Ao se falar de prosperidade dos crentes, deve-se antes de tudo se falar do progresso (prosperidade) do próprio evangelho, porque a prosperidade individual de cada crente deve estar vinculada a isto, pois é assim que somos ensinados na Bíblia. 

O grande interesse do crente deve estar focado no aumento do reino de Deus, e é a isto que deve estar associado o seu interesse de crescimento pessoal.

Até porque qualquer tipo de prosperidade pessoal terrena ficará por aqui mesmo e não poderá ser levada com o crente depois da sua morte. Fazer da vida um investimento prioritário nas coisas que são visíveis e passageiras não é de fato uma opção sábia para um filho de Deus.

Jesus nos alerta sobre o perigo e o dano disto com a parábola que contou do rico que ajuntou em celeiros e era pobre para com Deus, e que repentinamente perdeu a sua alma, deixando tudo para trás. Deveríamos então ser cautelosos com uma dita proclamação do evangelho que esteja centralizada tão somente em obtenção de prosperidade material, a bem do estado eterno de nossas almas.

Somos ordenados na Bíblia a crescer na graça e no conhecimento de Jesus (II Pedro 3.8) e nunca nas coisas que são terrenas e passageiras. Somos ordenados a juntar tesouros no céu e não na terra.
Somos ordenados a não servir a Mamom e a não amar o dinheiro, porque este amor ao dinheiro é a raiz de todos os males. 

Oseias 10.1: “Israel é vide frondosa que dá o seu fruto; conforme a abundância do seu fruto, assim multiplicou os altares; conforme a prosperidade da terra, assim fizeram belas colunas.” 

Deus protesta contra Israel neste versículo do profeta Oséias quanto a que tinham usado toda a prosperidade material que haviam recebido para construírem belas colunas e altares aos falsos deuses. Há que considerar este aspecto de que se é tão comum fazer-se um mau uso de toda a prosperidade mundana que possamos alcançar.

O fruto que Israel dava como vide frondosa era riqueza material, pois foi somente isto o que buscaram, e como a abundância deste fruto era muito grande, multiplicaram a idolatria deles servindo àquilo que dominava seus afetos e corações.

Servir a Deus com os nossos bens e a nossa fazenda é um imperativo bíblico. Mas quantos estão efetivamente dispostos a isto, mais do que acumular para si mesmo?

Lembro-me ao escrever estas linhas de que há muitos anos atrás Deus me pediu que ofertasse o meu carro a um missionário que trabalhava em várias frentes de trabalho e que não tinha facilidade de se deslocar com sua esposa e filhos que serviam juntamente com ele, integralmente, na obra do Senhor.
Recordo como se fosse ainda hoje que o Senhor me disse que ofertar um carro era muito fácil, pois o que lhe interessava de fato era que eu lhe ofertasse a minha vida, que depositasse tudo o que tinha e sou em Suas mãos. Com lágrimas nos olhos pedi-lhe que aumentasse a minha fé para que o fizesse como convinha fazer.

Não importa para mim o quanto Deus possa me dar das coisas deste mundo, mas quanto eu posso lhe dar de volta cada vez mais do tempo e de todos os dons, até mesmo os espirituais, que ele me tem concedido. Convém que Jesus e a Sua obra cresçam e que eu diminua.

Somos informados que o crescimento (prosperidade) de Jesus foi o de ficar fortalecido em espirito diante de Deus e dos homens, e não que ele acumulou riquezas mundanas ou que andou buscando fama e aplauso dos homens para si.

Somos chamados a imitá-lo sobretudo nisto, a saber, a crescer em santidade pelo fortalecimento na graça.

Somos convocados a tudo fazer e buscar para a exclusiva glória de Deus. Selecionamos várias passagens bíblicas em que podemos constatar claramente a qual tipo de prosperidade somos incentivados a buscar.

Você pode ler os versículos bíblicos contendo destacadas as palavras:

1 – eudoo (grego) – prosperar, progredir, ir bem;
2 – procope (grego) – progresso, avanço, proveito;
3 – procopto (grego) – avançar, progredir, crescer;
4 – auxano (grego) – crescer, aumentar;
5 – yatab (hebraico) – ir bem, prosperar; relativas ao assunto, acessando o seguinte link:

http://www.poesias.omelhordaweb.com.br/index.php?cdPoesia=128453

Pr Silvio Dutra