BÍBLIA A PALAVRA DE DEUS |
- A CASA DE ELI
- DESENTERRANDO UM IMPÉRIO (PARTE 1)
- PR. SILAS DANIEL RESPONDE CRÍTICAS CALVINISTAS
- UMA BÍBLIA DE 1.700 ANOS. DÁ PARA CONFIAR?
- PÁSSARO DE “MILHÕES DE ANOS” PARECE MUITO COM OS DE HOJE
- O CÓDEX VATICANO E O FINAL "ESTENDIDO" DE MARCOS
Posted: 05 Jun 2015 08:00 PM PDT
I Samuel 4:15-22
15 E era Eli da idade de noventa e oito anos; e estavam os seus olhos tão escurecidos, que já não podia ver.
16 E disse aquele homem a Eli: Eu sou o que venho da batalha; porque eu fugi hoje da batalha. E disse ele: Que coisa sucedeu, filho meu?
17 Então respondeu o que trazia as notícias, e disse: Israel fugiu de diante dos filisteus, e houve também grande matança entre o povo; e, além disso, também teus dois filhos, Hofni e Finéias, morreram, e a arca de Deus foi tomada.
18 E sucedeu que, fazendo ele menção da arca de Deus, Eli caiu da cadeira para trás, ao lado da porta, e quebrou-se-lhe o pescoço e morreu; porquanto o homem era velho e pesado; e tinha ele julgado Israel quarenta anos.
19 E, estando sua nora, a mulher de Finéias, grávida, e próxima ao parto, e ouvindo estas notícias, de que a arca de Deus era tomada, e de que seu sogro e seu marido morreram, encurvou-se e deu à luz; porquanto as dores lhe sobrevieram.
20 E, ao tempo em que ia morrendo, disseram as mulheres que estavam com ela: Não temas, pois deste à luz um filho. Ela porém não respondeu, nem fez caso disso.
21 E chamou ao menino Icabode, dizendo: De Israel se foi a glória! Porque a arca de Deus foi tomada, e por causa de seu sogro e de seu marido.
22 E disse: De Israel a glória é levada presa; pois é tomada a arca de Deus.
Eli sacerdote que julgava a Israel cerca de 40 anos
Eli envelhecido... no mesmo momento que se enfraquecia materialmente também se enfraquecia espiritualmente, perdendo completamente a visão espiritual.
Deus olhou para o povo e não encontrou ninguém que pudesse substitui-lo, e Israel não podia perder a Espiritualidade e nem ser uma nação derrotada, pois tinha sobre ela uma profecia, o nascimento do salvador.
Em vista de não ter dentre o povo um para substituir a Eli, o Senhor levanta uma criança para esta à frente do povo, uma nova criatura cujo sobre a cabeça não tinha vinculo com o caminho tortuoso que andava o povo.
Deus agora começa a tratar com a casa de Eli...
Numa batalha ... trouxeram a notícia...
1. Israel perdeu a batalha ( Era aceitável... precisamos nos preparar melhor e buscar mais a Deus.
2. Os teus filhos foram mortos na batalha ( O preço do pecado é morte... Estes estavam em pecado. )
3. A arca de Deus foi levada ( Está foi incontestadamente a pior notícia, simbolizava a presença de Deus, a Obra redentora para o homem. Então ali Eli expirou, pois sem Jesus que é vida só há morte. )
Neste período nasce um menino e lhe posto o nome de "ICABODE - foi-se a glória de Israel" * Nascimento de uma religião, com toda aparência de obra mas sem a presença do Espírito, vazia.
Eli foi fiel 40 anos, mas esmoreceu no final da sua vida. ( Sede fiel até a morte e darte-ei a coroa da vida )
Obs.: Senhor nós pregamos( Passado) a tua palavra. .... Não vos conheço.
* Eis que realizo uma coisa nova no meio do meu povo, diz o Senhor. E é levantado Samuel, uma criança, mas que tinha os seus ouvidos atento a voz do Senhor. E a este foi-lhe relatado todo o projeto de Deus.
Deus não falava pois não tinha quem o ouvisse, mas agora volta Deus falar novamente, pois uma nova forma de vida nasceu.
O que Deus quer fazer não é matar o homem, e sim destruir esta obra envelhecida dentro de sua vida e fazer nascer Samuel.
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Posted: 05 Jun 2015 08:00 PM PDT
Você consegue imaginar um império tão poderoso e extenso como os egípcios desaparecendo na história e deixando poucos rastros arqueológicos? Por mais estranho que pareça, isso era tão possível que aconteceu. Em 1871, o que se conhecia a respeito dos hititas poderia ser sumarizado em sete linhas, como o fez a enciclopédia germânica Neus Konversationslexicon. Na realidade, o trabalho feito pelo autor do verbete "hititas" foi simplesmente o de juntar as referências esparsas encontradas nas páginas do Antigo Testamento e publicá-las.
Quem eram os hititas? Qual a sua relação com o relato bíblico? No que as descobertas envolvendo esse povo ajudam para a fé nas Escrituras Sagradas? Nesta série de artigos, apresentaremos de forma resumida o que a arqueologia bíblica tem a dizer sobre um dos maiores impérios da antiguidade. Charles Texier: o ponta-pé inicial Um nome importante envolvendo o estudo da hititologia é o do francês Charles-Felix-Marie Texier, que por volta de 1834 esteve no norte da Turquia, mais especificamente numa aldeia em Boghazköy. Ao que parece, ele foi o pioneiro em estudos naquela região. Próximo dali Texier se deparou com as ruínas de uma cidade, como Atenas no seu apogeu. A intuição era de que sem dúvida algum grande povo habitou ali passado. Um nativo da aldeia o levou até o lugar chamado Yazilikaya (rocha com inscrições), e foi ali que o pesquisador francês pôde ver os inumeráveis relevos de caráter litúrgico. Além disso, o local estava repleto de sinais semelhantes aos hieróglifos egípcios. Sua expedição, porém, foi sem sucesso na identificação das ruínas e dos sinais.
Pesquisadores alemães e franceses visitaram a região da Ásia Menor e ofereceram excelentes contribuições para os trabalhos de Texier. Ponto decisivo nesta história foram as chamadas "Pedras de Hamath". Os moradores do local não permitiam qualquer contato com tais pedras, acreditando no seu caráter sobrenatural. É nesse ponto que entra a figura de William Wright. Ele já conhecia os objetos e conseguiu permissão do governo para aprofundar seus estudos utilizando-os. Texier conhecia as peças, mas não sabia o que eram. Em contra-partida, Wright tinha as inscrições, mas não sabia como traduzi-las.
Em 1870, W. H. Skeene e G. Smith, pesquisadores do Museu Britânico, encontraram as ruínas de Carchemish, na margem direita do Eufrates. Para surpresa deles, as imagens desenterradas eram semelhantes àquelas que Texier vira e as inscrições eram idênticas às que Wright tinha em mãos. Não apenas isso, mas alguns selos com a mesma escrita foram encontrados em Ismirna, na costa da Ásia Menor. Em outras palavras, uma escrita unificada de um povo unificado que habitou num vasto território. Archibald Henry Sayce: a ousadia de um acadêmico Foi nesse contexto que A. Henry Sayce, pesquisador oriental de 34 anos, afirmou, com base em suas pesquisas de campo e em passagens do Antigo Testamento, que todo esse rastro histórico pertencia aos antigos hititas, os heteus das páginas sagradas. A afirmação foi, é claro, recebida com descrédito. Como um livro religioso poderia conter dados históricos confiáveis? A informação bíblica parecia absurda demais. Em 2 Reis 7:6, por exemplo, os reis hititas são mencionados juntamente com os monarcas egípcios e, de forma curiosa, eles são mencionados antes que desses faraós. Essa dúvida foi solucionada nos anos seguintes. A pá dos arqueólogos pôde revelar a existência de um poderoso império semelhante ao egípcio e ao babilônico, por volta do II milênio a.C., chamado de Hatti nos textos assírios, de Heta nas inscrições hieroglíficas e de heteus no Antigo Testamento. No próximo artigo, veremos como se deram as descobertas que confirmaram a historicidade da Bíblia envolvendo os até então anônimos hititas. http://www.arqueologia.criacionismo.com.br/2007/08/desenterrando-um-imprio.html Luiz Gustavo S. Assis, aluno do 4º ano de Teologia no Unasp, campus Engenheiro Coelho, SP.
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Posted: 05 Jun 2015 07:13 AM PDT
Minhas observações às objeções levantadas pelo irmão Franklin Ferreira a meu artigo na revista Obreiro (Parte I)
Como anunciado em artigo publicado aqui, na sexta-feira, dia 29 de maio, segue hoje o primeiro de três artigos em sequência que estarei publicando nesta minha coluna no CPADNews sobre as objeções levantadas pelo irmão Franklin Ferreira ao meu artigo publicado na revista Obreiro Aprovado do primeiro trimestre deste ano (Se você pegou o bonde andando e não sabe do que se trata, clique AQUI). O segundo artigo será publicado amanhã, dia 2 de junho, e o terceiro e último na quarta-feira, dia 3 de junho. Vamos às minhas primeiras observações:
1) O irmão Franklin escreve que o semipelagianismo ou semiagostinianismo foi "mencionado, mas não definido" no meu texto. Bem, acho que no meu texto eu deixo claro o que é o semipelagianismo ou semiagostinianismo, diferenciando-o claramente do arminianismo. Se não, vejamos (seguem abaixo trechos do meu artigo que o provam):
"Portanto, o Arminianismo não tem absolutamente nada a ver com Semipelagianismo e muito menos com Pelagianismo, como acusam desonestamente calvinistas mal informados – ou até mal intencionados. O monge Pelágio da Bretanha (350-423), como sabemos, não acreditava nas doutrinas bíblicas do Pecado Original, da Depravação Total e da Graça Preveniente, esposadas e defendidas tanto por calvinistas como por arminianianos".
"Mas, a acusação mais comum que tem sido feita contra os arminianos é que eles, não obstante não serem pelagianos, seriam semipelagianos, acusação igualmente falsa. O Semipelagianismo surgiu logo após a condenação do Pelagianismo, quando alguns cristãos do quinto século, ao lerem os argumentos de Agostinho contra Pelágio, concordaram que Pelágio havia incorrido em grave heresia, mas consideraram também que Agostinho havia exagerado um pouco em sua contra-argumentação às heresias pelagianas. Pelo fato de esses cristãos discordantes admirarem muito Agostinho, há quem prefira até chamá-los de 'semiagostinianos', mas prefiro usar aqui a nomenclatura tradicional 'semipelagianos', porque é como são mais conhecidos".
"Diziam os semipelagianos, encabeçados pelo monge e teólogo francês João Cassiano (360-435), que os erros de Agostinho em seu embate com Pelágio foram dois: primeiro, seu conceito de predestinação, no que estavam certos; e segundo, sua defesa da Depravação Total, no que estavam completamente equivocados. Os semipelagianos não negavam o pecado original – isto é, o pecado herdado de Adão e Eva, a natureza pecaminosa etc –, mas diziam que, mesmo após a Queda, o ser humano ainda tinha em si resquícios da volição pré-Queda, um livre-arbítrio remanescente, que o possibilitava, sem precisar de uma graça preveniente, responder com fé e arrependimento à pregação do Evangelho. Para eles, Deus poderia até dar início à fé em alguns casos, mas em muitos deles, ou na maioria, era o próprio homem que dava o initium fidei, o primeiro passo para a Salvação".
"O Semipelagianismo, após muitas discussões, foi condenado no ano 529 pelo Concílio de Orange. Entretanto, essa condenação se aplicou apenas à oposição dos semipelagianos à Doutrina Bíblica da Depravação Total. O mesmo concílio condenou a crença de que Deus predestinou o mal ou pessoas ao inferno".
Pode-se até sugerir que eu poderia eventualmente me aprofundar mais no tema do semipelagianismo, mas não é possível dizer que eu apenas "mencionei" o semipelagianismo sem dizer o que é.
2) Uma das coisas que o irmão Franklin considera "grave e sério" em meu artigo é o fato de eu não ter dedicado boa parte do meu texto a fazer exegese dos textos bíblicos usados pelo arminianismo para embasar-se. Pelo jeito, ele não entendeu o propósito do texto. É óbvio que considero fazer exegese algo importantíssimo, mas o objetivo do meu artigo não era fazer exegese de uma série de textos bíblicos citados pelo arminianismo para comprovar sua veracidade bíblico-doutrinária para calvinistas. Meu artigo foi escrito para apresentar, de forma geral, o arminianismo aos leitores da revista (destinada originalmente ao público assembleiano) que, eventualmente, mesmo sendo assembleianos, podem (alguns deles) desconhecer o que defende realmente o arminianismo e qual a sua história, desconhecimento este que se deve à influência do semipelagianismo popular no meio evangélico de hoje e aos "espantalhos" que muitas vezes alguns calvinistas fazem do arminianismo e que recentemente se popularizaram por causa da onda neocalvinista no Brasil, de que falo na abertura do meu artigo. Isso está mais do que claro no meu texto.
Inclusive, a parte do meu artigo ao qual o irmão Franklin se refere, quando critica a ausência de exegese em alguns textos bíblicos citados por mim, era justamente aquela parte – que é a menor do artigo (exatamente 1/5 do texto) – onde eu tinha apenas o propósito de apresentar, de forma resumida, o que defende o arminianismo. Portanto, daí concluir que eu e os arminianos de forma geral pouco se importam com exegese, só porque não dediquei espaço no meu texto para isso quando este claramente não era o seu propósito, é um verdadeiro "salto quântico" de interpretação. Se o propósito do artigo fosse fazer uma exposição de textos-prova seguidos da exegese de cada um, ele teria sido totalmente diferente. Ele seria quase que totalmente disso. Eu não gastaria tempo falando das outras coisas que disse ali, mas me deteria principalmente em fazer exegese e o artigo teria que ser muito maior do que acabou sendo – ele teve 17 páginas. A única passagem bíblica em que citei alguma obra tentando fazer uma breve exegese com exposição lexical foi João 6.44, mas porque, repito, este não era o objetivo do texto.
"Ah, mas o título do artigo era 'Em defesa do arminianismo', o que poderia sugerir o contrário", alguém pode dizer. Ora, o título foi sugerido pelo editor da revista e eu acabei aceitando só para que o título não ficasse muito longo, pois o meu título original era muuuuito maior. Ademais, o subtítulo explica bem o propósito do artigo, que fica claro também logo na abertura, de maneira que considero estranho que alguém não tenha entendido já de cara o propósito do artigo (O subtítulo na capa era "O que é, de fato, o arminianismo, o que realmente ensina e o seu lugar na história"/ e no miolo da revista, o subtítulo era "Uma análise sobre a recente ascensão do Calvinismo no Brasil e uma exposição do que ensina, de fato, o Arminianismo").
Aproveitando: em sua crítica, o irmão Franklin me indica, para fazer uma exegese correta das passagens bíblicas que cito em defesa do arminianismo, os comentários de "Agostinho, Martinho Lutero e João Calvino, ou os de D. A. Carson, Douglas Moo, Donald Guthrie, F. F. Bruce e John Murray". Acho muito bons os comentários dos referidos irmãos e tenho obras de quase todos eles, mas também gosto muito dos comentários a essas passagens bíblicas feitos por Armínio, John Goodwin, John Wesley, Adam Clarke, Richard Watson, William Burt Pope, Comentário Beacon, William Watson Menzies, Stanley M. Horton etc. Em muitas coisas concordo com aqueles, em outras concordo mais com estes.
3) O irmão Franklin afirma: "Pelo menos, o autor reconhece as várias tensões (e, por que não, as contradições) presentes na teologia arminiana, como ao tratar da presciência divina e do alcance da expiação: em outras palavras, o problema posto é: se Deus já sabia quem receberia a Cristo, por que este precisaria morrer por todos? Ou quando trata do significado da palavra 'mundo', sem levar em conta o significado da propiciação realizada por Cristo (ao citar 1Jo 2.2 como texto-prova da expiação geral). E quando admite algum tipo de predestinação ('sim, ele predetermina muitas coisas, mas não tudo') ao mesmo tempo que, ao pressupor que Deus previu antes de predestinar, não trata de uma pergunta crucial, isto é, quem criou o que Deus previu?".
Vamos por partes. Primeiro, eu não me esquivei da pergunta "Se Deus já sabia quem receberia a Cristo, por que este precisaria morrer por todos?", como é sugerido. Eu a levantei e tratei dela. E em segundo lugar, creio ter tratado minimamente do significado da palavra "mundo" levando em conta o sentido da propiciação efetuada por Cristo (se não me detive em meu artigo em um desenvolvimento da doutrina da propiciação, é porque isso alongaria mais ainda essa parte específica do meu artigo que tratava exatamente de resumir para o leitor o que crê o arminianismo).
Se não, vejamos – seguem os trechos em que trato das duas coisas (com grifos e colchetes que inseri para enfatizar o que digo):
"A Expiação de Cristo é suficiente, mas só se torna eficiente na vida daqueles que sinceramente se arrependem de seus pecados e aceitam Cristo como único e suficiente Senhor e Salvador de suas vidas. Trata-se, portanto, de uma Expiação Universal Qualificada, e não de uma Expiação Limitada".
"Conquanto existam passagens bíblicas que afirmam que Cristo morreu pelas ovelhas (Jo 10.11,15), pela Igreja (At 20.28 e Ef 5.25) ou por 'muitos' (Mc 10.45), a Bíblia também afirma claramente em muitas outras passagens que a Expiação é universal em seu alcance (Jo 1.29; Hb 2.9 e 1Jo 4.14), o que deixa claro que as passagens que dão uma ideia de ela ter sido limitada nada mais são do que referências à eficácia da Expiação. Ou seja, a Expiação de Cristo foi realizada em prol de toda a humanidade, mas só os que a aceitam usufruem de sua eficácia".
"Os que crêem em Cristo são obviamente associados à obra expiadora (Jo 17.9; Gl 1.4; 3.13; 2Tm 1.9; Tt 2.3; 1Pe 2.24), mas a Expiação é universal (1Jo 2.2). E a eficácia não está na salvação de todos, mas na consecução da Salvação. O fato de a Expiação só ter sido aceita e aplicada em muitos e não em todos não significa que sua eficácia é comprometida. O fato de muitos usufruírem dela já demonstra sua eficácia. Ela só não seria eficaz se ninguém se salvasse por ela. Se alguém foi salvo por ela, esta foi eficiente. Não houve 'desperdício' pelo fato de seu alcance ser universal, mas nem todos serem salvos. Além disso, se crermos que a Expiação de Cristo é limitada, o que seria um sacrifício que proporcionasse uma Expiação Ilimitada? Jesus sofreria um pouco mais na cruz?".
"Há casos de arminianos que crêem em uma Expiação Limitada com base na presciência divina [ou seja, estou tratando aqui da tal pergunta "Se Deus já sabia quem receberia a Cristo, por que este precisaria morrer por todos?"], o que apresenta certa coerência, porém o Arminianismo Clássico nunca defendeu a Expiação Limitada justamente porque não só há passagens bíblicas claras sobre o alcance universal da Expiação como também uma Expiação Limitada é uma contradição ao ensino bíblico de que Deus não faz acepção de pessoas (Dt 10.17 e At 10.34). Deus é soberano, mas isso não significa dizer que Ele fará alguma coisa que contradiga Seu caráter santo e amoroso. Lembremos que uma hermenêutica prudente interpreta uma passagem ou passagens observando o contexto geral sobre o assunto na Bíblia. A Bíblia se explica por meio dela mesma. Portanto, se ela afirma que Deus é santo, justo e amor, e não faz acepção de pessoas; e que Deus quer que todos se salvem e cheguem ao pleno conhecimento da verdade (1Tm 2.3,4); e que a Expiação foi por 'todos' (1Tm 2.6; Hb 2.9); logo as passagens em que há alusão a 'muitos' devem ser interpretadas à luz dessas outras. O resultado é que as passagens que aludem a 'muitos' não se referem ao alcance da Expiação, que é universal, mas à eficácia dela para os 'muitos' que a receberam por fé".
"Não se pode simplesmente desconsiderar o significado óbvio dos textos sem ir além da credibilidade exegética. Quando a Bíblia diz que 'Deus amou o mundo' (Jo 3.16) ou que Cristo é 'o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo' (Jo 1.29) ou que Ele é "o Salvador do mundo" (1Jo 4.14), significa isso mesmo. Em nenhum texto o vocábulo 'mundo' se refere à Igreja ou aos eleitos. Escreve o apóstolo João: 'E Ele é a propiciação pelos nossos pecados, e não somente pelos nossos, mas também pelos de todo o mundo' (1Jo 2.2). Ou como disse o teólogo H. C. Thiessen: 'Concluímos que a Expiação é ilimitada no sentido de estar à disposição de todos, e é limitada no sentido de ser eficaz somente para aqueles que crêem. Está à disposição de todos, mas é eficiente apenas para os eleitos' (Lectures in Sistematic Theology, Grand Rapids, 1979)".
Por fim, a pergunta "Quem criou o que Deus previu?". O problema é que os calvinistas pensam que Deus só pode prever aquilo no qual Ele diretamente criou ou interveio. Eu expliquei isso no meu artigo, inclusive lembrando que o conhecimento divino do futuro contingente condicional, fato apresentado na Bíblia, é um problema para esse tipo de raciocínio:
"Os calvinistas erram ao vincular a presciência divina à causalidade. Para ser mais preciso: eles erram ao afirmar que Deus conhece previamente todas as coisas porque predestinou todas as coisas. […] Deus conhece previamente tudo porque é onisciente, e não porque predeterminou tudo. Deus não precisa predeterminar tudo para saber de tudo. Sim, Ele predetermina muitas coisas, mas não tudo. […] A maior prova de que a onisciência divina não é fruto de predeterminação é que a Bíblia diz que Deus conhece até mesmo o futuro contingente condicional. O futuro contingente condicional não é aquilo que acontecerá, mas aquilo que aconteceria se as circunstâncias e as decisões fossem outras. Ou seja, Deus não sabe só o que vai acontecer, mas também 'o que aconteceria se'".
"O exemplo clássico desse tipo de conhecimento divino é o da oração de Davi acerca do povo de Queila (1Sm 23.1-13). Davi perguntou a Deus se era verdade o que tinha ouvido de que Saul estava descendo à cidade de Queila para pegá-lo, e Deus respondeu que sim, num caso clássico de conhecimento do futuro causal. Porém, na sequência, Davi perguntou também se o povo de Queila, mesmo depois de tudo que Davi fizera por eles contra os filisteus, mesmo depois de recebê-lo tão bem com os seus homens, o trairiam mais à frente, entregando-o a Saul na primeira oportunidade; e Deus respondeu que sim, que entregariam, e Davi então saiu dali, de maneira que o povo de Queila nunca traiu a Davi".
"Esse é um caso de conhecimento de um futuro contingente condicional. Eles não fizeram, mas Deus sabia que 'eles fariam se'. Ora, se há um futuro contingente condicional, e Deus o conhece, isso significa que Ele não precisa predeterminar todas as coisas para saber todas as coisas".
4) Afirma ainda o irmão Franklin: "Diferente do que o autor afirma, quase todos os grandes teólogos medievais criam na predestinação, seguindo em maior ou menor grau o que Agostinho ensinou no século V: Próspero, Gottschalk, Anselmo, Bernardo, Bradwardine, Tomás de Kémpis e Tomás de Aquino (cf. S. Th: I, q. 23, a. 1, a. 2, a. 4, a. 7, a. 8; I-IIae, q. 117, a. 5; II-IIae, q. 174; III, q. 24, a. 1, a. 3). Os pré-reformadores Jan Hus e John Wycliffe também afirmaram o ensino da predestinação em moldes agostinianos".
Nesse ponto, concedo que houve um excesso da minha parte ao desprezar 100% de todo e qualquer vestígio da compreensão agostiniana em relação à mecânica da Salvação durante a Idade Média. Antes de tudo, é óbvio que, depois de Agostinho, seria natural se ver ainda entre os pensadores medievais alguma influência aqui e acolá do seu ensino a respeito da mecânica da Salvação, mas é importante que se diga duas coisas sobre esse assunto e que se constituem as razões pelas quais acabei tomando essa posição exagerada de ignorar completamente essas referências.
Em primeiro lugar, não se pode dizer que algum dos nomes citados pelo irmão seguiu à risca o que Agostinho ensinou a respeito da mecânica da Salvação – nem Próspero de Aquitânea, nem Anselmo, nem Bernardo, nem Bradwardine, nem Thomas a Kempis, nem Tomás de Aquino. O próprio irmão reconhece isso ao falar que eles seguiram em "maior ou menor grau" o que Agostinho disse. De todos eles, só o monge Gottschalk foi, aparentemente, o mais fiel.
E em segundo lugar, o irmão afirma que "quase todos os grandes teólogos medievais criam na predestinação [agostiniana]", dando a entender que a posição agostiniana referente à mecânica da Salvação era, se não majoritária, pelo menos de grande influência na Idade Média, quando, na verdade, ela não foi nem majoritária, nem de grande influência na época de nenhum desses nomes, mas muito ao contrário.
Para começar, o monge leigo francês Próspero de Aquitânia (390-460) não pode ser considerado um teólogo medieval, porque a Idade Média começa oficialmente em 476. Além disso, ele foi contemporâneo e discípulo direto de Agostinho (354-430), razão pela qual é natural que tenha seguido 100% o seu mentor – pelo menos no início. Próspero escreveu a primeira vez contra os hereges pelagianos enquanto seu mentor Agostinho era vivo, e ele estava apenas reverberando o seu ensino. Portanto, estamos falando de um discípulo direto de Agostinho defendendo seu mentor em vida, em meio ao debate contra os hereges pelagianos.
Ora, assim como Próspero, houve muitos que, em meio ao calor do debate entre Pelágio (350-423) e Agostinho, aderiram em um primeiro momento àquele pensamento novo de Agostinho acerca da mecânica da Salvação, principalmente aqueles que eram discípulos dele – como é o caso de Próspero. Nada mais natural. A questão é que, depois das condenações a Pelágio em 417, 418 e 431, mesmo a maioria concordando que Pelágio era um herege, essa mesma maioria não concordaria com os excessos de Agostinho na questão da mecânica da Salvação, tanto que o próprio Próspero, que era um ardoroso defensor de seu mentor tanto contra pelagianos quanto contra semipelagianos, no final da vida, "abandonou certas posições intransigentes de Agostinho" (In "Autores citados na Suma Teológica – I Seção da II Parte", in "Suma Teológica IV", Loyola, 2005, p. 23), de maneira que havia uma "nítida diferença entre a posição de Próspero em [sua obra] De vocatione e a posição do Agostinho velho e do Próspero jovem, especialmente sobre a interpretação de 1 Timóteo 2.4 e sobre a predestinação" (YOUNG, F.; EDWARDS, M.; e PARVIS, P. (editores);Studia Patristica – papers presented at the Fourtheenth International Conference on Patristic Studies held in Oxford 2003, volume XLIII, Augustine and Other Latin Writes, PEETERS, 2006, p. 493 e seguintes).
Quanto ao monge alemão Gottschalk de Orbais (804-869), que talvez tenha sido, nos mil anos pós-Agostinho, o seu mais fiel seguidor, quando ele começou a pregar a predestinação agostiniana após estudar sozinho, sem influência direta de alguém, os escritos do bispo de Hipona, teve seu ensino rejeitado pela esmagadora maioria dos de sua época, tendo sido duramente combatido, numa clara prova de como esse tipo de ensino era "aceito" ou "influente" naquela época.
O pobre do Gottschalk, além de condenado por heresia no Concílio de Mogúncia em 848, foi lamentavelmente surrado e proibido até de pisar no território do imperador carolíngeo Luís, o Germânico, que compreendia um terço da Europa na época. Ele tentou, então, ganhar a simpatia dos cristãos do outro dos três territórios carolíngeos da época (o de Carlos, o Calvo), mas foi condenado no Concílio de Kierzy em 849 pelas mesmas heresias, sendo que desta vez foi pior: além de ser removido do seu sacerdócio, foi, lamentável e cruelmente, chicoteado, obrigado a jogar ele mesmo no fogo seus escritos e foi trancafiado em um mosteiro. Depois de apelar a amigos para que o ajudassem, viu cinco deles escreverem em favor de seus ensinos, mas os escritos destes foram logo combatidos pelo bispo Incmaro de Reims, dentre outros. Resultado: apesar da persistência de Gottschalk e seus amigos, os ensinos dele foram condenados em sequência nos Concílios de Kiersy em 853, de Valência em 855, de Langres em 859 e de Savonnières também em 859. Todos esses concílios reprovaram a predestinação dupla agostiniana e asseveraram que a predestinação se dá pela presciência divina.
Anselmo e Bernardo, por sua vez, foram menos consistentes que Gottschalk em sua fidelidade à visão agostiniana da mecânica da Salvação. E o que dizer do arcebispo britânico Thomas Bradwardine (1290-1349), que pregava a dupla predestinação, mas não cria na depravação total, dizendo que o pecado original não teria causado consequências mais graves sobre a natureza humana? E que também cria na importância das boas obras para a complementação da justificação e da remissão dos pecados (sic)? Pode-se considerá-lo um "calvinista" ou "monergista" de fato, 100%? Ademais, o bispo Bradwardine lamentava em seus escritos que, nos seus dias, só ele ainda acreditava na doutrina agostiniana da mecânica da Salvação.
Os escritos de Bradwardine sobre o assunto até chegaram a ser lidos em Oxford e Paris, mas foram esmagadoramente ignorados ou, quando repercutidos, rejeitados pelos teólogos da época e pela igreja. Até seu companheiro Thomas Buckingham, quando se manifestou sobre o assunto, foi para combater o que ensinava seu colega. Ao bispo Bradwardine restou apenas o consolo de aparentemente ter influenciado, como o irmão Franklin lembra, o pré-reformador John Wycliffe, que já defende um posicionamento bem mais próximo de Calvino e do Lutero do início da Reforma. Wycliffe, por sua vez, influenciou Huss. Aliás, Wycliffe e Huss, que ainda são Idade Média, foram um total esquecimento meu. Talvez porque minha mente tende a ver Wycliffe e Huss como um capítulo à parte, por terem sido pré-reformadores. Bradwardine já não se encaixa nesse perfil.
Enfim, se eu fosse traçar uma linha rigorosa depois de Agostinho, eu colocaria na Idade Média apenas Gottschalk, Wycliffe e Huss.
Quanto ao alemão Thomas a Kempis (1380-1471), a verdade é que ele não escreveu nenhuma obra sobre o assunto. A única coisa que é empunhada pelos calvinistas como prova "incontestável" de seu agostinianismo em relação à mecânica da Salvação é um pequeno trecho de sua obra A Imitação de Cristo que apenas sugere agostinianismo. Nada mais. Não se tem nada de Thomas a Kempis que deixe definitivamente claro qual seu pensamento sobre o assunto. O mais engraçado é que sua obra A Imitação de Cristo enfatiza muito a prática da vida cristã, a dedicação espiritual cristã, tendo sido influência decisiva na visão espiritual de ninguém menos que o semipelagiano Erasmo de Roterdã e o arminiano John Wesley, que se opuseram a essa visão agostiniana da mecânica da Salvação.
Em suma, não estamos falando de uma doutrina que teve livre e intensa circulação, que tenha sido amplamente sustentada e ensinada na Idade Média, mas de um ensino reprovado esmagadoramente durante todo esse período e que teve, claro, como uma série de outros ensinos reprovados naquela época, uma ou outra pessoa que excepcionalmente a defendeu em menor ou maior grau.
Não se pode citar esses nomes como prova de que a visão agostiniana da mecânica da Salvação era de grande influência na Era Medieval. Aliás, se a posição deles fosse tão comumente aceita em suas épocas, Lutero, no início da Reforma, e Calvino, mais à frente, não causariam nenhuma espécie em seus dias quando a ensinassem. O ensino dos católicos jansenistas, que vieram logo depois, também seria normalmente aceito pela igreja da época. Todos reconheceriam que só era mais uma corrente dentre tantas outras aceitas naquela época, não é mesmo?
Depois, prossigo sobre esse tópico, falando de Tomás de Aquino. E, claro, também falarei amanhã, se Deus permitir, sobre outros questionamentos e/ou objeções levantadas pelo irmão Franklin.
http://www.cacp.org.br/pr-silas-daniel-responde-criticas-calvinistas/
Extraído do site cpadnews.com.br/ em 05/06/2015
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Posted: 05 Jun 2015 06:54 AM PDT
A Biblioteca Apostólica Vaticana disponibilizou na internet o Códex Vaticano completo. Datado do século 4º d.C., esse é um dos mais importantes manuscritos bíblicos. Como de costume, a mídia destaca os aspectos mais intrigantes do assunto. O blog de Reinaldo José Lopes menciona dois pontos:
1. "O códex não traz o finalzinho do Evangelho de Marcos, no qual o Jesus ressuscitado aparece aos discípulos. [...] Isso levou muitos especialistas a postular que o atual final de Marcos é uma 'versão estendida' inserida por um autor que viveu depois do evangelista."
Essa informação está correta. Marcos 16:9-20 não faz parte do texto escrito originalmente por Marcos, mas foi acrescentado na primeira metade do segundo século. "Nenhum dos términos conhecidos do Evangelho de Marcos, nem mesmo a interrupção em 16:8 parece representar de fato o original. Mas, uma vez que todos os evangelistas ou foram testemunhas oculares dos fatos que relataram, ou tiveram acesso às melhores tradições evangélicas disponíveis no período apostólico, podemos presumir que o verdadeiro final de Marcos não diferia grandemente daquele encontrado nos demais Evangelhos" (Paroschi, p. 214).
2. "E, no Evangelho de João, a famosa cena da adúltera e do 'atire a primeira pedra quem não tiver pecado' também não consta desse manuscrito, o que também indicaria que esse trecho não foi escrito por João."
Também está correto. João 7:53–8:11 realmente não foi escrito por João. Mas essa história, que já era conhecida na segunda metade do segundo século, "é absolutamente leal ao caráter de Jesus" e "contém todos os indícios de ser historicamente autêntica" (Paroschi, p. 228, 230). "É bem provável que o relato consista num fragmento de material evangélico autêntico preservado mediante alguma tradição paralela (não canônica) e que mais tarde acabou sendo anotado à margem do Evangelho de João" (p. 228). Contudo, isso "não é suficiente para garantir-lhe condição canônica" (p. 230).
O melhor estudo em português sobre os manuscritos do Novo Testamento foi escrito pelo teólogo adventista Wilson Paroschi e intitula-se A Origem e a Transmissão do Texto do Novo Testamento (Barueri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil, 2012). Marcos 16:9-20 e João 7:53–8:11 são discutidos, respectivamente, nas páginas 208-215 e 222-231.
Em minha opinião, o estudo dos manuscritos bíblicos é um dos assuntos mais fascinantes da teologia. Essa área é conhecida como "crítica textual". E, ao contrário do que eu posso ter dado a entender acima, esse é um dos melhores instrumentos para fortalecer nossa fé na Palavra de Deus. Através de um método realmente científico, aceito até por céticos, podemos garantir, para além de qualquer dúvida razoável, que o texto bíblico que temos em nossas mãos é essencialmente o mesmo que foi escrito pelos autores bíblicos.
Se você procura um material esclarecedor, interessante e descontraído sobre o assunto, recomendo o podcast BibleCast, episódio 20B, "A Bíblia no banco dos réus II", disponível aqui: http://biblecast.com.br/
(Matheus Cardoso, teólogo formado pelo Unasp)
Leia também este texto esclarecedor do professor Saulo Nogueira. | ||||
Posted: 05 Jun 2015 02:40 PM PDT
Pesquisadores descobriram, no Nordeste do Brasil, um fóssil de pássaro excepcionalmente completo do período Cretáceo Inferior. A ave foi encontrada em uma rocha de 115 milhões de anos [segundo a cronologia evolucionista]. Trata-se de um dos fósseis de pássaro mais antigos na América do Sul. O espécime, encontrado na região da Chapada do Araripe, no Ceará, tem o tamanho de um beija-flor. O fóssil ainda conserva grandes penas na cauda, que ainda apresentam traços das cores originais, e plumas ao longo do corpo. Os autores sugerem que as longas penas tinham função sexual ou de reconhecimento de espécie, e não estavam relacionadas ao equilíbrio ou ao voo. [Como podem saber disso com base apenas no fóssil? Muitas características de animais que existem atualmente são desconhecidas dos pesquisadores, mas eles parecem saber mais a respeito de animais aparentemente extintos dos quais restaram apenas vestígios em rochas...]
"Apesar de ser um pássaro jovem e pequeno, esse novo fóssil é uma descoberta muito importante para a compreensão da evolução dos pássaros no paleocontinente de Gondwana. Este fóssil é uma verdadeira joia da paleontologia brasileira", diz o pesquisador Ismar de Souza Carvalho, diretor do Instituto de Geociências da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e um dos autores da pesquisa, que foi publicada nesta terça-feira (2) na revista Nature Communications.
Os pesquisadores observam que, apesar da juventude do pássaro, as estruturas de suas penas são parecidas com as dos pássaros adultos modernos. A maioria dos fósseis de pássaros do período Cretáceo já descobertos até hoje, segundo os pesquisadores, foram encontrados no nordeste da China. [Na verdade, todos os fósseis de pássaros se parecem muito com os pássaros que existem hoje. Na verdade, também, todos os seres vivos de supostos milhões de anos se parecem muito com seus "parentes" ou correspondentes atuais.]
Foi a partir deles que se obteve o conhecimento sobre como evoluíram as penas dos pássaros. Agora, com o novo fóssil brasileiro, o conhecimento sobre a estrutura e a função das penas pode ser ampliado. [Descobriram como as penas "evoluíram" ou fizeram suposições como a de que as penas não eram usadas para o voo, mas tinham funções sexuais, como na afirmação acima?]
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Posted: 05 Jun 2015 06:45 AM PDT
O Vaticano digitalizou e disponibilizou na internet uma edição da Bíblia datada do século 4º d.C.. Trata-se do manuscrito conhecido como Códex Vaticano, talvez seja o mais antigo uncial em velino ou em pergaminho (325-350), sendo uma das mais importantes testemunhas do texto do Novo Testamento. "Foi desconhecido dos estudiosos bíblicos até depois de 1475, quando foi catalogado na Biblioteca do Vaticano. Foi publicado pela primeira vez em 1889-1890 em fac-símile fotográfico. Contém a maior parte do Antigo Testamento grego (LXX), o Novo Testamento grego e os livros apócrifos, com algumas omissões."[1] O texto foi, provavelmente, produzido no Egito e está guardado na Biblioteca do Vaticano desde o século XV. O manuscrito tem 759 folhas de velino escritas em letras unciais. A peça é famosa e tem importância histórica por ser considerada como uma das edições da Bíblia mais próxima do original. O manuscrito é um instrumento de trabalho para muitos estudiosos e pesquisadores católicos. Interessados em conhecer o Códex Vaticano podem acessar o site da Biblioteca do Vaticano pelo link digi.vatlib.it.
A grande questão porém, está no fato de que o Códex Vaticano e o Códex Sinaítico, que são os manuscritos mais antigos e mais confiáveis, não fazerem menção há alguns versículos encontrados nas atuais traduções e, devido a esse problema alguns tem levantado dúvidas e questionamentos quanto a autenticidade dos textos que temos em mãos. A principal ausência é verificada no livro de Marcos, quando Jesus ressuscitado teria dito aos discípulos para espalharem a mensagem do Evangelho por todo o mundo.
"E disse-lhes: "Vão pelo mundo todo e preguem o evangelho a todas as pessoas. Quem crer e for batizado será salvo, mas quem não crer será condenado. Estes sinais acompanharão os que crerem: em meu nome expulsarão demônios; falarão novas línguas; pegarão em serpentes; e, se beberem algum veneno mortal, não lhes fará mal nenhum; imporão as mãos sobre os doentes, e estes ficarão curados". Marcos 16:15-18.
Em relação ao final "estendido" de Marcos, o comentário Bíblico de Beacon traz a seguinte informação:
"Esses últimos versículos apresentam o que se chama de "um dos maiores problemas textuais do Novo Testamento". Os fatos são os seguintes: Os dois manuscritos mais antigos e mais confiáveis (Vaticano e Sinaítico) omitem totalmente estes versículos, e encerram o Evangelho de Marcos em 16.8. Estes versículos também não aparecem em vários outros antigos manuscritos e também em algumas versões. Vários patriarcas da Igreja Primitiva confirmam essa omissão, inclusive o grande historiador da igreja, Eusébio, e Jerônimo, o tradutor da Vulgata. Além disso, o comentário mais antigo que existe sobre Marcos termina em 16.8. Ainda outras evidências poderiam ser apresentadas, inclusive o fato de Mateus e Lucas, que também incluem quase todo o Evangelho de Marcos, não usarem esses versículos da maneira como foram registrados aqui."
E continua:
"Outro fato, não evidente na versão King James em inglês, também deveria ser observado. Um manuscrito latino e vários manuscritos gregos incluem um "final abreviado" (além dos versículos 9-20, o chamado "final alongado") entre os versículos 8 e 9. Acredita-se que estes "finais" tenham sido tentativas primitivas - não da autoria de Marcos - de completar o Evangelho. Seria um erro muito grave acrescentar alguma coisa à Bíblia, da mesma forma que o seria retirar alguma coisa dela (Ap 22.18-19). Alguns estudiosos acreditam que Marcos pretendia encerrar sua mensagem com o versículo 8, não com uma observação de temor, mas com uma de admiração. Mas a maioria deles, entretanto, acredita que esse final abrupto no versículo 16.8 significa que o verdadeiro final do antigo manuscrito estava danificado, e, portanto, perdido, ou que Marcos foi impedido de completar seu Evangelho talvez por causa do martírio." [2]
"A omissão desses textos que não aparecem no Códex Vaticano não é nenhuma novidade. Além desses versículos, também faltam nesse Códice: Gênesis 1.1-46.28; 2Reis 2.5-7,10-13; Salmos 106.27-138.6, bem como Hebreus 9.14 até o fim do Novo Testamento."[3] Marcos 16.9-20 e João 7.58-8.11 são os textos mais debatidos.
Grandes eruditos Bíblicos já apontaram essas diferenças desde a época de sua publicação entre os anos de 1889 e 1890. As traduções atuais trazem esses textos entre colchetes assim como 1Jo 5.7, com as devidas notas de rodapé. O que devemos observar é que esses versículos não foram tirados das atuais versões porque não confrontam nem ferem nenhuma doutrina Bíblica, ou seja, mesmo se fossem retirados, a doutrina cristã não sofreria nenhum tipo de prejuízo. E mesmo que essas passagens não estivessem nos originais não contradizem ou confrontam nenhuma doutrina que não esteja bem embasada de forma cristalina em outra passagens. O que pode ter ocorrido, é que algum cristão piedoso, por considerar o final de Marcos muito abrupto, se baseou em outras partes do Novo Testamento, para dar um final mais harmonioso ao texto, conforme podemos observar no seguinte esboço:
Marcos 16.9-11 são uma versão condensada de João 20.11-18. Marcos 16.12-13 fazem um resumo de Lucas 24.13-35 (a caminhada para Emaús). Marcos 16.14-15 lembram Lucas 24.36-49 e Mateus 28.16-20. Marcos 16.17-18 a maioria dos sinais aqui descritos encontra paralelos em Atos. Marcos 19-20 Cf. Atos 1.9-11. Não há motivos para pensar que há erros nas Sagradas Escrituras, isso é natural e pertinente em um texto antigo a qual nós não temos os originais. Isso mostra a necessidade da crítica textual para a construção de um texto o mais fiel possível aos originais. Paz á todos que estão em Cristo Jesus.
Fonte: http://logosapologeticahoje.blogspot.com.br/2015/02/o-codex-vaticano-e-o-final-estendido-de.html
Prof. Saulo Nogueira
Referência Bibliográfica: [1] Geisler, Norman L; Nix, Willian. Introdução Bíblica. Como a Bíblia chegou até nós. [2] Comentário Bíblico Beacon versículo por versículo. [3]Ibid. [1] |
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