CINZAS OU ARCO-ÍRIS
Como sempre acontece, mais uma passagem  de ano festiva e alegre. Shows de fogos em vários lugares, festas pela madrugada  adentro, famílias reunidas, "amigo secreto", viagens mil por este chão  brasileiro. É a festa do ano novo, sempre repleta, cheia de alvos, desafios,  promessas e desejos.
Finda a festa e recolhidos os restos,  deparamo-nos com a pergunta: o que há de ser  agora?
A conjuntura  mundial demonstra que teremos inúmeras turbulências político-econômicas. A  Argentina está falida e num caos tremendo. Os Estados Unidos vivem a ameaça do  terrorismo e a sua guerra utópica contra o mal (como se fosse possível deter o  mal no coração humano sem Cristo). A Índia e o Paquistão estão à beira de uma  guerra nuclear. O nosso país está demolindo as leis trabalhistas e implantando  um governo absolutamente sem humanidade alguma (somos apenas números nos  cálculos e cômputos públicos). Teremos eleições e, como sói acontecer nessa  época, mentiras e ilusões enganarão o nosso sugestionável povo brasileiro.  Algumas modas virão, outras acabarão. Enchentes matarão os pobres, seqüestros  ceifarão a vida de trabalhadores, pobres ou ricos. Religiosos estúpidos  enganarão os fiéis e cristãos autênticos serão perseguidos. Nosso povo, na  virada do ano, ofertará em massa suas oferendas primitivas ao demônio das águas,  de vários nomes, na costa litorânea brasieira. Até o nosso presidente jogará  pipocas para os ídolos, na fazenda em Pardinho, SP. Nossas igrejas, descumpridoras de serem  agentes transformadores da sociedade, embaixada dos céus e exército de  boas-novas, continuará meio morta em muitos pecados. Poucos fiéis a salvarão da  ira do Cordeiro.
Nesse confronto com a realidade,  seremos  obrigados a tomar posição. Ou continuamos "sal-sem-gosto",  cristãos nominais, demagogos de igrejas, ou assumiremos o nosso compromisso de  discípulos de Cristo enfronhando-nos pátria adentro, com pelo menos duas  atitudes de tremendo impacto. 
Primeiramente, se decidirmos por  assumir o compromisso com Cristo, precisaremos ter LEGÍTIMA COMUNHÃO COM DEUS.  Não isto que apelidamos de comunhão (1 capítulo da Bíblia lido por dia, 1 oração  por noite, 1 culto por semana, 1 folheto distribuído por mês, participar da  Ceia, etc.). Por causa desta falsa comunhão é que nosso povo está fraco e sem  influência. Comunhão com Deus é muito mais do que isto. É ter o mesmo contato  com o Pai, tido por Jesus, em cada minuto! Vale aqui citarmos a esclarecedora  palavra de J.Eichler: "Para João, a comunhão não é possível senão através do  Filho de Deus que se tornou carne. Vem através do testemunho do Espírito Santo,  a quem os cristãos têm (I João 2.20,27;5.10). Aqueles que não têm o testemunho  do Pai e da Sua palavra habitando neles, não conhecem a Deus não têm vida alguma  (João 5.38 e segu.).  Aqueles que  ficam em relacionamento pessoal com o Jesus histórico através do Espírito têm o  Pai e vida (I João 1.1-3;; 4.13 e segu). A este tipo de vida pertencem a  confissão (I João 4.2,15; 2 João 7) o permanecer na doutrina de Cristo (2 João  9) e a guarda da Sua palavra e dos seus mandamentos (I João 2.3 e  seguintes)."(1). 
Ter comunhão é viver com Deus,  guardando e conhecendo a Sua palavra, confessando os pecados e abandonando-os,  tendo uma vida de constante oração e relacionamento íntimo com Cristo. É ser  íntegro, ser verdadeiro, coerente, assumidamente discípulo de  Jesus.
Em segundo lugar precisaremos DIVULGAR  AS BOAS-NOVAS. Aquele que tem comunhão com Deus está fazendo a vontade de Deus.  Sua vontade para nós é que preguemos e ensinemos o Evangelho em todas as nações  (Mateus 28.18-20). Não devemos esperar que as pessoas antes tenham fé, pois a fé  vem pelo ouvir, e ouvir a Palavra de Deus (Rm 10.17). O evangelho legítimo, o da  Bíblia, o de Cristo. O verdadeiro evangelho transforma vidas, tornando-as novas.  Há um outro evangelho sendo pregado por um segmento de evangélicos, que dispensa  compromissos, comunhão, Bíblia e oração. Porém o evangelho que devemos pregar  traz em seu bojo a cruz, a renúncia e o amor. O Brasil precisa ouvi-lo. Nosso  bairro precisa ouvi-lo. Nossos vizinhos precisam ouvi-lo. Nossos familiares  precisam ouvi-lo.
Na pratica destas duas medidas se  definirá a cor do nosso novo ano. Se insípidos, o ano será negro como uma noite  sem fim. Se cristãos leais e autênticos, as cores poderão brotar no coração de  cada um de nós e, através de nós, no peito de cada brasileiro. Que posição  tomaremos?
Pr. Wagner Antonio de  Araújo
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