Oferta 3
“Porque eu, o SENHOR, não mudo; por isso, vós, ó filhos de Jacó, não sois consumidos. Desde os dias de vossos pais, vos desviastes dos meus estatutos e não os guardastes; tornai-vos para mim, e eu me tornarei para vós outros, diz o SENHOR dos Exércitos; mas vós dizeis: Em que havemos de tornar? Roubará o homem a Deus? Todavia, vós me roubais e dizeis: Em que te roubamos? Nos dízimos e nas ofertas. Com maldição sois amaldiçoados, porque a mim me roubais, vós a nação toda. Trazei todos os dízimos à casa do Tesouro, para que haja mantimento na minha casa; e provai-me nisto, diz o SENHOR dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu e não derramar sobre vós bênção sem medida. Por vossa causa, repreenderei o devorador, para que não vos consuma o fruto da terra; a vossa vide no campo não será estéril, diz o SENHOR dos Exércitos. Todas as nações vos chamarão felizes, porque vós sereis uma terra deleitosa, diz o SENHOR dos Exércitos” (Ml 3.6-12).
“Porque eu, o Senhor não mudo” (Ml 3.6). Essa é uma das palavras mais confortadoras de Deus. Ele é o mesmo ontem, hoje e o será eternamente. O imutável, o Eterno. O nome do Senhor é: “Eu sou”. Deus não muda, Nele não há variação de mudança. Isso traz solidez à nossa fé, porque se Deus é o mesmo, então os milagres que Ele fazia, continua fazendo. O poder que Ele manifestou, continua manifestando, e a graça que foi liberada ainda está disponível.
Os anos passam e a história muda, os tempos mudam, os hábitos mudam, os costumes mudam, mas o nosso Deus permanece o mesmo, esse é o lado confortador. Mas também existe o lado sério da questão. Se Deus não muda, então aquilo que O ofendia há dez mil anos, continua ofendendo hoje. Daquilo que Deus não gostava em Sodoma e Gomorra continua não gostando hoje, aquilo que Deus abominava na Babilônia, Ele continua abominando hoje. Deus não mudou de opinião, o que era pecado continua sendo pecado. Por isso, podemos conhecer o Senhor por meio da Sua Palavra. Esse Deus que não muda, ainda hoje, requer de nós a fidelidade nos dízimos e nas ofertas.
A palavra dízimo significa a décima parte de qualquer coisa. Dez por cento de tudo que nos vem às mãos deve ser devolvido ao Senhor, pois pertence, exclusivamente, a Ele. Tudo o que temos pertence a Deus, e Ele permite que você administre apenas 90%, os outros 10%, você deve deixar na Casa do Senhor. Nós prestaremos contas da nossa fidelidade nos dízimos e também da nossa fidelidade na administração dos 90% que ficaram conosco. O dízimo é um teste de fé. É um teste em que muitos têm sido reprovados. São muitas as desculpas, aparentemente teológicas, que as pessoas dão para tentarem aplacar sua consciência. Gostaria de abordar aqui, as desculpas mais frequentes.
 I – Eu sou muito pobre para dar o dízimo
Ofertar pode ser um luxo para o rico, mas é um privilégio para o pobre. Muitos dizem que não podem dar, mas o que eles querem realmente dizer, é que não conseguem dar confortavelmente. A oferta incomoda quando ela implica em dor. A maioria de nossas ofertas é corriqueira, mas eventualmente, você desejará semear para colher. Ofertar algo necessita de uma medida de fé.
Se o que você dá não gera desconforto, é porque não precisou de fé. Mas quanto mais fé você exercita para ofertar, maior será a recompensa e a glória que você terá. Ofertar pode significar algum sacrifício. Dar do que está sobrando, qualquer um pode, mas dar daquilo que está faltando é um privilégio que terá recompensa de Deus. É exatamente isso que a Bíblia nos convida a fazer. O maior exemplo é o próprio Senhor Jesus, que Se fez pobre para fazer-nos ricos (2Co 8.9). A oferta genuína é um sacrifício do conforto pessoal pelo reino de Deus.
Jesus disse que aquela viúva que ofertou tudo deu mais que todos os outros, porque ela deu tudo o que tinha. Quem dá tudo o que tem, faz porque tem fé para declarar: “Deus cuida de mim”. Portanto, se você é alguém que não tem o suficiente, alegre-se pelo privilégio de fazer algo que poucos podem fazer. Dizem que num lugar muito seco, numa região isolada do Egito, existe um poço de água com uma bomba d’água. Certa vez, uma pessoa chegou ali quase morrendo de sede, mas não achou nenhuma água. Havia somente uma garrafa fechada em que estava escrito: “Use esta água para fazer a bomba funcionar, depois a encha novamente”.
Para que aquela bomba funcionasse, era necessário um pouco de água para produzir pressão necessária para puxar a água. O homem estava ali, num terrível dilema: ele corria o risco de usar a água da garrafa e a bomba não funcionar, matando-o de sede, ou poderia beber aquela garrafa d’água e sobreviver por mais algum tempo até conseguir socorro. Decidiu colocar a água no lugar próprio e começou a bombear aquela máquina velha e enferrujada. Por um momento, ele pensou: “Estou frito, joguei fora o resto de água que eu tinha”. Mas depois de alguns minutos, a água começou a jorrar de novo.
Todas as vezes que você quiser água fresca, terá esse dilema. Todas as vezes que você quiser a bênção de Deus, terá esse dilema. Vai usar o restinho que tem, ou correr o risco e ver a fonte jorrar? Muitos querem ter experiência com Deus, mas só tem experiência com Deus quem corre risco com Ele. Depois de fazer o orçamento, você avalia e diz: “Vai fazer falta. Se eu tirar essa quantidade, vou entrar no vermelho”. Esse é o dilema da fé. Você pode ficar com o dízimo que não é seu e, aparentemente, suprir o que você precisa, ou você pode devolver para o Senhor e ter uma fonte jorrando. Só experimenta o milagre quem corre o risco de crer.
 2- Sou aposentado e pensionista, não posso dar o dízimo
 Sei que parece algo cruel pedir que um aposentado, pensionista ou mesmo uma viúva que entregue o dízimo. Mas a verdade da Palavra de Deus é imutável e se aplica a todos. Se você semear, você certamente colherá. Um aposentado ou uma pensionista precisa de colher mais do que qualquer outro. A Palavra de Deus diz que Jesus estava junto ao gazofiláceo vendo as pessoas trazerem suas ofertas. Enquanto ele olhava, veio uma viúva e depositou ali tudo quanto possuía (Mc 12.41). Por que Jesus não a impediu? Por que ele não disse? “Você é muito pobre, deixe que os ricos contribuam!” O Senhor não fez isso, porque isso seria condená-la à miséria. Quando ela fez aquela oferta, as janelas do céu se abriram sobre ela.
Numa outra ocasião de muita seca e fome em Israel, o profeta Elias pediu para que uma viúva fizesse para ele um bolo de tudo o que ela possuía (1Rs 17.13). Elias não era um aproveitador tirando     o resto de comida de uma viúva, ele apenas estava abrindo as janelas do céu sobre ela. A farinha nunca faltou na panela e nem o azeite na botija. Não deixe de dar o dízimo, porque é aposentado, pensionista ou viúva. É o dízimo que garantirá a bênção sobre você.
3- Estou desempregado, por isso não dou o dízimo
Reconheço que essa é uma situação angustiante, principalmente para pais de família. No entanto, quero lhe perguntar algo: você come todos os dias? Você tem roupas para vestir? Você usa o transporte coletivo? E onde você consegue dinheiro para tudo isso? O Senhor Jesus disse que quem é fiel no pouco também é fiel no muito; e quem é injusto no pouco também é injusto no muito (Lc 16.10). Não use a sua condição momentânea como desculpa, mas veja-a como um teste espiritual. Se você for fiel tendo tão pouco, o Senhor lhe dará muito. Se você não for fiel desempregado, também não será quando estiver empregado. Sempre haverá uma desculpa para se eximir do dízimo. Tenha a firma determinação de ser aprovado por Deus.
4- Eu estou cheio de dívidas, por isso não posso dizimar agora
 Você tem uma obrigação, não somente para com os seus credores, mas, antes de tudo, para com Deus. Especificamente a Bíblia nos ensina a dar ao Senhor as primícias, ou seja, o melhor de nossa renda (Pv 3.9). O nosso primeiro cheque deve ser pra Deus e ninguém mais. Nós nos refreamos de dar, porque nos sentimos inseguros, mas Aquele que não poupou o seu próprio Filho não nos negará coisa alguma (Rm 8.32), antes nos suprirá em todas as nossas necessidades (Fp 4.19). Você faz bem em pagar aos seus credores, mas o primeiro cheque que você tem que fazer é para Deus, porque o dízimo não é seu. Não tente pagar dívida usando dinheiro que não é seu. Aquele a quem você paga primeiro, estabelece o poder sobre a sua vida.
5- Eu quero dar o dízimo, mas agora estou muito apertado
Alguns dos maiores exemplos de generosidade na Bíblia são de pessoas pobres. Os macedônios, em 2 Coríntios, e a viúva pobre, são exemplos de generosidade de quem não tinha (Lc 21.1-4 e 2Co 8.1,2). O receio e a insegurança não são motivos para deixarmos de ofertar. O Senhor sabe do que necessitamos, e Ele prometeu nos suprir (Mt 6.32). Se formos esperar até nos sentir seguros para ofertar, pode ser que esse dia nunca chegue. A provisão de Deus vem somente depois que ofertamos (2 Co 9.6-11). É assim que a fé funciona. Faça prova de Deus (Ml 3.10).
Antes do mar se abrir, precisamos pisar nas águas, mas não podemos andar sobre as águas se ficarmos dentro do barco. O problema é que alguns pobres pensam que a responsabilidade de ofertar é dos ricos. Não se esconda atrás da pobreza. Aqueles que são pobres, mas que foram transformados pelo Evangelho de Jesus Cristo, sabe que Deus tem se agradado em conceder-lhes o reino, e como resultado, eles não temem dar o pouco que possuem, para herdar tesouros no céu (Lc 12.32,34).
Se você é pobre, você é bem-aventurado, pois tem a oportunidade de ofertar e receber o elogio do Senhor e de poder prosperar, experimentando o milagre da provisão de Deus. Só o necessitado pode experimentar o céu se abrir sobre ele. Quem nunca tem falta de nada, também nunca experimenta o poder provedor de Deus. Quem nunca passa por crise, não prova do livramento de Deus. Todavia, é vontade de Deus que, por meio do ato de semear, você seja próspero, porque a alma generosa prosperará. A responsabilidade de manter a obra de Deus não é somente de alguns, mas pesa sobre todos os discípulos do Senhor, independentemente da sua condição financeira. Cada um, porém, deve contribuir segundo a proporção da sua prosperidade.
6- Eu sou jovem e tudo o que tenho é uma mesada dos meus pais
 É verdade que a época de estudante é, notoriamente, um tempo difícil em nossa vida financeira. O estudante, normalmente não tem dinheiro, vive à custa dos pais, mas nem por isso deve se eximir de ofertar. Ofertar é um privilégio e uma responsabilidade de todo discípulo, independente de idade ou renda. O milagre da multiplicação aconteceu justamente porque um jovem resolveu ofertar ao Senhor seus cinco pães e dois peixinhos (Jo 6.9).
 7- Estou economizando para comprar uma casa, e por isso parei de dar o dízimo, momentaneamente
 É ótimo que o crente economize e compre o que desejar com o seu dinheiro, mas não com a parte sagrada do Senhor (Lv 27.32). Não faça compromissos com algo que não pertence a você. Mordomia é mais que dinheiro. Eu oferto quando dou meu tempo e meus talentos. Guarde bem este conceito: mordomia é mais do que dinheiro, mas nunca menos. Servir a Deus implica em muitas coisas, mas nunca em menos do que ofertar. Quem diz que serve a Deus e não oferta está, na verdade, se enganando. Essas são as desculpas que ouvimos frequentemente. Todas elas são uma forma disfarçada de ocultarmos a nossa avareza. Meu desejo é que o seu coração seja, hoje, liberado e você possa ofertar com generosidade e alegria.
Que o Senhor possa livrar-nos de dar daquilo que nos sobra. Que possamos dar a Ele algo que tenha valor para nós. Faça prova do Senhor, que Ele abrirá a janela do céu e você receberá bênção sem medida.
 8- Eu ganho muito para dar o dízimo
 Dizem que um homem muito rico engraxava seus sapatos do mesmo lugar. Um dia o engraxate lhe disse: “Deve ser muito bom ser rico como o Senhor! O Senhor deve ser alguém muito feliz!”O homem lhe respondeu: “Você não sabe que dinheiro não traz felicidade?” O engraxate respondeu, prontamente: “Eu gostaria de descobrir isso por experiência própria.” Certamente, é um privilégio ganhar muito e poder contribuir muito. Lembre-se, porém, que o Senhor é o Dono de tudo. Enquanto você presumir que o dinheiro é seu, a avareza corroerá o seu coração. Mas quando você entender que tudo é do Senhor, você se submeterá. “O Senhor Jesus disse que àquele a quem muito foi dado, muito lhe será exigido; e àquele a quem muito se confia, muito mais lhe pedirão” (Lc 12.48).
 9- Deus ama a quem dá com alegria, como eu não me sinto alegre, não dou de forma alguma
 Deus ama a quem dá com alegria (2Co 9.7). Aqui a ideia é o falso zelo contra a hipocrisia. O pensamento é: “Deus só aceita quando oferto alegremente, como não fico alegre, não serei hipócrita, por isso não dou”. Isso é dar à avareza uma aparência de piedade. Dar com alegria não significa que você precise esperar até se sentir suficientemente alegre para ofertar. A obediência não depende de emoções. Você não tem que esperar até se sentir suficientemente alegre para ofertar. Você não tem que esperar até sentir um êxtase, um impulso irresistível para ofertar ao Senhor.
Obediência não depende de emoções. Na verdade, naquelas horas mais cruciais da sua vida, você não vai sentir a menor vontade de obedecer a Deus. Naqueles momentos vitais, quando os céus pararem para ver a sua resposta, você não vai sentir o arrepio que sente aos domingos no louvor. A alegria, normalmente, vem durante ou depois de ofertarmos. Nós devemos almejar sermos grandes doadores, e a melhor maneira de cultivar a alegria de dar é dando. Quanto mais você der, mas alegria sentirá ao ofertar. Se você não sente alegria em ofertar, mude o seu coração, mas não deixe de ofertar.
 10- Meu dízimo é algo entre eu e Deus e ninguém mais
Muitos cristãos pensam que sua oferta é uma questão privada, uma questão particular que somente Deus pode saber. Eles usam o texto de Mateus 6 como justificativa: “Não saiba a sua mão direita o que faz a esquerda” (Mt 6.3). Mas as palavras de Jesus aqui estão relacionadas com a motivação do coração, não com a privacidade. O que Ele está dizendo é para você não tocar trombeta quando der uma esmola. Precisamos ter a motivação correta, mas não significa que temos que fazer escondido. Ele também disse: “Tu, porém, quando orares, entra no teu quarto e, fecha a porta” (Mt 6.6).
Você acha que Jesus estava dizendo que temos que orar só em casa, com o quarto fechado? Se fosse assim, não poderíamos orar no culto. O próprio Senhor orou junto com os discípulos e o que Ele quis foi nos advertir a não orar com o intuito de sermos vistos e elogiados. Nós precisamos saber quem é fiel e quem não é. É necessário sabermos quem ama a Casa de Deus. Ladrões não podem discipular, senão formarão outros como ele. Cada discipulador, no fim, terá um discípulo semelhante a si mesmo. Mas sempre há aqueles que dizem: “Ninguém tem nada a ver com a minha oferta”. Engano seu!
Dízimo é uma questão que envolve você, envolve Deus, mas também envolve os irmãos. Nós estamos inseridos num corpo, e temos que prestar contas uns aos outros. Isto é proteção, eu ter irmãos que me guardam e cobram de mim. Às vezes, meu discípulo pode não gostar, mas quando eu cobro dele sua leitura da Bíblia, não é porque estou desconfiando dele, ou porque eu acho que ele é infiel. Eu estou apenas querendo protegê-lo da sua indisposição natural e da sua inconstância. Porque eu sei o que é minha carne, e também sei que a carne dele é igual à minha. Bem-aventurado é aquele que tem um irmão ao seu lado para guardá-lo no dia da tentação.
Sempre que alguém insiste muito na privacidade, é porque tem algo a esconder. É vontade de Deus que prestemos contas uns aos outros de nossa fidelidade como discípulos. Ofertar é uma questão que envolve você, Deus e os irmãos também.
 :: Pr. Aluízio Silva
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