entregou voluntariamente.
A morte por crucificação era tão horrível e dolorosa que poderia ter diversos tipos de causa. Muitos condenados não aguentavam o açoitamento e já morriam antes da crucificação.
O que causou a morte de Jesus?
Vamos refletir sobre possíveis causas de morte de uma pessoa crucificada e entender o que fez Jesus morrer:
1- Depressão:
Lucas 22.44 “E, estando em agonia, orava mais intensamente. E aconteceu que o seu suor se tornou como gotas de sangue caindo sobre a terra.”
A vergonha de ser crucificado, mesmo para um criminoso ao sentir-se culpado poderia o levar a sentir uma enorme tristeza. Quanto mais uma pessoa condenada injustamente como Jesus, que levou a culpa, o pecado, injustiça e maldade de todo o mundo (Isaías 53.4 e 12).
A tristeza que Jesus sentiu foi mais forte do que qualquer depressão. Sua agonia era tão intensa que chegou a chorar e soar como gotas de sangue (Lucas 22.44). Mas Jesus não morreu de depressão. Cristo sentiu toda nossa tristeza para hoje nos dar a verdadeira alegria.
Jesus não morreu de Depressão!
2- Desidratação:
João 19.28, 29 “Depois, vendo Jesus que tudo já estava consumado, para se cumprir a Escritura, disse: Tenho sede! Estava ali um vaso cheio de vinagre. Embeberam de vinagre uma esponja e, fixando-a num caniço de hissopo, lha chegaram à boca.”
O cansaço de uma pessoa crucificada, sem se alimentar por horas, poderia lhe fazer desidratar e morrer. Muitos crucificados talvez tivessem morrido desidratados de tanto suor e sede de tanto gritar de dor expostos no sol quente.
Jesus disse que estava sedento e lhe deram vinagre para piorar, fazendo secar sua garganta. Ficou por seis horas pendurado na cruz (Marcos 15.25 e 33). Mas não foi a sede ou desidratação que matou Jesus. Cada lágrima que Jesus derramou foi para nos salvar.
Jesus não morreu de Desidratação!
3- Tétano:
Mateus 27.26 “Então, Pilatos lhes soltou Barrabás; e, após haver açoitado a Jesus, entregou-o para ser crucificado.”
Uma pessoa crucificada poderia morrer de tétano porque os chicotes que se usavam, tinham pontas de ferro enferrujadas e sujas. Muitos eram apenas amarrados na cruz e mesmo assim se contaminavam pelas feridas e morriam de tétano.
Jesus, além de ser chicoteado, também foi pregado com pregos enormes que atravessaram seus pés e mãos (João 20.25). Isso poderia causar tétano em qualquer pessoa, mas não foi tétano que Jesus. Cada grito de dor de Jesus foi uma expressão de amor por nossas vidas para nos salvar.
Jesus não morreu de Tétano!
4- Hemorragia:
João 19.34 “Mas um dos soldados lhe abriu o lado com uma lança, e logo saiu sangue e água.”
O sangramento ou até mesmo os hematomas devido ao espancamento poderiam fazer uma pessoa crucificada morrer de hemorragia. Animais como cães e aves de rapina atacavam a pessoa sobre a cruz fazendo-a sangrar ainda mais.
Jesus sangrou muito com espinhos na cabeça (Marcos 15.17), com os açoites e pregos cravados em suas mãos e pés. Mas não foi hemorragia que matou Jesus. Cada gota de sangue que Jesus derramou foi por amor a nossas vidas.
Jesus não morreu de Tétano!
5- Infarto:
Mateus 27.34 “deram-lhe a beber vinho com fel; mas ele, provando-o, não o quis beber.”
O terror de ser crucificado e saber que vai morrer poderia gerar tamanha ansiedade na pessoa condenada que viesse a enfartar. Além de que a pressão sanguínea e o aceleramento dos batimentos poderiam fazer a pessoa ter uma parada cardíaca.
Uma das estratégias com os crucificados era dar vinho com fel para beberem, pois essa mistura era considerada um entorpecente, que seria uma forma de anestesiar a dor e dar mais um tempo de vida.
Jesus não quis beber o vinho com fel porque preferiu vivenciar tudo de forma consciente. Mas não foi infarto que matou Jesus. Sentiu muita dor em seu peito, porque a cada pulsar de seu coração batia por amor às nossas vidas.
Jesus não morreu de Infarto!
6- Falência de órgãos:
João 19.30 “Quando, pois, Jesus tomou o vinagre, disse: Está consumado! E, inclinando a cabeça, rendeu o espírito.”
Outra causa comum para morte de pessoas crucificadas era a falência múltipla de órgãos. Todos os demais fatores citados poderiam fazer com que os órgãos vitais viessem a falecer. Neste caso os órgãos vão parando até que a pessoa morra.
Jesus estava lúcido e disposto a se entregar. Tinha forças para gritar e podia saber tudo que estava ao seu redor (Lucas 23.34). Conseguiu conversar com o companheiro ao lado falando de esperança (Lucas 23.43). Por isso não foi falência de órgãos que matou Jesus. A cada instante na cruz Jesus pensava em salvar nossas vidas. Tudo em seu corpo era para nos amar inteiramente.
Jesus não morreu de falência de órgãos!
7- Infecção generalizada:
João 19.32 “Os soldados foram e quebraram as pernas ao primeiro e ao outro que com ele tinham sido crucificados; chegando-se, porém, a Jesus, como vissem que já estava morto, não lhe quebraram as pernas.”
As feridas dos condenados, bem como o inchaço do espancamento que sofria poderiam fazer com que o crucificado morresse de infecção generalizada. Havia a prática de quebras as pernas dos crucificados para que morressem mais rápido (João 19.31). Esse era como um ato de misericórdia para antecipar a morte e reduzir o sofrimento, mas também era uma forma covarde de fazer a pessoa morrer.
Havia uma palavra profética de que nenhum osso do Messias seria quebrado (Salmos 34.20). O evangelista João reconhece o cumprimento desta profecia (João 19.36) e testemunha este fato. Quando o soldado foi quebrar as pernas dos crucificados, viu que Jesus já havia morrido. Então não foi infecção generalizada que matou Jesus. Ele estava firme quando morreu se entregando por amor.
Jesus não morreu de infecção generalizada!
8- Sufocamento:
Marcos 15.37 “Mas Jesus, dando um grande brado, expirou.”
O peso do próprio corpo fazia o crucificado comprimir o peito com os braços estendidos e pendurados na cruz, o que fazia com que sufocasse. O peso da cabeça caindo o pescoço para frente poderia também provocar mote por sufocamento.
Jesus expirou na cruz. Não estava sentindo falta de ar. Não foi sufocamento que matou Jesus. Cristo teve forças para gritar e declarar perdão sobre a cruz (Lucas 23.34). Ajuntou forças em seu peito e expirou entregando seu espírito por nós. Cada suspiro de Jesus foi uma expressão de amor por nossas vidas.
Jesus não morreu de Sufocamento!
Jesus morreu de amor!
-CONCLUSÃO:
João 3.16 “Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.”
Sim, Jesus morreu de amor! Foi só por amor que se entregou por nós. Não existe força mais forte que o amor de Deus. Ninguém poderia matar o Autor da vida (Atos 3.15).
A tristeza de uma depressão não poderia matar Jesus.
A sede e a desidratação não poderiam o vencer.
Os pregos e chicotes não poderiam o matar de tétano.
O sangramento e feridas não poderiam o fazer falecer.
Infarto não poderia matar Jesus porque seu coração batia de amor.
Seus órgãos não faleceram porque estava pronto a se entregar.
Uma infecção não poderia derrubar o Senhor da Vida.
Não foi falta de ar que matou o Criador de tudo.
Jesus se entregou voluntariamente por amor a cada um de nós. Foi tanto amor que superou o peso da cruz, a dor dos espinhos e as feridas dos cravos. O que segurou Jesus naquela cruz não foram os pregos, mas o amor de Deus.
Jesus morreu por amor!
28 março 2022
Os sete milagres da cruz
Autor: Rev. Welfany Nolasco Rodrigues
Mateus 27.45-60
-Introdução: Milagre é tudo o que vem de Deus e acontece de forma extraordinária. Cada detalhe da crucificação de Jesus foi profetizado para mostrar a soberania de Deus. Não foi simplesmente o Império Romano ou os judeus que assassinaram Jesus, mas Ele que se entregou voluntariamente pela salvação da humanidade. Tudo que aconteceu naquela cruz foi um milagre seguido por outro.
OBSERVAÇÃO: Esta mensagem se refere à cruz de Cristo apenas, pois um crucifixo tem qualquer tipo de poder.
Quais foram os milagres da cruz?
Vamos refletir alguns fatos extraordinários que aconteceram enquanto Jesus estava na cruz:
1- Trevas sobre a terra:
Mateus 27.45 “Desde a hora sexta até à hora nona, houve trevas sobre toda a terra”.
O primeiro fato extraordinário que aconteceu na cruz foi que houve trevas durante três horas, do meio dia até ás três da tarde. Justamente um horário em que o sol estaria mais forte. Mas naquele dia não havia luz, pois a luz do mundo, que é Jesus (João 8.12), estava em nosso lugar pendurado sobre a cruz e as trevas do pecado eram evidentes sobre a humanidade.
Este fato não apenas um eclipse solar coincidente. Foi Deus que fez apagar-se a luz do sol, mesmo que possa ter usado a lua para o encobrir. Naquele momento era preciso mostrar para toda a humanidade a realidade das trevas em que o mundo vivia sem Deus.
As trevas mostram a consequência do pecado!
2- O Sacrifício da hora nona:
Mateus 27.46 “Por volta da hora nona, clamou Jesus em alta voz, dizendo: Eli, Eli, lamá sabactâni? O que quer dizer: Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?”.
O segundo fato extraordinário foi que Jesus se entregou na hora nona. A hora nona corresponde às três horas da tarde. Era neste momento que comumente se faziam o “sacrifício da tarde” (Salmo 141.2), quando se oferecia um cordeiro (Êxodo 29.41) e comumente se tornou um momento de oração (Esdras 9.5; Daniel 9. 21; Atos 3.1 e 10.30).
Foi nesta hora que Jesus orou a Deus recitando em hebraico o texto do Salmo 22.1 “Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?”. Esta oração revela a condição do ser humano sem Deus e Jesus ali na cruz representava a humanidade carente da salvação.
Também não foi por acaso que Jesus morreu justamente na hora nona. Ele se entregou voluntariamente por nós como Cordeiro de Deus (João 1.29). Esperou até a hora certa de sem entregar como sacrifício de um cordeiro que seria para sempre para a remissão de nossos pecados (Hebreus 9.26).
Jesus se entregou como sacrifício na hora certa!
3- O Véu foi rasgado:
Mateus 27.51 “Eis que o véu do santuário se rasgou em duas partes de alto a baixo...”.
O terceiro fato extraordinário foi que no momento em que Jesus se entregou, morrendo por nós, o véu do santuário se rasgou. Este véu fazia separação entre o Santo dos Santos e o santuário (Êxodo 26.33). Somente o sumo sacerdote poderia entrar ali uma vez ao ano (Êxodo 30.10 e Hebreus 9.25). Jesus se tornou o nosso “sumo sacerdote para sempre” (Hebreus 6.20). O pecado fazia separação entre o homem e Deus (Isaías 59.2), mas em Jesus encontramos o perdão.
Dois detalhes extraordinários: O véu foi rasgado “em duas partes” porque a antiga aliança se passou e começa uma nova aliança em Cristo (Hebreus 8.8). Também o véu foi rasgado “de alto a baixo”, pois quem o rasgou não foi o homem, mas o próprio Deus. A partir de agora não há mais separação e podemos “entrar no santo dos Santos, pelo sangue de Jesus” (Hebreus 10.19).
O véu se rasgou e não existe mais separação!
4- O Terremoto:
Mateus 27.51b “... tremeu a terra, fenderam-se as rochas”.
O tremor de terra que aconteceu justamente na hora da morte de Jesus também não foi coincidência. Não foi um tremor qualquer, pois as rochas se fenderam com tamanha força.
O que fez abalar a terra foi a voz de Deus, pois “aquele, cuja voz abalou, então, a terra; agora, porém, ele promete, dizendo: Ainda uma vez por todas, farei abalar não só a terra, mas também o céu” (Hebreus 12.26). Isso aconteceu para mostrar o poder de Deus. Toda a terra não suportava o peso da glória de Deus, nem mesmo o juízo da condenação do pecado.
Quando Jesus morreu por nós, toda a estrutura do pecado mundano foi abalada (Hebreus 12.27) e se estabeleceu o Reino de Deus para aqueles que se firmam na rocha inabalável que é Cristo (Hebreus 12.28).
O terremoto abalou o sistema de pecado!
5- Ressurreições:
Mateus 27.52,53 “abriram-se os sepulcros, e muitos corpos de santos, que dormiam, ressuscitaram; e, saindo dos sepulcros depois da ressurreição de Jesus, entraram na cidade santa e apareceram a muitos”.
O quinto fato extraordinário ocorrido enquanto Jesus estava sobre a cruz, foi que pessoas ressuscitaram. Esta ressurreição foi algo sobrenatural, nunca antes havia acontecido nada igual. O que impressiona é que foram muitas pessoas, então não foi um fato isolado.
Este fato aconteceu para testemunho a respeito do poder de Jesus e para garantir antecipadamente a sua ressurreição. Estas pessoas eram santos, homens e mulheres de Deus, que certamente eram conhecidos do povo e foram reconhecidos. Estes ‘muitos’ que ressuscitaram também apareceram a outros ‘muitos’ que foram testemunhas disso.
Estas ressurreições no momento da morte de Jesus, serviu para lembrar o que “disse-lhe Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá” (João 11.25). Embora tenha morrido, Jesus sempre foi a vida e venceu a morte.
As ressurreições revelam o poder da vida em Jesus!
6- A conversão do centurião:
Mateus 27.54 “O centurião e os que com ele guardavam a Jesus, vendo o terremoto e tudo o que se passava, ficaram possuídos de grande temor e disseram: Verdadeiramente este era Filho de Deus”.
Outro fato extraordinário ocorrido na cruz foi que um soldado romano se rendeu a Cristo. Este centurião certamente era o chefe da escolta destacada para aquela missão. O exército romano era conhecido por sua crueldade e seus soldados precisavam demonstrar bravura. Muito mais um centurião deveria ser insensível na execução de qualquer pena. Por isso este fato foi extraordinário.
Os próprios executores de Jesus tiveram que reconhecer o seu poder. O centurião percebeu que não era um criminoso que estava naquela cruz e rendeu-se aos pés de Jesus. A salvação já havia sido dada por Jesus na cruz e alcança imediatamente as primeiras almas carentes de perdão que estavam ali junto a cruz.
A salvação de nossas almas é o maior de todos os milagres que podemos esperar e foi isso que aconteceu na cruz de Cristo. Jesus em seu ato redentor perdoou e salvou toda a humanidade por amor (João 3.16).
O milagre da salvação aconteceu na cruz!
7- O Sepultamento:
Mateus 27.57-60 “Caindo a tarde, veio um homem rico de Arimateia, chamado José, que era também discípulo de Jesus. Este foi ter com Pilatos e lhe pediu o corpo de Jesus. Então, Pilatos mandou que lho fosse entregue. E José, tomando o corpo, envolveu-o num pano limpo de linho e o depositou no seu túmulo novo, que fizera abrir na rocha; e, rolando uma grande pedra para a entrada do sepulcro, se retirou”.
O sétimo fato extraordinário que aconteceu na cruz foi o sepultamento de Jesus. As pessoas condenadas a crucificação não tinham direito a sepultura. Seus corpos ficavam pendurados para apodrecer e ser devorados por aves de rapina1. Mas sepultamento de Jesus mostra que o propósito de Deus é maior do que as leis humanas.
Para se cumprir a profecia de que “designaram-lhe a sepultura com os perversos, mas com o rico esteve na sua morte” (Isaías 53.9), foi preciso que José de Arimateia e Nicodemos, usados por Deus, intervissem. Se não houvesse ninguém influente na época, isto certamente não aconteceria, pois os condenados não tinham ninguém para interceder por eles. Mas José de Arimateia “dirigiu-se resolutamente a Pilatos e pediu o corpo de Jesus” (Marcos 15.45). Nicodemos e José de Arimateia, que antes tinham medo de assumir sua fé, agora se expuseram por amor ao seu Senhor.
O sepultamento de Jesus foi extraordinário!
A cruz é um milagre para você!
-CONCLUSÃO:
Tudo o que aconteceu na cruz foi extraordinário. Cada detalhe foi para que milagres aconteçam sobre nós. As trevas sobre a terra revelam que a púnica luz é Jesus. O sacrifício da hora nona mostra que Jesus intercedeu e se entregou por nós como Cordeiro de Deus. O véu se rasgou para tirar toda separação e nos dar livre acesso a Deus. O terremoto abalou as estruturas do pecado e do mundo. As ressurreições comprovam o poder de Jesus sobre a morte. A salvação do centurião indica que a salvação já estava disponível naquela cruz. O sepultamento de Jesus mostra que o propósito de Deus está acima das leis humanas.
Receba o milagre da cruz!
A coroa e a cruz: o Cristo sofredor e o Messias vencedor
Autor: Rev. Welfany Nolasco Rodrigues
“há de vir o messias, chamado cristo; quando ele vier, nos anunciará todas as coisas” João 4.24
-Introdução: A cruz e a coroa são símbolos do Cristo sofredor e do Messias vencedor. Quando Jesus veio ao mundo todos esperavam um Messias que fosse um libertador, guerreiro e valente que derrotasse todos os inimigos do povo de Deus. Quando surge um profeta, carpinteiro, humilde e que morreu numa cruz, muitos não conseguiram entender. Mas quando falamos do Messias vencedor e do Cristo sofredor estamos falando da mesma pessoa: Jesus.
As palavras Messias (hebraico1 = מָשִׁיחַ) e Cristo (grego2 = Χριστός), são sinônimas e significam ‘ungido’ (João 1.41). A qualidade de alguém que tem a unção ou consagração para salvar o seu povo3. O termo messias ou ungido era usado como substantivo tanto para sumo sacerdotes (Levíticos 4.3, 5, 16; 6.22), profetas (I Reis 19.16), patriarcas (Salmo 105.15), reis (I Samuel 26.9, 11, 16, 23), como também adjetivo de alguém com carisma especial de libertador, quer seja um líder do povo e principalmente um rei.
Jesus é o seu Rei?
Vamos refletir sobre as expressões Cristo e Messias com seus significados nas Escrituras e os símbolos da coroa e da cruz:
1- A COROA do Messias vencedor
O Messias vencedor era o esperado Rei dos Judeus e esta foi a condenação de Jesus na cruz (João 19.19). Mas a única coroa que Jesus levou foi de espinhos e uma túnica real que foi para escárnio (João 19.2-5).
A mensagem messiânica era essencialmente uma fonte de esperança para o povo4. Os líderes do povo eram a fonte de esperança, por isso podiam ser chamados de ungidos. O povo se espelhava nestes líderes esperando que entre eles se levantasse um libertador. Este tipo de pensamento se tornava mais forte em períodos de repressão como no cativeiro babilônico e principalmente durante a revolta dos macabeus (confira o livro apócrifo de I Macabeus 4.11,30 e 9.21).
No caso de Ciro (Isaías 45.1), que mesmo sendo gentio foi chamado de ungido. Este uso específico da palavra reflete que o conceito do messias era propriamente político e somente no Novo Testamento se desenvolve a ideia do líder religioso ou salvador espiritual5. Até então, mesmo um idólatra como Ciro poderia ser ungido se agisse politicamente favorável ao povo judeu para sua libertação.
As características do esperado messias foram sendo definidas com o tempo, começando com a eliminação das descendências de Cam, de Ismael, de Esaú6. Depois o adjetivo messias passou a se referir especificamente a um descendente de Davi7, devido à promessa feita a este (II Samuel 7.13). Os Salmos desenvolvem a esperança do messias sendo cantada pelo povo mostrando o perfil ideal de um ungido8. O profeta Isaías também apresenta várias profecias a respeito do messias fortalecendo esta esperança popular9.
A promessa do messias demonstra um sentido crescente nas Escrituras. Desde Eva como o “descendente” (Gênesis 3.15), para Abraão como sua “semente” (Gênesis 12.7), para Moisés como “profeta” (Deuteronômio 18.18,19), para o povo como um sacerdote intercessor e até que a partir de Davi, tomou a figura da realeza (Atos 2.30).
A primeira profecia sobre o messias como rei pode ser as palavras de Balaão sobre o “cetro” que haveria de governar com justiça (Números 24.17). Contudo, nos textos do Antigo Testamento a expressão mais próxima referente ao messias como salvador espiritual, ou pastor seria a citação da profecia de Daniel 9.25,26.
Uma das designações do Messias na Bíblia é a de ‘príncipe’10, revelando o caráter político alcançado pela expressão. Este pensamento de que o messias seria um guerreiro pode ser proveniente de escritos extra bíblicos da época, como Saltério de Salomão, Oráculos Sibilinos e Fílon de Alexandria mostram profecias de que o Messias lutaria pela libertação do povo numa grande batalha, quando expulsaria os estrangeiros de Israel. Já outros apócrifos como os apocalipses de Baruque e de Esdras, prometem a restauração por meio de julgamentos Divinos em conjunto com as ações do messias11.
Até mesmo no Novo Testamento percebe-se a ideia do messias político através da expressão “filho de Davi” comumente referindo-se a Jesus, como fruto da esperança de um retorno da dinastia davídica. Os próprios discípulos mostram este sentimento (Mateus 20.20,21; Lucas 24.21 e Atos 1.6).
Jesus Cristo é o Messias!
2- A CRUZ do Cristo Sofredor
O Cristo sofredor levou a cruz e morreu para a salvação dos pecadores. Não teve vergonha de sofrer, mas se humilhou até a morte de cruz (Filipenses 2.1-11). Mas sabia que como Rei e Senhor seria coroado de glória eternamente (Apocalipse 14.14).
Jesus deixou claro seu propósito pastoral quando dizia que o povo era como ovelhas sem pastor (Mateus 9.33 e Marcos 6.34). Talvez seja devido a isso, que no contexto neotestamentário prefere-se o termo grego Cristo, que mesmo sendo sinônimo de messias, toma um sentido mais religioso para diferenciar o verdadeiro propósito de Jesus.
Jesus revela para seus discípulos que deveria sofrer (Mateus 16.21), algo que para eles seria inadmissível para o cristo. Mas deixa claro que “está escrito sobre o Filho do Homem que sofrerá muito e será aviltado” (Marcos 9.12). Esta face desfigurada do Messias Vencedor era o que ninguém queria ver, mas Jesus cumpriu (Isaías 52.14).
O Cristo que “não tinha aparência nem formosura; olhamo-lo, mas nenhuma beleza havia que nos agradasse” (Isaías 53.2) não era tão esperado e anunciado como o Messias guerreiro e foi por isso que muitos não reconheceram Jesus.
O Cristo sofredor lutou sim e muito, contra a carne o diabo (Mateus 4.1-11), grandes inimigos da humanidade e também venceu a própria morte (I Coríntios 15.54). Em tudo Jesus foi vencedor para sempre conquistando a vitória.
Todo o sofrimento de Cristo foi por cada um de nós (II Coríntios 1.5), para nos garantir a salvação (Filipenses 3.10) e a consequência foi receber a glória de Deus (I Pedro 1.11), “por causa do sofrimento da morte, foi coroado de glória e de honra, para que, pela graça de Deus, provasse a morte por todo homem” (Hebreus 2.9). Por isso somos convidados a ser testemunhas de seu sofrimento para também participar de sua glória (I Pedro 4.13 e 5.1).
A vitória de Cristo na cruz é a nossa vitória. Com Cristo aprendemos que não há vitória sem luta, que após a dor vem a alegria e após a cruz vem a ressurreição (Romanos 6.5).
Cristo sofreu por você!
Jesus Cristo é o Messias!
CONCLUSÃO
A coroa de Cristo foi encravada em sua cabeça e levou a sua cruz, mas depois de sua ressurreição saiu vitorioso como Rei e Senhor para todo o sempre. Se Jesus é o ungido de Deus, então Ele é o Messias, o Cristo que veio para nos salvar. O anticristo nega que Jesus é o Messias e o Cristo, mas nós o confessamos como Senhor (I João 4.1-5).
Sabemos que Jesus é o Messias, porém não é um guerreiro com armas humanas. Jesus é o ungido de Deus para salvar a humanidade. Contudo, se fez o Cristo sofredor, que sofreu e morreu por nossos pecados (Isaías 53). Mas a morte não o venceu e por isso Jesus é vencedor (I Coríntios 15.54,55). O mais importante é conhecer a Jesus e saber que sofreu por sua vida e agora é o Senhor sobre tudo na “majestade nas alturas” (Hebreus 1.3). Como João Batista fez devemos reconhecer o único Messias, pois “convém que Ele cresça e que eu diminua” (João 3.30).
Jesus Cristo é o Messias!
A REGRA É ESPERAR
por salmo37 |
Você não prefere fazer qualquer coisa em vez de esperar? Se a verdade fosse conhecida, alguns prefeririam até fazer coisas erradas a esperar.
Descobri, entretanto, que esperar é a regra, em vez de exceção na vida. A exceção é uma porta aberta; quando encontrá-la, entre por ela! Isso não acontece com freqüência! Mas esperar quando a porta está fechada não significa que você está fora da vontade de Deus. Pode até estar bem no centro dela.
A porta aberta é a exceção. As explosões de luzes verdes acontecem apenas alguns segundos na vida. O resto de tempo é preenchido por algumas luzes amarelas e na maior parte por luzes vermelhas que avisam: “Espere, espere, espere!”
Esperar em Deus é descansar em vez de preocupar-se ou pressionar. Você sabe que pode fingir esperar. Todos fazemos isso. No salmo 62 encontramos um esboço muito útil para guiar nossos pensamentos com respeito à espera vitoriosa no Senhor. Não acho que precisamos de ensinos longos sobre espera, o que precisamos é de prazos longos de prática! A maioria de nós sabe disso, precisamos praticar mais.
Davi escreveu: “Minha alma espera silenciosa somente por Deus.” A palavra traduzida “silenciosa” vem do verbo hebraico que significa “sussurrar de mansinho”. É a idéia de sussurrar um segredo para alguém que você ama – não alto o suficiente para outra pessoa ouvir. Nesse caso é só para Deus ouvir.
Somente aparece seis vezes nesse salmo. Para Davi, não há ninguém mais senão o Senhor. “Minha alma espera somente por Deus.” Não corra. Espere! Uma luz vermelha significa; “Espere, olhe cuidadosamente.” Você não pode esperar e correr ao mesmo tempo.
O verso 1 é a declaração de Davi; o verso 5 é a sua ordem. “Somente em Deus, ó minha alma, espera silenciosa”. Ele está falando consigo mesmo. Você já fez isso? Claro que sim, nas dores crescentes dessa vida cristã. “Alma, escute! Faça o que lhe foi dito!” É isso que o salmista está dizendo: Espere por Deus para dirigir os seus passos.
“Dele vem a minha salvação”, continua o verso 1. “Só Ele é a minha rocha” (v 2). Você deve, então, esperar por Ele, confiar Nele para suprir as suas necessidades. Como está fazendo isso? Aconselho-o a fazer com paciência e mansidão, isto é esperar confiantemente.
Quando esperamos por Deus para dirigir os nossos passos, Ele faz isso! Quando confiamos Nele para satisfazer as nossas necessidades, Ele faz! Nada mais!
Charles Swindoll, em “PERSEVERANÇA”
O que fazer para Deus?
Autor: Rev. Welfany Nolasco Rodrigues
“E vós, irmãos, não vos canseis de fazer o bem”
II Tessalonicenses 3.13
-Introdução: Vivemos em um tempo que as igrejas são cheias de opções. O excesso de programações tem gerado ativistas religiosos. Com isso muitas vezes saímos da simplicidade do evangelho. Por outro lado as igrejas de auditório, onde o povo apenas enche o templo e contribui financeiramente enquanto um líder apenas ministra ao povo, estão cada dia mais comuns.
Diante destas dificuldades em servir e encontrar uma igreja onde possa trabalhar para o Reino de Deus, muitas pessoas desistem da caminhada. Sabemos que Deus tem chamado uma Igreja serva onde cada crente, como membro do corpo de Cristo (Romanos 12.5) exerce seu sacerdócio (I Pedro 2.9).
Como fazer a vontade de Deus?
Vamos refletir sobre textos onde sei diz “fazei tudo” para compreender o que devemos fazer para agradar a Deus em sua Obra:
1- Fazer tudo como a Bíblia ensina
Josué 1.8 “Não cesses de falar deste Livro da Lei; antes, medita nele dia e noite, para que tenhas cuidado de fazer segundo tudo quanto nele está escrito; então, farás prosperar o teu caminho e serás bem-sucedido”.
A Palavra nos ensina que devemos fazer tudo segundo a Bíblia orienta. Não podemos sair dela porque se não tudo dará errado. Ela é como o manual. O livro de receitas que precisamos seguir.
Muitas pessoas trabalham na igreja, mas gastam tanto tempo com o serviço de Deus que não têm tempo para ler sua Palavra. Quando a Bíblia não é seguida tudo dá errado.
Você tem feito tudo de acordo com a Palavra de Deus?
Siga a orientação das Escrituras e tudo dará certo!
2- Fazer tudo o que vier à mão
Eclesiastes 9.10 “Tudo quanto te vier à mão para fazer, faze-o conforme as tuas forças, porque no além, para onde tu vais, não há obra, nem projetos, nem conhecimento, nem sabedoria alguma”.
A boa vontade é indispensável para a Obra de Deus. A Igreja é formada por voluntários. Há um ditado que diz que precisamos ‘frutificar onde estamos plantados’. Por isso precisamos fazer tudo o que vier às nossas mãos de acordo com nossas forças.
O texto nos ensina que precisamos deixar algo realizado nesta vida porque um dia vamos partir e o que permanecerá será o fruto de nosso trabalho.
Quando fazemos a obra de Deus segundo nossas forças, trabalhamos com prazer. Na Igreja existem pessoas sendo esgotadas de tanto servir e outras entediadas de só ficar olhando. Como diziam os antigos, ‘quem não trabalha dá trabalho’.
Você tem feito a obra de Deus conforme suas forças?
Esforce-se para fazer o melhor para Deus!
3- Fazer tudo o que Jesus manda:
João 2.5 “Então, ela falou aos serventes: Fazei tudo o que ele vos disser”.
Na festa de casamento em Caná da Galiléia, Maria mandou que fizessem tudo o que Jesus mandasse. Através da obediência às ordens de Jesus aconteceu o primeiro milagre.
A obediência redunda em bênçãos incondicionais. Mesmo que não entendamos o porquê do que está sendo ordenado, pois “o obedecer é melhor do que o sacrificar” (I Samuel 15.22).
Você tem obedecido à vontade de Jesus?
Seja um crente obediente e Deus te honrará!
4- Fazer tudo para a Glória de Deus
I Coríntios 10.31 “Portanto, quer comais, quer bebais ou façais outra coisa qualquer, fazei tudo para a glória de Deus”.
Tudo o que fazemos deve ser para glorificar a Deus. Quando fazemos nossa vontade ou para receber glória as coisas dão errado porque Deus não divide sua glória com ninguém. (Isaías 48.11). Jesus mesmo declarou “Como podeis crer, vós os que aceitais glória uns dos outros e, contudo, não procurais a glória que vem do Deus único?” (João 5.44) porque as pessoas “amaram mais a glória dos homens do que a glória de Deus” (João 12.43).
Dar glória ao homem significa fazer a vontade de qualquer pessoa em primeiro lugar. Quere receber glória é buscar apenas o que é do seu próprio interesse. Já dar glória a Deus significa fazer a vontade de Deus em primeiro lugar mesmo que para isso precise renunciar direitos e interesses pessoais.
Você tem procurado fazer tudo para a glória de Deus?
Não faça nada querendo receber algo em troca. Dê glória só a Deus!
5- Fazer tudo em nome de Jesus
Colossenses 3.17 “E tudo o que fizerdes, seja em palavra, seja em ação, fazei-o em nome do Senhor Jesus, dando por ele graças a Deus Pai”.
O nome de Jesus tem poder e autoridade para fazer o impossível. Quando realizamos a obra de Deus, não podemos pensar que fazemos em nosso nome e sim tributar toda glória ao nome de Jesus.
Para fazer tudo em nome de Jesus é preciso primeiro conhecer a Jesus para não fazer como os homens que tentaram expulsar um demônio “em nome de Jesus a quem Paulo prega” (Atos 19.13), contudo eles mesmos não conheciam a Jesus, por isso não tiveram sucesso.
Para fazer tudo em nome de Jesus também é preciso conhecer a vontade dele (I João 5.14). Ninguém gosta que outros usem seu nome sem autorização ou que digam que falou algo que não disse.
Você tem feito tudo em nome de Jesus ou de acordo com sua opinião?
O nome de Jesus é a arma de guerra que nos dá a vitória!
6- Fazer tudo organizado
I Coríntios 14.40 “Tudo, porém, seja feito com decência e ordem”.
Tudo o que fazemos para Deus deve ser o melhor. Se devemos nos preocupar em atender um chefe ou professor conforme seus requisitos, devemos ainda mais nos esforçar para Deus. Ele é o Rei dos reis do universo e merece que façamos tudo com perfeição.
O apóstolo Paulo coloca estes dois critérios para a Igreja fazer a obra de Deus:
-Decência: respeito. Tudo deve ser feito de maneira respeitosa e decente.
-Ordem: organização. A Igreja precisa ser organizada para que tudo funcione bem.
Senão houver respeito e organização o que ocorre é indecência e desordem. A casa de Deus deve ser um lugar ordeiro e respeitável. Sendo assim, não podemos fazer cada um, o que quiser e sim o que Deus quer para então vivermos de comum acordo.
Você tem procurado fazer tudo com decência e ordem?
Prossiga servindo com respeito e organização!
7- Fazer tudo sem reclamar
Filipenses 2.14 “Fazei tudo sem murmurações nem contendas”
Um grande problema nas igrejas é a murmuração e a contenda. O povo de Deus no Êxodo andava para trás por causa de murmuração e perderam muito tempo (). Costumo dizer que a murmuração é como um louvor para agradar os ouvidos de satanás. Depois de um pouco de reclamação sempre surge uma contenda ou confusão. Isso também é um atraso para a obra de Deus.
Como fazer tudo sem murmuração nem contenda? Fazendo o contrário destes que é orar e perdoar. Se você ora, não tem porque reclamar, pois tudo já foi entregue nas mãos de Deus. Do mesmo modo, se você perdoa seu próximo não há contenda, visto que o problema já foi resolvido com o perdão.
Você tem evitado murmurações e contendas?
Sempre que surgir uma dificuldade ore e perdoe!
Não pare! Faça tudo para Deus!
-CONCLUSÃO:
Lucas 17.10 “Assim também vós, depois de haverdes feito tudo quanto vos foi ordenado, dizei: Somos servos inúteis, porque fizemos apenas o que devíamos fazer”
Neste estudo focamos que é preciso “fazer tudo”, ou seja, não temos escolha de fazer apenas o que queremos ou gostamos. Devemos realizar tudo o que Deus nos deu para fazer. E como Jesus disse, mesmo depois de fazer tudo, não devemos nos orgulhar pois somos apenas servos.
Fazer tudo como?
-Fazer tudo como a Bíblia ensina;
-Fazer tudo o que vier à mão;
-Fazer tudo o que Jesus manda;
- Fazer tudo para a Glória de Deus;
- Fazer tudo em nome de Jesus;
-Fazer tudo com decência e ordem;
-Fazer tudo sem murmuração nem contenda;
Você tem procurado fazer tudo para Deus?
Nunca desanime, persevere. Faça o seu melhor!
A Importância de Memorizar as Escrituras
Ainda me lembro da primeira vez em que fui impactado pela verdade da Palavra de Deus. Era véspera de Ano Novo durante o meu primeiro ano no ensino médio e eu estava sozinha no meu quarto. Eu tinha decidido ler algumas partes da Bíblia, provavelmente por um vago sentimento de culpa - ou talvez porque eu estivesse tentando entrar na resolução de um Ano Novo. De qualquer forma, tropecei completamente por acidente neste verso: “E sede cumpridores da palavra e não somente ouvintes, enganando-vos a vós mesmos” - Tiago 1:22Bam! Eu cresci na igreja e eu era um ator importante na cena da escola dominical. Eu poderia responder a todas as perguntas. Eu sempre sabia o que a professora queria que eu dissesse e ficava feliz em fazê-lo. Mas era principalmente um espetáculo. Eu gostava de ser o "garoto bom" na igreja porque me chamava a atenção, não por causa de qualquer maturidade espiritual real. Quando li as palavras de Tiago na véspera de Ano Novo, no entanto, as coisas começaram a mudar. Eu estava convencido da minha hipocrisia e pecaminosidade. Comecei a desejar intimidade com Deus e uma verdadeira compreensão da Sua Palavra. É por isso que Tiago 1:22 é o primeiro versículo bíblico que memorizei por minha própria vontade. Eu não queria perder a grande verdade que encontrei, então me certifiquei de que estaria sempre comigo. Eu continuei memorizando porções da Bíblia desde aquele dia, e espero continuar fazendo isso durante toda a minha vida. Mais, penso que a memorização das Escrituras é uma prática que pode beneficiar todos os cristãos. Então, aqui estão três razões pelas quais eu acredito que memorizar as Escrituras é uma prática vital para todos os discípulos de Jesus Cristo. É OrdenadoPara ser justo, não há versículos na Bíblia que dizem: "Tu memorizarás as palavras deste livro". Não tão diretamente assim, mas há várias passagens das Escrituras que oferecem uma diretriz clara para os leitores da Bíblia se tornarem memorizadores da Bíblia.Aqui estão alguns exemplos: “Não se aparte da tua boca o livro desta lei, antes medita nele dia e noite, para que tenhas cuidado de fazer conforme tudo quanto nele está escrito; porque então farás prosperar o teu caminho, e serás bem sucedido”. - Josué 1:8 “Ponde, pois, estas minhas palavras no vosso coração e na vossa alma; atá-las-eis por sinal na vossa mão, e elas vos serão por frontais entre os vossos olhos; e ensiná-las-eis a vossos filhos, falando delas sentados em vossas casas e andando pelo caminho, ao deitar-vos e ao levantar-vos”. Deuteronômio 11:18-19 “Mas Jesus lhe respondeu: Está escrito: Nem só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que sai da boca de Deus” - Mateus 4:4A esmagadora mensagem da Bíblia é que as Palavras de Deus são um bem inestimável para aqueles que a seguiriam. No entanto, não é suficiente para nós sabermos sobre as palavras de Deus - ou mesmo entendê-las. A Palavra de Deus precisa se tornar parte de quem somos. É PráticoHá também um enorme benefício prático de memorizar trechos da Bíblia. Ou seja, nós carregamos esses versos da Bíblia conosco onde quer que vamos. Nós não podemos perdê-los. Mais importante, não podemos ignorá-los.É por isso que David escreveu: “De todo o meu coração tenho te buscado; não me deixes desviar dos teus mandamentos. Escondi a tua palavra no meu coração, para não pecar contra ti” - Salmo 119:10-11Mesmo em um mundo de smartphones e acesso instantâneo a informações, ainda há um enorme benefício em carregar as Palavras de Deus em nossas mentes e corações. Porquê? Porque mesmo quando tenho acesso ilimitado à Bíblia, não tenho motivação ilimitada. Quando passo por momentos difíceis, ou quando sou tentado a fazer algo fora do plano de Deus, nem sempre tenho a sabedoria ou a energia para buscar conselho das Escrituras. Mas isso não é um problema quando essas Escrituras são parte de mim. Através do ministério do Espírito Santo, esconder a Palavra de Deus em nossos corações faz com que essas Palavras nos encontrem e nos convençam quando mais precisamos delas. É Mudança de VidaA razão final pela qual devemos memorizar porções da Bíblia é que a Bíblia é diferente de qualquer outro livro. De fato, a Bíblia é muito mais do que um livro, ou até mesmo uma coleção de livros - a Bíblia é uma Palavra sobrenatural dada a nós pelo nosso Criador.“Porque a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até a divisão de alma e espírito, e de juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração” - Hebreus 4:12A Palavra de Deus é viva. Por essa razão, é quase impossível incorporar essa Palavra em nossas mentes e corações sem sermos alterados por ela. O conteúdo da Bíblia não é informação estática - eles não são os mesmos tipos de palavras que encontramos em um livro de matemática ou ainda outro romance sobre vampiros adolescentes. Em vez disso, as palavras da Bíblia são poderosos catalisadores para a transformação. É por isso que Paulo ensinou que as Palavras da Escritura têm o poder de nos equipar para a difícil jornada de seguir a Cristo em um mundo hostil: “A palavra de Cristo habite em vós ricamente, em toda a sabedoria" - (Colossenses 3:16).Faça o compromisso de memorizar as Escrituras. Aprenda as passagens que mais o impactam e você nunca mais precisará ouvir alguém lhe dizer porque a memória das Escrituras é uma boa ideia. Você saberá. |
Como orar?
Autor: Rev. Welfany Nolasco Rodrigues
“tudo quanto pedirdes em oração, crendo, recebereis” Mateus 21.22
-Introdução: Sabemos que a oração nos garante a resposta. Então por que não oramos mais? Penso que é por falta de fé. Crer é a única condição para a oração “pois sem fé é impossível agradar a Deus” (Hebreus 11.6). A promessa de Jesus é que receberemos somente o que pedirmos crendo.
Assim como dialogamos constantemente com pessoas que convivemos, também devemos conversar diariamente com Deus. Então a vida de oração deve ser algo natural na vida do cristão.
Como devo orar?
Vamos aprender um pouco mais sobre o quê, quando, por quem e onde orar:
1- O QUÊ orar
Filipenses 4.6 “Não andeis ansiosos de coisa alguma; em tudo, porém, sejam conhecidas, diante de Deus, as vossas petições, pela oração e pela súplica, com ações de graças”
O assunto da oração deve ser tudo o que incomoda nosso coração. Orar é abrir o coração diante de Deus. Conversando com Deus podemos contar tudo confiando que Ele nos ouve e aceita como estamos.
Quando for orar desabafe seu coração diante de Deus. Creia que ele é seu amigo e está te ouvindo atentamente. Não guarde restrições de nada.
Você já abriu seu coração diante de Deus?
Conte tudo para Jesus!
2- QUANDO orar
I Tessalonicenses 5.17 “orai sem cessar”
Parece que algumas pessoas leem errado este texto assim ‘orai quando precisar’. Tem gente que só dobra o joelho se estiver na prova, do contrário fica esquecido de Deus. A oração deve ser constante na vida de todo cristão, pois quando pensamos que não precisamos aí é que realmente devemos orar.
A vida é cheia de atos repetitivos como dormir, acordar, comer, beber, e tudo mais. Não nos cansamos destas coisas, então porque deveríamos nos cansar de orar? Se Daniel fosse deixar para orar somente quando caísse na cova, teria sido engolido pelos leões.
Não deixe para orar quando as coisas ficarem ruins porque você pode ficar sem forças. Estabeleça uma disciplina de oração para sua vida diária. Você tem orado constantemente?
Faça um propósito de orar sempre!
3- Por QUEM orar
I Timóteo 2.1-4 “Antes de tudo, pois, exorto que se use a prática de súplicas, orações, intercessões, ações de graças, em favor de todos os homens, em favor dos reis e de todos os que se acham investidos de autoridade, para que vivamos vida tranquila e mansa, com toda piedade e respeito. Isto é bom e aceitável diante de Deus, nosso Salvador, o qual deseja que todos os homens sejam salvos e cheguem ao pleno conhecimento da verdade”
Do mesmo modo que todas as pessoas precisam orar, todos também precisam receber oração. O texto bíblico deixa claro que até mesmo pessoas de autoridade são carentes de oração. Infelizmente as pessoas estão muito mal acostumadas a somente receber oração sendo que deveríamos oferecer oração.
Quando você for orar não peça somente por você, deixe o Espírito Santo trazer à sua mente pessoas para você interceder. Isso te manterá no propósito porque sempre haverá alguém precisando de oração.
Você tem orado por quem?
Existem muitas pessoas que precisam de sua oração!
4- ONDE orar
I Timóteo 2.8 “Quero, portanto, que os varões orem em todo lugar, levantando mãos santas, sem ira e sem animosidade”
Embora Jesus mandou “entra no teu quarto e fechada a porta orarás a teu pai em secreto” (Mateus 6.6) sabemos que depois que tiramos este tempo especial para estar a sós com Deus, quando saímos dali por onde vamos Ele nos acompanha e através desta comunhão alcançada podemos conversar com Ele ao andar, assentar, deitar e falar (Salmos 139.2-5).
É muito importante ter um lugar de oração com seu quarto, um monte retirado ou a própria Igreja, mas não podemos esquecer que Deus está em todo lugar e que podemos falar com Ele sem restrições de tempo e lugar.
Se você já tem intimidade com Jesus pode então falar com Ele em todo lugar que estiver. Mesmo que seja silenciosamente você conversa com Jesus o tempo todo em sua mente e em seu coração.
Onde você tem orado?
Onde estiver você pode falar com Deus!
Você precisa orar mais!
CONCLUSÃO
A vida de oração é o segredo para uma vida feliz. Desligar-se de tudo, principalmente de coisas que nos perturbam e reabastecer as energias com a fé é uma maneira sábia de se preparar para viver melhor.
Com esta mensagem aprendemos que devemos orar tudo o que passar em nossa mente e coração, sempre e em todo o tempo, por todas as pessoas e em qualquer lugar onde estivermos.
De joelhos você pode ir mais longe!
Água da rocha
Autor: Rev. Welfany Nolasco Rodrigues
Números 20.2-11
Introdução: Após uma longa caminhada fugindo do faraó, “não havia água para o povo” (v.2). Este fato fez todos se desesperarem pensando que morreriam ali.
Mesmo depois de ver tantos milagres e livramentos do Senhor para seu povo desde o Egito até a abertura do mar vermelho, a presença de Deus na nuvem e na coluna de fogo, a chuva de maná do céu e a glória do Senhor sobre o monte Sinai, o povo parecia não se acostumar com a provisão Divina e sempre duvidava e se rebelava contra Moisés (Êxodo 17 narra a mesma história).
O deserto significa a solidão, secura e falta de vida. A sede significa nossas carências emocionais, físicas e espirituais. Nós também muitas vezes somos como este povo. Estamos num deserto e passamos às vezes por secas demoradas. A diferença está em nossa atitude diante do problema.
O que fazer quando estiver sedento?
Vamos refletir sobre as reações do povo, de Moisés e Arão e do Senhor Deus neste fato e entender o que fazer quando passamos por desertos e sede:
1- O povo MURMUROU: v.3-5
A reação imediata do povo foi reclamar e fazer contenda contra Moisés e Arão que eram os líderes do povo. Todos sabiam que não adiantava murmurar. Fazendo isso estariam apenas se cansando mais e gastando a energia que faltava.
Esta é uma reação muito comum quando passamos por problemas. Reclamar é algo quase natural do ser humano. MAS NÃO RESOLVE O PROBLEMA!
Ás vezes nos sentimos como Moisés e Arão, parece que todo mundo está vindo sobre nós para exigir algo. Na verdade isso acontece por que estas pessoas estão sedentas. Por isso as pessoas reclamam, por que têm sede. Necessidades de atenção, carinho, amor, paz e principalmente a necessidade maior do ser humano que é de Deus para salvá-los dessa secura dos desertos da vida.
Jesus passou por um deserto e lá suportou sede por quarenta dias e não murmurou em momento algum (Mateus 4.1-11). Se até Cristo enfrentou desertos, por que não devemos nós enfrentar também? A palavra de Deus diz que o justo “passando pelo vale árido faz dele um manancial” (Salmos 84.6).
Quando passar pelos desertos desta vida aprenda uma coisa: NÃO RECLAME. “Bom é aguardar a salvação do Senhor e isso em silêncio” (Lamentações 3.26) há momentos que é “tempo de estar calado” (Eclesiastes 3.7). Ore mais. Passe mais tempo com Senhor. Você não está sozinho. Está com Deus. Apenas CREIA que Deus irá intervir e espere a provisão do Senhor.
2- Moisés e Arão oraram: v.6
Moisés e Arão não apenas oraram como saíram da presença do povo para se retirar daquela situação de conflito, foram para a tenda de oração e se humilharam diante de Deus quando “se lançaram sobre o seu rosto”.
Há momentos que para orar é preciso se retirar um pouco e se humilhar diante de Deus. Eles se jogaram no chão diante de Deus para implorar sua solução para o problema.
Em situações em que não sabemos o que fazer a melhor reação é essa: “põe a tua boca no pó, talvez ainda haja esperança” (Lamentações 3.29).
O resultado foi que “a glória do Senhor lhes apareceu” (v.6). A SHEKINAH é a própria presença de Deus esteve com eles. Se eles ficassem chorando e se achando coitados, isso não aconteceria. O inimigo muitas vezes quer que nos sintamos como coitados, cheios de auto piedade por que sabe que isso nos provoca revolta e não nos permite orar.
Quando estiver passando por desertos e sentir sede, se lance aos pés do Senhor que ele te mostrará a Sua Glória! Deus só mostra sua Glória para quem se rende aos seus pés.
3- Deus mandou tocar na rocha: v.7-8
Ali não havia água, mas tinha uma grande pedra. Mais uma vez o Senhor surpreendeu o povo com sua misericórdia. Ele mandou Moisés pegar a mesma vara que se transformou em cobra, transformou água em sangue no Egito e abriu o mar vermelho e agora devia tocar na rocha. Da rocha saiu água!
O que representa essa rocha? A pedra significa as situações rígidas da vida, pessoas enrijecidas em sua fé, ‘cabeças dura’ e corações de pedra. Mesmo que for a situação mais dura ou pessoa mais difícil que seja, lembre-se: Deus faz brotar água da rocha!
Jesus disse: “aquele que crê em mim, do seu interior fluirão rios de águas vivas” (João 7.38). Isso significa que você não terá sede. Toda vez que algo te faltar você sempre terá a água viva que é Jesus.
Deus faz fluir água da rocha!
CONCLUSÃO: Lamentações 3.21-29
O texto de Lamentações ensina justamente o que devemos fazer em situações de sede nos desertos da vida. Não reclamar (v.26, 27 e 29), lembrar das bênçãos recebidas do Senhor (v.21, 22) e se humilhar diante do Senhor em oração (v.29).
Creia que o Senhor pode fazer fluir em sua vida água para saciar sua sede mesmo em meio aos desertos da vida e que as situações rígidas serão oportunidades para vencer.
Como Deus Move Seu Plano Adiante?
A FONTE DE TODA A BÊNÇÃO
Lucas 15:11-32
Na parábola do “filho pródigo”, descobrimos algumas das características das bênçãos que Deus tem reservada para os seus filhos.
Bênção é resultado de:
1) NUNCA SE AFASTAR DA CASA DO PAI.
(Vs.17-20) “E, caindo em si, disse: Quantos trabalhadores de meu pai têm abundância de pão, e eu aqui pereço de fome! Vou voltar para a casa do meu pai. Então saiu dali e voltou para a casa do pai. Quando o rapaz ainda estava longe de casa, o pai o avistou e se moveu de íntima compaixão, e, correndo o abraçou, e o beijou.”
O que recebemos na “Casa do Pai” não é encontrado em nenhum outro LUGAR.
2) ASSUMIR A FALHA COMETIDA.
(V.21) “E o filho lhe disse: Pai, pequei contra o céu e perante ti e já não sou digno de ser chamado teu filho. Me aceite como um dos seus trabalhadores.”
Quem é FILHO, nunca perde a condicão de FILHO.
3) SEMPRE SERVIR AO PAI COM DEDICAÇÃO.
(Vs.22-24) “E, o pai disse aos seus servos: “Depressa! Tragam a melhor roupa e vistam nele. Ponham um anel no dedo dele e sandálias nos seus pés. Também tragam e matem o bezerro gordo. Vamos começar a festejar porque este meu filho estava morto e reviveu; tinha-se perdido e foi achado.E começaram a alegrar-se.”
Quando servimos na casa do PAI usufluimos de bênçãos INCONTÁVEIS.
CONCLUSÃO: Com Deus recebemos:
a) Uma ROUPA NOVA.
b) Um ANEL NO DEDO.
c) Uma NOVA SANDÁLIA.
https://www.prvitorhugomsa.com/a-fonte-de-toda-bencao