08 junho 2015

BÍBLIA A PALAVRA DE DEUS


BÍBLIA A PALAVRA DE DEUS


Posted: 07 Jun 2015 08:00 PM PDT


Registra, tu mesmo, o meu lamento; recolhe as minhas lágrimas em teu odre; acaso não estão anotadas em teu livro?" - Sl. 56.8

"Tu conheces bem as perseguições que sofri. Contaste e recolheste num jarro todas as minhas lágrimas. Anotaste cada lágrima no teu livro."

Ninguém guarda lágrima, ninguém carrega um vidrinho e vai guardando as suas lágrimas, mas disse Davi que Deus guarda as nossa lágrimas e é um texto tão bonito, "recolheste as minhas lágrimas no teu odre".

Não havia vidro e os recipientes para líquido eram de couro e então guardava-se água, vinho e leite dentro de um vasilhame de couro. Recolheste as minhas lágrimas no teu odre. Ele passou um momento muito difícil na sua vida e vem contando isso no seu salmo, mas quando chorou as lágrimas que deveriam ser secadas com a mão por ele foram guardadas por Deus. É uma figura poética. As lágrimas do fiel são guardadas num frasco. Ele descobriu isso na sua experiência. O seu sofrimento e o seu choro não foram despercebidos para com Deus.

DEUS RECOLHE TODAS AS SUAS LÁGRIMAS: Sl 56.8b.

"recolhe as minhas lágrimas em teu odre."

Deus não apenas vê as nossas lágrimas, ELE RECOLHE AS NOSSAS LÁGRIMAS. Põe num odre, num frasco – põe para recordar: elas estão ali (cada vez que Ele olha, as vê).

É significativo o que Davi está dizendo: isso significa que as lágrimas da pessoa obediente a Deus têm valor. Não estão no teu livro? Não estão inscritas no teu livro? 
Acredite, suas lágrimas tem valor para Deus.

Davi está dizendo: "As minhas lágrimas estão inscritas no teu livro. Tu anotaste".

Deus enxugará de seus olhos toda lágrima. - É a promessa para o FIEL.
Promessa: Não haverá nem pranto, nem clamor, nem dor...

Wallace Oliveira Cruz
Posted: 07 Jun 2015 06:29 PM PDT





São Paulo, SP … [ASN] A SociedadeBíblica do Brasil (SBB) alcançou em 2014 a marca de 289.605.467 exemplares da Bíblia distribuídas. O aumento corresponde a mais de 9,2% em relação ao ano anterior. Neste total, estão incluídos bíblias, exemplares apenas do Novo Testamento, livretos e folhetos bíblicos, entre outras publicações. As obras em formato digital, já incluídas nesta compilação, responderam por 337.539 publicações, sendo que, dessas, 329.752 foram bíblias completas.
Este novo recorde se deve especialmente ao crescimento da distribuição de folhetos bíblicos (mais de 9,7%), com 277.970.900 exemplares. "Este número demonstra que o brasileiro gosta de ler pequenos trechos da Bíblia. E isso acaba estimulando-o a ler cada vez mais o Livro Sagrado", avalia o diretor executivo da SBB, Rudi Zimmer.
Destaca-se também a doação de Escrituras, que alcançou 900.489 exemplares, além de mais de 2,3 milhões de folhetos bíblicos e a venda de Escrituras a preços subsidiados.
Razões
De acordo com Zimmer, os resultados de 2014 são fruto de uma série de fatores, além do trabalho social voltado a populações em situação de vulnerabilidade e risco social. "A SBB tem se esforçado em desenvolver Escrituras para os diferentes segmentos da população, de forma a tornar a Bíblia relevante para a vida das pessoas. Também são oferecidos programas de incentivo à leitura da Bíblia, que despertam não só novos leitores mas também promovem o engajamento dos cristãos com o livro sagrado do cristianismo", destaca.

Distribuição de Escrituras no Brasil em 2014
Tipo de Escritura
Quantidade
Bíblias
7.612.438
Novos Testamentos
693.044
Livretos
2.467.511
Folhetos
277.970.900
Acadêmicos
90.763
Diversos
770.811
Total
289.605.467


Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil 

Veja também: 

Posted: 07 Jun 2015 05:27 PM PDT



Ontem assisti ao filme A Teoria de Tudo, inspirado no livro homônimo escrito pela primeira esposa de Stephen Hawking, Jane. É um interessante contraponto ao mais recente livro dele, Minha Breve História (cuja resenha publiquei aqui). Em seu livro, Hawking dá mais atenção às suas teorias e pesquisas, ao passo que Jane revela mais das relações humanas envolvidas na história de ambos. Jane é cristã e estudou artes; Hawking, como quase todo mundo sabe, é ateu, físico e cosmólogo, dono de uma mente matemática. E é justamente isso que torna interessante a comparação entre as duas narrativas biográficas (ainda quero ler o livro dela). Diferentemente de Richard Dawkins, o neoateu militante e estridente que não crê na existência de Deus mas odeia Deus, Hawking parece guardar para si certa revolta com o que "a vida fez com ele". Uma das mentes mais brilhantes do mundo vive na iminência de perder contato com a realidade, já que se comunica precariamente por meio de movimentos oculares e um computador que interpreta esses movimentos. Uma mente brilhante limitada há anos por um corpo que definha pouco a pouco. Hawking deveria ter morrido dois anos após o diagnóstico de sua doença neurodegenerativa, mas já passou dos 70. Suas pesquisas teóricas o têm levado a reflexões sobre a origem do Universo e (indiretamente) sobre Deus, embora O negue. Será que o Criador está concedendo tempo ao cientista?

A Teoria de Tudo é realmente uma história tocante que faz pensar. A história de Hawking e Jane faz pensar. É um drama sobre fé e ateísmo; sobre amor e lutas – vencidas e perdidas. Um drama sobre a vida, suas alegrias e tristezas. Mas, sobretudo, uma reflexão sobre a brevidade da existência humana e a quase inutilidade de suas conquistas sem Deus. [MB]

Recentemente, Jane fez alguns comentários interessantes publicados no jornal El Mundo e reproduzidas no site ACI Digital, a respeito de suas orações pelo cientista. Confira a matéria:

"'Por favor, Senhor, que Stephen esteja vivo!', foi a prece desesperada que Jane Wilde expressou em voz baixa em 1985, quando lhe disseram por telefone que seu marido, o agora famoso cientista Stephen Hawking, teria que ser desconectado do respirador após entrar em coma por uma pneumonia virulenta.

"Jane recorda esta cena em seu livro [A Teoria de Tudo], onde conta que se aferrou a Deus nessa ocasião como em muitas outras vezes. Esse Deus no qual ela sempre acreditou 'para resistir e manter a esperança' frente ao ateísmo fervente de seu marido doente, que desprezava e inclusive debochava de suas 'superstições religiosas', porque 'a única deusa de Stephen Hawking é e sempre foi a Física'.

"Em entrevista com o jornal espanhol El Mundo, a ex-esposa recorda que os médicos suíços lhe deram a entender que não havia nada a fazer, e que se ela autorizasse, desconectariam o respirador artificial para deixá-lo morrer com a mínima dor possível. 'Desconectar o respirador era impensável. Que final mais ignominioso para uma luta tão heroica pela vida! Que negação de tudo pelo que eu também tinha lutado! Minha resposta foi rápida: Stephen deve viver', afirmou.

"Os médicos se viram na obrigação de realizar uma traqueotomia que salvou a vida do cientista mas também o deixou sem fala, obrigando-o a comunicar-se com a voz robótica de seu sintetizador. Jane afirma que não se equivocou ao tomar essa decisão que permitiu ao astrofísico, que [completou] 73 anos em 8 de janeiro e segue escrevendo livros e dando conferências, seguir vivo.

"Jane Wilde se casou com Stephen Hawking quando ele tinha 23 anos, então era um jovem estudante de física que dois anos antes tinha sido diagnosticado com esclerose lateral amiotrófica, uma enfermidade neurodegenerativa. Entretanto, isso não desanimou Jane que decidiu dedicar [parte de] sua vida a cuidar do homem que em pouco tempo se converteria em um dos mais famosos cientistas da história e com quem teve três filhos.

"Na entrevista ao diário espanhol, a primeira mulher do famoso astrofísico assegura que conforme avançava a cruel enfermidade de seu marido, mais dependente dela ele se tornava, 'e mais duro era o desafio de banhá-lo, asseá-lo, vesti-lo e dar de comer em colheradas ao brilhante cérebro com o corpo paralisado', além de criar seus três filhos. Diante dessa difícil situação, ela assegura na entrevista que 'a chave de sua resistência foi precisamente a fé nesse Deus rechaçado pelas teorias cosmológicas do professor Hawking'.

"'Eu entendia as razões do ateísmo do Stephen, porque se à idade de 21 anos uma pessoa é diagnosticada com uma enfermidade tão terrível, vai acreditar em um Deus bom? Eu acredito que não', admite Jane. 'Entretanto, eu precisava da minha fé, porque me deu o apoio e o consolo necessários para poder continuar. Sem minha fé, não teria tido nada, salvo a ajuda de meus pais e de alguns amigos. Mas, graças à fé, sempre acreditei que superaria todos os problemas que surgissem.'

"Em ocasiões anteriores, Stephen Hawking tinha declarado ao mesmo periódico que 'o milagre não é compatível com a ciência'. 'Ele disse isso? Engraçado... porque eu acredito que é um milagre que ele esteja vivo. É um milagre da ciência médica, da determinação humana, são muitos milagres juntos. Para mim, é muito difícil explicá-lo', expressou Jane, surpresa pelas declarações do ex-marido. A doença da qual sofre o astrofísico costuma dar uma estimativa de vida de um ou dois anos aos pacientes.

"Jane assegura [em seu livro] que enquanto Stephen 'caçoava' da religião, ela 'necessitava ferventemente acreditar que na vida havia algo mais que os meros dados da leis da física e a luta cotidiana pela sobrevivência', porque o ateísmo de seu marido 'não podia oferecer consolo, bem-estar nem esperança em relação à condição humana'."



Posted: 07 Jun 2015 02:24 PM PDT

 


Quero deixar claro que no cristianismo não existe nenhuma legalidade com relação à guarda de um dia ou outro. Se caso isso ocorresse seríamos tão legalistas como os Adventistas e sabatistas em geral. Entretanto o Novo Testamento fala de um dia chamado "O Dia Do Senhor" (Ap.1:10). "Dia do Senhor" está expresso no caso dativo: "té kyriaké hémerà. Não existe base válida para que se questione se se trata de fato do Domingo. ATÉ HOJE ESSA É A EXPRESSÃO REGULAR PARA "DOMINGO" NO GREGO MODERNO. "(Archer)

O DOMINGO FOI UMA PROFECIA QUE SE CUMPRIU

PROFETIZADO – Sl.118.22-24 – CUMPRIDO – Mt.21:38,42, At.4:11; Jo.20:1,19,20. 
Pelos fatos ocorridos no NT vemos claramente que a Igreja Primitiva tinha algumas reuniões especiais no Domingo, o Dia do Senhor. Segue abaixo fatos Bíblicos e históricos que comprovam esta afirmação:

O DOMINGO, PRIMEIRO DIA DA SEMANA, É O DIA DA RESSURREIÇÃO E DA NOSSA VITÓRIA. 
Qual seria o dia que comemoraríamos hoje? Sexta feira ou o Sábado? Nestes dias o Senhor jazia frio na morte, na tumba. Naqueles dias os discípulos não tinham esperança. Com muito sofrimento, eles lamentavam atrás de portas fechadas. Eles diziam que pensavam que era Ele quem iria redimir Israel. Somente o dia da ressurreição mudaria este triste momento. 
– Este dia ocorreu na manhã do primeiro dia da semana que é o Domingo e a nossa redenção foi completa. Leiamos:
"Ora, havendo Jesus ressurgido cedo no primeiro dia da semana (no Domingo)" (Mc.16:9). {Grifo meu}
– No Domingo Jesus apareceu para os seus discípulos (Mc.16:14).
– No Domingo, Ele os encontrou em diferentes lugares e em repetidas vezes (Mc.16:1-11; Mt.28:8-10; Lc.24:34; Mc.16:12-13; Jo.20:19-23).
– No Domingo Jesus os abençoou (Jo.20:19).
– No Domingo Jesus repartiu sobre eles o Espírito Santo (Jo.20:22)
– Aqui Ele primeiro comissionou para pregarem o evangelho a todo o mundo (Jo.20:21 e Mc.16:9-15).
– O Domingo tornou-se o dia de alegria e regozijo para os discípulos (Jo.20:20).
– Os discípulos se reuniam no Domingo (At.20:6-7).
– As coletas eram feitas no Domingo (ICor.16:1-2). 

– Justino, o Mártir: 100-167d.C. Eis aqui como Justino, o Mártir, descreveu o culto primitivo dos cristãos: "No Domingo há uma reunião de todos que moram nas cidades e vilas, lê-se um trecho das memórias dos Apóstolos e dos escritos dos profetas, tanto quanto o tempo permita. Termina a leitura, o presidente, num discurso, admoesta e exorta à obediência dessas nobres palavras. Depois disso, todos nos levantamos e fazemos uma oração comum. Finda a oração, como descrevemos antes, pão e vinho (suco de uva) e ação de graças por eles de acordo com a sua capacidade, e a congregação responde, Amém. Depois os elementos consagrados são distribuídos a cada um e todos participam deles, e são levados pelos diáconos às casas dos ausentes. Os ricos e os de boa vontade contribuem conforme seu livre arbítrio; esta coleta é entregue ao presidente (pastor) que, com ela, atende a órfãos, viúvas, prisioneiros, estrangeiros e todos quantos estão em necessidade"(Manual Bíblico, Halley)

– Inácio, 100d.C., disse: "Aqueles que estavam presos às velhas coisas vieram a uma novidade de confiança, não mais guardando o Sábado, porém vivendo de acordo com o dia do Senhor".

– Tertuliano: 160-220. No início do século III, Tertuliano chegou a afirmar que: "Nós (os cristãos) nada temos com o Sábado, nem com outras festas judaicas, e menos ainda com as celebrações dos pagãos. Temos nossas próprias solenidades: O Dia do Senhor… (On indolatry 14). Em "De oratione"(23). Tertuliano insiste na cessação do trabalho no Domingo como dia de culto para o povo de Deus.

– O ensino dos Apóstolos, obra siríaca: Encontramos um testemunho muito interessante na obra citada, que data da segunda metade do século III, segundo a qual os apóstolos de Cristo foram os primeiros a designar o primeiro dia da semana como dia do culto cristão: "Os apóstolos determinaram, ainda: no primeiro dia da semana deve haver culto, com leitura das Escrituras Sagradas, e a oblação. Isso porque mo primeiro dia da semana o Senhor nosso ressuscitou dentre os mortos, no primeiro dia da semana o Senhor subiu aos céus, e no primeiro dia da semana vai aparecer, finalmente com os anjos celestes" (Ante-necene fathers, 8668).(Enciclopédia Vida, autor judeu: Archer)

– Eusébio de Cesaréia: 264-340 d.C., bispo de Cesaréia, historiador da Igreja, viveu e foi preso durante a perseguição de Diocleciano contra os cristãos, a qual foi o último e desesperado esforço de Roma por varrer da terra o cristianismo. Um dos seus objetivos (objetivos de Roma) especiais foi destruir todas as escrituras cristãs… Eusébio viveu até o reinado de Constantino,… Um dos primeiros atos de Constantino, ao ascender ao trono, foi mandar preparar, sob a direção de Eusébio… Cinqüenta BÍBLIAS para as Igrejas de Constantinopla.(Halley). (os manuscritos que temos, provavelmente, saíram do trabalho de Eusébio). Agora vejamos o que Eusébio pensava a respeito da guarda do Sábado: "Eles, portanto, não consideravam a circuncisão, nem observavam o Sábado, como também nós; nem nos abstemos de certos alimentos, nem consideramos outras imposições que Moisés subseqüentemente entregou para serem observadas em tipos e símbolos, porque tais coisas não dizem respeito aos cristãos…"; "Também celebravam os dias do Senhor como nós, para comemorar a sua ressurreição" (Livro: História da Igreja, Eusébio, século III, P.27, 106, Ed. CPAD, ed.1999).

O PENTECOSTES OCORREU NO DOMINGO 

(transcrito do Livro: "Fatos Sobre o Sétimo Dia")
Contareis sete semanas completas, a partir do dia seguinte ao sábado, desde o dia em que trouxerdes o molho da oferta movida, sete semanas inteiras serão. Até o dia seguinte ao sétimo sábado, contareis cin­qüenta dias… (Lv 23.15,1 6).
Cumprindo-se o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar (At.2.1)
O maravilhoso evento do derramamento do Espírito no dia de Pentecostes teve lugar no Domingo! O dia de Pentecostes ocorreu no dia que vinha após o sétimo Sábado — o qüinquagésimo dia. É claro, o dia após o Sábado é o primeiro dia da semana ou Domingo.
É impossível superestimar a importância do derrama­mento do Espírito Santo para iniciar a dispensação cristã. Era para os discípulos permanecerem em Jerusalém até que fossem revestidos de poder do alto. João vos batizou com água, disse Jesus, mas vós sereis batizados com o Espírito Santo não muito depois destes dias. Recebereis poder ao descer sobre vós o Espírito Santo (At 1.5,8). A Igreja nasceu no dia de Pentecostes, e era um Domingo! Como resultado de sua experiência naquele dia, os discí­pulos saíram para evangelizar o mundo. Deus honrou aquele sétimo Domingo da dispensação do Novo Testa­mento com 3.000 conversões, que se seguiram ao sermão de Pedro.

FOI O DOMINGO INSTITUÍDO PELO PAPA? 

É claro que o papa não poderia mudar algo que já era praticado pela Igreja primitiva. Entretanto, é assegurado pelos mestres do sétimo dia que o papa de Roma trocou o descanso do Sábado para o Domingo e que os que guardam o Domingo recebem a marca da besta (cf. Primeiros Escritos de EG White, pág.267). Eles fazem esta afirmação com base no catecismo católico. Contudo, os católicos também afirmam que Deus é Trino, que Jesus é divino, que a Bíblia é a Palavra de Deus… Lógico, que com isso todos os adventistas corroboram sem que estejam vinculados com o papa. Os evangélicos negam terminantemente os dogmas católicos antibíblicos, como: a infalibilidade papal, a adoração às imagens de esculturas, a mariolatria, a intercessão pelos mortos, etc… Agora, a afirmativa de que o papa mudou o dia de descanso é obtusa e sem fundamentação eclesiológica. Também afirmamos que não há qualquer prova histórica encontrada que mostre a troca do Sábado pelo Domingo pela igreja Romana ou por Constantino. Em vez disso, seu catecismo diz assim: "O Domingo, ou dia do Senhor, que observamos por tradição dos apóstolos em lugar do Sábado". Assim, pode ser visto que os católicos realmente ensinam que a observância do dia do Senhor começou no tempo dos apóstolos, não séculos mais tarde, nos dias dos papas.
Pecam os adventistas por fazerem uma abordagem simplista sobre uma tão séria questão!

SUNDAY E SATURDAY

Dizem os sabatistas: "Roma teve um imperador que adorava o sol. Daí Sunday (dia do sol – do Inglês, Domingo). Por essa questão pagã, a tradição chegou até nossos dias". Quando lemos estas afirmações devemos saber que são oriundas ou originadas dos livros da Editora dos Adventistas a Casa Publicadora. É um argumento sem fundamento teológico concreto, freqüentemente citado pelos sabatistas para imprimir a idéia de que a guarda de outro dia que não seja o Sábado é de origem pagã. Tão pagã quanto a palavra Sunday é Saturday ( que quer dizer dia de Saturno), Sábado, em Inglês. Este dia, Saturday ou Sábado, era dedicado ao deus Saturno e prestava-se culto com orgias e muita bebida. Os dias da semana levam nomes pagãos e não só o Domingo. Constantino, por sua vez, foi o primeiro imperador romano a adotar o cristianismo. Quando o fez promulgou vários decretos em favor dos cristãos. Se valer o argumento que Constantino quem firmou o primeiro dia da semana como dia de guarda, então teríamos que reconhecer que muitas outras doutrinas verdadeiramente bíblicas também estivessem erradas, pois por ele foram corroboradas. E seria inadmissível pensarmos assim.

O SHABBÃTH 
A palavra "shabbãth", da raiz shabhath, em hebraico significa literalmente "cessar", "desistir". No relato da criação não se encontra a palavra "Sábado" mas a raiz de onde se deriva esse vocábulo é encontrado em Gn.2:2. Em Ex.20:11, encontramos a afirmação de que Deus "descansou" no sétimo dia, mas no mesmo livro, no capítulo Êx.31:17, a expressão toma o sentido de Ele "cessar a Sua obra e tomar alento". A linguagem é figurada, pois Deus não está sujeito a limitações humanas ou físicas, não tendo necessidade de descansar. Leiamos: "Não sabes, não ouviste que o eterno Deus, o Senhor, o Criador dos confins da terra, não se cansa nem se fatiga? E inescrutável o seu entendimento" (Is.40:28; Leia também: Sl.121; Jo.5:17). Na realidade, Deus cessou a sua obra da criação. O seu descanso, portanto, refere-se a esse tipo de trabalho, a criação do universo. Ainda bem que o nosso Deus não é como o deus das religiões, pois o deus das religiões é obrigado parar para descansar, mas o nosso Deus nunca se cansa. Aleluia!!!

O SÁBADO É PERPÉTUO?

Argumenta os sabatistas que o Sábado é perpétuo e por isso ainda deve ser guardado. O argumento usado pelos sabatistas, se verdadeiro, significaria que toda lei levítica – circuncisão, páscoa, incenso, sacerdócio, etc. – também deveriam ser perpétua. Por exemplo, em Ex.12:14 está declarado que a páscoa terá de ser observada "por suas gerações" e "para sempre", exatamente como é dito sobre o Sábado. A oferta de incenso também é dita como perpétua (Ex.29:42). Lavagem de mãos e pés seria perpétuo (Ex.30:21). Os sabatistas concordam que a observância destas coisas cessou. Porém, para serem consistentes, se guardam o Sábado, também têm que guardar as outras ordenanças. Entretanto, isso tudo não é mais perpétuo, pois esse pacto só continuaria e valeria se cumprido por Israel. Ao ser quebrada a Lei o pacto cessou e o pacto da graça começou. Leiamos:

" Eis que os dias vêm, diz o Senhor, em que farei um pacto novo com a casa de Israel e com a casa de Judá, não conforme o pacto que fiz com seus pais, no dia em que os tomei pela mão, para os tirar da terra do Egito, esse meu pacto que eles invalidaram, apesar de eu os haver desposado, diz o Senhor. Mas este é o pacto que farei com a casa de Israel depois daqueles dias, diz o Senhor: Porei a minha lei no seu interior, e a escreverei no seu coração; e eu serei o seu Deus e eles serão o meu povo. E não ensinarão mais cada um a seu próximo, nem cada um a seu irmão, dizendo: Conhecei ao Senhor; porque todos me conhecerão, desde o menor deles até o maior, diz o Senhor; pois lhes perdoarei a sua iniqüidade, e não me lembrarei mais dos seus pecados" (Jr.31:31-34).

Posted: 07 Jun 2015 02:19 PM PDT


No Brasil, as mesas começaram a dançar em 1853. O Jornal do Comércio, do Rio de Janeiro, foi o primeiro a publicar matéria pela primeira vez sobre as mesas girantes da Europa e dos Estados Unidos, em sua edição de 14 de junho de 1853. Duas semanas depois, no dia 30 de junho, o mesmo jornal informa sob o título de A Rotação Elétrica, os fenômenos que empolgavam Paris, depois de terem feito sucesso nos Estados Unidos, México, Londres, Viena e Berlim.
No dia 2 de julho de 1853, o Diário de Pernambuco, editado no Recife, informava a seus leitores que, em Paris, grande era a curiosidade, que toda a sociedade se colocava em torno das mesas esperando algum movimento.
O Jornal Cearense, de Fortaleza, na edição de 19 de maio de 1854, informava aos seus leitores sobre a evocação de almas por meio das mesas girantes: A evocação se faz por intermédio de um iluminado, a quem se dá o nome de médium ("Espiritismo Básico", Pedro Franco Barbosa, FEB, 2ª edição, p. 68).
Foi assim que o espiritismo no Brasil conquistou adeptos, passando da mesa rodante para a mesa falante; da mesa inteligente à relação com os mortos; da comunicação com os mortos a novas revelações; destas revelações a uma nova religião, com doutrinas e práticas opostas ao Evangelho de Jesus Cristo.
A primeira sessão espírita realizada no Brasil ocorreu em Salvador, Bahia, no dia 17 de setembro de 1865, sob a direção de Luiz Olímpio Teles de Menezes. Este fundou no mesmo ano o primeiro centro espírita, com o nome de Grupo Familiar de Espiritismo.
Em julho de 1869, Luís Olímpio publica "O Eco do Além Túmulo – Monitor do Espiritismo no Brasil", o primeiro jornal espírita do Brasil, com 56 páginas, circulando no Brasil e em capitais estrangeiras como Londres, Paris, Madri, Nova Iorque.
Em 28 de novembro de 1873, é desfeito o Grupo Familiar do Espiritismo, fundando-se a sociedade científica, sob o título de Associação Espírita Brasileira, sendo Luís de Menezes o primeiro presidente.
O primeiro movimento organizado do espiritismo, no Rio, começou em 2 de agosto de 1873, com a fundação da Sociedade de Estudos Espiríticos – Grupo Confúcio, sob a direção dos Drs. Francisco de Siqueira Dias Sobrinho, presidente e Antônio da Silva Neto. O Grupo Confúcio tinha como divisa; sem caridade não há salvação; sem caridade não há verdadeiro espírita ("Espiritismo Básico." Pedro Franco Barbosa, FEB, 2ª edição, p. 70); recebia mensagens de seu patrono e tinha como guia espiritual um espírito chamado Ismael, que se revelou como diretor espiritual do Brasil; praticava a homeopatia e aplicava passes nos doentes.
Em 1º de janeiro de 1875, o Grupo Confúcio lançou a Revista Espírita, redigida e dirigida pelo Dr. Antônio da Silva Neto. Era o segundo periódico espírita do Brasil e o primeiro do Rio de Janeiro, que até então era a capital do Império. Neste mesmo ano o Grupo Confúcio publicou a tradução de várias obras de Kardec, a cargo de Fortúnio, pseudônimo de Joaquim Carlos Travassos: O "Livro dos Espíritos", "O Livro dos Médiuns", "O Céu e o Inferno", "O Evangelho Segundo o Espiritismo". Estes foram os primeiros livros publicados no Brasil, pela editora B.L. Garnier.
Em 23 de março de 1876, funda-se a Sociedade de Estudos Espíritas Deus, Cristo e Caridade sob a orientação de Bittencourt Sampaio; e, em 1878, também de Antônio Luís de Sayão. Em 20 de maio de 1877, membros dissidentes da Sociedade fundaram a Congregação Espírita Anjo Ismael. No ano seguinte, outros componentes da mesma Sociedade fundam o Grupo Espírita Caridade. Essas instituições, bem como o Grupo Espírita Confúcio, desaparecem em 1879.
Em 1883, foi fundada a Revista Reformador, que mais tarde veio se tornar o órgão oficial da Federação Espírita Brasileira, organizada em 1º de janeiro de 1884. A partir de então se multiplicam os grupos e centros espíritas, ocasionando a formação de federações de âmbito estadual.
O nome mais conhecido do espiritismo kardecista brasileiro é o do médium Francisco Cândido Xavier, mais conhecido como Chico Xavier. Natural da cidade de Uberaba, Minas Gerais, onde reside. Ele é muito procurado por pessoas de todas as classes sociais, vindas de todos os lugares do país, que recorrem a seus serviços mediúnicos em busca de ajuda espiritual e também de curas físicas. De acordo com a revista Veja, de 10/4/1991, p. 40, Chico Xavier já incorporou os espíritos de 605 autores mortos, 328 dos quais eram poetas, entre eles alguns dos mais famosos tanto em Portugal como no Brasil.
Tudo isso faz do Brasil o maior país espírita do mundo. Enquanto a doutrina espírita cresce no Brasil, ela praticamente desapareceu na França onde nasceu.
CAUSAS DA DIFUSÃO DO ESPIRITISMO NO BRASIL
São variadas as causas para que o espiritismo, em todas as suas formas, progredisse tanto no Brasil, a ponto de nosso país ser considerado o maior país espírita do mundo, como apregoam fartamente os seguidores de Allan Kardec. Eis algumas razões:
1. Você é um médium – precisa desenvolver-se
São as palavras dos espíritas quando se deparam com pessoas com problemas ligados à insônia, tristeza, perturbação, arrepios e por aí afora. Logo a idéia do espírita é que essa pessoa está sob a pressão de espíritos opressores e precisa desenvolver a mediunidade num centro espírita. E lá se vai a pessoa cheia de esperança de ver-se livre desses incômodos inexplicáveis. Envolvendo-se com o espiritismo, vem em seguida o temor de sair, julgando que as conseqüências serão fatais.
2. A grande saudade dos mortos
Essa saudade é habilmente explorada pelo espiritismo, pois é aberta a possibilidade dessa comunicação com o ente morto. Veja o relato de uma pessoa envolvida por esse meio:
No dia 16 de julho de 1933 morreu minha irmã, então com sete anos de idade, e, logo depois, uma família das proximidades de Bemidji, Minnesota, nos disse que havia entrado em contato com o espírito da menina morta e que ela estava ansiosa por falar conosco. A família toda ficou alvoroçada e combinamos nos encontrar em Bemidji na ocasião marcada para a sessão. Com isso, deu-se o envolvimento. Certa ocasião, foi anunciada no citado centro uma sessão de perguntas e respostas e foi orientado que as perguntas deveriam ser de ordem espiritual. Foi dirigida a primeira pergunta ao espírito mentor se ele cria que Jesus era filho de Deus.
Resposta do espírito mentor: É lógico, meu filho, Jesus é o Filho de Deus. Crê apenas como diz a Bíblia.
Segunda pergunta: Ó tu, grande e infinito Espírito, crês que Jesus é o Salvador do mundo?
Resposta: Meu filho, por que duvidas? Por que não crês? Tens estado conosco; por que continuas a duvidar?
Terceira pergunta: Ó espírito, crês que Jesus é o Filho de Deus, e que Ele é o Salvador do mundo – crês que Jesus morreu na cruz e derramou seu sangue para a remissão de pecados?
O médium, em profundo transe, foi arremessado de sua cadeira. Foi cair bem no meio da sala de estar e gemia como se estivesse sentindo profunda dor. Os sons turbulentos sugeriam espíritos num carnaval de confusão ("Eu Falei com Espíritos", Editora Mundo Cristão, 1977, pp. 23-24). 
DIVISÕES DO ESPIRITISMO NO BRASIL 
O Espiritismo Kardecista
Pode ser chamado de espiritismo ortodoxo. Aquele que está filiado à Federação Espírita Brasileira e para quem Allan Kardec é considerado o Mestre Divino. É o maior grupo.
A Legião da Boa Vontade
O nome do fundador completo é Alziro Elias Davi Abraão Zarur e nasceu aos 25 de dezembro de 1914, de pais sírios, que eram católicos ortodoxos. Considerava-se ele a reencarnação de Allan Kardec como declara no livro "Jesus – A Saga de Alziro Zarur". Não crê que Cristo tivesse corpo real e humano, seguindo a linha de pensamento de João Batista Roustaing.
Racionalismo Cristão
Fundado em 1910, por Luiz de Mattos. Luiz José de Mattos nasceu em Portugal (Traz os Montes em 3 de janeiro de 1860). É panteísta e fala de Deus como O Grande Foco, Inteligência Universal. Possui templos suntuosos em várias regiões de São Paulo.
Cultura Racional
Fundada por Manoel Jacintho Coelho, em 1935, no Rio de Janeiro (Meyer), idéia mais divulgada a partir de 1970, quando alcançou fama nacional. Aceita a metempsicose (retorno do espírito do morto a seres inferiores).
Umbanda
Seita afro-brasileira que é divulgada mais como folclore do que como religião, embora advogue esta última condição. Formada pelo sincretismo de cultos afros, ameríndios e catolicismo europeu trazido pelos portugueses. Declara-se com o objetivo de desfazer os males invocados pela Quimbanda através de Exus. Evoca, diferindo do espiritismo kardecista, os Orixás, seres elementares da natureza, mas evoca também os espíritos dos pretos velhos; e caboclos, que são segundo eles, os espíritos dos índios mortos.

Círculo Esotérico da Comunhão do Pensamento
Fundado em 1909 pelo Sr. Antônio Olívio Rodrigues. Possui espalhados pelo Brasil milhares de tattwas ou centros. Aceita a doutrina reencarnacionista.

Ordem Rosacruz
Com suas várias organizações como: AMORC (Antiga e Mística Ordem Rosae Crucis). A fraternidade segue uma tradição mística egípcia. Alega ser originária do reinado de Amenhotep IV, imperador egípcio no ano de 1353 a.C., mais conhecido como Akhenaton. A Fraternidade Rosacruz de Max Heindel, a FRC (Fraternidade Rosae Crucis) de Clymer. A FRA (Fraternitas Rosacruciana Antíqua) de Krummheller ou a Igreja Gnóstica e a Ordem Cabalística da Rosacruz (Igreja Expectante do Sr. Léo Alvarez Costet de Mascheville).
Finalmente, poderíamos agrupar aqui as sociedades teosóficas, as seitas orientais japonesas como: Seicho-No-Ie, Igreja Messiânica Mundial, Arte Mahikari, Perfect Liberty. Seitas orientais provindas do hinduísmo, como movimento Hare Krishna, Meditação Transcendental, e outras. Todas elas são adeptas do reencarnacionismo.

Extraído da Série Apologética do ICP
Posted: 07 Jun 2015 02:16 PM PDT



"Sou a favor do direito de escolha da mulher. Sou a favor do aborto, sim. A Bíblia também é." (Bispo Edir Macedo)

Já faz alguns anos que o CACP tem denunciado as contradições da IURD. Mas agora, entendemos que o Bispo Macedo e a Rede Record foram longe demais. Em uma contextualização bíblica, podemos concluir que o ato de defender o aborto coloca a IURD como uma denominação religiosa apóstata, com requinte herético que supera até mesmo a Igreja Católica Romana!!! Pra se ter uma idéia do tamanho desse absurdo, não há registro de nenhuma facção religiosa no mundo que defenda o aborto como a IURD. Devido a isso, entendemos que qualquer pessoa que realmente entenda o que é ser cristão não deve pertencer a essa denominação anticristã e pró-aborto.

A Bíblia e o Aborto

No Antigo Testamento, a Bíblia se utiliza das mesmas palavras hebraicas para descrever os ainda não nascidos, os bebês e as crianças. No Novo Testamento, o grego se utiliza, também, das mesmas palavras para descrever crianças ainda não nascidas, os bebês e as crianças, o que indica uma continuidade desde a concepção à fase de criança, e daí até a idade adulta.
A palavra grega brephos é empregada com freqüência para os recém-nascidos, para os bebês e para as crianças mais velhas (Lucas 2.12,16; 18.15; 1 Pedro 2.2). Em Atos 7.19, por exemplo, brephos refere-se às crianças mortas por ordem de Faraó. Mas em Lucas 1.41,44 a mesma palavra é empregada referindo-se a João Batista, enquanto ainda não havia nascido, estando no ventre de sua mãe.
Aos olhos de Deus ele era indistinguível com relação a outras crianças. O escritor bíblico também nos informa que João Batista foi cheio do Espírito Santo enquanto ainda se encontrava no ventre materno, indicando, com isso, o inconfundível ser (Lucas 1.15). Mesmo três meses antes de nascer, João conseguia fazer um miraculoso reconhecimento de Jesus, já presente no ventre de Maria (Lucas 1.44).
Com base nisso, encontramos a palavra grega huios significando "filho", utilizada em Lucas 1.36, descrevendo a existência de João Batista no ventre materno, antes de seu nascimento (seis meses antes, para ser preciso).
A palavra hebraica yeled é usada normalmente para se referir a filhos (ou seja, uma criança, um menino etc.). Mas, em Êxodo 21.22, é utilizada para se referir a um filho no ventre. Em Gênesis 25.22 a palavra yeladim (filhos) é usada para se referir aos filhos de Rebeca que se empurravam enquanto ainda no ventre materno. Em Jó 3.3, Jó usa a palavra geber para descrever sua concepção: "Foi concebido um homem! [literalmente, foi concebida uma criança homem]". Mas a palavra geber é um substantivo hebraico normalmente utilizado para traduzir a idéia de um "homem", um "macho" ou ainda um "marido". Em Jó 3.11-16, Jó equipara a criança ainda não nascida ("crianças que nunca viram a luz") com reis, conselheiros e príncipes.
Todos esses textos bíblicos e muitos outros indicam que Deus não faz distinção entre vida em potencial e vida real, ou em delinear estágios do ser – ou seja, entre uma criança ainda não nascida no ventre materno em qualquer que seja o estágio e um recém-nascido ou uma criança. As Escrituras pressupõem reiteradamente a continuidade de uma pessoa, desde a concepção até o ser adulto. Aliás, não há qualquer palavra especial utilizada exclusivamente para descrever o ainda não nascido que permita distingui-lo de um recém-nascido, no tocante a ser e com referência a seu valor pessoal.
E ainda, o próprio Deus se relaciona com pessoas ainda não nascidas. No Salmo 139.16, o salmista diz com referência a Deus: "Os teus olhos me viram a substância ainda informe". O autor se utiliza da palavra golem, traduzida como "substância", para descrever-se a si mesmo enquanto ainda no ventre materno. Ele se utiliza desse termo para se referir ao cuidado pessoal de Deus por ele mesmo durante a primeira parte de seu estado embrionário (desde a nidação até as primeiras semanas de vida), o estado antes do feto estar fisicamente "formado" numa miniatura de ser humano. Sabemos hoje que o embrião é "informe" durante apenas quatro ou cinco semanas. Em outras palavras, mesmo na fase de gestação da "substância ainda informe" (0-4 semanas), Deus diz que Ele se importa com a criança e a está moldando (Salmo 139.13-16).
Outros textos da Bíblia também indicam que Deus se relaciona com o feto como pessoa. Jó 31.15 diz: "Aquele que me formou no ventre materno, não os fez também a eles? Ou não é o mesmo que nos formou na madre?"
Em Jó 10.8,11 lemos: "As tuas mãos me plasmaram e me aperfeiçoaram… De pele e carne me vestiste e de ossos e tendões me entreteceste".
O Salmo 78.5-6 revela o cuidado de Deus com os "filhos que ainda hão de nascer".
O Salmo 139.13-16 afirma: "Pois tu formaste o meu interior, tu me teceste no seio de minha mãe. Graças te dou, visto que por modo assombrosamente maravilhoso me formaste… Os meus ossos não te foram encobertos, quando no oculto fui formado, e entretecido como nas profundezas da terra. Os teus olhos me viram a substância ainda informe".
Esses textos bíblicos revelam os pronomes pessoais que são utilizados para descrever o relacionamento entre Deus e os que estão no ventre materno.
Esses versículos e outros (Jeremias 1.5; Gálatas 1.15, 16; Isaías 49.1,5) demonstram que Deus enxerga os que ainda não nasceram e se encontram no ventre materno como pessoas. Não há outra conclusão possível. Precisamos concordar com o teólogo John Frame: "Não há nada nas Escrituras que possa sugerir, ainda que remotamente, que uma criança ainda não nascida seja qualquer coisa menos que uma pessoa humana, a partir do momento da concepção".[1]
À luz do acima exposto, precisamos concluir que esses textos das Escrituras demonstram que a vida humana pertence a Deus, e não a nós, e que, por isso, proíbem o aborto. A Bíblia ensina que, em última análise, as pessoas pertencem a Deus porque todos os homens foram criados por Ele.

Eclesiastes 6.3 e o Aborto

O Bispo Macedo costuma usar essa passagem de Eclesiastes 6.3 para dizer que a tese da liberalização do aborto tem algum respaldo bíblico, vejamos esse texto em algumas versões:
"Se o homem gerar cem filhos, e viver muitos anos, e os dias dos seus anos forem muitos, e se a sua alma não se fartar do bem, e além disso não tiver sepultura, digo que um aborto é melhor do que ele". (Almeida)
Mesmo que um home tem cem filhos e filhas, mesmo que viva muitos anos, se não aproveitou do que ganhou, nem deixou dinheiro suficiente para que seus filhos lhe dêem um enterro decente – acho que teria sido melhor para esse homem ter nascido morto. (Bíblia Viva – Ed. Mudo Cristão)
Veja o texto na Bíblia Linguagem de Hoje: "que adianta um homem viver muitos anos e ter cem filhos se não aproveitar as coisas boas da vida e não tiver um enterro decente? Eu digo que uma criança que nasce morta tem mais sorte que ele".
O livro de Eclesiastes é repleto de pensamentos alegóricos em que o homem é levado a pensar em seu fim, que é estar junto a seu criador. Neste caminho, o homem é confrontado com pensamentos melancólicos sobre o suor gasto no seu dia-a-dia, em seu trabalho, na vaidade de tantas ações humanas e que muitas vezes mais nos afastam que nos aproximam do Altíssimo. O dia-a-dia pode ser sufocante e é necessário que o homem, esta criatura amada infinitamente por Deus, tenha sempre à sua frente seu destino, seu rumo, seu Deus. O belíssimo texto em questão mostra o quanto à vida pode ser improdutiva mesmo que tantas vezes pareça a muitos que ela é bem-sucedida. Uma vida vazia é uma vida sem Deus, e o Eclesiastes mostra que quem não encontra a verdadeira felicidade – Deus – por mais que tenha trabalhado e lutado, sua existencialidade foi nula, como alguém que não viveu, como uma pessoa que nasceu morta.
Corrobora com minha exegese o Dr. Mattew Henry: Uma família numerosa era questão de entranhável desejo, e muita honra para os hebreus; uma vida longa é o desejo da humanidade em geral. Mesmo possuidor destas bênçãos, o homem pode não ser capaz de desfrutar suas riquezas, família e vida. Nesse contexto, tal homem, em sua passagem pela vida, parece haver nascido para nenhuma finalidade ou utilidade. O que nasceu e viveu alguns momentos tem uma sorte preferível ao que viveu muito, mas sem objetividade producente. (Livro "Comentário Bíblico", Ed. CPAD).
Em síntese, a exegese do texto não fala nada da possibilidade de uma mulher optar pelo aborto. Somente na mente fértil do Bispo Macedo é que existe essa interpretação! Cabe a ele explicar, do alto da sua sapiência teológica, como um trecho como este pode ser utilizado para justificar o aborto.

A prática do aborto sempre foi e continuará a ser condenada pela Igreja Cristã na figura de suas denominações sérias e verdadeiras, comprometidas com a Bíblia Sagrada e suas doutrinas, doutrinas que são imutáveis, não vulneráveis ao tempo e aos costumes de regiões!
Posted: 07 Jun 2015 03:47 PM PDT



Não podemos negar que a Bíblia apresenta vários textos mostrando a segurança da salvação do crente em Jesus Cristo; e glória ao Senhor por esta garantia da parte de Deus! Contudo, penso que há também um grupo de versículos que precisam ser considerados e refletidos, pois eles apontam para o perigo do descuido para com a salvação por parte humana no tocante ao relacionamento com Deus e Sua palavra. Como a presente obra defende uma ortodoxia anterior a Agostinho e o Concílio de Arles, dá-nos a entender justamente que "o fiel pode perder sua salvação, caso não persevere em santidade […]" – então, traremos tais proposições bíblicas à tona. Queremos apenas que o leitor avalie e pense na problemática e continue firme na presença de Deus. Claro, não imagino que acordamos salvos e depois de alguns minutos estamos perdidos por causa de um conflito espiritual. Como veremos, a perda da salvação é relacionada sempre a "alguns" e não a "muitos". No entanto, é importante ressaltar que dizer às pessoas que não se perde a salvação de jeito nenhum ou em hipótese alguma, como faz o calvinismo, é um tanto arriscado e censurável teologicamente, pois algumas pessoas podem pensar que isso é uma carta branca para pecar.

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O site midiagospel.com.br mostra um debate sobre a questão aqui proposta e depois relaciona vários textos mostrando a visão Wesleyana da salvação, ou seja, que o homem deve perseverar na Graça para não perdê-la:

"1 Pedro 5.8: 'Sede sóbrios, vigiai, porque o diabo, vosso adversário, anda em derredor, bramando como leão, buscando a quem possa tragar'; O diabo não pode roubar nossa salvação, mas fica ao redor esperando uma oportunidade até que alguém lhe dê uma brecha para que ele possa trabalhar até a destruição.

Apocalipse 2.5: 'Lembra-te, pois, de onde caíste, e arrepende-te, e pratica as primeiras obras; quando não, brevemente a ti virei e tirarei do seu lugar o teu castiçal, se não te arrependeres.' Jesus manda essa mensagem para a igreja de Éfeso. Esta igreja havia abandonado a prática inicial das primeiras obras quando recebeu a salvação e agora está sendo alertada para se arrepender sob pena de perder a salvação.

Apocalipse 2.11: 'Quem tem ouvidos ouça o que o Espírito diz às igrejas: O que vencer não receberá o dano da segunda morte.' Esta é uma mensagem à igreja de Esmirna. Esta igreja não tinha defeitos, era perfeita, porém Jesus avisou que ela seria perseguida e sofreria afrontas, mas alertou que se ela falhasse na perseverança receberia o dano da segunda morte, ou seja, o inferno.

Apocalipse 2.16: 'Arrepende-te, pois; quando não, em breve virei a ti e contra eles batalharei com a espada da minha boca.' Esta é a mensagem para a igreja de Pérgamo, uma igreja que tolerava atos de idolatria. A advertência é para que se arrependa, caso contrário seria destruída pela palavra de Jesus.

Apocalipse 2.21-22: 'E dei-lhe tempo para que se arrependesse da sua prostituição; e não se arrependeu. Eis que a porei numa cama, e sobre os que adulteram com ela virá grande tribulação, se não se arrependerem das suas obras.' Tiatira é outra igreja que praticava a idolatria e Jesus alerta para o arrependimento sob pena de ser lançada no meio da tribulação.

Estamos analisando casos de igrejas que um dia estiveram com o certificado da salvação em mãos e que agora, devido a mudanças no comportamento, estão prestes a perder a salvação porque estão negligenciando a obediência à Palavra de Deus.

Apocalipse 3.5: 'O que vencer será vestido de vestes brancas, e de maneira nenhuma riscarei o seu nome do livro da vida; e confessarei o seu nome diante de meu Pai e diante dos seus anjos.' Sardes é outra igreja que estava decadente e recebeu uma exortação ao arrependimento. E nesse caso Jesus fala claramente que aquele que não se arrepender terá o seu nome riscado do livro da vida, portanto, está claro que a salvação está em perigo e, dependendo da atitude tomada, poderá, sem dúvida, perder a salvação.
Observe que em todas as situações que estão sendo apresentadas, a perda da salvação depende exclusivamente da atitude do homem. Ninguém rouba a salvação se o homem não der essa chance. Portanto, o homem não perde a salvação por ação de terceiros, mas pode perdê-la negligenciando a Palavra de Deus.

Apocalipse 3.11: 'Eis que venho sem demora; guarda o que tens, para que ninguém tome a tua coroa.' Filadélfia é outra igreja perfeita e sem defeitos. Também para essa igreja Jesus adverte para que se cuide a fim de que ninguém lhe roube a coroa. Isto significa que mesmo essa igreja perfeita pode perder a coroa se não perseverar em sua santidade diante de Deus.

Apocalipse 3.19-21: 'Eu repreendo e castigo a todos quanto amo; sê, pois, zeloso e arrepende-te. Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e com ele cearei, e ele, comigo. Ao que vencer, lhe concederei que se assente comigo no meu trono, assim como eu venci e me assentei com meu Pai no seu trono.' Laodicéia, uma igreja totalmente irregular, cheia de defeitos. Jesus está do lado de fora dessa igreja e está batendo na porta querendo entrar e, se essa igreja lhe abrir a porta, então, poderá estar com Jesus no reino de Deus. Uma igreja onde Jesus está do lado de fora não pode estar salva.
Observe que TODAS as igrejas, SEM EXCEÇÃO, receberam uma alerta para o arrependimento e/ou para a perseverança sob pena de perder a salvação. Se pelo menos UMA igreja não tivesse recebido essa exortação, então poderíamos dizer que somente essa única igreja estaria salva e todas as demais nunca teriam sido salvas." (Em: . Acesso  em 31 maio 2014)

Em outro site, o autor mostra indignação pelo fato de muitos não quererem discutir a questão:

"A maioria das respostas sobre essa questão negam a possibilidade de um crente perder a salvação da alma. Alguns aceitam a possibilidade, mas no caso apenas dizendo que o crente caído, na realidade nunca foi verdadeiramente crente e salvo. MAS, quem responde é a Bíblia Sagrada, a Palavra de Deus, interpretando-a. O único Deus verdadeiro, através do apóstolo Paulo, em 1Co 15.1 e 2, diz: 'Também vos notifico, irmãos, o evangelho que já vos tenho anunciado; o qual também recebestes, e no qual também permaneceis; Pelo qual também sois salvos, SE o retiverdes tal como vo-lo tenho anunciado; se não é que crestes em vão.' Após a leitura dos assuntos publicados, reconsidere essa Palavra de Deus, através do apóstolo Paulo. Apenas nesta passagem, o apóstolo Paulo está dizendo objetivamente: "PELO QUAL TAMBÉM SOIS SALVOS, SE RETIVER O EVANGELHO COMO FOI ANUNCIADO." Será que eu conseguiria interpretar isso dizendo que não tem correspondência com a salvação?

Mais alguns textos da Bíblia:  Carta do apóstolo Paulo aos Romanos 11.22, diz: "Considera pois a bondade e a severidade de Deus: para com os que caíram, severidade; mas para contigo, a benignidade de Deus, SE permaneceres na sua benignidade; de outra maneira, também tu serás cortado." No texto acima Paulo está se referindo aos de Israel e os gentios. Israel era a nação eleita (ramos naturais da oliveira, v. 24) e os gentios não eram da nação de Israel (ramos de zambujeiro, oliveira brava enxertados, v. 24). Assim, Paulo expressa que há a possibilidade de os que foram enxertados serem 'removidos', conforme o versículo 22 "[…] SE permaneceres na sua benignidade […]" É bom ler todo o texto do capítulo 11 e ter a compreensão ampliada. Observe que não tirei o texto do contexto da exposição de Paulo. Segunda Carta do apóstolo Paulo aos Coríntios, capítulo 6, versículo 1, diz: "E nós, cooperando também com ele, vos exortamos a que não recebais a graça de Deus em vão". Nota-se uma expressão comum nessas passagens: 'em vão'. Ou seja, 'inutilmente, sem valor algum'." (Em: . Acesso em 01 junho 2014).
Carl B. Gibbs anota o seguinte sobre a problemática em questão:
"No século V Agostinho foi o primeiro erudito a ensinar que o crente nunca poderia perder a sua salvação. Uma vez salvo, permanecia salvo pelo restante da sua vida, independentemente das suas ações ou atitudes. Esta declaração deu início a um debate teológico que continua até os dias de hoje. Um dos maiores argumentos mostrando que se pode perder a salvação é a frequente menção condicional 'se', com respeito a salvação. Estas declarações revelam o fato de que a salvação na experiência humana depende da situação do crente, manifesta em expressões bíblicas, como 'permanecer em Cristo', 'continuar na fé', 'andar na luz', e 'não retroceder' etc. Segue-se aqui uma lista de algumas destas frases:

·         'Se alguém não estiver em mim, será lançado fora, como a vara, e secará; e os colhem e lançam no fogo, e ardem.' (João 15.6).

·         '[…] e, na verdade, permanecerdes fundados e firmes na fé, e não vos moverdes da esperança do evangelho que tendes ouvido, o qual foi pregado a toda criatura que há debaixo do céu, e do qual eu, Paulo, estou feito ministro.' (Colossenses 1.23).

·         'Pelo qual também sois salvos se o retiverdes tal como vo-lo tenho anunciado; se não é que crestes em vão.' (1 Coríntios 15.2).

·         'Como escaparemos nós, se não atentarmos para uma tão grande salvação, a qual, começando a ser anunciada pelo Senhor, foi-nos depois confirmada pelos que a ouviram.' (Hebreus 2.3).

·         'Visto que temos um grande sumo sacerdote, Jesus, Filho de Deus, que penetrou nos céus, retenhamos firmemente a nossa confissão.' (Hebreus 4.14).


·         'Mas o justo viverá pela fé; E, se ele recuar, a minha alma não tem prazer nele.' (Hebreus 10.38)

·         'Mas, se andarmos na luz, como ele na luz está, temos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus Cristo, seu Filho, nos purifica de todo o pecado.' (1 João 1.7)."

http://www.cacp.org.br/a-biblia-fala-ou-nao-que-o-crente-pode-perder-a-salvacao/

(GIBBS, Carl B. A Doutrina da Salvação. 1999, p. 165)

Extraído do livro "Calvinismo Recalcitrante" 

Posted: 07 Jun 2015 03:50 AM PDT





No artigo anterior, descrevemos como ocorreu uma importante descoberta na antiga Hattusas, a capital dos hititas. Antigos tratados (alianças) entre reis de importantes povos no Antigo Oriente Médio (AOM) são importantes na compreensão do ambiente político dessa região. 

As principais formas de tratados do AOM eram: (1) de paridade, envolvendo pessoas do mesmo nível social; (2) concessão real, em que o rei concede a seu súdito alguns benefícios mediante serviços fiéis que o agradaram; e (3) suserano-vassalo, em que o rei que tinha total soberania exigia plena submissão e lealdade do vassalo, que em troca recebia proteção e ajuda militar. O tratado envolvendo Ramsés II e Hatusillis III encaixa-se nessa terceira categoria.

A estrutura dos tratados hititas e o Pentateuco

Os tratados imperiais hititas do 14º e 13º séculos a.C. apresentam uma estrutura elaborada em seis seções: título ou preâmbulo, prólogo histórico, estipulações, o depósito do tratado, a invocação das testemunhas, as maldições e as bênçãos.

George Mendenhall, importante erudito do Antigo Testamento no século passado, foi o primeiro a perceber a semelhança entre a estrutura dos tratados hititas e as alianças de Deus e Israel em Êxodo 20-31; 34-35 e Levítico 11-25. Neste caso, a evidência externa sugere que a melhor data para a composição do Pentateuco é por volta da metade do 2º milênio a.C. (Ca. 1400 a.C.).

A seguir, cada uma das partes desta estrutura será mostrada juntamente com o seu correspondente bíblico:

1) Título ou preâmbulo. Identifica o autor (suserano) do tratado. Em Êxodo 20:1, lemos: "Deus falou todas estas palavras..."

2) Prólogo histórico. O suserano declara os seus benefícios em favor do vassalo, demonstrando assim sua misericórdia e poder. Em Êxodo 20:2, Deus Se identifica como "o Senhor, teu Deus, que te tirei da terra do Egito, da casa da servidão".

3) Estipulações. Esta parte envolve a declaração dos deveres impostos sobre o vassalo como aquele que deve total lealdade ao suserano. A continuação do texto de Êxodo 20, os versos 3-17, apresenta os dez mandamentos como estipulações, e os capítulos seguintes (21-23 e 25-31) registram outras regulamentações mais detalhadas para reger a vida social. Além destas, há também instruções quanto a provisão para a casa (tabernáculo) do Suserano (Êx 35). 

4) Depósito do tratado. O documento deveria ser bem guardado para ser lido novamente em outras ocasiões. A "Arca da Aliança" era assim chamada por conter em seu interior as estipulações de Deus para Seu povo (Êx 25:16).

5) Testemunhas. Os deuses das nações envolvidas eram invocados como testemunhas daquilo que havia sido dito. Há também o caso de elementos da natureza como pedras, vento, sol, lua e estrelas que eram tidos como testemunhas em algumas ocasiões. O correspondente bíblico desta porção parece ser Êxodo 24:4-8, onde Moisés levanta um altar com 12 pedras, representando as 12 tribos de Israel, para cumprir o papel de testemunhas mudas.

6) Bênçãos e maldições. Isto é, aquilo que o suserano faria caso seu vassalo fosse fiel ou não. Em Levítico 26, temos referências a bênçãos (pela obediência) e maldições (pela desobediência).

A evidência dessa estrutura em outras partes do Pentateuco

Essa mesma estrutura pode ser encontrada em outros lugares do Antigo Testamento. Em Deuteronômio 1:1-5, por exemplo, temos o título ou preâmbulo, e o prólogo histórico em 1:6-3:29. Logo após, então, temos as estipulações: (1) os dez mandamentos (5:7:21); (2) outras ordenanças mais extensas (6-11); e (3) regulamentações mais específicas (12-26). O documento da aliança sendo depositado no Santuário (31:9-13). Os céus e a terra sendo chamados de testemunhas (31:28) e, finalmente, as bênçãos (28:1-14) e as maldições (28:15-68) encerrando o livro.

Avaliação da evidência 

A composição do Pentateuco é situada por alguns como tendo ocorrido no período do cativeiro babilônico (Ca. 600 a.C.), ou no período persa (Ca. 500 a.C.), ou até no período grego (Ca. 300 a.C.). O problema com esse tipo de argumentação é que a estrutura das alianças da metade do 1º milênio a.C. sofreu drásticas modificações. No período assírio (Ca. 700 a.C.), por exemplo, o tratado suserano-vassalo era composto de quatro partes na seguinte ordem: preâmbulo, testemunhas, estipulações e maldições. 

Uma vez que as alianças do Pentateuco possuem a mesma estrutura dos textos hititas do 14º e 13º século a.C., parece mais razoável aceitarmos que a data da composição do texto bíblico seja a mesma de tais tratados e não depois, como os críticos afirmam. 

http://www.arqueologia.criacionismo.com.br/2009/01/desenterrando-um-imprio-parte-3.html

Luiz Gustavo Assis é formado em Teologia e atua como Capelão no Colégio Adventista de Esteio, RS.

Leia também: "Desenterrando um império" (parte 1)

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