31 agosto 2024

Por que Jeremias disse “não passo de uma criança”? Ele profetizou sendo criança?

 Postado por Presbítero André Sanchez

Quando o profeta Jeremias foi chamado pelo Senhor para o ministério de profeta, ele disse a Deus: não passo de uma criança. Eu gostaria de compreender se isso que ele disse tem a ver com a idade dele. Ele seria muito novo, uma criança, quando recebeu o chamado do Senhor para ser um profeta? Ou estamos diante de uma figura de linguagem? 

Caro leitor, uma das maiores dificuldades de interpretação dos estudantes da Bíblia (em alguns textos bíblicos) é saber ao certo quando algum texto está usando uma figura de linguagem e quando está usando uma expressão que seja literal.

No estudo de hoje iremos avaliar essa fala de Jeremias, buscando compreender o que o profeta quis dizer a Deus quando expressou que não passava de uma criança.  

Por que Jeremias disse “não passo de uma criança”? 

(1) A primeira coisa que temos que buscar é saber se a expressão “não passo de uma criança” é literal ou figurada e buscar elementos no próprio contexto que nos indique isso.

Uma das formas de se fazer isso é analisar a palavra usada pelo profeta. A palavra que no português foi traduzida como “criança”, vem do hebraico “na Ìar”, que tem os significados de “menino, moço, servo, jovem, criado”. 

Podemos observar aqui que a palavra não tem um uso focado apenas em criancinhas muito novas, mas também em alguém jovem, um rapaz, um moço, por exemplo. Veja este tipo de aplicação aqui:

“nada quero para mim, senão o que os rapazes (hebraico “na Ìar”) comeram e a parte que toca aos homens Aner, Escol e Manre, que foram comigo; estes que tomem o seu quinhão” (Gênesis 14:24 – acréscimo meu entre parênteses).

Nesse texto de Gênesis observamos a aplicação da mesma palavra usada por Jeremias, mas aqui mostra claramente uma aplicação para jovens (não criancinhas pequeninas).

(2) Isso parece indicar que Jeremias está falando da sua idade, que ele considerava que era muito novo para ser um profeta do Senhor, ainda um incapaz em sua própria visão. Na sequência Deus responde ao profeta:

“Mas o SENHOR me disse: Não digas: Não passo de uma criança; porque a todos a quem eu te enviar irás; e tudo quanto eu te mandar falarás” (Jeremias 1:7).

Deus não concorda com Jeremias! Não que ele não fosse um jovem, pois ele, de fato, era, mas Deus não concorda que o jovem profeta diga que é uma criança com o objetivo de dizer a Deus que ele era incapaz de cumprir essa missão devido ter uma idade menor do que considerava ideal para ser um profeta do Senhor! 

Isso porque era o próprio Deus quem o estava enviando. Então, ainda que jovem, estava sendo capacitado pelo Deus de Israel para a missão.

(3) Esse tipo de reação de Jeremias, de não se achar capacitado, era bem comum. Podemos perceber que vários homens de Deus quando foram chamados deram algumas desculpas a Deus para não fazer o trabalho que Deus queria, achando-se incapacitados para esse trabalho.

Moisés, por exemplo, disse que não era eloquente, que era pesado de língua (Êxodo 4:10). Isaías disse que era homem de lábios impuros (Isaías 6:5).

Salomão, como Jeremias, também diz a Deus que não passava de uma criança (1 Reis 3:7). Jeremias, diante da fala fortíssima de Deus de que o havia escolhido desde o ventre da mãe e o constituiu profeta (Jeremias 1:5), deu uma primeira desculpa: “Então, lhe disse eu: ah! SENHOR Deus! Eis que não sei falar…” (Jeremias 1:6).

(4) Observe que diante da fala do Senhor de que ele seria profeta, Jeremias diz que não sabe usar bem a fala, ou seja, ele não acha que poderia ser um profeta, cuja principal atividade é usar a fala para levar a palavra de Deus!

É possível que Jeremias fosse um jovem tímido, um pouco retraído e, por isso, não se via capaz de cumprir esse ministério! Na sequência de sua fala ele explica que, aos seus olhos, não passava de uma criança.

É possível que Jeremias fosse ainda bem jovem quando foi chamado (mas não uma criancinha). Talvez ele tivesse em mente os experientes e conhecidos profetas que já passaram por Israel e quando olhava para si não se via capacitado para ser como eles sendo tão jovem!

Mas o Deus de Israel é aquele que capacita e fez dele um dos grandes profetas em Israel! Glória a Deus!

30 agosto 2024

PERCEBA AS OPORTUNIDADES

 


O que realmente significa “a tua palavra seja sim, sim, não não”?

 Postado por Presbítero André Sanchez,

Eu gostaria de compreender melhor o ensino de Jesus que nos diz que nossa palavra deve ser sim, sim ou não, não, é o que disso passar é do maligno. Jesus estava ensinando que não podemos ficar em dúvida sobre uma questão ou que sempre temos que nos posicionar em tudo de um lado e de outro? 

Cara leitor, o ensino de Jesus que você citou está descrito assim: “Seja, porém, a tua palavra: Sim, sim; não, não. O que disto passar vem do maligno” (Mateus 5:37).

Olhando o verso assim, de forma isolada, acaba nos levando a tirar conclusões equivocadas, pois nesse texto, Jesus não está ensinando que não podemos ter dúvidas e nem que em muitos momentos possamos nos abster de dar alguma opinião em algo!

Mas o que ele está querendo dizer, então? A resposta passa pelo estudo do contexto. É o contexto que vai explicar exatamente o que queremos saber!   

Só podemos dizer sim, sim ou não, não para alguma questão?

(1) Esse texto está dentro do conhecido sermão do monte. Uma coleção de ensinamentos dados por Jesus a Seus discípulos. Nesse contexto que compreende Mateus 5:33-37, Jesus está falando a respeito de juramentos.

O pensamento geral, propagado pelos religiosos era o seguinte: “Também ouvistes que foi dito aos antigos: Não jurarás falso, mas cumprirás rigorosamente para com o Senhor os teus juramentos” (Mateus 5:33).

Esse ensino não estava errado, porém, a forma como era usado no dia a dia estava totalmente equivocada.

(2) Jesus prossegue fazendo uma repreensão na forma como usavam os juramentos: “Eu, porém, vos digo: de modo algum jureis; nem pelo céu, por ser o trono de Deus…” (Mateus 5:34).

O mais interessante é que Jesus não estava aqui proibindo todo tipo de juramento, pois haviam juramentos necessários ao bom andamento da sociedade e também juramentos que refletiam uma comunhão com Deus. 

Mas existiam certos juramentos manipuladores que estavam em desacordo com a Palavra de Deus! 

(3) Os próximos dois versos mostram que os religiosos e as pessoas simpatizantes da religião usavam os juramentos fora do propósito deles:

“nem pela terra, por ser estrado de seus pés; nem por Jerusalém, por ser cidade do grande Rei; nem jures pela tua cabeça, porque não podes tornar um cabelo branco ou preto” (Mateus 5:35-36).

As pessoas estavam usando os juramentos porque não eram confiáveis. Não davam bom testemunho. Não tinham uma palavra honesta, reta uns para com os outros nos papéis que desempenhavam dentro da sociedade!

Sendo assim, o juramento funcionava como um tipo de garantia manipulada, usando o que era sagrado para a maioria (cidade, templo, etc) e até o nome do próprio Deus!

Dessa forma, então, resolviam-se algumas demandas. A pessoa era corrupta, mentirosa, manipuladora, mas quando precisava que o próximo confiasse em sua palavra, usava o nome de Deus e coisas superiores a ela como garantia de que AGORA seria honesta!

É esse tipo de atitude que está sendo revisada por Jesus! No reino do Senhor não podia ser assim. Mas como deveria ser?

(4) Exatamente como Ele ensinou no último verso dessa sequência: “Seja, porém, a tua palavra: Sim, sim; não, não. O que disto passar vem do maligno” (Mateus 5:37). 

Aqui Jesus está dizendo que a retidão, a boa palavra, o bom testemunho, o cumprimento dos compromissos, dos acordos, de tudo aquilo que uma pessoa faz no seu dia a dia, deveria se basear na retidão de caráter.

Ou seja, quando alguém dissesse um sim para algo, não seria necessário um juramento, pois essa pessoa deveria ser honesta e reta naquilo que disse, cumprindo e honrando a palavra e o compromisso feito!

Ao mesmo tempo, quando dissesse um não, deveria, da mesma forma, ser confiável que iria cumprir a palavra que disse. Aqui também os juramentos não seriam necessários.

(5) Então, observe que Jesus está chamando Seus discípulos a expressar, através de atitudes honestas, bom testemunho, um andar digno e correto, a confiança necessária das pessoas.

Sendo assim, juramentos manipulados não devem fazer parte da vida de um servo verdadeiro de Deus. Esse servo, com um proceder claro, inspira confiança, mostra que é honesto, verdadeiro e digno! Esse é o cidadão do reino que Jesus quer construir na vida de cada discípulo.

Isso deve levar cada um de nós, dentro de nossos papéis (filhos, pais, trabalhadores, obreiros na obra de Deus, etc.) a expressarmos o sim, sim ou não, não com uma vida reta, com uma palavra confiável, que se vê na construção diária de nosso testemunho de vida íntegro diante de Deus e diante das pessoas!

29 agosto 2024

SUA ARMA DE GUERRA


Guarda-nos Da Soberba



"Também da soberba guarda  o  teu  servo,  que  ela  não  me
domine; então,  serei  irrepreensível  e  ficarei  livre  de
grande transgressão. As palavras dos meus lábios e o meditar
do meu coração sejam agradáveis  na  tua  presença,  SENHOR,
rocha minha e redentor meu!" (Salmos 19:13, 14)

Uma jovem, conversando com uma amiga, comentava: "Não sei  o
que estou fazendo no coral da igreja. Minha  voz  encanta  a
todos e os demais participantes não cantam quase nada. Se  o
coral faz tanto sucesso, é graças a mim e minha  maravilhosa
voz".

Nossa  história  inicial  mostra  uma  jovem  orgulhosa  que
menospreza os companheiros e se acha  melhor  que  todos.  O
orgulho era seu  maior  talento  e,  em  verdade,  apenas  a
depreciava. Nada  pode  justificar  atitudes  de  soberba  e
vaidade. Bom seria que ela agradecesse ao Senhor por ter lhe
dado maravilhoso talento. Da mesma forma, estaria errada  se
estivesse se lamentando por uma deficiência  pessoal.  Todos
nós temos pontos fortes e pontos fracos. Se  Usarmos  o  que
temos para glorificar a Deus, sempre seremos uma  bênção  no
reino do Senhor.

A soberba abate, mas a humildade  enobrece.  Entendendo  que
tudo  que  Deus  nos  dá  é  para  a  glória  de  Seu  nome,
caminharemos nesse mundo deixando rastos de  luz,  vestígios
da passagem de um filho amado e abençoado do Senhor. 

Paulo Barbosa

Por que Jesus disse “vá e não peques mais” se isso era algo impossível?

 Postado por Presbítero André Sanchez

 Em alguns encontros que Jesus teve, trazendo mudanças e libertações na vida de algumas pessoas, Ele dizia “vá e não peques mais”. Eu gostaria de compreender o que Ele estava realmente querendo dizer, pois, se analisarmos ao “pé-da-letra”, é impossível para uma pessoa não pecar mais pelo resto da vida dela. Algum erro ela ia acabar cometendo. Por que Jesus, então, falou “vá e não peques mais” se isso era impossível? 

De fato, a expressão “vá e não peques mais” não significa que a pessoa nunca mais iria cometer nenhum erro em sua vida.

Ela traz uma realidade que Jesus desejava que ocorresse na vida daquela pessoa. Vamos entender juntos detalhadamente essa questão?  

(1) Na Bíblia, Jesus disse vá e não peques mais para dois personagens: o primeiro foi o paralítico que ele curou no Tanque de Betesda: “Mais tarde, Jesus o encontrou no templo e lhe disse: Olha que já estás curado; não peques mais, para que não te suceda coisa pior” (João 5:14).

O segundo foi a mulher que foi pega em flagrante adultério, para quem Jesus também disse a mesma coisa: “Respondeu ela: Ninguém, Senhor! Então, lhe disse Jesus: Nem eu tampouco te condeno; vai e não peques mais” (João 8:11).

Apesar de parecer uma exigência impossível de se cumprir, veremos que Jesus não estava exigindo dessas pessoas que elas nunca mais cometessem nenhum erro. Veja porquê:

(2) Vá e não peques mais significa deixar a prática do pecado. A exigência de Jesus era de mudança. E ele exigiu isso desses dois personagens porque viu arrependimento em seus corações.  

Quando existe arrependimento existe perdão, no entanto, existe também, da parte de Deus, a exigência de uma transformação de vida e esforço para não mais serem praticantes do pecado. 

O apóstolo João captou perfeitamente isso, quando disse: “Filhinhos meus, estas coisas vos escrevo para que não pequeis. Se, todavia, alguém pecar, temos Advogado junto ao Pai, Jesus Cristo, o Justo” (1 João 2:1).

Isso indica que o pecado deve ter caráter acidental em nossa vida. Quando ele acontece deve ser um erro pontual e não uma prática constante, de vida!

(3) Vá e não peques mais significa uma advertência para o futuro. Os dois personagens a quem Jesus disse isso tinham passado por experiências terríveis por causa do pecado. Jesus está dando a eles o caminho para não mais viverem na lama! E esse caminho é renunciar ao pecado e abraçar a Cristo.

Por isso, Jesus exige deles que vivam um futuro em que a prática do pecado não seja uma opção de vida que eles façam, que não faça parte de suas vidas, ou seja, deviam viver vidas santas!

(4) Vá e não peques mais significa decisões acertadas para o presente. O passado deles ficou para trás. Eles fizeram péssimas escolhas em suas vidas, mas Jesus lhes dá a oportunidade de ir viver (vá), mas agora com uma mentalidade transformada, com um coração transformado, com ações diferentes, moldadas pela obediência ao Senhor! Essa é a vontade de Jesus para eles. 

(5) Portanto, está bem longe de Jesus qualquer visão de que essas pessoas nunca mais cometeriam nenhum erro. Eram seres humanos, acabariam hora ou outra errando.

Mas Jesus queria mostrar-lhes um novo padrão de vida, que mira a perfeição, que foca na vontade de Deus, que fica de olho a todo tempo na santidade de vida!

É nesse caminho que eles deveriam trilhar suas vidas. Tiago também ensinou algo semelhante, quando disse: “Ora, a perseverança deve ter ação completa, para que sejais perfeitos e íntegros, em nada deficientes” (Tiago 1:4).

Esse padrão de perfeição e integridade que a Bíblia coloca como alvo aponta para nossa maturidade e crescimento, exatamente o que Jesus queria daquele homem, daquela mulher e também exige de nós!

28 agosto 2024

Bases do Evangelismo Pessoal



Nossos Fundamentos de Evangelismo Pessoal

 Jesus Cristo é nosso melhor exemplo de evangelismo pessoal (Lucas 19:10).

 Jesus morreu pelos pecados do mundo inteiro (João 3:16).

 Ele ensinou multidões, mas também ensinou indivíduos.

 Cristo morreu pelos seres humanos individualmente (Gálatas 2:20).

 Jesus veio buscar e salvar os perdidos (Lucas 19:10).

 Porque fomos conduzidos a Cristo, queremos ensinar aos outros sobre Cristo (2 Timóteo

1: 5-6).


No evangelismo pessoal devemos mostrar Jesus e as quatro doutrinas centrais da

evangelização

 Jesus como Salvador (Atos 5: 30-31; 1 João 4:14)

 Jesus como batizador no Espírito Santo (Mateus 3:11; João 1: 33-34)

 Jesus como curador (Mateus 8: 16-17; Lucas 6: 6-10)

 Jesus como Rei em breve (Tito 2: 11-14; Marcos 13: 26-33)


O Evangelismo Pessoal deve apontar as Quatro Dimensões da Supremacia de Cristo

 Jesus Cristo e a revelação: Ele revela o Deus invisível (1.15).

 Jesus Cristo e a criação: Ele é o criador e sustentador de tudo (1: 15–17).

 Jesus Cristo e a igreja: Ele deve ser supremo em tudo (1:18).

 Jesus Cristo e a salvação: Ele reconcilia todas as coisas com Deus (1: 19–23).


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A SABEDORIA DE JOQUEBEDE


Hebreus 1: 15, 16, 22 e 2: 1-3

INTRODUÇÃO

Quando olhamos para a situação do povo de Israel no Egito e para tudo que experimentou debaixo da mão de Faraó, o rei do Egito, percebemos que tudo aponta profeticamente para o que a Igreja também vive neste mundo.
Faraó editou dois decretos de morte para as crianças hebreias. O seu objetivo era impedir o crescimento do povo e o seu fortalecimento. No entanto, muitas mães hebreias foram vivas e salvaram seus filhos a tempo (Êx 1: 19). A sua atitude muito tem a nos ensinar, principalmente a atitude de Joquebede, a mãe de Moisés.
Vemos que o mesmo está acontecendo hoje em dia. O adversário tem procurado de todas as formas destruir as vidas das nossas crianças, o mais cedo possível, por isso, precisamos ser vivos, isto é, estar atentos e vigilantes com tudo que rodeia nossos filhos, a fim de que os decretos de morte espiritual do adversário não os atinja.

DESENVOLVIMENTO

1º Decreto

“E o rei do Egito falou às parteiras das hebréias (das quais o nome de uma era Sifrá, e o nome da outra Puá). E disse: Quando ajudardes no parto as hebréias, e as virdes sobre os assentos, se for filho, matai-o; mas se for filha, então viva.” – Êxodo 1: 15, 16
O objetivo de Faraó era impedir que o povo de Israel se multiplicasse. Com a morte dos meninos, as meninas ao crescerem não teriam homens hebreus com quem se casar, e inevitavelmente se casariam com egípcios, diluindo a raça dos hebreus em pouco tempo, geração após geração.
O inimigo tem procurado destruir as vidas dos nossos filhos antes de crescerem, estando eles ainda em casa. Como isso pode ser feito? Através dos programas de televisão, ao serem entregues a pessoas incrédulas (babás) para serem cuidados por elas, no convívio com parentes que não conhecem ao Senhor, etc.

O Senhor um dia revelou: “Minhas servas me pedem filhos, e depois que Eu os dou, elas os entregam às feiticeiras para que cuidem deles”. Muitas mães hoje em dia saem para trabalhar e deixam seus filhos entregues à “babá eletrônica” que é a televisão, não se preocupando com aquilo que eles estão assistindo. Outras deixam seus filhos entregues a babás desconhecidas, que não servem ao Senhor, e mais tarde percebem que seus filhos estão mortos espiritualmente. As mães vivas são aquelas que cuidam de tudo isso, evitando que seus filhos assistam programas destrutivos e que estão sempre falando da Palavra para eles.

2º Decreto

“Então ordenou Faraó a todo o seu povo, dizendo: A todo os filhos que nascerem lançareis no rio (Nilo), mas a todas as filhas guardareis com vida.” – Êxodo 1: 22.
Este decreto visava a destruição, por afogamento no rio Nilo, dos meninos que escapassem do 1º Decreto. Não importava a idade, todos precisavam ser eliminados para que o objetivo do decreto anterior fosse alcançado.
O mundo de hoje é o rio Nilo de ontem. Nós criamos os nossos filhos com todo o zelo, ensinando a Palavra cada dia e dando exemplo de fé com a nossa própria vida, só que um dia vamos ter que enviá-los às escolas e a outros locais onde eles precisam ir. E é nesta hora que o 2º Decreto do inimigo encontra um ambiente propício, o mundo, para se cumprir. Nós não podemos prender nossos filhos em casa ou perto de nós a vida toda. Então o que devemos fazer para que eles não se afoguem neste mundo? É aqui que nós devemos prestar atenção na atitude de Joquebede, quando não pôde mais esconder seu filho Moisés, mas teve que lançá-lo no rio Nilo.

CONCLUSÃO

“E foi-se um varão da casa de Levi, e casou com uma filha de Levi. E a mulher concebeu, e teve um filho, e, vendo que era formoso, escondeu-o três meses. Não podendo, porém, mais escondê-lo, tomou uma arca de juncos, e a betumou com betume e pez; e, pondo nela o menino, a pôs nos juncos à borda do rio.” – Êxodo 2: 1-3

Joquebede agiu com sabedoria e cuidou do seu filho Moisés, com toda diligência. Inicialmente ela o escondeu dos olhos dos inimigos, e assim o preservou nos primeiros momentos da sua vida. Depois, quando não podia mais fazê-lo, tomou uma arca de juncos, e a betumou com betume e pez; e, pondo nela o menino, a pôs nos juncos à borda do rio.
Moisés foi preservado nos momentos mais difíceis, e isso aconteceu porque sua mãe foi zelosa em cuidar da vida de seu filho. Ela não foi negligente em relação à criança que o Senhor a entregou para cuidar, e a sua ação teve dois momentos importantes.
Primeiro, ela o escondeu para que o decreto de morte de Faraó não o atingisse. Esconder é livrar do mal, é não expor aos perigos que estão ao redor. As servas que são vivas devem esconder seus filhos de tudo aquilo que oferece perigo para suas vidas espirituais.
Depois, quando não podia mais protegê-lo pessoalmente, tomou uma arca de juncos e a betumou com betume e pez, por dentro e por fora, para que não afundasse no rio Nilo. Enquanto a criança é pequena, estamos com ela diante dos nossos olhos, e o cuidado é mais fácil. Mas a hora de mandar a criança para a escola e para outras atividades longe de casa, onde ela vai ter contato com colegas ímpios, com professores que não têm o temor do Senhor, termina chegando, e é nesse momento que as mães cuidadosas betumam as arcas que conduzem seus filhos, por dentro e por fora, com jejuns e intercessões.
Isso é necessário o tempo todo, para que seus filhos não se afoguem e venham a perecer para sempre nas águas turvas e sujas deste mundo.

O testemunho do Servo de Deus deste mundo

 

 


Daniel 5:11 “Há no teu reino um homem, ao qual há o espírito dos deuses santos; e nos dias de teu pai se achou nele luz, e inteligência, e sabedoria...”

Vemos nesse texto o relato feito pela rainha acerca de um homem chamado Daniel e o testemunho que o mesmo dava do Senhor a quem servia, o que evidenciava a presença do Deus vivo em seu coração. Mas o que poderíamos perguntar acerca deste fato ocorrido é o que levou a rainha mãe a lembrar-se de Daniel? Por que ela lembrou-se justamente de Daniel e não de outra pessoa? O que a rainha viu de tão especial em Daniel? Ela viu muito mais que um simples homem, viu a presença do Senhor em sua vida e para tal a rainha usa a expressão “se achou neste Daniel um espírito excelente”. Quantas coisas ocorrerão no reino, quantos fatos importantes, quem sabe as guerras e as vitórias memoráveis alcançadas pelo rei da babilônia, entre outras coisas poderiam ser consideradas mais relevantes; porém a rainha mãe trouxe a memória do rei e dos seus súditos um fato ocorrido nos dias de Nabucodonosor que dizia respeito acerca de Daniel. 

A pergunta que fazemos é o que as pessoas estão dizendo a nosso respeito? O que elas veem em nós? O que estão percebendo e até mesmo atestando acerca de nós? Em relação a Daniel a rainha mãe, não se furtou naquela hora de apreensão e de angústia que envolvia a todos no reino, ela atestou diante de todos coisas maravilhosas a respeito de Daniel, um homem simples mas que servia a Deus. E as suas palavras foram que em Daniel “se achou luz, e inteligência, e sabedoria”, ou seja, era o que se podia ver na vida de Daniel.

Há um homem - Daniel como homem era sujeito às mesmas necessidades, enfrentou lutas e provas, assim como nós as enfrentamos no nosso dia a dia. Porém a palavra nos diz que foram procurados em todo o reino homens sábios, entendidos, mas nenhum pode ler o que fora escrito na parede nem fazer saber ao rei a sua interpretação. Esta escrita tratava-se na verdade de um Juízo de Deus sobre aquele reino, mas nenhum daqueles que foram chamados pelo rei trouxe a solução ou a resposta para o que os afligia. Homens como Daniel não era comuns, homens como Daniel no qual há o espírito excelente, que tem o Espírito Santo agindo em sua vida não se encontra em qualquer parte nem em qualquer lugar. Daniel era fiel a Deus, era dependente do Senhor. Por isso, a palavra da rainha foi: “Há um homem”, homens como Daniel são poucos mesmos. Não estamos dizendo aqui que Daniel era perfeito, até porque perfeito só existe um que é Jesus, mas sem dúvida Daniel naquele reino e naquele momento onde as esperanças eram as mais sombrias e duvidosas, ele era diferente dos demais. Não ser igual ao mundo, é o segredo que envolvia a vida de Daniel, este também é o segredo que nos torna diferentes deste mundo e até mesmo incompreendidos por muitos. 

Luz – é a presença de um Jesus vivo no coração do homem. Vivemos a cada dia a experiência com um Senhor que se revela a nós pela sua palavra que é viva e eficaz. Há toda uma operação do Espírito Santo em favor daqueles que servem ao Senhor para que a bendita luz do Salvador brilhe cada dia mais em sua vida, afastando e dissipando as trevas espirituais deste mundo. Jo 8:12 “falou-lhes, pois, Jesus outra vez, dizendo: eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará em trevas, mas terá a luz da vida”. Aqueles que têm a luz de Jesus não errará o caminho, porque sabem de onde vieram, onde estão e para onde vão; há uma caminhada segura que os conduzirá a eternidade.

E inteligência - inteligência ou conhecimento; nós através da revelação conhecemos um Deus que é vivo, compreendemos as coisas que são da eternidade. Estamos a cada dia penetrando nos mistérios de Deus, conhecendo-o mais e mais. O profeta Oseias 6:3 “conheçamos e prossigamos em conhecer ao Senhor...”.

Sabedoria – Temos o governo do Espírito Santo sobre as nossas vidas, nos auxiliando nas decisões e escolhas que fazemos em todas as áreas da nossa vida, seja ela material ou espiritual, há sempre um conselho sábio do Espírito Santo para o nosso bem. 

Portanto, vemos aqui a presença na vida de Daniel do Deus triuno e poderoso. O que as pessoas precisam ver em nós é exatamente isso: verem a luz (Jesus em nós), verem a inteligência ou conhecimento (que sabemos que somos filhos de Deus Pai e que o conhecemos, pois, a sua palavra está em nós) e verem a sabedoria (vivemos uma vida que é dirigida pelo Espírito Santo). Que coisa maravilhosa é quando aquilo que está sendo visto no homem, aquilo que as pessoas atestam a seu respeito não está ligado ao velho homem, e sim a nova criatura em cristo Jesus. Pois, quando alguém é identificado pelo velho homem, o que se vê é: o pecado, os vícios, a mentira, o engano; coisas que evidenciam a ausência da luz que é Jesus, a ausência do conhecimento de Deus e a ausência da sabedoria, pois não tem a direção do Espírito Santo em sua vida.

A experiência que um dia tivemos com o Senhor de salvação é um divisor de águas. O testemunho é que evidencia essa nova forma de vida, que será atestada por aqueles que nos veem, nos conhecem; assim como aconteceu com Daniel que não precisou usar de nenhum artifício (camisetas com frases como “eu sou de Jesus” ou argumentos para testemunhar da sua fé e da sua vida de comunhão com Deus, embora respeitemos os que se sentem bem fazendo tais coisas, porém a palavra nos diz em Provérbios 27:2 “que um outro te louve, e não a tua própria boca; o estranho, e não os teus lábios”.  A rainha mãe testificou que na vida de Daniel havia a presença: da luz, da inteligência e da sabedoria. Que as pessoas ao olharem para nós vejam essas mesmas coisas: a presença de Jesus, a presença de Deus Pai e a presença do Espírito Santo.

“há no teu reino um homem... e nos dias de teu pai se achou nele a luz, e inteligência, e a sabedoria...”.

Josenilson  Félix