12 agosto 2015

BÍBLIA A PALAVRA DE DEUS

BÍBLIA A PALAVRA DE DEUS


NOTAS SOBRE INFRALAPSARIANISMO & SUPRALAPSARIANISMO

Posted: 11 Aug 2015 08:00 PM PDT



Por Phillip R. Johnson


"Ou não tem o oleiro poder sobre o barro, para da mesma massa fazer um vaso para honra e outro para desonra?" (Romanos 9:21).


Este artigo considera quatro dos principais modos de ordenação dos elementos soteriológicos do decreto eterno de Deus — com um foco particular sobre as diferenças entre o supralapsarianismo e o infralapsarianismo. Eu resumi as diferenças no quadro comparativo abaixo. As notas explanatórias seguem logo abaixo do mesmo.

     Sumário das Visões

     Supralapsarianismo:

     1 - Eleger alguns, reprovar o restante
     2 - Criar
     3 - Permitir a queda
     4 - Providenciar salvação para os eleitos
     5 - Chamado do eleito à salvação

     Infralapsarianismo:

     1 - Criar
     2 - Permitir a queda
     3 - Eleger alguns, ignorar o restante
     4 - Providenciar salvação para os eleitos
     5 - Chamado do eleito à salvação

     Amyraldismo:

     1 - Criar
     2 - Permitir a queda
     3 - Providenciar salvação suficiente para todos
     4 - Eleger alguns, ignorar o restante
     5 - Chamado do eleito à salvação

     Arminianismo:

     1 - Criar
     2 - Permitir a queda
     3 - Providenciar salvação para todos
     4 - Chamado de todos à salvação
     5 - Eleger aqueles que creem


A distinção entre o infralapsarianismo e o supralapsarianismo tem a ver com a ordem lógica dos decretos eternos de Deus, não com o momento da eleição. Nenhum deles sugere que os eleitos foram escolhidos após Adão pecar. Deus fez Sua escolha antes da fundação do mundo (Efésios 1:4) — bem antes de Adão pecar. Tantos os infra como os supra (e até mesmo muitos arminianos) concordam sobre isto.

SUPRALAPSARIANISMO é a visão de que Deus, contemplando o homem ainda não-caído, escolheu alguns para receber a vida eterna e rejeitou todos os outros. Assim, um supralapsariano diria que o reprovado (não-eleito) — vaso de ira preparado para destruição (Romanos 9:22) — foram primeiramente ordenados para este fim, e então o meio pelo qual eles cairiam em pecado foi ordenado. Em outras palavras, o supralapsarianismo sugere que o decreto de eleição de Deus logicamente precede Seu decreto de permitir a queda de Adão — de forma que sua condenação é, antes de tudo, um ato de soberania divida, e somente secundariamente um ato de justiça divina.

O supralapsarianismo é algumas vezes, de forma errônea, considerado o mesmo que "dupla predestinação". O próprio termo "dupla predestinação" é freqüentemente usado duma forma equivocada e ambígua. Alguns usam-no querendo dizer nada mais do que a visão de que o destino eterno, tanto do eleito como do reprovado, é determinado pelo decreto eterno de Deus. Neste sentido do termo, todo calvinista genuíno sustenta a "dupla predestinação" — e, o fato de que o destino do reprovado está eternamente determinado, é uma doutrina claramente bíblica (cf. 1 Pedro 2:8; Romanos 9:22; Judas 4). Mas mais freqüente ainda, a expressão "dupla predestinação" é empregada como um termo pejorativo para descrever a visão daqueles que sugerem que Deus é tão ativo em manter o réprobo fora do céu como Ele é em colocar os eleitos dentro dele (Há uma forma ainda mais sinistra de "dupla predestinação", que sugere que Deus é tão ativo em manter o réprobo mau como Ele o é em manter o eleito santo).

Esta visão (de que Deus é tão ativo na reprovação do não-eleito como Ele o é na redenção do eleito) é mais propriamente chamada de "igualdade última" (cf. R.C. Sproul, Chosen by God [Eleitos de Deus], 142). Ela é realmente uma forma de hiper-calvinismo e não tem nada a ver com o verdadeiro e histórico calvinismo. Embora todos os que sustentem tal visão também sustentem o esquema supralapsariano, a visão em si mesma não é necessariamente uma ramificação do supralapsarianismo.

O supralapsarianismo é também algumas vezes, erroneamente, considerado o mesmo que hiper-calvinismo. Todos os hiper-calvinistas são supralapsarianos, embora nem todos os supralapsarianos sejam hiper-calvinistas. O supralapsarianismo é algumas vezes chamado de "high" calvinismo, e seus aderentes mais extremos tendem a rejeitar a noção de que Deus tenha algum grau de sincera boa-vontade ou significante compaixão para com os não-eleitos. Historicamente, uma minoria de calvinistas têm sustentado esta visão.

Mas, o comentário de Boettner de que "não mais que um calvinista dentre cem sustenta a visão "supralapsariana", é, sem dúvida, um exagero. E, na década passada ou aproximadamente, a visão supralapsariana parece ter ganhado popularidade.

INFRALAPSARIANISMO (também conhecido como "sub-lapsarianismo") sugere que o decreto de Deus permitir a queda precede logicamente Seu decreto de eleição. Assim, quando Deus escolheu o eleito e ignorou o não-eleito, Ele estava contemplando todos eles como criaturas caídas.

Estas são as duas principais visões calvinistas. No esquema supralapsariano, Deus primeiro rejeitou os réprobos, como resultado de Seu soberano beneplácito; então Ele ordenou os meios de sua condenação através da queda. Na ordem infralapsariana, os não-eleitos foi primeiramente visto como indivíduos caídos, e eles foram condenados somente por causa do seu próprio pecado. Os infralapsarianos tendem a enfatizar o fato de Deus "ignorar" os não-eleitos (preterição) em Seu decreto de eleição.

Robert Reymond, ele mesmo um supralapsariano, propõe a seguinte redefinição da visão supralapsariana:

     O Supralapsarianismo Modificado de Reymond:

     1 - Eleger alguns homens pecadores, reprovar o restante

     2 - Aplicar os benefícios redentores aos eleitos
     3 - Providenciar salvação para os eleitos
     4 - Permitir a queda
     5 - Criar
Note que, em acréscimo à re-ordenação dos decretos, a visão de Reymond deliberadamente enfatiza que no decreto de eleição e reprovação, Deus estava contemplando os homens como pecadores. Reymond escreve, "Neste esquema, diferentemente do anterior (a ordem supralapsariana clássica), Deus é representado como discriminando entre homens vistos como pecadores, e não entre homens vistos simplesmente como homens (Veja Robert Reymond, Systematic Theology of the Christian Faith [Teologia Sistemática da Fé Cristã], 489). O refinamento de Reymond evita o criticismo comumente levantado contra o supralapsarianismo — que o supralapsariano tem Deus condenado os homens à perdição antes dEle nem mesmo contemplá-los como pecadores. Mas a visão de Reymond também deixa a questão não-respondida de como e porque Deus deveria considerar todos os homens como pecadores, antes que fosse determinado que a raça humana cairia (Alguns podem até mesmo argumentar que os refinamentos de Reymond resultam numa posição que, até onde diz respeito à distinção chave, é implicitamente infralapsariana).

Todos os principais Credos Reformados, ou são explicitamente infralapsarianos, ou evitam cuidadosamente uma linguagem que favorece uma ou outra visão. Nenhum credo importante toma a posição supralapsariana (Todo este assunto foi veementemente debatido durante toda a Assembléia de Westminster. William Twisse, um ardoroso supralapsariano e presidente da Assembléia, defendeu habilmente sua visão. Mas, a Assembléia optou pela linguagem que claramente favorece a posição infralapsariana, embora sem condenar o supralapsarianismo).

"Bavinck assinalou que a apresentação supralapsariana 'não foi incorporada a nenhuma Confissão Reformada', mas que a posição infralapsariana recebeu um lugar oficial nas Confissões das igrejas" (Berkouwer, Divine Election, 259).

A discussão de Louis Berkhof das suas visões (em sua Teologia Sistemática) é útil, embora ele pareça favorecer o supralapsarianismo. Eu tomo a visão infralpasariana, como Turretin, a maioria dos teólogos de Princeton, e a maioria dos líderes do Seminário de Westminster (por exemplo, John Murray). Estes assuntos foram o cerne da controvérsia da "graça comum" na primeira metade do século XX. Herman Hoeksema e aqueles que seguiram-no tomaram uma posição supralapsariana tão rígida que eles, no final das contas, negaram o próprio conceito de graça comum.

Finalmente, veja o quadro abaixo, que compara estas visões com o Amyraldianismo (um tipo de calvinismo de quatro-pontos) e o Arminianismo. Minhas notas em cada visão (abaixo), identifica alguns dos maiores defensores de cada visão.


NOTAS SOBRE A ORDEM DOS DECRETOS
© 1994, 1997, 2000 by Phillip R. Johnson

Supralapsarianismo

† Beza sustentava esta visão. Embora freqüentemente seja dito ser ele o responsável por formular a posição supralapsariana, ele não o fez.

† Outros proponentes históricos incluem: Gomarus, Twisse, Perkins, Voetus, Witsius, and Comrie.

† Louis Berkhof parece valorizar ambas visões, mas parece tender levemente para o supralapsarianismo (Teologia Sistemática, 120-25).

† Karl Barth sentia que o supralapsarianismo estava mais próximo do certo do que o infralpasarianismo.

† A Teologia Sistemática da Fé Cristã de Robert Reymond toma a visão supralapsariana e inclui uma defesa prolongada do supralapsarianismo.

† Turretin diz que o supralapsarianismo é "mais duro e menos apropriado" do que o infralapsarianismo. Ele crê que ele "não parece concordar suficientemente com a bondade inefável [de Deus]" (Elenctic Theology, vol. 1, 418).

† Herman Hoeksema e toda a liderança das Igrejas Protestantes Reformadas (incluindo Homer Hoeksema, Herman Hanko e David Engelsma) são supralapsarianos determinados — freqüentemente argumentando, tanto implicitamente como explicitamente, que o supralapsarianismo é o único esquema logicamente consistente. Esta presunção claramente contribui para a rejeição da graça comum pelas Igrejas Protestantes Reformadas.

† De fato, os mesmos argumentos usados em favor do supralapsarianismo têm sido empregados contra a graça comum. Assim, o supralapsarianismo tem nele uma tendência que é hostil à idéia de graça comum (É um fato que, virtualmente, todos que negam "a graça comum" são supralapsarianos).

† Supralapsarianismo é a posição de todos que sustentam o tipo mais rígido de "dupla predestinação".

† É difícil encontrar expoentes do supralapsarianismo entre os principais teólogos sistemáticos. Mas, a tendência entre alguns dos autores mais modernos pode ser para a visão supralapsariana. Berkhof era simpatizante com esta visão; Reymond a defende expressamente.

† R. A. Webb diz que o supralapsarianismo é "abominável à metafísica, à ética e às Escrituras. Ele não é exposto em nenhum credo calvinista e pode ser defendido somente por alguns extremistas" (Salvação Cristã, 16). Embora seja simpatizante das convicções infralapsarianas de Webb, penso que ele exagera grosseiramente o julgamento contra o supralapsarianismo [Webb foi um presbiteriano do século XIX].

Infralapsarianismo

† Esta visão é também chamada "sub-lapsarianismo".

† John Calvino disse algumas coisas que parecem indicar que tinha simpatia com esta visão, embora o debate não tenha ocorrido nos seus dias de vida (veja Calvinismo de Calvino, traduzido para o inglês por Henry Cole, 89ss; também William Cunningham, Os Reformadores e a Teologia da Reforma, 364ss).

† W. G. T. Shedd, Charles Hodge, L. Boettner, e Anthony Hoekema sustentavam esta visão.

† Tanto R. L. Dabney como William Cunningham apoiaram-se decididamente a esta visão, mas resistiram argumentar sobre o assunto. Eles criam que todo o debate ia além das Escrituras e, portanto, era desnecessário. Dabney, por exemplo, diz "Esta é uma questão que nunca deve ser levantada" (Teologia Sistemática, 233). Twisse, o supralapsariano, virtualmente concordava com isto. Ele chamava a diferença de "meraapex logicus, um ponto de lógica. E, não é mera loucura fazer uma brecha de unidade ou caridade na igreja, meramente por causa de um ponto de lógica?" (citado em Cunningham, Os Reformadores, 363). G.C. Berkouwer também concorda: "Somos confrontados aqui com uma controvérsia que deve sua existência à infração dos limites colocados pela revelação". Berkouwer pergunta em voz alta se estamos "obedecendo o ensino da Escritura se recusamos fazer uma escolha aqui" (Eleição Divina, 254-55).

† Thornwell não concorda que o assunto seja controvertido. Ele diz que o assunto "envolve algo mais do que uma questão de método lógico. Ele é realmente uma questão da mais alta significância moral...Condenação e enforcamento são partes do mesmo processo, mas ela é algo mais do que uma questão de disposição, se um homem deve ser enforcado antes de ser condenado" (Escritos Selecionados, 2:20). Thornwell é veementemente infralapsariano.

† O infralapsarianismo foi afirmado pelo sínodo de Dort, mas somente de maneira implícita nos símbolos de Westminster. Twisse, um supralapsariano, foi o primeiro presidente da Assembléia de Westminster, que evidentemente decidiu que a conduta mais sábia era ignonar a controvérsia totalmente (embora as tendências de Westminster fossem, argumentavelmente, infralapsarianas). A Confissão de Westminster, portanto, juntamente com a maioria dos Credos Reformados, implicitamente afirmou o que o Sínodo de Utrecht (1905) mais tarde declarou explicitamente: "Que nossas confissões, certamente com respeito à doutrina da eleição, seguem a apresentação infralapsariana, [mas] isto não implica de forma alguma, uma exclusão ou condenação da apresentação supralapsariana".

Amyraldism

† Amyraldismo (é a ortografia preferida, e não AmyraldIANismo).

† Amyraldismo é a doutrina formulada por Moisés Amyraut, um teólogo francês da escola Saumur (Esta mesma escola gerou outro desvio agravante da ortodoxia reformada: a visão de Placaeus envolvendo a imputação mediata da culpa de Adão).

† Por fazer o decreto para expiar o pecado logicamente antecedente ao decreto de eleição, Amyraut podia ver a expiação como hipoteticamente universal, mas eficaz para os eleitos somente. Portanto, a visão é algumas vezes chamada de "universalismo hipotético".

† O puritano Richard Baxter abraçou esta visão, ou algo próxima à ela. Ele parece ter sido o único líder puritano importante que não era um calvinista "completo". Alguns discutiriam se Baxter era um verdadeiro Amyraldiano (ver, por exemplo, George Smeaton, A Doutrina Apostólica da Expiação [Edinburgh: Banner of Truth, 1991 reprint], Appendix, 542.) Mas o próprio Baxter parecia se considera um Amyraldiano.

† Esta é uma forma sofisticada de formular o "calvinismo de quatro-pontos", enquanto ainda se considera um decreto eterno de eleição.

† Mas, o Amyraldismo provavelmente não deveria ser igualado totalmente com o assim chamado "calvinismo de quatro-pontos". Em minha própria experiência, muitos pretensos "quatro-pontos" são incapazes de articular qualquer explicação coerentes de como a expiação pode ser universal, mas a eleição incondicional. Assim, eu não desejo glorificar a posição deles, denominando-a de Amyraldismo (Quem dera eles fossem tão comprometidos com a doutrina da soberania divina como Moisés Amyraut era! A maioria dos que se chamam "quatro-pontos" são realmente cripto-arminianos).

† A. H.Strong sustentava esta visão (Teologia Sistemática, 778). Ele a chamou (incorretamente) de "sub-lapsarianismo".

† Henry Thiessen, evidentemente seguindo Strong, também rotulou indevidamente esta visão de "sub-lapsarianismo" (e contrastando-o com o "infralapsarianismo") na edição original de suas Lições em Teologia Sistemática (343). Sua discussão nesta edição é muito confusa e patentemente errônea em alguns pontos. Nas edições posteriores de seu livro, esta seção foi completamente reescrita.

Arminianism

† Henry Thiessen argumento esta visão na edição original de sua Teologia Sistemática. A edição revista não mais defende explicitamente esta ordem dos decretos, mas o arminianismo fundamental de Thiessen ainda é claramente evidente.

† A maioria dos teólogos arminianos recusa tratar do decreto eterno de Deus, e arminianos extremos até negam o próprio conceito de um decreto eterno. Aqueles que reconhecem o decreto divino, contudo, devem parar de fazer a eleição contingente à resposta do crente ao chamado do evangelho. Deveras, esta é toda a essência do arminianismo.

*** http://bereianos.blogspot.com.br/search/label/Infralapsarianismo#.VcoOdvNVikp

Fonte: Spurgeon.org

Traduzido por: Felipe Sabino de Araújo Neto. Cuiabá-MT, 28 de Dezembro de 2004.

SÓ EM JESUS HÁ PAZ

Posted: 11 Aug 2015 08:00 PM PDT



JÓ 22:21
"Reconcilia-te, pois, com Ele e tem paz, e assim te sobrevirá o bem".

INTRODUÇÃO
O texto traz um bom conselho para o homem dos nossos dias, que anda tão aflito e sem paz, este vem do exemplo de Jô. Este foi um servo fiel em todas as coisas, viveu aflições e sofrimentos, mas teve paz e descanso no Senhor.

DESENVOLVIMENTO
Reconcilia-te, pois com Ele – Há um conselho para o homem na hora da sua angustia, para quando em dificuldade não se desespere, mas busque ao Senhor, coloque diante dele suas dores.

Tem paz – a paz que o homem precisa não vem de palavras, mas do encontro com O Salvador. Só em Jesus há paz para viver. Só Ele retira o mal que realmente faz o homem sofrer, o pecado que o condena a morte. Jesus traz a paz para alma.

Assim te sobrevirá o bem – aquele que busca a comunhão com o Senhor, aceita sua palavra tem direito a promessas que sobrevirão: alegria, saúde, livramentos, Batismo com Espírito Santo, dons, etc.

Conclusão
Existem muitas vozes a falar, mas o conselho do Espírito Santo para você é: reconcilia-te pois, com Ele e tem paz, e assim te sobrevirá o bem!


O HOMEM: MARIDO E PAI

Posted: 11 Aug 2015 05:07 PM PDT



Efésios 5:22-33

Qual é a responsabilidade principal do marido (25)?

Quem deu o exemplo perfeito de como cumprir esta responsabilidade (25-28)? Como?

Faça ligação entre Efésios 5:28-29 e Lucas 6:31. Devemos menos à esposa do que aos homens do mundo?

O marido é "o cabeça" (23). Baseado no exemplo de Jesus, esta posição é de domínio ou de serviço, ou seja, é uma posição de autoridade ou de responsabilidade? Explique sua resposta. 

Colossenses 3:19; 1 Pedro 3:7

Como o marido deve tratar sua esposa? 

Efésios 6:4; Colossenses 3:21

Como os pais devem criar seus filhos?

Explique: "Não provoqueis vossos filhos à ira". 

2 Tessalonicenses 3:10; 1 Timóteo 5:8; Provérbios 23:4

Qual a responsabilidade do homem para a família no sentido material?
O que a Bíblia diz sobre preguiça?

E sobre excesso de trabalho?

-por Dennis Allan


OS 8 TIPOS DE MULHERES NA QUAL OS HOMENS NUNCA QUEREM SE CASAR

Posted: 11 Aug 2015 12:15 PM PDT

Uma esposa sente quando seu marido se distancia; ele ignora qualquer conversa, não se mostra amigo e nem mesmo demonstra querer estar com ela. Essa é uma situação muito difícil, mas como qualquer problema, exige enfrentamento.

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Oscar Wilde afirmou que "As mulheres existem para que as amemos, e não para que as compreendamos"; esta frase de um dos meus escritores favorito é algo que podemos ver como verdade – a mulher existe para ser amada a escolha da pessoa que desejamos ter ao nosso lado é uma das escolhas mais importantes que iremos fazer durante toda a nossa vida.
Aos homens eu pergunto: Que tipo de mulher desejam ter a seu lado, para apoiá-lo e ajudar, para ser a mãe de seus filhos e para ser sua companhia por uma vida?

Às mulheres faço uma pergunta parecida: Que tipo de mulher, mãe, esposa, companheira, desejam ser?

neste Artigo vamos falar sobre oito traços de personalidade que algumas mulheres têm e que podem prejudicar seriamente uma relação.
1. A mulher que se anula: Mulheres que se anulam normalmente são mulheres com uma autoestima muito reduzida, isto é, as coisas que acreditam, que seguem, os seus traços de personalidade e até a sua opinião e gostos são anulados para coincidir com as preferências do companheiro. Elas normalmente fazem isso sem reparar, pois tentam agradar a pessoa que amam, mas uma relação saudável é uma relação em que existem duas identidades únicas, que se vão complementar nas suas diferenças e virtudes.

2. A mulher que pensa que a relação é apenas de um sentido: Por vezes podemos encontrar mulheres que pensam que tudo o que acontece, e que toda a relação, é centrada nelas. Uma mulher com este tipo de pensamento também é capaz de viver uma relação de uma forma submissa, isto é, o marido irá tomar todas as decisões por ela. Apesar de este tipo de mulher apelar a alguns homens, não é certamente o que um homem de verdade deseja para a pessoa que ama. Ele deseja alguém que esteja a seu lado e não atrás, alguém com ideias e vontade própria. Uma mulher que lute junte com o seu companheiro pela felicidade da relação.

3. A mulher demasiado insegura: O ponto anterior é uma forma de insegurança, mas existem outras. Todos temos inseguranças, mas o problema surge quando permitimos que essas inseguranças definam a nossa identidade. Uma mulher demasiado insegura normalmente pensa de uma forma muito negativa em relação a si mesma; está constantemente insegura em relação à sua aparência física ou, por outro lado, usa o seu lado sensual para seduzir, pois se sente insegura quanto ao que é realmente importante – a sua personalidade. Todas as mulheres merecem elogios e merecem ser apoiadas, principalmente nas suas fraquezas, e esse é um alicerce importante para uma relação.



Links Úteis:


          
4. A mulher que não sabe o que quer: Como as ondas do mar, este tipo de mulher é capaz de mudar de ideia dependendo da direção que o vento sopra. Por exemplo, ela poderá num primeiro momento mostrar que está interessada numa relação, mas, num outro momento, ela irá dizer que está confusa e que deseja dar um passo atrás. Essa luta interna por vezes está ligado às suas inseguranças e medos, mas, em alguns casos, é apenas um jogo que rapidamente desgasta uma relação ou desejo de começar uma.
5. A mulher que é demasiado crítica: Uma mulher que está constantemente criticando e implicando até com as coisas mais insignificantes irá desgastar rapidamente a pessoa que diz amar. A crítica constante, por parte de quem amamos, vai fazer com que coloquemos em dúvida o nosso próprio valor. Devemos procurar alguém que nos dê o devido valor e que, quando critica, o faz de uma forma construtiva e edificante.

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6. A mulher controladora: Ela irá tentar controlar a vida de quem ama e, em alguns casos, de todas as pessoas que a rodeiam (família principalmente). Ela irá tentar controlar cada pormenor da vida do homem que ama – desde a hora que acorda, as roupas que usa, os amigos com quem sai e, em alguns casos, irá tentar mudar a própria pessoa a seu gosto. Uma pessoa que é assim normalmente tem essa necessidade de ter controle sobre tudo o que acontece na sua vida ou poderá ficar muito ansiosa e perdida. É uma mudança que tem de nascer no desejo que a mulher tem de mudar para melhor. Nenhuma relação beneficia quando uma das partes é controladora.

7. A mulher que não tem uma vida própria: Este tipo de mulher deseja dedicar todo o tempo da sua vida à relação. Ela não irá apostar em hobbies, não vai sair com amigos, não nutre interesses que não sejam relacionados com o amor e não aposta em si mesma – no seu crescimento pessoal. A mulher deve procurar ter uma vida fora da relação, uma vida social, interesses só dela. Um resultado imediato disso é existirem coisas novas para se partilhar; novas experiências para o casal compartilhar, rir e se divertir a dois. Os dois vão poder crescer juntos.

8. A mulher dramática: Ela irá viver dramas com a mãe, com a sogra, com a melhor amiga e até no trabalho. O mundo parece que está a cair à sua volta. O verdadeiro perigo não está no drama em si, mas na ideia de que a culpa é sempre dos outros. A ideia de responsabilidade pelas próprias ações é algo que assusta muita gente (tanto homens como mulheres). Quando uma pessoa se recusa a se responsabilizar então a relação irá certamente sofrer em algum ponto. Um resultado comum dessas situações é o desenvolvimento de um sentimento de culpa na pessoa que se ama. A responsabilidade pela felicidade do casal é dos dois.
Não devemos procurar perfeição, pois todos somos imperfeitos. Todos temos as nossas fraquezas, os nossos traços de personalidade que não são tão bons quanto pensamos. O que devemos procurar é uma pessoa que deseja melhorar, que deseja ultrapassar as suas dificuldades. Quando essa caminhada é feita a dois, e existe amor e harmonia, então ambos irão ver a perfeição apesar das fraquezas a melhorar. 
http://www.letradavida.com.br/os-8-tipos-de-mulheres-na-qual-os-homens-nunca-querem-se-casar/

ACAUTELAI-VOS DA APOLOGÉTICA!

Posted: 11 Aug 2015 07:51 AM PDT




O título acima é uma paródia do artigo do dr. Greg Bahnsen sobre a vã filosofia.[1] Naquele texto, expondo Colossenses 2.8, o dr. Bahnsen alerta contra "um determinado tipo de filosofia" que não é "segundo Cristo", pois rouba você de todos os tesouros da sabedoria e da ciência que estão depositados em Cristo. 

Porém, contrário que possa parecer, o dr. Bahnsen não está se posicionando contra o estudo da filosofia. Pelo contrário, ele está defendendo que a melhor maneira de acautelar-se da filosofia é estudando-a. Em razão disto é que Paulo "adverte contra o potencial destrutivo da filosofia". Para tanto, contra a má filosofia, apenas a boa filosofia, e esta é segundo Cristo "em quem estão todos os tesouros da sabedoria"(Cl 2.3). Em outras palavras, o melhor remédio contra uma "vã filosofia" é aquela em que Jesus Cristo seja não apenas a conclusão, mas também o ponto de partida do pensamento. 

Ora, o cristão não deve ter outro compromisso exceto o de submeter-se ao Cristo revelado nas Escrituras. Jesus Cristo é a autoridade primeira em matéria de filosofia cristã. Assim, ao estudarmos filosofia, fazemo-lo para cumprir a ordem paulina com maior clareza e eficiência. Nas palavras do dr. Bahnsen:

Estudamos filosofia para certificarmos de que nossos pressupostos sobre a realidade, conhecimento e ética são verdadeiramente pressupostos que honram de Cristo. Estudamos filosofia para identificar quais tipos de pensamento podem nos tornar presas fáceis em nossa cultura. Em suma, estudamos filosofia acautelando-nos de pensar equivocado e comprometermo-nos a pensar a verdade sobre o homem e o mundo.

Apologética Segundo Cristo: suaviter in modo, fortiter in re

Agora, no tocante à Apologética, tenho a dizer o mesmo. Na iminência de concluir um mestrado Teologia Filosófica, com ênfase em Apologética e Exegese, fui descobrindo como é necessário ter cuidado com a Apologética. Em contato com autores de renome na área da Teologia Filosófica, Exegese e Apologética, descobri inúmeras advertências para que a nossa apologética seja "segundo Cristo". E embora  não tenha conhecido pessoalmente quase nenhum dos autores que li, pude presenciar a aplicação destes princípios na postura de meu próprio orientador, o dr. Davi Charles Gomes, e de meus mestres – Prof. Fabiano Oliveira, Filipe Fontes, Tarcízio Carvalho, João Alves e outros. 

O  dr. Davi Gomes, orientador de outros mestres, encarnou a máxima do dr. Cornelius Van Til, suaviter in modo, fortiter in re (gentil na maneira de agir, mas forte na resposta). E penso que esta frase reflete exatamente as palavras do apóstolo Pedro no texto que é considerado a base da apologética (1Pe 3.15). Aliás, ouvi no Seminário Presbiteriano do Norte (novembro de 2008), o dr. Davi fazer uma exposição deste texto e, como aplicação, ter trabalhado os "seis inimigos da Apologética".

É curioso que enquanto muitos envolvidos com apologética consigam recitar com segurança a parte do verso que diz "estando sempre preparados para responder a todo aquele que vos pedir razão da esperança que há em vós", alguns têm imensa dificuldade com o verso seguinte (na ARA): "fazendo-o, todavia, com mansidão e temor, com boa consciência..."(v. 16), isso sem contar que as palavras de Pedro para exercitar tal mandato iniciam como "santificai ao Senhor Deus em vossos corações"(ACF). Assim, Apologética começa com santificação de nossos corações a Cristo e opera respondendo com mansidão e temor aos que nos perguntam de nossa esperança. 

Apologética Humilde, mas não Fraca

John G. Stackhouse,[2] em seu Humble Apologetics, faz a seguinte advertência sobre a Apologética. 

Apologética é um trabalho perigoso. Em uma época em que as vozes de vários lados relembram-nos de qual problemático são as reivindicações humanas para o conhecimento; em uma cultura que resiste cada vez mais e se ressente de que pede a conversão do outro; e em uma atividade cujo estereótipo é de vaidade racionalista e intimidação intelectual – que pessoa consciente e inteligente gostaria de se envolver em apologética? Se estamos a defender e recomendar a nossa fé, devemos fazê-lo em um novo modo: com uma voz diferente e em uma postura diferente. Nossa apologética deve ser humilde. Ela deve ser humilde por diversas razões, mas a principal entre elas é que Deus mesmo veio a nós em humildade, buscando o nosso amor e nos atraindo a ele. O Senhor Jesus Cristo é nosso modelo de humildade; o Espírito Santo de Deus é nosso companheiro humilde que nos ajuda a seguir o exemplo de Cristo como também a proclamarmos a mensagem de Cristo.

Apologética humilde não significa uma apologética fraca, "em que alguém deve, digamos assim, perder um argumento e ganhar uma alma".[3]  Falamos do reconhecimento que apologética é ferramenta cujo fim não é a vitória sobre outro, mas sim anular sofismas e levar pensamentos cativos a Cristo. Deixe-me apresentar um exemplo que o pastor John Burke conta em seu livro:[4]  

Lembro-me de ter assistido a um debate na Willow Creek entre um conhecido ateísta e um apologista do cristianismo. Havíamos acabado de iniciar o ministério Axis em nossa igreja, e muitos de nossos líderes jovens haviam convidado amigos céticos para o debate. Do ponto de vista intelectual, o cristão destruiu os argumentos do ateísta e venceu claramente o debate. Entretanto, interrogando depois os líderes do Axis, descobrimos que seus amigos céticos concordaram que o cristão havia vencido a discussão, mas a maioria ficou tão desgostosa com sua atitude depreciativa para com o oponente que aquilo os convenceu ainda mais de que não queriam ser cristãos.

Infelizmente, alguns pensam que Apologética é uma ferramenta a ser usada como porrete para bater nos outros. O fato de a apologética servir para responder e atacar o incrédulo não significa que ela seja para brigar com todos. O silêncio, às vezes, é também uma resposta. Se até o tolo, quando se cala, é reputado por sábio, muito mais o experiente que fecha os seus lábios em tempo certo, visto que ao servo do Senhor não convém contender. Joshua Harris e Eric Stanford  acertam o alvo quando afirmam que "precisamos ser corajosos em nossa posição em favor da verdade bíblica. Mas também precisamos demonstrar graça em nossas palavras e em nossas interações com as pessoas [...]. Um dos erros frequentemente cometidos por nós cristãos é que aprendemos a repreender como Jesus, mas não a amar como Jesus".[5] 

Sempre que a Apologética não cumprir seu papel "com mansidão e temor" ela não estará sendo "segundo Cristo". Portanto é contra este tipo de apologética que precisamos lutar, porque ela rouba a beleza dos tesouros de Cristo e coloca a Criatura no lugar do Criador, uma vez que a glória de Deus é desviada para outro lugar: para o próprio apologista ou para longe do Evangelho. Francis Schaeffer, magistralmente, encontra o lugar da apologética: "o propósito da 'apologética' não é meramente ganhar uma disputa ou uma discussão, mas que as pessoas com as quais estamos lidando tornem-se cristãs que realmente colocam a sua vida sob o senhorio de Cristo, deixando-o tomar conta de toda a sua vida".[6] Isso  leva-me a considerar que a razão do "porrete apologético" encontra-se na separação da Apologética do Evangelho. Em outras palavras, quando alguns apologistas, especialmente os das novas mídias e redes sociais, veem a apologética como somente, eu disse somente, uma disciplina acadêmica, de vencer debates e demonstrar que têm argumentos, o resultado é um conhecimento que apenas incha. Você pode ver isto, além dos "debates facebookeanos", também nos compêndios de Apologética. Estes são espécies de "manuais científicos" e, praticamente, voltados para o ambiente acadêmico. Aqueles "manuais Schopenhaureano" de como humilhar o oponente. Pode-se até parecer que aapologética não se aplica realmente ao dia a dia das pessoas comuns. 

Não estou advogando uma apologética simplória, mas uma apologética simples, que o sapateiro ou o aluno na oitava série possam apresentá-la como bons discípulos de Cristos. 

Como expressão desta "apologética academicista", cito abaixo um exímio apologista cristão. Em seu livro Time and Eternity: Exploring God's Relationship to Time,[7] o dr. Craig faz a seguinte declaração: 

Alguns dos leitores de meu estudo da onisciência divina, The Only Wise God, ficaram surpresos acerca de minha observação de que alguém que deseje aprender mais sobre o atributo da onisciência de Deus seria mais bem aconselhado ler as obras dos filósofos Cristãos em vez dos teólogos Cristãos. Não apenas essa observação foi verdadeira, mas sustento o mesmo para a eternidade divina (grifos meus).

Em outro lugar, diz o autor: "Se você quiser praticar uma apologética eficaz, precisa ser treinado na filosofia analítica [...]. Seja qual for a área de especialização, você estará mais bem qualificado como apologista se tiver recebido treinamento em filosofia analítica".[8] Neste sentido, não custa perguntar com Tertuliano: "Quid ergo Athenis et Hierosolymis? (O que tem a ver Atenas e Jerusalém?).

A despeito de sua inquestionável habilidade e piedade, dr. Craig aproxima a Apologética de um campo do saber que está além da maioria dos cristãos. O resultado é que, exceto pelos acadêmicos, a apologética entre os leigos é, na maioria das vezes, péssima caricatura da boa defesa da fé.

Apologética, Teologia e Discipulado

A Apologética é uma disciplina eminentemente bíblica, por isso deveríamos esperar maior interação da disciplina com outras que relacionam com a Teologia ou com a "Enciclopédia Teológica",[9] onde fica cada vez mais claro que a "Teologia Sistemática tem uma relação mais próxima com Apologética do que com qualquer outra disciplina".[10] O dr. Oliphint, em uma crítica ao dr. Craig, nos diz que, 

Se alguém quer saber sobre a onisciência de Deus ou sua eternidade; se alguém quer pensar profundamente sobre Deus e seu relacionamento com o Mundo; se alguém quer fazer apologética, o primeiro lugar para olhar é para Escritura, e, depois, para aqueles teólogos que fielmente articularam seus ensinos. A Filosofia, mesmo a filosofia Cristã, tem uma longa e resoluta história de virar suas costas para a consistente Teologia Reformada. Portanto, ela não foi muito positiva com respeito às discussões Teológicas (ou filosófico-teológica).[11] 

Especialmente diante da Grande Comissão (Mt. 28.18–20),[12] o cristão deverá anunciar "todas as coisas" que foram ensinadas pelo Senhor Jesus em sua missão de fazer discípulos. Isso não seria uma tarefa fácil. Pode-se falar dessa tarefa na forma que o Senhor disse: "Eis que vos envio como ovelhas ao meio de lobos" (Mt. 10.16).

Os discípulos, em suas idas para transmitir o Evangelho, depararam-se com diversos desafios a fim de comunicar o Evangelho. Pedro e João perante o Sinédrio; Paulo perante os filósofos estoicos e epicureus; Paulo e Barnabé perante os sacerdotes de Listras; Paulo nas sinagogas dos Judeus arrazoando constantemente com eles demonstrando que Jesus é o Cristo etc. Mas também eles encontraram uma Lídia, uma vendedora de púrpura, que estava à beira do rio; responderam à pergunta do Carcereiro; Paulo defendeu a fé perante o povo (At. 21.72 – 22.21); e ensinou a todos que o visitavam na prisão domiciliar.

Pode-se dizer, portanto, que a base da apologética é o mandato de fazer discípulos. Nesse fazer discípulos, estão envolvidas algumas pressuposições: 1) que haveria necessidade de comunicar o Evangelho de modo eficaz; 2) que haveria necessidade de explicar o Evangelho aos contradizentes (Tt. 1.10); 3) que haveria a necessidade de justificar a crença no Evangelho; 4) que haveria a necessidade de confirmar a fé dos já crentes e; 5) que haveria a necessidade de desafiar os incrédulos no confronto com suas crenças.

Ora, na apologética somos, portanto, discípulos de Jesus Cristo. Por isso, devemos refletir seu caráter. O apologista deve ser gentil, paciente, cortês e não beligerante.

Estas qualidades dificilmente aparecem a muitos que sustentam fortes posições doutrinárias e que são prontos a defender suas posições. É fácil tornar-se teimoso e fervoroso para dominar seu oponente. Todavia, é a atitude oposta, que é pacífica e gentil, que demonstra que nossa sabedoria vem de cima (Tiago 3.13 – 17).[13] 

Como  disse acima, na palestra do dr. Davi Gomes  no Seminário Presbiteriano do Norte, sobre "seis inimigos do compromisso apologético". Ele tomou por base, entre outros, o texto do dr. Douglas Groothius, professor de filosofia e apologética no Denver Seminary, "Six Enimies of Apologetics Engagement".[14] Ambos concordam que, "no outro extremo do espectro de erro, está a arrogância do 'apologista sabe-tudo' que está mais interessado em mostrar seu arsenal de argumentos do que defender a verdade de maneira piedosa". Certamente, este é o pecado que tenazmente nos assedia: o orgulho intelectual. E ele deve ser evitado a todo custo – lembra-se? Santificai a Cristo em vossos corações... – pois a verdade que temos nos veio como um dom da graça de Deus. "Nós desenvolvemos nossas habilidades apologéticas ao santificarmos na verdade, ao ganhar almas para Cristo e glorificar a Deus. Devemos 'falar a verdade em amor' (Ef. 4.15). Verdade sem amor é arrogância. Amor sem verdade é sentimentalismo".[15] 

Conclusão

Apologética é de suma importância ao cristão e todos os cristãos estão envolvidos, de um modo ou de outro, com apologética. Mas a apologética pode se degenerar em "vã apologética", a apologética que não é "segundo Cristo". E contra este tipo de apologética, uma boa apologética bíblica é o remédio. O apologista cristão precisa ter claro diante de si que sua resposta e desafio ao pensamento incrédulo devem ser feitos "com mansidão e temor", santificando a Cristo em seu coração. Ele deverá oferecer a Deus  seu coração, pronto e sincero, como está escrito no selo de Calvino.

McGrath afirma que a "apologética corre o risco de passar a impressão de que basta mostrar que a fé é racional".[16] Sim, a fé cristã é racional, mas não basta apenas mostrar isso ao incrédulo. Não basta apresentar todas as premissas, as inferências ou provas, nem mesmo os mais elaborados silogismos e retórica. É preciso oferecer a Cristo o que Ele mesmo tem nos dado. Na construção do Templo do Senhor, todo o povo de Israel, juntamente com seus líderes e príncipes, "voluntariamente contribuíram" para a construção da Casa de Deus. Então, Davi louvou ao Senhor, reconhecendo que Deus mesmo, o Eterno, é o dono de todas as coisas nos céus e na terra. Então, o Rei perguntou: "Pois quem sou eu, e quem é o meu povo, para que pudéssemos oferecer voluntariamente coisas semelhantes? Porque tudo vem de ti, e do que é teu to damos [...]. SENHOR, nosso Deus, toda esta abundância, que preparamos, para te edificar uma casa ao teu santo nome, vem da tua mão, e é toda tua" (1Cr. 29.1 – 16). O que tem o apologista cristão que não tenha recebido?

C.S. Lewis certa vez descrevendo o perigo que o apologista corre, disse: 

Não tenho encontrado nada mais perigoso para a fé de alguém do que a tarefa de um apologista. Nenhuma doutrina da fé parece para mim tão espectral, tão maravilhosa do que aquela que acabei de defender em um debate público. Por um momento, veja você, ela parecia repousar sobre si mesmo: como um resultado, quando você se vai do debate, já não parece tão forte quanto o fraco pilar. É por isto que nós, apologistas, tomamos nossas vidas em nossas mãos e podemos ser salvos apenas por retroceder continuamente das redes de nossos argumentos, de nossa reação intelectual, para a Realidade – da apologética Cristã para o próprio Cristo. Também é por isso que precisamos da ajuda um dos outros – oremus pro invicem (Oremos uns pelos outros).[17] 

O apologista pode até se gloriar por sua brilhante atuação, seus elaborados argumentos irrefutáveis, "mas autoglorificação nunca é uma coisa espiritualmente saudável",[18] e ele estará colocando-se em terreno escorregadio, uma vez que "a soberba precede a ruína, e a altivez do espírito precede a queda" (Pv. 16.18). E, por absolutizar a própria apologética, o apologista estará reduzindo a própria fé ao argumento em si, fazendo da apologética a sua tábua de salvação, ou seja, um ídolo.

O que disse acima não significa que eu não corra o mesmo risco. Pelo contrário, luto diariamente em apresentar uma defesa da fé cristã que seja tal como os diálogos de Jesus Cristo. Procuro lembrar-me de suas palavras: "sem mim, nada podeis fazer" (Jo. 15.5). De minha maneira de argumentar em algumas ocasiões mais acirradas, alguns amigos cunharam meus argumentos de ad tratorium (risos). Estou sempre ciente de que o Evangelho é sempre ofensivo ao incrédulo. Mas nem por isso devemos fazer de nossa apologética a palmatória, pois a única cruz a ser apresentada é a de Cristo, que é em si mesma escândalos para os incrédulos.

Certa vez, o dr. Van Til, advertindo acerca dos ídolos, disse: 

Pela graça você é salvo. Você não foi mais sábio do que outros homens. Não é você quem tem escolhido a Cristo como seu Salvador. É Cristo, o Salvador, quem tem escolhido você para ser sua testemunha. Não é você, pela psicologia profunda, tem descoberto a verdadeira necessidade do homem; é Cristo que, através de seu servo João, diz a você que o mundo inteiro já no maligno.[19] 

Mais uma vez afirmamos que humildade apologética não quer dizer abrir mãos das questões da verdade que cremos e defendendo dos incrédulos. O dr. Van Til dizia que a apologética deveria ser perseguida com uma "humildade ousada". O dr. Bahnsen explica isso dizendo que "isto não quer dizer abrir mão nem mesmo um centímetro das questões da verdade sobre as quais discordamos com os incrédulos. Mas, isto quer dizer [...] que nós continuemos a pagar o próximo cafezinho para nosso oponente".[20]  

Esteja sempre preparado para responder a quem pedir a razão da esperança que há em você. Mas faça-o com mansidão e temor. Continue a pagar o próximo cafezinho. Mas lembre-se: Acautelai-vos da Apologética!

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Notas:
[2] STACKHOUSE, John G. Humble Apologetics: Defending the Faith Today. Oxford University Press, 2002, p. 227.
[3] SIRE, James. W. Why Good Arguments Often Fail: Making a More Persuasive Case for Christ. Downer Grove. Ill: IVP Books, 2006, p. 165.
[4] BURKE, John. Proibida a Entrada de Pessoas Perfeitas – um chamado à tolerância na igreja. São Paulo: Vida Acadêmica, 2007, p. 213.
[5] HARRIS, Joshua; STANFORD, Eric. Ortodoxia Humilde – defendendo as verdades bíblicas sem ferir as pessoas. São Paulo: Vida Nova, 2013, p. 20, 22.
[6] SCHAEFFER, Francis. O Deus que se Revela. São Paulo: Cultura Cristã, 2002, p. 214. 
[7] CRAIG, William Lane. Time and Eternity: Exploring God's Relationship to Time. Wheaton, Ill: Crossway, 2001, p. 11.
[8] CRAIG, William Lane. Conselhos aos Apologistas Cristãos. Disponível em:http://www.reasonablefaith.org/portuguese/conselhos-aos-apologistas-cristaeos. (grifos meus)
[9] VAN TIL, Cornelius. Apologética Cristã. São Paulo: Cultura Cristã, 2011. p.21.
[10] Idem.
[11] OLIPHINT, Scott R.; TIPTON, Lane G. Revelation and Reason – New Essays in Reformed Apologetic. Phillipsburg, NJ: P & R Publishing, 2007. p. 3 (Grifos meus).
[12] Não é por uma preferência apenas do texto da Grande Comissão que ele é tomado aqui, mas por lembrar-nos de que em nossa missão temos a responsabilidade de anunciar "todas as coisas" que o Senhor Jesus tem ensinado.
[13] BAHNSEN, Greg L. Always Ready – directions for defending the faith. Atlanta, Georgia: American Vision, 1996, p. 64.
[15] Idem.
[16] MCGRATH, Alister. Apologética Pura e Simples. São Paulo: Vida Nova, 2013, p. 17.
[17] Apud STACKHOUSE, idem, p. 230.
[18] Idem.
[19] VAN TIL, Cornelius. Keep Yourself from Idols. Presbyterian Guardian, n.34, vo. 6 (jul/ago, 1965).
[20] BAHNSEN, Greg L. Van Til´s Apologetic: Readings and Analysis. Phillipsburg, NJ: P & R Publishing, 1998, p.32.

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Fonte: http://bereianos.blogspot.com.br/search/label/Apolog%C3%A9tica%20-%20Pressuposicionalismo#.VcoHcvNVikr

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