Toda nação tem sua constituição e todos os povos têm suas leis, culturas e valores. O mesmo acontece com o Reino
de Deus. Quando Jesus proferiu o Sermão do Monte ele estava estabelecendo a constituição do seu Reino. São os princípios fundamentais para aqueles que são seus discípulos e querem viver
de acordo com a vontade
de Deus.
Interessante observar o que Jesus afirmou em Mateus 5.19:
“Todo aquele que desobedecer a um desses mandamentos, ainda que dos menores, e ensinar os outros a fazerem o mesmo, será chamado menor no Reino dos céus; mas todo aquele que praticar e ensinar estes mandamentos será chamado grande no Reino dos céus.”
Ele afirma que todo aquele que praticar e ensinar estes princípios e mandamentos será grande no Reino dos céus. Ele
deseja e espera que proclamemos esta mensagem em todo lugar, na célula, em casa, no trabalho. Que este seja nosso assunto nas conversas com os filhos, nas células, em conversas com amigos, porque esta é a sabedoria que todos precisam e, por isso, quem ensina-la, será recompensado. É uma promessa
de Jesus. Assim, tanto o lí
der
de célula que ensina quanto os participantes da célula que se esforçam em aprender e praticar serão muito abençoados e edificados em sua vida espiritual ao estudarem este Sermão.
Introdução / Quebra-Gelo
Vamos falar sobre algumas características mais marcante
de alguns povos. Por exemplo: quais são as características mais marcantes dos:
- Ingleses
- Alemães
- Italianos
- Japoneses
- Brasileiros?
E o povo
de Deus? Como você pensa que
deveria ser um verdadeiro cristão? Quais seriam as principais características dos discípulos
de Jesus?
Observação: você pode apresentar algumas fotos bem típicas destas nacionalidades e usar apenas um perfil de um rosto para ilustrar um cristão.
Nesta nova série
de estudos, nosso foco serão os princípios práticos
de vida cristã ensinados a partir
de Mateus 5.21. Mas não tem como começarmos sem uma revisão das Bem-Aventuranças. Será uma recapitulação rápida, sem muito
detalhe, das bem-aventuranças que estudamos na série “Escolhas que transformam vidas”. Vamos apenas relembrá-las, porque agora nosso interesse é estudar os princípios práticos e revolucionários do restante
deste maravilhoso sermão. Sejam muitos abençoados ao estudarem e praticarem a maior mensagem que Jesus pregou.
Na lição
de hoje, vamos tratar rapidamente
destas oito características dos verdadeiros crentes. A primeira seção do Sermão do Monte (Mateus 5.1-11) trata da natureza do povo
de Deus,
de características que
deveriam ser comuns a todos os cristãos. Assim como podemos facilmente diferenciar um japonês
de um alemão, ou um americano
de um brasileiro,
devemos ser capazes
de identificar um legítimo cristão por seu comportamento e características bem evidentes. Infelizmente, o cristianismo atual afastou-se tanto do padrão original
de Jesus, que a maioria não vive neste nível e, pior ainda, muitos pensam que os que vivem como legítimos cidadãos do Reino são casos excepcionais. Mas é exatamente assim que
Deus quer que sejamos. Se “batermos o olho” nos cidadãos do Reino
de Deus, como eles
devem ser?
Leitura Bíblica: Mateus 5:1-11
1. São Pobres Em Espirito (Verso 3). Não significa pobreza material, ou ser culturalmente ignorante e nem tampouco significa ser naturalmente humilde. Significa, em primeiro lugar, ser livre
de orgulho. Significa, por isso mesmo, reconhecer sua absoluta necessidade espiritual diante
de Deus (Lucas 18:10-14). É ter um coração contrito e quebrantado (Is 57.15) e reconhecer sua limitação e sua pobreza espiritual. É ter o espírito vazio
de si mesmo, das coisas do mundo e
de suas paixões e procurar ser cheio
de Deus.
Você é humilde?
2. Eles Choram (Verso 4). Este chorar não é por coisas naturais (morte do pai, crise familiar, etc.), mas tem a ver com não estar contente nunca com o que já temos
de Deus, estar sempre clamando por mais
Dele. Feliz é aquele que tem este
desejo
de crescer e se aprofundar mais no conhecimento
de Deus. Os verdadeiros crentes não são felizes com pouco
de Deus, mas se entristecem porque anseiam por mais
de Deus. Também choram pela situação das pessoas,
de compaixão por tantos que ainda estão perdidos.
Você chora?
3. São Humildes (Verso 5). Significa que começam a ser exatamente como Jesus, que era manso e humilde
de coração. Mesmo sendo o Rei Eterno, se tornou homem pequeno, vazio, praticou o que neste verso está ensinando e nos convida à humildade, a ser como ele. É como se dissesse: “Tudo o que você tem fui eu que te
dei e darei, seja influência, poder ou recursos econômicos. Não para você simplesmente, mas para que você seja humilde e sirva os outros com isto, porque eu amo a humildade”. Quanto mais influência, poder e posição alguém tem, aí é que tem que se curvar e se abaixar para servir a todos com humildade. É isto que Jesus gosta. O mundo hoje pertence aos arrogantes, aos valentes e aos fortes, mas o Senhor diz que a terra, por fim, será dos mansos, gentis e humildes.
Você serve? Ou só quer ser servido?
4. Eles Têm Fome e Sede de Justiça (Verso 6). Ter fome e sede é uma condição básica para o crescimento. É necessário haver fome por mudança e transformação na própria vida, na família, no trabalho e em todas as circunstâncias que nos cercam. Precisamos ter fome do próprio Senhor Jesus, não
de bênçãos ou
de experiências espirituais. Ter fome da justiça
de Deus, da sua vontade, da sua santidade. A maior causa da fraqueza e raquitismo espiritual é a falta crônica
de apetite e sede espiritual. O apetite do cristão
deve ser direcionado para o que é certo. Nunca satisfazê-lo com coisas que são inúteis, que não satisfazem e que, por isso, a fome sempre volta. O discípulo
de Jesus será feliz se não matar sua fome com entretenimento, com riqueza, com luxo, etc, mas com a busca da justiça para com
Deus (justificado pela fé no sangue
de Jesus), da justiça moral (caráter que agrada a
Deus; conduta) e da justiça social (luta pela libertação
de toda forma
de opressão e injustiça social). Nossa fome e sede
de justiça
devem incluir todos estes três níveis
de justiça: para com
Deus, para conosco mesmo e para com o próximo.
Você tem fome e sede de justiça?
5. São Misericordiosos (Verso 7). O cidadão do Reino quer justiça, por isso é correto consigo mesmo e busca os padrões
de Deus. Mas é ao mesmo tempo misericordioso. Sabe oferecer perdão e misericórdia ao pecador. A misericórdia é diferente da graça. Misericórdia é qu do
Deus não dá o que merecemos, e graça é quando
Deus dá o que não merecemos. É interessante que quando temos sede
de justiça, podemos nos tornar implacáveis no castigo e punição dos faltosos, mas Jesus equilibra seu ensino ao nos conduzir à misericórdia. O cristão pode ter oportunidade
de vingar-se e ferir pessoas que o feriram, mas não o fará. Mesmo que tenha condições e até poder para fazê-lo, sempre estenderá misericórdia para todas as pessoas. Porque a misericórdia se manifesta no perdão. Aquele que é misericordioso sempre perdoa.
Você sempre perdoa?
6. São Limpos de Coração (Verso 8). Deus não vê a aparência, vê o coração. Há pessoas que por fora parecem tão boas e religiosas, mas em seu coração não agradam a
Deus. Ser limpo
de coração não é simplesmente ser limpo por fora, com boa reputação, mas é ser limpo no íntimo, no caráter, é ser limpo para com
Deus. Não é aquele que olha para um lado e para o outro para ver se alguém está observando, mas é alguém que olha para cima, pois sabe que
Deus tudo vê. São limpos
de coração quando rejeitam a hipocrisia, a falsidade e são inteiramente sinceros. Os limpos
de coração não têm nada a esconder. Não é mais limpo quem nunca se suja, mas sim quem sempre se limpa através do arrependimento e da confissão. Jesus certamente estava enfatizando o fato
de que a verdadeira pureza é no íntimo, no coração, e não meramente no exterior ou nas cerimônias religiosas, como ensinavam os fariseus. São felizes os limpos
de coração porque eles verão a
Deus. Só os limpos
de coração conseguem enxergar a
Deus por trás
de tudo e percebem Sua mão conduzindo-os.
Você limpa sempre o seu coração? Como faz isto?
7. São Pacificadores (Verso 9). Jamais promovem o conflito, ao contrário, onde estão promovem a paz e a reconciliação. A ordem bíblica é clara: “Afaste-se do mal e faça o bem; busque a paz com perseverança.” (1 Pedro 3.11). Isto nem sempre
depende
de nós, mas a Bíblia diz: “Façam todo o possível para viver em paz com todos” (Romanos 12.18). Somente será um pacificador aquele que coloca Jesus, o Príncipe da Paz
dentro
de si, pois só há paz onde Ele reina.
8. São Perseguidos Por Causa da Justiça e Por Causa do Senhor (Verso 10). Pode parecer que quem
demonstra em sua vida estas características
de discípulos
de Jesus será sempre amado e bem aceito, mas não é assim que acontece. Em geral, quem vive como verdadeiro discípulo, será perseguido por causa da justiça. Não porque faz algo errado, mas exatamente porque a integridade e a santidade incomodam. Felizes são estes, porque não aceitam fazer concessões somente para agradar as pessoas, e vivem
de modo a agradar a
Deus. O mundo é contra
Deus e será contra os servos
de Deus também. Todo aquele que quiser seguir Jesus fielmente será perseguido (2 Timóteo 3.12).
Seu estilo de vida incomoda?
Conclusão
As bem-aventuranças pintam um quadro do discípulo
de Jesus:
- Ele é humilde de espírito, reconhece sua pobreza espiritual e chora por causa dela.
- Isto o torna manso e gentil em seus relacionamentos.
- Longe de se conformar com o pecado, ele tem fome e sede de justiça, anseia crescer em Deus e em sua santidade.
- Seu relacionamento com Deus faz dele alguém misericordioso para com os outros e puro de coração, sincero e transparente.
- Ele procura ser um pacificador, um reconciliador.
- Ninguém lhe agradece por isso; antes, ele é hostilizado e perseguido por causa da justiça que defende e por causa do Cristo a quem segue.
A grande pergunta é: comparando-se com este perfil
de um discípulo
de Jesus, você se encaixa nele? Você já é um discípulo
de Jesus e tem visto sua vida avançando no processo
de transformação? Se já é um discípulo, esta série
de estudos lhe dará entendimento do que o Senhor Jesus agora requer
de você. Se ainda não se enxerga um discípulo, tome agora mesmo a
decisão
de entregar sua vida a Jesus e recebê-lo em seu coração. A presença
dele vai mudar a sua vida.
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