Texto base: II CORINTIOS (cap. 10;4 )
4; pois as armas da nossa milícia não são carnais, mas poderosas em Deus, para demolição de fortalezas Enfrentamos no nosso dia-a-dia diversas tribulações. O fato de sermos cristãos não nos isenta de tais situações que nos fazem, em alguns casos, sentirmos fracos e sem poder para reagir. Claro que a nossa reação não é no sentido de revidar com alguma agressão verbal ou física. Algo que precisamos entender, é que, temos muita força quando nos calamos e deixamos Aquele que trabalha por nós agir. Ao meditarmos numa possível "vingança", ficamos desgastados por dentro, fazendo mal ao nosso interior, e, conseqüentemente, à nossa Vida Espiritual. Quando pensamos em alguns exemplos na Bíblia, chegamos a conclusão de que agir na nossa razão não é, sem sombra de dúvidas, o que nos vai fazer vencer a tormenta. Precisamos lembrar que não é fácil, por nós mesmos, ter a calma e a paciência para não agir impulsivamente, mas temos o Espírito Santo que habita em nós, e que o mundo não tem. A mansidão e a temperança são frutos deste Espírito. Portanto, procuremos vencer com as armas espirituais, as que ninguém vê, mas que são as mais eficientes num combate contra os principados e potestades nas regiões celestes. E, em muitas das vezes, esse combate acontece no nosso lar, no nosso local de trabalho (na maioria das vezes) e onde estiver um servo do Senhor, que será afrontado, assim como foi o Senhor Jesus, que disse que teríamos aflições, mas também nos orientou a termos bom ânimo, pois Ele venceu, e todo aquele que quer vencer, deixe ser trabalhado pelo Espírito Santo que Jesus deixou, a nos consolar, nos orientar, nos identificando cada dia mais como separados. Seja vencedor! |
Posted: 18 Jan 2016 05:24 PM PST
Recebi, há pouco tempo, por meio das redes sociais, o desafio de responder a vinte questões levantadas por um grupo da Internet que se opõe à doutrina bíblica do Arrebatamento da Igreja antes da Grande Tribulação. Elas têm um tom contestador e giram, sobretudo, em torno do ensinamento prevalecente no meio pentecostal de que haverá um livramento aos salvos em Cristo antes da manifestação do Anticristo. Depois de ler as perguntas com cuidado, resolvi apresentar-lhes respostas sucintas e objetivas, todas, é claro, fundamentadas nas Escrituras, a Palavra de Deus. Para não escrever um texto muito longo, cansativo, optei por dividir o artigo em duas partes. Nesta primeira parte, respondo a dez indagações.
1. "Se o arrebatamento dos vivos é depois da primeira ressurreição, e a primeira ressurreição é depois da grande tribulação, então como ter um arrebatamento antes da grande tribulação?" Primeiro, para ser mais preciso, o que ocorrerá logo após a ressurreição dos mortos em Cristo é a transformação dos salvos vivos (1 Co 15.52; 1 Ts 4.15), e não o Arrebatamento. Segundo, o Rapto da Igreja, na verdade, abarcará tanto os mortos como os vivos, os quais, juntos, transformados, subirão ao encontro do Senhor, nos ares (1 Co 15.51,52; 1 Ts 4.16,17). Terceiro, o termo "primeira ressurreição" não alude a um momento, e sim a um tipo, a uma modalidade. O termo é uma referência à ressurreição dos salvos em Cristo, em contraposição à "segunda ressurreição", que é a ressurreição dos perdidos. Quarto, o termo "primeira ressurreição" em Apocalipse 20.4-6 alude aos salvos durante a Grande Tribulação, que "foram degolados pelo testemunho de Jesus e pela palavra de Deus, e que não adoraram a besta nem a sua imagem" (v. 4), porque eles, assim como os que ressuscitaram por ocasião do Arrebatamento, fazem parte dessa modalidade de ressurreição (veja a questão 10). 2. "Se a Igreja é um plano de Deus e Israel outro plano de Deus, então por que a Bíblia diz em Romanos 11 que os gentios foram enxertados em Israel? Por que em Efésios 2:14-15 diz que Jesus fez de judeus e gentios um povo só (Igreja)?" A aliança de Deus com Israel não foi anulada. Isso está claro no próprio texto de Romanos 11, que trata do futuro desse povo eleito de Deus: "o endurecimento veio em parte sobre Israel, até que a plenitude dos gentios haja entrado. E, assim, todo o Israel será salvo, como está escrito: De Sião virá o Libertador, e desviará de Jacó as impiedades" (vv. 25,26). Por isso mesmo, em Apocalipse 12, a mulher vestida do sol, com uma coroa com doze estrelas, representa Israel, e não a Igreja. As doze estrelas são uma alusão clara às doze tribos israelitas. Note: não foi Jesus (o Menino) quem saiu da Igreja para, no futuro, reger o mundo com vara de ferro, e sim a Igreja que dEle saiu (cf. Mt 16.18). Nesse caso, o texto apocalíptico também confirma que a aliança com Israel está de pé, pois ali se menciona o livramento que Deus dará a esse povo durante a Grande Tribulação. 3. "Se vai haver três vindas de Cristo, por que a Bíblia só fala de duas?" A rigor, não haverá três vindas. A Segunda Vinda é, claramente, um glorioso acontecimento formado por vários eventos, como o Arrebatamento da Igreja, o Tribunal de Cristo, as Bodas do Cordeiro — no Céu, enquanto ocorre a Grande Tribulação, na terra —, a Manifestação do Senhor com a sua Igreja etc. E, se alguém acha estranha uma vinda durar cerca de sete anos, lembre-se de que a primeira vinda do Senhor durou mais de trinta anos! Outrossim, a terceira viagem de Paulo, que estudamos na Escola Dominical como se fosse uma viagem rápida, durou quase três anos e meio! 4. "Se o arrebatamento é antes da grande tribulação, então por que em Mateus 24 Jesus narra a grande tribulação e só depois o arrebatamento?" Em Mateus 24.3, o Senhor Jesus responde a uma pergunta tripartida de modo igualmente tripartido, e não necessariamente em ordem cronológica. É preciso estudar a passagem em apreço com muito cuidado, em vez de abraçar o simplismo. A resposta do Senhor abrange o período até o ano 70, o período da Segunda Vinda — que, por sua vez, abarca o período do Arrebatamento da Igreja e os sinais indicadores desse evento — e o período do fim do mundo. 5. "Se o arrebatamento é secreto, então por que na parábola das dez virgens tanto as loucas quanto as prudentes veem e ouvem o noivo (Jesus)? E se vai haver segunda chance para os que ficarem, então por que não houve segunda chance para as que ficaram?" A parábola das dez virgens não é uma analogia do Arrebatamento, exclusivamente; ela abrange o Reino dos céus como um todo (Mt 25.1). Mas é evidente: o crente que vive na prática do pecado e, assim como as virgens loucas, estiver desapercebido por ocasião do Rapto vai ficar do lado de fora e não participará das Bodas do Cordeiro. Na aludida parábola, o Senhor deixa claro que a Segunda Vinda é iminente (v. 13), mostrando que devemos estar prontos para o Arrebatamento da Igreja, que dará início a uma série de eventos escatológicos. Quanto à possibilidade de salvação após o Arrebatamento, o livro de Apocalipse trata disso com muita clareza. Mas é preciso estudar esse livro (veja especialmente as seguintes passagens 6.9-11 e 7.13,14), e não apenas dizer, de modo simplista, que ele é difícil, linear ou extremamente simbólico. 6. "Se o arrebatamento é antes da grande tribulação, então por que Paulo diz em 1 Co. 15:51 e 52 que o arrebatamento vai ser mediante a última trombeta?" A última trombeta de Deus, mencionada em 1 Coríntios 15.51,52 e 1 Tessalonicenses 4.16,17, nada tem que ver com a última trombeta de juízo por ocasião da Grande Tribulação. A última trombeta a ser tocada no Arrebatamento é chamada assim porque ao longo da Bíblia mencionam-se várias ocasiões em que Deus convocou seu povo por meio de trombetas. A primeira trombeta de Deus, possivelmente, está em Êxodo 19.16-19. A trombeta do Arrebatamento é a última de Deus. A de juízo é a última de uma série de sete, tocada por um anjo (Ap 11.15-19). Ou seja, são coisas completamente diferentes. 7. "Se a vinda de Cristo pode se dar a qualquer momento (iminentemente), por que em Marcos cap. 13 Cristo diz que a segunda vinda dEle seria depois que sucedesse todos os sinais, inclusive a grande tribulação?" O Arrebatamento da Igreja, que — sem dúvida — é iminente, dará início a uma série de acontecimentos escatológicos, os quais culminarão com a prisão de Satanás, último evento antes da instauração do Milênio (Ap 19.11-21; 20.1-6). Mais uma vez: é preciso estudar a Bíblia, tendo em vista que ela é análoga. Em Lucas 21.36 e nas passagens correlatas de Mateus 24 e Marcos 13, o próprio Senhor Jesus mostra que a Segunda Vinda, um livramento para a Igreja antes da Grande Tribulação, será iminente. Portanto, quando Ele disse, em Marcos 13.24-31, que virá "depois daquela aflição", em que "o sol se escurecerá, e a lua não dará a sua luz", referiu-se claramente à sua Manifestação em grande glória, e não ao Arrebatamento. 8. "Se a Igreja tem que ser tirada para o anticristo se manifestar, então por que em 1 Tessalonicenses 2 Paulo fala que nossa reunião com Ele é depois da manifestação do anticristo?" O texto aludido, na verdade, é 2 Tessalonicenses 2. Aqui, a Palavra de Deus mostra que o Anticristo só se manifestará quando o povo de Deus for tirado da terra (vv. 6-8). Quando Paulo passa da revelação do Iníquo para a sua destruição, isso não quer dizer que ambas as coisas acontecerão no mesmo instante. Há sete anos entre uma coisa e outra! Quanto à menção à reunião, no versículo 1, Paulo estava retomando de modo resumido o que já estava falando com os crentes de Tessalônica, os quais já tinham recebido um detalhado ensinamento sobre o Arrebatamento. Ou seja, a primeira epístola precisa ser levada em consideração como contexto para a segunda. E, em 1 Tessalonicenses 5.2-9, o apóstolo Paulo deixou claro que os filhos da luz não experimentarão os juízos da ira de Deus, isto é, não passarão pela Grande Tribulação: "vós mesmos sabeis muito bem que o Dia do Senhor virá como ladrão de noite. Pois que, quando disserem: Há paz e segurança, então, lhes sobrevirá repentina destruição, como as dores de parto àquela que está grávida; e de modo nenhum escaparão. Mas vós, irmãos, já não estais em trevas, para que aquele Dia vos surpreenda como um ladrão; porque vós sois filhos da luz e filhos do dia; [...] nós, que somos do dia, sejamos sóbrios, [...] Porque Deus não nos destinou para a ira, mas para a aquisição da salvação, por nosso Senhor Jesus Cristo".
9. "Se todos seremos transformados num momento, num abrir e fechar de olhos, como será possível que permaneçam escolhidos ou santos para serem transformados depois, no final da tribulação?"
De acordo com Apocalipse, os santos que serão transformados, após sua ressureição, antes do Milênio, são os mártires que não aceitarão o senhorio da Besta, e não a Igreja arrebatada, que já estará no Céu (cf. 4-6; 19). O "todos" de 1 Coríntios 15.51,52 alude a todos os salvos vivos e a todos os mortos em Cristo. Segundo 1 Tessalonicenses 4.16,17, ambos os grupos irão ao encontro do Senhor nos ares.
10. "O que acontecerá com os crentes que morrerem durante este período de tribulação? E então, com os vivos, o que se passará? Sendo que a Bíblia fala de um único arrebatamento e não de dois, e de 'uma só ressurreição (para vida)' (Apocalipse 20:5), não de duas; e esta ressurreição acontecerá no 'ultimo dia' (João 6:39; 40; 44; 54)".
Como já vimos, há duas modalidades de ressurreição (Dn 12.2; Jo 5.28,29). É necessário estudar a doutrina das ressurreições com todo o cuidado — contando com a ajuda do Espírito Santo —, a fim de entender que as expressões "primeira ressurreição" e "segunda ressurreição" não designam momentos específicos, e sim tipos ou modalidades de ressurreição. A primeira ressurreição, a da vida, não ocorrerá apenas no Arrebatamento. Ela abarca várias etapas, como se lê em 1 Coríntios 15.20,23; Mateus 27.52,23; 1 Tessalonicenses 4.16; Ap 11.11 etc.. Os mortos em Cristo durante a Grande Tribulação que ressuscitarão antes do Milênio também fazem parte da primeira ressurreição. Os outros mortos, os ímpios, que fazem parte da segunda ressurreição, a da condenação, só ressuscitarão após os mil anos (Ap 20.4-16).
Ciro Sanches Zibordi
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