dinheiro
Vamos ser honestos: o dinheiro é um grande teste para nós. A igreja pode pedir-me para dar o meu tempo, e eu vou com prazer dar do meu tempo livre, para ajudar em vários projetos. A igreja pode pedir-me para compartilhar os meus talentos, e eu vou com prazer cantar, ensinar, ou liderar uma Célula. Mas deixa a igreja fazer exigências sobre o meu dinheiro. Aí, nós sentimos que tocou em algo pessoal.  Nós gostamos de compromissos superficiais e efusivos. Há um cântico que cantamos frequentemente, que diz: “Quando estou em tua presença dá vontade de pular, dá vontade de gritar, dá vontade de correr…” Não é incrível? A presença de Deus só produz esse tipo de vontade na moçada. Pode continuar sentindo isso, mas é preciso sentir algo além.
Gostamos muito também de adesivos e camisetas. Conheço um adesivo bem sugestivo que diz o seguinte: “Sorria se você ama Jesus”. Então, eu sorri o dia todo e as pessoas acharam que eu tinha aplicado botox e tinha ficado com a boca paralisada. Outro adesivo radical, dizia: “Buzine se você ama Jesus”. Então, eu buzinei e um policial me multou por perturbar a paz em frente a um hospital. Ainda outro adesivo, dizia: “Acene se você ama Jesus”. E acenei com as duas mãos, mas então, eu perdi o controle do carro e colidi com a traseira de um ônibus. Eu pensei: “Oh, Deus! Se eu não posso sorrir, ou buzinar nem acenar, então como é que todos saberão que eu amo o Senhor?” existe uma maneira simples: sorria, acene e buzine entregando o seu dízimo.
Quando você oferta para a igreja, isso não afeta a sua salvação. Você pode ser salvo sem dar sequer um centavo para esta ou qualquer outra igreja. No entanto, até que estejamos preparados para nos comprometer a dar a Deus uma parte significativa de nossa renda, chamada dízimo, ainda não começamos a amadurecer em nossa fé. Podemos dizer que somos salvos, mas certamente, não podemos dizer que somos vencedores.
1.O DINHEIRO É MEU, EU O GANHEI
É comum as pessoas pensarem que possuem autoridade completa sobre os seus bens, mas a realidade é bem diferente. O Salmo 24 diz que: “Ao Senhor pertence a terra e tudo o que nela se contém”. Tudo o que há no mundo pertence ao Senhor, porque Ele criou tudo e nós somos ainda duplamente Dele, porque fomos comprados. Somos Dele por direito de criação e depois, por direito de compra e redenção. Tudo o que temos vem do Senhor e somente, indiretamente, procede de nosso trabalho (1Cr 29.14). Os nossos bens nos pertencem da mesma forma que o quarto de nosso filho pertence a ele. Na verdade, pertence a nós, pais, que demos, temporariamente, o quarto ao filho. Isso é ainda mais verdadeiro em relação a nós, que fomos comprados pelo sangue de Jesus (1Co 5.20).
As minhas filhas têm o direito de usar o que elas quiserem em minha casa, mas em última análise a casa é minha. E, se elas a usarem indevidamente, terão que prestar contas para mim, que sou o dono. Em última análise, elas devem cuidar daquilo que não é delas, realmente. A casa que você tem, você pode usar; o dinheiro que você tem, você pode usar. Mas em última análise são de Deus, pertencem a Deus. Tudo que temos é Dele, e nós somos Dele. Portanto, não tem essa história de que o dinheiro é seu. Ele é de Deus, você recebeu apenas o direito de usá-lo.
Amo a oração que Davi fez quando entregou a oferta para a construção do templo. Segundo alguns estudiosos, a oferta de Davi seria equivalente hoje a 500 milhões de dólares. A quem pertencia aquele dinheiro? O dinheiro não pertencia a Davi. As ofertas não pertenciam ao povo. Tudo pertencia a Deus. “Agora, pois, ó nosso Deus, graças te damos e louvamos o teu glorioso nome. Por que quem sou eu, e quem é o meu povo para que pudéssemos dar voluntariamente estas coisas? Porque tudo vem de ti, e das tuas mãos to damos. Porque somos estranhos diante de ti e peregrinos como todos os nossos pais; como a sombra são os nossos dias sobre a terra, e não temos permanência. SENHOR, nosso Deus, toda esta abundância que preparamos para te edificar uma casa ao teu santo nome vem da tua mão e é toda tua” (1Cr 29.13-16).
Outro dia, alguém me disse que levou para casa, um prego de dormente que foi usado em nossos primeiros encontros. Ele me confidenciou que guardava esse prego junto com as escrituras de seus imóveis e também junto ao seu dinheiro. Ele me explicou: “Eu mantenho este prego com o meu dinheiro para me lembrar do preço que Cristo pagou por minha salvação e a quem pertence tudo aquilo”.
2.O DÍZIMO NÃO SE APLICA A NÓS, MAS ERA PARA O VELHO TESTAMENTO
 É verdade que o dízimo começou no Velho Testamento, mas não use a Palavra de Deus para apoiar sua avareza. Nunca faça teologia para justificar o erro. Se você me disser que é contra o dízimo, porque você dá 20%, eu de bom grado concordaria, mas ser contra o dízimo para dar menos é uma afronta ao ensino do Novo Testamento. Já expliquei esse ponto nos textos anteriores, mas quero realçar aqui o lado da rebelião. A rebelião é algo terrível, ela entra sorrateiramente e se esconde no meio de nossas desculpas. No texto anterior, vimos várias desculpas que as pessoas dão tentando encobrir seu pecado. Foi exatamente isso que Adão fez: primeiro ele tentou se esconder.
Quando, porém, as pessoas veem que não podem se esconder, elas lançam mão de justificativas. A rebeldia se instala quando tentamos explicar, teologicamente, nosso pecado. Ficar envergonhado diante do pecado, ainda é resquício de algo bom dentro do espírito. Entretanto, quando nos escondemos atrás de explicações teológicas, nós entramos debaixo de maldição. O que é rebelião? Rebelião é a negação do direito e da autoridade de Deus. Negar o dízimo é um sinal claro de rebelião. Quem nega o dízimo está negando a autoridade e o direito de Deus sobre os seus bens.
3. NÃO DOU DÍZIMO, PORQUE DEUS NÃO PRECISA DE DINHEIRO
A grande verdade é que Deus é o dono de toda prata e de todo o ouro (Ag 2.8). Ele não apenas não precisa de dinheiro, como também não precisa de homem algum para servi-lo. Deus não precisa do seu dinheiro, mas mesmo assim, Ele espera que ofertemos. Por que nós damos a Ele de bom grado, coisas de que Ele não precisa, mas nos recusamos a dar-Lhe dinheiro? Só pode ser por causa da avareza do nosso coração.
É muita graça que um Deus autossuficiente e dono de toda riqueza, nos permita dar-lhe alguma coisa. O que podemos dar ao Senhor que Ele não tenha? Tudo faz parte do Seu treinamento em nossa vida. É muita graça que o Deus Todo-Poderoso, nos permita ser chamados de Seus cooperadores. Pela graça, fomos feito servos, ajudantes de Deus. Paulo disse que cada um deve contribuir segundo tiver proposto no coração (2 Co 9.7).
Então, somos livres para ofertar muito, pouco ou nada. Diante disso, poderíamos pensar que estamos autorizados a ser egoístas e avarentos. Para vermos o engano, basta irmos ao verso anterior, onde somos estimulados a semear muito para colher muito. O desejo de Paulo é que nos sintamos livres para sermos generosos em amor.
4.EU NÃO CONFIO NA HONESTIDADE DOS PASTORES, POR ISSO NÃO DOU O DÍZIMO
Antes de tudo, precisamos entender que não damos para a igreja, damos para o Senhor. É verdade que damos ao Senhor através da igreja, mas não contribuímos como se fosse pagamento da mensalidade dos membros de um clube. Além disso, quem é você para julgar as motivações da sua liderança (Mt 7.1,2)? Com base em que você pode dizer que todo pastor é ladrão? Eu acredito que existam pastores desonestos, mas a esmagadora maioria não é desonesta. Você acha que todos esses pastores largaram o trabalho para se dedicar a uma vida de roubar de crente? Costumo dizer que: “quem é desconfiado não é confiável”, porque sempre julgamos o outro tomando por base a nós mesmos. Se você é ladrão, você acha que todo mundo é ladrão também. O oposto também acontece: como eu sou sincero diante de Deus, acho que todo mundo é também; como estou buscando a Deus, acho que os demais estão fazendo o mesmo. Nunca julgue pela aparência, mas somente pela reta justiça (Jo 7.24).
5.NÃO SOU TOLO PARA ENTREGAR O DÍZIMO
Algumas pessoas pensam que os pastores deixaram tudo para atenderem ao chamado de serem batedores de carteira de crentes desavisados. Outros imaginam que os pastores inventaram o conceito do dízimo, para extorquirem as pessoas. Você certamente se acha muito inteligente, mas acalenta conceitos idiotas como esses. Você realmente não é tolo, é alguém cuja mente está tomada por pensamentos colocados por satanás. Não há pensamentos bons dentro de você, mas apenas ideias paranóicas de pastores querendo roubá-lo. Nunca lhe ocorreu que a igreja tem feito uma obra maior que qualquer outra instituição na face da terra? Seu orgulho de ser conhecido como inteligente e esperto, não o livra de ser maligno na sua avaliação dos outros.
6.NÃO CONCORDO COM A FORMA COMO O DÍZIMO ESTÁ SENDO APLICADO
Você realmente acredita que tudo o que você possui vem de Deus? Dizem que um cientista se aproximou de Deus e disse: “escute, nós decidimos que não precisamos mais de você. Hoje em dia, podemos clonar pessoas, fazer transplantes de coração e fazer todos os tipos de coisas que antes eram consideradas milagrosas”. Deus ouviu-o pacientemente e depois disse: “Tudo bem. Para ver se você ainda precisa de mim, porque não fazemos um concurso. Vamos ver quem consegue criar um homem”. “Ok, ótimo!” – Disse o cientista.
“Agora vamos fazer isso como eu fiz nos velhos tempos com Adão”, Deus disse. “Tudo bem”, respondeu o cientista, e se inclinou para recolher um punhado de terra. “Ei! Calma lá!” – Deus disse, abanando a cabeça. “Antes de criar o homem você precisa criar o seu próprio barro”. O ponto central é este: você não pode fazer nada sem usar algo que Deus criou. Seja o barro em seus pés, o metal no solo ou qualquer outra mercadoria que você possa usar para ganhar a vida – tudo foi criado por Deus. Mesmo suas habilidades, sua inteligência, sua capacidade física: tudo isso lhe foi dado por Deus, porque Deus lhe criou à Sua imagem. Todas as coisas que você usa para ganhar a vida foram dadas a você por Deus. Essa ideia de que Deus nos deu tudo é fundamental. É muito importante, porque ela afeta a maneira como nós nos comportamos. Não somente afeta como usamos os nossos dons diante de Deus, mas afeta a maneira como lidamos com o dinheiro. A verdade é que o dono é quem faz as regras. Se nós acreditamos que somos donos de nosso dinheiro, então nós decidimos não apenas se Deus merece receber uma parte, mas decidimos como o dinheiro deve ser usado.
Uma vez, eu ouvi falar de um pregador que foi abordado por um homem bastante rico na congregação. O membro estava com raiva. A liderança de igreja havia decidido algo que ele discordava. Assim, ele decidiu que deixaria de entregar o seu dízimo até que a liderança mudasse sua posição. O pastor tentou argumentar com o membro de todas as formas, mas não adiantou. Então ele disse: “Você sabe, esta é uma questão tão importante, que nós realmente devemos falar com Deus sobre isso”. E antes que o membro pudesse dizer algo, o pregador pegou a mão do homem e o puxou para baixo até ajoelhar-se ali mesmo no corredor. E ele começou a orar dizendo: “Querido Deus, nós estamos diante de ti para pedir tua orientação nesta questão. Este irmão está descontente com uma decisão da liderança desta igreja e por isso, ele pretende se recusar a dar o dízimo que pertence ao Senhor. Ele tem a intenção de roubar o Senhor até que a igreja mude a sua decisão”.
Nesse momento, o homem rico, literalmente, arrastou o pregador dizendo que não era isso que ele tinha a intenção de fazer. Aquele homem rico acreditava que aquele que possui o ouro tem o direito de fazer as regras. E ele estava certo, só que ele não percebia, realmente, quem é o dono do ouro.
7.NINGUÉM RECONHECE A MINHA CONTRIBUIÇÃO, POR ISSO PAREI DE DAR O DÍZIMO
Eu disse anteriormente que o dono é quem faz as regras, mas preciso acrescentar mais um ponto: o dono é quem recebe o louvor. Quando Davi recolheu uma grande oferta para a construção do templo ele, primeiramente, reconheceu que tudo aquilo vinha de Deus. “Senhor, nosso Deus, toda esta abundância que preparamos para te edificar uma casa ao teu santo nome vem da tua mão e é toda tua” (1Cr 29.16). Se eu penso que o meu dinheiro pertence a mim, então quanto mais eu dou para a igreja, o mais provável é que eu venha cobrar os elogios. E assim, quanto mais rico eu sou, mais eu sou capaz de dar e mais reconhecimento eu, provavelmente, vou receber.
Davi reconheceu que Deus era o Dono de tudo, mas também reconheceu que Ele deve receber o louvor por meio da oferta que foi dada. “Então, disse Davi a toda a congregação: Agora, louvai o Senhor, vosso Deus. Então, toda a congregação louvou ao Senhor, Deus de seus pais; todos inclinaram a cabeça, adoraram o Senhor e se prostraram perante o rei. (1Cr 29.20).
8.EU JÁ CONTRIBUO COM ENTIDADES FILANTRÓPICAS, NÃO PRECISO DAR O DÍZIMO
É realmente muito bom que você contribua com entidades filantrópicas sérias e idôneas. O Senhor, certamente, o recompensará por isso. No entanto, essa é uma situação em que precisamos nos lembrar do que o Senhor disse: “devíeis fazer estas coisas, sem omitir aquelas!” (Mt 23.23).O Senhor não disse que poderíamos escolher. Devemos ajudar o pobre, o enfermo, o cego, o faminto, mas não podemos deixar de entregar o dízimo. O dízimo é para o sustento da Casa de Deus. Deixar de dar o dízimo é o mesmo que condenar a igreja à morte. Procure também olhar a situação da seguinte maneira. Para ajudar as entidades filantrópicas, muitas pessoas do mundo se disporão, mas para ajudar a igreja quase ninguém de fora se disporá. As entidades filantrópicas podem contar com a ajuda de pessoas e até do governo, mas a igreja só pode contar com o dízimo dos seus membros. Pense nisso quando deixar de entregar o seu dízimo.
9.EU NÃO VEJO NENHUMA MALDIÇÃO NA MINHA VIDA, POR ISSO PENSO QUE NÃO PRECISO DAR O DÍZIMO
Nem sempre as consequências de uma maldição se manifestam imediatamente e visivelmente. Lá no jardim do Éden, Deus disse ao homem: “da árvore do conhecimento do bem e do mal não comerás; porque, no dia em que dela comeres, certamente morrerás” (Gn 2.17). No entanto, depois que o homem comeu do seu fruto, ele não caiu para trás morto. Na verdade, Adão viveu mais de novecentos anos depois disso. Mas todos nós sabemos que a maldição do pecado já tinha entrado. Uma vez que a maldição entre, cedo ou tarde as suas consequências se manifestarão.
Pode ser que você ainda não percebeu a realidade da Palavra de Deus se cumprindo na sua vida. Talvez, você pense que a maldição da infidelidade se trata apenas de uma superstição ou crendice evangélica. Mas eu temo que o seu futuro possa vir a ser muito sombrio. Em algum momento, o céu vai começar a trovejar e talvez seja muito tarde para impedir o dilúvio. Você sabe que foi exatamente esse argumento que o povo de Israel usou para deixar de entregar o dízimo? Eles disseram: “Vós dizeis: inútil é servir a Deus; que nos aproveitou termos cuidado em guardar os seus preceitos e em andar de luto diante do Senhor dos Exércitos? Ora, pois, nós reputamos por felizes os soberbos; também os que cometem impiedade prosperam, sim, eles tentam ao Senhor e escapam” (Ml 3.14-15).
Não se engane, o Senhor faz distinção entre aquele que é fiel e aquele que não é. Mesmo que hoje a infidelidade parece ser vantajosa, chegará o dia do acerto de contas. Espero que até lá, você tenha mudado a sua posição. A promessa do Senhor é clara em Malaquias 3, ele fará distinção entre o fiel e o infiel, entre o justo e o perverso. “Eles serão para mim particular tesouro, naquele dia que prepararei, diz o Senhor dos Exércitos; poupá-los-ei como um homem poupa a seu filho que o serve. Então, vereis outra vez a diferença entre o justo e o perverso, entre o que serve a Deus e o que não Serve” (Ml 3.17-18).
10.EU NÃO PERCEBO NENHUMA MELHORA NA MINHA VIDA, POR ISSO PAREI DE DAR O DÍZIMO
Você certamente não sabe a diferença entre mágica e milagre. O dízimo não é algum tipo de mágica espiritual. Não nos relacionamos com algum tipo de energia cósmica, mas nos relacionamos com Deus. Isso significa que as coisas de Deus não são como um comando, que digito em um computador e, instantaneamente, tudo acontece. Sendo Deus uma pessoa, eu preciso aprender a me relacionar com Ele. A fidelidade nos dízimos não é a única exigência de Deus sobre mim. Eu preciso chegar ao ponto de ter obediência completa. Não adianta dar o dízimo e fazer dívidas irresponsáveis. Não adianta dar o dízimo, mas viver na prostituição. Não adianta dar o dízimo e estar em demandas com Deus. Não adianta dar o dízimo e viver cheio de amargura e ressentimento. Existem muitas outras coisas que impedem a bênção financeira e eu preciso lidar com elas na presença de Deus. Mas se você parar de dar o dízimo, você rapidamente perceberá que não vale a pena zombar de Deus. A sua Palavra é verdadeira.
::Pr. Aluizio Silva
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